DESCULPEM TER DEMORADO À POSTAR, PORÉM EU ESTOU CUIDANDO DE UMA NOVA FANFIC INTERATIVA DE CARROSSEL ^^

Chapter Six - I Was Not Expecting It

Três de Fevereiro de 2015 - 08:34PM

P.O.V. Valéria Ferreira - V.F.

Depois que as meninas tomaram o banho e colocamos nossos pijamas, decidimos assistir alguns episódios de The Flash — uma das nossas séries favoritas — no quarto de Marce, a gente tava basicamente apresentando algumas séries novas pra elas , então decidimos colocar Arrow .

Estávamos esperando o jantar da mãe de Marcelina — a Lilian. Margarida colocou no primeiro episódio da primeira temporada de Arrow e então sentamos no chão — em cima de puffs amarelos e rosas — e ela deu play.

— MaJo, Marce — As chamei assim que o episódio começou. Elas me olharam curiosas, já que odeio falar quando estou vendo séries. — Lhes apresento meu crush. — Apontei por Oliver.

— Escolham algum crush aí, o meu é o Roy e o dela é o Oliver. — Margarida disse dando de ombros enquanto assistíamos o primeiro episódio . A primeira vez de Marce e MaJo assistindo, porém a milésima vez que eu e Marga assistimos.

— O jantar tá pronto. — Ouvimos a voz de Paulo, e o mesmo estava parado na porta observando a gente e logo olhou pra TV, fazendo uma careta. — Ele é feio, não sei como vocês veem ele. — Arqueamos a sobrancelha, enquanto ele saia.

— Você não sai não , pode voltar aqui! — Praticamente gritei enquanto me levantava do puff e ia atrás do Guerra. Ninguém xinga o Stephen Amell , muito menos dizem que ele é feio , algo que é totalmente mentira. — Queridinho! — Chamei ele enquanto descia as escadas atrás do mesmo, que ria. — Ele é maravilhoso, nem pense em falar que ele é feio de novo! A não ser que queira morrer.

Entramos na sala de jantar, enquanto eu continuava xingando Paulo. Margarida, Maria Joaquina e Marcelina — que estavam atrás da gente — riam igual loucas . O Guerra nem ligou e continuou falando que ele é feio — e eu continuei defendendo ele.

Depois do jantar, fomos pro quarto e decidimos conversar sobre tudo o que aconteceu nesses três anos — e as meninas exigiram detalhes .

— Tá bom, primeiro vocês contam. — Pedi.

— Okay. Depois que vocês foram embora, no ano seguinte, a Jullie ficou , pra variar, dando em cima do meu irmão e a Evelyn dando em cima do Daniela. Não aconteceu nada demais além de conhecermos pessoas novas. Mas teve uma coisa muito BOA , mas eu não sei se eu posso contar. Meu irmão disse que era pra guardar segredo. — Marcelina fez uma careta.

— Exato, ERA pra guardar segredo. A gente não conta que você contou pra gente. Agora, fala! — Falei rapidamente, curiosa. Não é todo dia que conseguimos algo sobre Paulo Guerra, que é totalmente fechado. Até quando o nosso grupinho existia , ainda existe porém to falando na outra época, ele era reservado.

— Um dia eu vi ele cantando. Ele tem um talento , tipo, ENORME! — Exclamou animada. Ficamos boquiabertas. O Guerra nunca cantou na frente da gente, e nunca disse que sabia , e que pelo visto gostava, de cantar. — Okay, continuando, no ano passado a Jullie tava "namorando" — Fez aspas com as mãos. — o Mário. Só que ela dava em cima do meu irmão o dia inteiro quando o Mário não tava por perto. Daí , um dia eu contei pra ele tudo isso, porque eu tava brava com a Jullie já que ela tinha me xingado , e eles terminaram. Daí eu acho que ela tá querendo se vingar de mim.

Então deve ser esse o tal plano vingativo que o Paulo quer descobrir. Eu também tenho que descobrir! A víbora não pode fazer mal pra minha amiga.

— E agora ele tá tendo um caso com ela! EU fiquei muito brava quando eu descobri, mas fazer o que. É a vida dele. — Se você soubesse porque ele tá tendo um caso com ela, pensei enquanto observava ela dar de ombros. — Okay! Conta vocês agora.

— Tá. Conta eu ou você? — Perguntei pra Margarida.

— Você. Não sou boa com explicações e você sabe disso. — Ela riu junto de mim.

— Certo... Quando a gente saiu da escola e nos mudamos, a gente meio que mudou totalmente. Quando a gente fez treze anos a gente criou nossas redes sociais, nada de importante aconteceu nesse ano. Com catorze anos que a gente mudou, compramos lentes de contatos que não alteravam a cor do nosso olho e mudamos o estilo. Nesse ano eu comecei a namorar um garoto — Maria Joaquina e Marcelina arregalaram os olhos quando eu falei isso. — , mas eu não quero falar sobre isso... Na última semana de 2014 a gente tava no Shopping com minha mãe e conhecemos a Gabriela.

— Interessante! — Maria Joaquina exclamou animada, sempre gostou de histórias e , quando diz que é interessante, é porque é realmente interessante. — Então, agora eu quero assistir Teen Wolf. — Disse enquanto se sentava no puff.

— O Theo já é meu crush querida, já aviso. — Falei antes que Margarida falasse alguma coisa, a mesma me fuzilou com os olhos, me fazendo rir. Nosso personagem favorito de Teen Wolf é o Theo Raeken, que aparece na quinta temporada.

