Sword, Art and Rock n Roll! escrita por Marukito


Capítulo 2
A menina de cabelos rosa


Notas iniciais do capítulo

Meu pulso ta doendo :(
Sim, eu escrevo à mão antes, ai digito no pc e depois passo pra vocês.
Aproveitem ♥



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Triiiiiiiiiiiiim

Olho para o relógio com uma cara de sono nunca antes vista. São 6 horas da manhã e ainda faz muito frio, o que me fez pensar duas vezes em levantar ou não.

— Hm... Hora de acordar – disse pra mim mesmo na tentativa de me auto animar.

Já tá meio tarde, será que a Sugu se arruma a tempo? A aula começa às 7 horas e eu não tô a fim de me atrasar logo no primeiro dia. De qualquer forma, é melhor eu ir chamar ela. Então levantei e fui em direção ao seu quarto.

TOC TOC

— Su? A gente precisa ir pra escola – bati na porta, mas sem resposta.

— Vou entrar hein! – falei alto, mas estava com medo do que podia ver – 1, 2, 3 e...

Abri a porta velozmente, mas não tinha ninguém no quarto, que por sinal já estava perfeitamente arrumado, com a cama pronta e as roupas de Sugu dobradas em cima dela. Desci pra cozinha sem respostas, mas suspirei aliviado quando vi a Suguha de roupão fazendo o café da manhã. Ovos com bacon, creme e a melhor coisa para manhãs frias como aquela: uma caneca cheia de chocolate quente. A Su manda muito bem no kendô, mas ela cozinha tão bem quanto luta.

— Ah, ai está você! – falei alegre.

— Deus ajuda quem cedo madruga! – retrucou sorrindo pra mim – Vem comer Kirito.

— Com certeza! – respondi já com um pedaço de bacon na boca.

Embora eu esteja em forma, não abro mão de uma boa refeição por nada nesse mundo, adoro comer. Adoro mesmo.

— Ei Sugu – chamei de boca cheia – Ansiosa pro primeiro dia?

— Vai ser divertido... Quem sabe não tem uns gatinhos – disse rindo.

— Suguha! Você só tem 14 anos! – falei chocado – Você não tem idade pra isso.

— Tão inocente – debochou Su.

Comi o resto em silêncio e subi pro banho. Enquanto me lavava embaixo do chuveiro pensei em como será meu primeiro dia. Por fora posso até pareço calmo, mas por dentro sou meio tímido, principalmente com as garotas. Algumas acham isso fofo, mas eu não quero passar essa impressão na escola nova... Não quero ser o esquisitão e excluído da turma, mas também não tô nem um pouco a fim de ser da turma dos “populares”, esse pessoal me dá nojo, me dá um ódio. E na outra escola eles não me tratavam muito bem. Por isso aqui vai ser diferente.

Terminei o banho, me sequei com pressa, o que deixou meu cabelo meio molhado, e fui me vestir. Pra mim Isso é fácil: Tudo preto. Simples. Coloquei uma camiseta preta do Guns, adoro Guns, um jeans escuro, os meus coturnos e pra completar um agasalho preto por cima. Lógico que ele não tampava a camisa né. Pra terminar, vesti a touca da blusa. Agora me sinto completo.

— Su! Tá pronta? A gente precisa ir! – gritei do corredor do banheiro

— Claro que sim – Ela me encarou com aquele sorriso – E aí, o que achou?

Ela estava vestindo uma calça azul e um moletom vermelho, tava frio lá fora, mas eu não ia perder a chance de zoar com ela.

— Calças dessa cor são permitidas por lei? – brinquei com ela.

— Ha ha – riu sarcasticamente – Pelo menos eu não pareço uma sombra.

— Essa doeu maninha – ri, porque foi engraçado mesmo – Vai logo, a gente tá atrasado!

Peguei-a pelo braço e fomos andando até a escola, que fica a alguns quarteirões de casa. Nessa cidade as ruas são quietas, quase ninguém andando por aí, tinham vários pássaros nos postes de luz. Todas as casas por ali eram lindas, na capital morávamos num apartamento no centro, aqui tem apenas um edifício grande que eu não sei do que se trata. Em geral aqui é bem bonito, tem arvores nas calçadas e canteiros de flores por todos os lados. Quando chegamos no portão da escola, Sugu foi para sua “parte”. Ela está um ano atrás de mim, então ainda ela estuda no fundamental, eu já estou no 1º Ano do ensino médio, por isso acabamos ficando separados.

A mamãe que nos matriculou aqui, e a única coisa que sei é que a minha sala é a número 4. O corredor era enorme, e os armários azuis davam um clima agradável ao ambiente. Então procurei às cegas pela minha cela, quer dizer, sala. Passaram as salas um, dois, três. Pares à direita e impares à esquerda. Parei em frente a uma porta grande de madeira escura com um número 4 gigante gravado nela. Respirei fundo e abri a porta com toda confiança que tinha, o que não era muita coisa. Quando eu entrei quase congelei, todos que estavam ali pararam tudo que estavam fazendo, independente da importância, só pra me ver entrando na sala, e depois começaram a cochichar em grupinhos enquanto olhavam de canto na minha direção. Nem quero saber o que eles estavam falando de mim.

