Chapter Five - Pijama Party

Três de Fevereiro de 2015

P.O.V. Valéria Ferreira - V.F.

As aulas foram bem puxadas apesar de hoje ter sido o primeiro dia de aula. Infelizmente não deu pra Margarida e eu conversarmos muito com as meninas, já que se os professores verem alguém conversando xingam as pessoas que estão conversando, tirando o fato de que o intervalo só dura poucos minutos.

Descobri também que a garota de mechas rosas se chama Alicia , ela é bem legal pra falar a verdade. A nossa sala é bem divertida. Tem um garoto que parece japonês que apronta com o Paulo , tem um garoto que — assim como MaJo — é rico, porém não é metido. Não vou mencionar todos se não vou ficar horas falando sobre eles.

Agora estou — junto de Margarida — esperando minha mãe para ela nos buscar para nos levar para fazer a sessão de fotos, ou como falam nos Estados Unidos, para fazer o Photoshoot. Maria Joaquina e Marcelina disseram que é pra gente ir pra casa da Marce antes das seis horas da noite. Tomara que a gente consiga.

Assim que minha mãe chegou, entramos rapidamente no carro — afinal, daqui até lá deve ser uns vinte minutos e já são meio dia e quarenta e cinco.

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— Chegamos! — Minha mãe exclamou para Gabi assim que entramos no meu camarim e de Margarida. A nossa empresária se virou para nos três e então avisou para os maquiadores e estilistas nos arrumarem enquanto ela levava minha mãe para conhecer o local de trabalho.

Enquanto uma maquiadora fazia minha maquiagem , um cabeleireiro fazia meu cabelo. Assim que acabaram, me olhei no espelho por alguns instantes. Meu rosto estava levemente bronzeado. Meu olho tinha tons marrons no côncavo e na palpebra tinha uma sombra pérola , digamos, com um delineado de gatinho.

Eu estou usando um gloss — provavelmente — da Dailus que é um tom rosa — escuro. Meu cabelo está preso em uma trança lateral com um laço cor rosa bebê misturado com pérola em meu cabelo.

Me levantei e então entrei em um dos provadores para colocar a roupa. Antes de colocar, observei. Era um top Cropped preto curto com uma saia preta e uma bota do mesmo tom — Eles amam preto, só pode — de franjinhas. Me vesti e então saí do provador, e vi Margarida já pronta.

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06:40PM - 03 de Fevereiro de 2015

— Adorei essa! — Comentei apontando para uma das fotos. Estamos agora selecionando duas fotos , uma minha e uma de Marga, para eles postarem na página oficial do Facebook da empresa para divulgarem as novas modelos. No caso, eu e Margarida.

Como a gente tinha tirado foto com mais ou menos vinte looks montados até agora, tínhamos que decidir qual look gostamos mais — de todos os vinte — e as duas fotos que mais gostamos , mas as fotos tem de ser aprovadas pela Gabi e pelo Lucas — que é um dos trabalhadores que fica na função de divulgação de fotos das modelos.

Pelo que Luciana — a assistente — disse, ele divulga as fotos das modelos e junto vem as informações: nome, cidade da empresa em que trabalha — no caso, a nossa é a de Curitiba e só conseguimos tirar as fotos aqui com roupas normais , sem ser de frio, por causa do aquecedor que tem — aí tem as redes sociais, como o Instagram, Twitter, Snapchat, Facebook, enfim, todas redes sociais.

— Então temos as fotos prontas. Só falta Lucas aprovar elas e as publicar. — Gabriela sorriu enquanto enviava as fotos para ele por e-mail. — Então garotas, estão liberadas. A sua mãe já está na recepção esperando por vocês. E avisa que ela tem que chegar no aeroporto daqui meia hora. — Se dirigiu a mim. — Tchau garotas, qualquer coisa eu ligo pra vocês.

— Tchau Gabi, tchau Lili. — Nos despedimos das duas . Liliane deu um aceno em resposta enquanto terminava de avisar à Lucas , por uma mensagem , que Gabriela já havia enviado as fotos selecionadas para ele.