P.O.V. Narradora / Autora - N.A.

Quatro de Fevereiro de 2015 - 04:23AM

Valéria se revirava no colchão, não estava conseguindo dormir desde que havia acordado às quatro da manhã. A garota não tinha insônia , e isso a perturbava agora por não estar conseguindo dormir. Deve estar ansiosa para as férias que terão de duas semanas por causa do Carnaval, que começam dia seis — já que a escola irá fazer uma festa a fantasia no dia nove para comemorarem o Carnaval.

A Ferreira se levantou e — em passos silenciosos — saiu do quarto de Marcelina, fechando a porta devagar para não acordar as amigas. Passou pelo corredor e desceu as escadas na ponta dos pés, se esforçando para não fazer nenhum barulho — afinal, os pais dos Guerra's trabalham, se acordar as meninas elas vão xingá - la e se acordar Paulo, ele também vai xingá - la.

Assim que entrou na cozinha — que fica do lado da sala de jantar, separada pela parede — , pegou um copo no armário e pegou a jarra d'água de dentro da geladeira. Assim que colocou a água no copo , colocou o copo na bancada e guardou a jarra — pegando o copo em seguida. Quando se virou, levou um susto porque havia uma pessoa na sua frente, e acabou derramando água.

— Meus Deuses! Por que chegou desse jeito?! — A garota perguntou cruzando os braços, colocando o copo , agora com um pouquinho de água, em cima da bancada. Estava , aparentemente, irritada.

— Precisava derramar a água em mim? — Dessa vez Paulo aparentava estar irritado com a garota, afinal ela havia derrubado água no garoto , e água gelada ainda por cima.

— Sim, precisava. — A garota disse indo pegar um pano para ajudá-lo a limpar a camisa do garoto, que estava molhada. — Mas foi você que veio e me assustou. — Valéria deu de ombros.

— Eu só vim beber água, eu não quis te assustar. — O garoto deu de ombros enquanto pegava o pano e resmungava o fato da água estar fria , o que fez a Ferreira revirar os olhos. A garota se virou para ir embora, porém o Guerra a puxou, fazendo eles ficarem próximos a ponto de sentirem a respiração um do outro. — É a segunda vez que ficamos próximos assim em menos de um dia, marrentinha. — Paulo sussurrou próximo da boca dela, o que causou arrepios na garota.

A garota acordou pra vida quando sentiu os lábios do garoto se encostarem nos seus. Paulo passou os braços em volta da cintura dela, a puxando para mais perto dele. No mesmo instante Valéria correspondeu ao beijo do Guerra, que sorriu entre o beijo.

Os braços da Ferreira estavam agora na nuca dele, o puxando ainda mais — se for possível. Segundos depois, o garoto pediu passagem com a língua e a garota permitiu. Quando se separaram pela falta de ar, Valéria murmurou:

— Paulo... — Sua voz saiu falha, e sua respiração, assim como a dele, estava ofegante.

Ela saiu dos braços do garoto e subiu correndo para o quarto de Marcelina, deixando o Guerra na cozinha com um sorriso bobo no rosto. Entrou no quarto e fechou a porta devagar, porém foi surpreendida pela luz do quarto ter ligado. E então se deparou com as três meninas sentadas na cama de baixo na beliche de Marcelina e Maria Joaquina, de braços cruzados.

— Aonde tava? O que foi fazer? — Margarida indagou , enquanto observava Valéria, que tinha uma expressão de surpresa em seu rosto e estava com a respiração ofegante.

— Eu... — Ela tentou pensar em algo para despistar as amigas , porém elas nunca cairiam. Valéria escutou passos e então desligou a luz, sussurrando para as garotas que ficassem em silêncio, as deixando curiosas. Ela se escondeu atrás da porta , que logo foi aberta por Paulo e a luz foi ligada pelo mesmo.

— Aonde a Valéria tá? — Foi direto, o que surpreendeu a sua irmã, que das três era a mais confusa sobre o que tava acontecendo. A Ferreira fez gestos para que ela inventasse algo, e logo inventou algo.

— Ela tá no meu banheiro. — Marcelina inventou uma desculpa rápida, e apesar de Paulo não ter acreditado, apenas balançou a cabeça e fechou a porta. As três cruzaram os braços novamente e assim que ouviram a porta do quarto de Paulo ser fechada, a Guerra indagou: — Por que ele tava te procurando? O que aconteceu?

— Ah... É que... — Tentou pensar novamente em algo, e acabou ficando em silêncio por alguns minutos, mas logo desistiu. Conhecendo as amigas, sussurrou: — Não gritem, não façam escândalos e principalmente, nunca toquem no assunto. — As três arquearam a sobrancelha, mas assentiram. — Se eu dissesse que eu fui beber água na cozinha e daí eu acabei levando um susto porque o Paulo tava parado atrás de mim e minutos depois a gente tava se beijando, vocês acreditariam?

— Vocês...? Como...? Ãh...? — Maria Joaquina estava confusa com as palavras, nem sabia o que dizer ou perguntar.

— Eu não tava esperando por isso. — A Ferreira disse, suspirando em seguida. — Vamos dormir, amanhã , quer dizer, hoje de manhã vai ter aula. — Se corrigiu, indo em direção a beliche.

Eu não acredito que eu beijei Paulo Guerra, um dos meus três melhores amigos.