Fui em direção ao fundo, joguei minhas coisas em uma carteira lá atrás da sala e me sentei, não estava nem um pouco a vontade ali. A sala era pintada com um bege bem feio, com o piso de madeira todo arranhado. Na frente tinha um grande quadro branco com um recadinho nada educado para um tal de Agil. Olhei para minha direita e do outro lado da sala tinha uma garota diferente... Ela não estava em nenhum grupinho e parecia bem perdida. Seu cabelo rosa e curto me chamou a atenção. Quando olhei de novo, ela virou o rosto e corou, ainda dando umas espiadas com o canto do olho. Ela tava me olhando?! Será que falo com ela? Não, melhor não. Ela nunca olharia pra mim. Tão linda...

Um barulho de sinal interrompeu meus pensamentos. Todos correram pras suas carteiras e um cara de pele escura, alto, forte, careca, mas com uma barba estilosa e brinco entrou. Um professor de brinco? Tudo bem né...

—Ha ha. Muito engraçado – disse o homem, que provavelmente era Agil, enquanto apagava o quadro – Bom, continuando – ele respirou fundo - Alunos, para os que não me conhecem eu sou o professor Agil. Quem não me conhece, por favor, levante a mão.

Silêncio mortal

Bom, eu era novo ali então levantei a mão, mesmo morrendo de medo, mas percebi que não era o único com a mão pra cima. A menina do cabelo rosa também estava com o braço levantado.

— Aqui na frente os dois, se apresentem. – disse o professor com um sorriso nada convincente no rosto.

Nós dois ficamos lá na frente com cara de bobo por alguns segundos, mas pensei: Não vou ser o esquisitão, não aqui. Então juntei a coragem que me faltava e vomitei algumas palavras

— Eai pessoal, meu nome é Kazuto Kirigaya, mas podem me chamar de Kirito, tenho 15 anos e vim da capital – disse fazendo um sinal de joinha com o dedo e dando um enorme sorriso.

Todos me olharam com aquelas caras estranhas e cochicharam mais uma vez. O que tem de errado comigo? É por que eu sou da capital? Minhas roupas são estranhas? Quer saber, quem se importa.

— Já chega – interrompeu o professor – E você garota?

Todos os olhos se viraram pra ela, e eu percebi que ela não ia conseguir falar. Parecia ser tão tímida quanto eu, mas ela não conseguiu lidar como eu, então dei um leve toque em seu ombro, ela me olhou assustada e eu sorri carinhosamente pra ela. Senti que ela se acalmou.

— Oi, sou Lisbeth. Tenho 15 anos e vim de Sinnoh.

— Lindo nome – sussurrei pra ela. Estava sendo sincero, realmente gostei do nome. Bom, gostei mais que do nome...

—Ah, você acha mesmo? – perguntou timidamente.

Fiz que sim com a cabeça e sorri novamente.

— Muito bem! Vão se sentar – disse o professor Agil.

O resto da aula correu bem, às vezes trocava olhares com Lisbeth, o que nos deixava sem graça, mas ela fica bem fofa assim. Mas de vez em quando sentia outra pessoa me olhando, até que procurei, mas não consegui encontrar onde estava sendo observado.

Toca o sinal.

Todos pegam suas coisas e correm pra fora da sala. Parecia que estava tendo um incêndio e em segundos a sala estava vazia. E eu procuro a tal de Lisbeth. Ela estava na porta então a segurei pelo ombro e chamei.

— É... Lisbeth – ela se virou numa velocidade impressionante – Hm... Você é nova aqui também né?

— Sou sim – respondeu sorridente.

— Então... Quer conhecer a cidade comigo? – perguntei sem olhá-la nos olhos.

— Claro Kirito! Quer dizer Kazuto. – ela sorria mais que o normal – Quando? Preciso me preparar. Ai meu deus.

— Que tal você me passar seu telefone pra gente marcar tudo direitinho? – minha cara de pau estava passando dos limites.

— Sim! Ótima ideia! – ela estava bem agitada e estava perto o suficiente para que pudesse sentir seu cheiro intoxicante, um doce forte que entrava pelo meu nariz enquanto desregulava meu cérebro, era uma sensação muito boa – E, aliás, pode me chamar de Liz, se quiser é claro.

Trocamos nossos telefones e nos despedimos. Kazuto! Você é foda! Primeiro dia e já arranjou um número. Parece que ela ficou feliz também... Será que ela gostou de mim? Bom, preciso ir buscar a Su, ela deve estar esperando. Acertando a previsão Sugu estava no pátio da entrada da escola, sentada num banco, quando me viu se levantou limpando a calça.

— Ei! Onde você tava? – questionou Suguha.

— Fiquei conversando – sorri, passando a mão na nuca.

— Sem problemas. Vamos pra casa? – pediu a baixinha com aquele sorriso bobo dela.

— Claro maninha – sai correndo em direção a nossa casa – Se você me alcançar!

— Kazuto! – gritou Su enquanto tentava me acompanhar.

Chegamos em casa bem rápido, afinal correndo foi bem mais depressa. Fui pro meu quarto e Sugu pro banho. Estava morrendo de calor por causa da corrida, então tirei os coturnos, o agasalho e a camiseta e me joguei exausto na cama. Estava quase dormindo, quando tirei meu celular do bolso e nesse exato instante ele vibrou.

Mensagem de Lisbeth


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Notas finais do capítulo

Gostaram anjinhos e anjinhas?
Não devem ter curtido ele com a Liz...
Mas é só o segundo capítulo...
Comentem :3



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