Após sairmos da sala, entramos no elevador e apertamos o botão do primeiro andar — que é a recepção. Demorou alguns minutos para chegarmos até a recepção, já que estávamos no décimo andar do prédio. A porta se abriu e então nos despedimos de Luciana — a recepcionista — e saímos.

A casa de Marce é perto daqui, então deve demorar dez minutos. Devemos chegar na casa dela lá pelas cinco e cinquenta e quatro mais ou menos. Ah, vai ser festa do pijama? Exato, mas fingimos que cancelamos a festa hoje porque estávamos ocupadas e decidimos fazer uma surpresa pra ela.

Quando chegamos, nos despedimos de minha mãe e quase nos esquecemos de pegar as malas, se ela não tivesse lembrado a gente estaria frita — ou frias, já que estamos sem roupas de frio já que a casa da Marce é perto daqui.

A gente tá usando um dos looks novos — que foi o último que tiramos fotos — que são um dos presentes da empresa. Ganhamos várias coisas mais, como sapatos, acessórios, joias, bolsas, shorts, enfim, várias coisas das coleções novas que tiramos — e vamos tirar — fotos.

Eu to usando um short jeans preto rasgado com uma blusa xadrez vermelha e preta amarrada na cintura junto de um cropped — que acaba acima no umbigo e é soltinho — preto com desenhos brancos e um tênis All Star — já que eles tem parceria com a marca — vermelho.

— Ô pragas que não atendem a campainha! — Reclamei enquanto tocava a campainha pela décima vez. Margarida também estava impaciente com os braços cruzados e bufando de dois em dois minutos. Não somos as pessoas mais pacientes do mundo pra falar a verdade. Quando eu ia tocar a campainha novamente, finalmente abriram a porta. — ALELUIA! — Reclamei entrando com a minha mala.

Pra que mala? Digamos que a minha mãe resolveu que vai viajar com a Gabriela porque elas foram contratadas pela escola para ajudar a trazer uma pessoa — que não querem revelar quem é — , então decidimos passar essas semanas — umas duas semanas eu acho — na casa de Marce. Minha mãe já ligou pros pais dela — que estão trabalhando agora — e perguntou se podíamos ficar aqui essas semanas, e eles aceitaram.

— Pra que as malas? — Foi então que percebi que quem havia abrido a porta não era Marce e muito menos Maria Joaquina , se ela atendesse ia ser um milagre pra falar a verdade, mas sim Paulo. Me virei e ele estava com a sobrancelha arqueada.

— Vamos morar temporariamente com vocês. — Sorri enquanto sentava no sofá . Ele bufou baixo e então me virei pra ele. — Cadê a Marce e a MaJo?

— Ah foram pro Shopping. — Ele respondeu dando de ombros.

— Vacas! Não acredito que não ficaram em casa. Estragaram a surpresa toda. — Margarida cruzou os braços irritada, eu fiz o mesmo. Paulo riu da nossa reação e então sentou no sofá .

— O que essas daí tão fazendo aqui? — A voz mais irritante do mundo inteiro surgiu do além, me fazendo revirar os olhos. — Não sabia que recebia vadias na sua casa , Paulinho. — Me virei pra trás, irritada e observei Jullie descendo as escadas com sua carinha irritante de sempre.

— Como não sabia? Você tá aqui ué. — Ela me fuzilou com os olhos, como se dissesse Você tá me chamando de vadia?! Não to mentindo, então ela não tem direito de reclamar.

Pera, o que ela tá fazendo aqui? Me perguntei. E a resposta foi dada logo. A víbora se sentou do lado de Paulo e beijou ele. Se isso for beijar né porque tá parecendo que ela tá engolindo ele. Sussurrei isso pra Margarida, que estava do meu lado observando a cena com nojo, e então começamos a rir.

— Ih Paulo, com os anos seu gosto só piorou querido. — Dei um sorriso irônico enquanto tentava parar de rir junto com Margarida, uma tentativa falha. — Meu Deus garota! Assim tu vai matar ele. — Comentei enquanto chorava de rir de Jullie.

É besteira chorar de rir disso, mas sempre fui assim.

07:12PM

Já faz um tempo que estamos aqui — sem Jullie, graças a Deus! Depois daquele meu comentário amigável ela ficou brava e saiu. Paulo disse que tava tendo um caso com ela porque ele soube que ela tava querendo se vingar da Marce e queria descobrir — atitude legal demais , algo que raramente ele faz.

E pra melhorar tudo, Marce, Maria Joaquina e os pais de Paulo não chegaram ainda e tá chovendo com direito a relâmpagos da mãe natureza. Igual a Kéfera já disse: Ela tá dando um OLÁ pra nós! Brigada mãe natureza e o resto é feio então :v

— AH JESUS! Quando elas voltam? — Reclamei me jogando no sofá enquanto bufava baixo, mas foi algo falho. Eu acabei caindo no sofá e depois caindo no chão. Paulo e Margarida começaram a rir e então eu comecei a rir. Meu celular tocou e vi que era Gabriela. — CALEM A BOCA AGORA ! — Gritei enquanto atendia o celular.

— Oi Valéria! Tudo bem com vocês? — Perguntou Gabi simpática como sempre.

— Tudo ! E com você? — Indaguei me sentando no sofá.

— To bem também. Então, eu queria te avisar que a Luciana acabou de me ligar avisando que o Lucas já publicou . Ela não pode ligar porque parece que a luz acabou. — Explicou . — Aí tá chovendo?

— Chovendo não! O mundo tá acabando isso sim porque senhor! Aqui tá com direito a relâmpagos. — Bufei baixo. — Mas daqui a pouco deve melhorar. Minha mãe tá aí?

— Ela foi no banheiro, a gente teve que parar aqui em Minas Gerais porque aqui também tá chovendo daí tiveram que cancelar o voo. Mas não se preocupa, a gente vai ficar num hotel.

— Fico mais aliviada em saber disso. Então, eu tenho que ir porque daqui a pouco a energia cai e quero ver a publicação. Beijos.

— Beijos, se cuidem. — E desligou o telefone.

Peguei meu notebook e liguei ele rapidamente enquanto me sentava na bancada da cozinha, aproveitando que ainda tem energia — milagre né, porque tá chovendo e metade da cidade deve tá sem luz agora — e entrei no meu Facebook e na página da empresa. Os posts haviam sido publicados há quase meia hora.

— Uh, estamos arrasando. — Margarida disse enquanto lia alguns comentários do post dela pelo celular. Eu lia alguns comentários do meu post pelo notebook e realmente estamos arrasando. Ganhei — literalmente — quinhentos mil seguidores no Instagram, Twitter e no Facebook.

— É, vocês tão lindas nas fotos garotas. — Paulo falou enquanto via as fotos junto de mim. Foi em direção ao armário e pegou um copo, pegando a água de dentro da geladeira e colocando no copo.

— Eu sei querido, sempre estamos lindas. — Brinquei enquanto jogava meus cabelos. Ele riu.

— E metidas também. — Cruzei os braços o encarando brava. O Guerra riu de novo. — Daqui a pouco ficam lentas e fracas. — Me irritou novamente. Margarida observava tudo rindo.

— Tem certeza? — Perguntei enquanto me levantava da cadeira. Margarida riu de novo e falou alguma coisa, que eu não entendi direito porque ela estava rindo , e muito.

Paulou saiu da cozinha correndo e então eu fui correndo atrás dele escutando a risada de Margarida. Ele subiu no segundo andar e eu subi também — e cheguei um pouco cansada porque aquela escada é enorme!!

— Ô SEUS LOUCOS TÁ TROVEJANDO! — Margarida gritou do andar da cozinha.

Desci de novo as escadas atrás do Guerra e então ele passou por vários corredores — afinal, a casa deles é enorme tipo a da MaJo, mas nem é tão grande quanto a dela e nem é tão grande como a dela — e então correu pra sala.

Quando eu — finalmente — cheguei perto dele , empurrei ele no sofá mas ele me puxou junto, me fazendo cair em cima dele. Estávamos extremamente próximos, o que me fazia sentir sua respiração quente e ofegante — por estarmos correndo a um tempão.

Ele tinha um sorriso malicioso em seu rosto — ele não muda nem com o tempo. — CAMPAINHA. — Gritei assim que ouvi a campainha , apesar do grito não ter sido tão alto por culpa dos trovões , e saí de cima dele, como se nada tivesse acontecido. Fui correndo pra porta e olhei no olho mágico , eram as meninas e os pais de Paulo. — Atende Paulo! Margo, vamos subir. Não fala nada pra elas, Guerra!

Subi correndo pro quarto de Marcelina, junto de Margarida, igual um flash. Paulo ainda não havia chegado na porta quando saí dali, e depois da gente ter ficado próximos daquele jeito eu não quero ver ele . Não tão cedo. Eu to morrendo de vergonha!

Entramos e então fechei a porta no mesmo instante, me escondendo junto de Margarida no closet de Marcelina , mas antes escondi nossas malas no mesmo lugar. Do jeito que Marcelina e Maria Joaquina eram — e são — elas vão acabar levando um susto — típico delas — e vão nos xingar por causa do susto.

— Seu chato! — Escutei Marcelina falar e ouvi os passos se aproximarem mais rápido, e mais alto , provavelmente porque as duas estavam correndo. A porta foi rapidamente aberta e percebi que as garotas estavam encharcadas. — Eu preciso tomar um banho rápido!

— Eu também! Depois dessa tempestade que apareceu de Nárnia, só pode, eu to morrendo de frio! — Dessa vez foi Maria Joaquina que reclamou enquanto caminhava em direção ao closet.

— E AÍ QUERIDAS. — Gritei junto de Margarida , assustando as duas, que colocaram a mão no coração e nos olharam assustadas. Começamos a rir igual duas antas, enquanto elas nos observavam de braços cruzados.

— Eu odeio que me assustem. Vocês sabem disso. — A Medsen disse ainda irritada. Porém, logo arqueou a sobrancelha e perguntou: — O que tão fazendo aqui? Não estavam ocupadas?

— ESTÁVAMOS ocupadas. Minha mãe e a Gabi vão viajar, então a minha mãe falou com seus pais — Apontei pra Marcelina. — pra pedir pra gente — Apontei pra mim e para Margarida. — passar esse tempinho em que elas vão viajar aqui , e eles aceitaram.

— Que demais! — Maria Joaquina foi a primeira a comentar.

— Festa do pijama todo dia. Adorei. — Rimos do comentário de Marcelina.

— Enfim, vão tomar banho porque todo mundo já tomou! — Margarida exclamou enquanto deitava na cama de Marce.

O quarto de Marce continua como sempre . O tamanho ainda é enorme . As paredes são pintadas em um tom de amarelo , tendo o piso de madeira e o teto branco. As mesmas prateleiras com livros na parede perto do Closet — a única coisa que mudou nele foram as roupas.

A penteadeira cor de rosa que ela tem desde os dez anos de idade, porém com muitas maquiagens mais e tons de batons — alguns — mais escuros , mas ainda tem os tons claros e nudes que ela sempre amou. Na parede em que ficam as beliches — sim, duas beliches pois os pais de Marce se acostumaram tanto de eu , Margarida e MaJo dormirmos aqui que decidiram comprar uma beliche a mais.

Enquanto Marce tomava banho, escolhi meu pijama junto de Margarida e Maria Joaquina. Minutos depois — enquanto eu conversava com as duas sobre as roupas que a empresa mandou — a Guerra terminou o banho, e então a Medsen entrou no banheiro.

Marce Margarida MaJo Valéria

Essa vai ser uma das melhores festas do pijama , eu espero.

| LEIAM A FANFIC DA ANIZINHA |

Chiquititas. Interativa

Esse amorzinho de pessoa tem uma escrita maravilhosa - que eu recomendo muito que leiam - e ela tornou - de um jeito maravilhoso que eu nunca imaginei - "minhas" personagens (As personagens da ficha que eu enviei, chamadas Catherine e Giovana) reais e deixou tudo tão perfeito!