A Change escrita por Steelsand


Capítulo 4
Chapter Four ❤ Reencounter "Unexpected"


Notas iniciais do capítulo

❤ Espero que gostem;
❤ Espero que comentem;
❤ Obrigada à quem comenta.



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Chapter Four - Reencounter Unexpected

Três de Fevereiro de 2015

P.O.V. Valéria Ferreira - V.F.

Estamos agora sentadas na cadeira da parte do centro do auditório, assim como todos alunos, escutando o — tedioso — discurso da Diretora Olivia — ou como Jaime e Paulo a chamavam, a Gorda — sobre a escola. Ela está falando que os uniformes , contra sua vontade, não são mais necessários e então os alunos poderão vir a partir de amanhã — menos eu e Marga, já que não temos o uniforme — com outra roupa.

Além de ela falar que agora a segurança está mais qualificada , tendo dois guardas na entrada impedindo os alunos de saírem da escola durante o horário de aula e impedindo outras pessoas — que não sejam da Escola Mundial — entrem. Também tem dois seguranças na cantina para impedir brigas — algo que, pelo que ela disse, já aconteceu — e poucos espalhados pela , enorme , escola também para evitar brigas entre os alunos.

Ela disse que a sala de música estará aberta à qualquer hora, porém não é permitido ficar lá após o horário do curso de música ter acabado — que , no caso, termina às 16:40. O que mais animou os alunos foi uma surpresa que ela disse : de meses em meses , ou semanas em semanas, a escola irá trazer algum artista para nos entreter e disse que terão festas todo mês para os alunos.

Ela também disse outra coisa, disse que vai haver futuramente — daqui uns dois meses — um sorteio para a melhor sala de cada ano vai ter uma viagem por algumas semanas ou dias. A melhor sala do sétimo ano vai ir para um acampamento, a do oitavo ano vai para uma cidade — que é São Paulo — para ver um show de três artistas nacionais, a do nono ano vai para o Rio De Janeiro para ir pra praia e a do primeiro ano do Ensino Médio vai ir para a Bahia passar algumas semanas — aproximadamente dois meses e meio — na praia em um hotel.

Quando acabou seu — pela primeira vez nem tão tedioso — discurso, começaram a fazer uma chamada para separar as pessoas de cada sala. Para isso, dividiu as pessoas dos quatro anos (do Sétimo Ano, Oitavo Ano, Nono Ano e primeiro ano do Ensino Médio) em filas e deixou um professor de cada ano para chamar as pessoas — pelo sobrenome — que ficarão em cada sala.

Depois de minutos — uns vinte minutos eu acho — ainda não haviam chamado nosso sobrenome, então deduzimos que — obviamente — vamos ficar na última sala, que é a próxima chamada.

— E agora a última sala é a 26. — Avisou a professora de, aparentemente, trinta anos que descobrimos chamar Angelica. Ela falou cinco nomes e então disse nomes que , claramente, nos interessou. — Os Guerra's, Palillo, Medsen, Zapata...

Enquanto ela os chamava observávamos. O Guerra ainda tinha os mesmos cabelos castanhos de sempre e seus olhos estavam um pouco mais negros — se for possível na verdade — e enquanto andava até o grupo da sala deles aparentemente provocava Marcelina, que ainda tinha seus cabelos e olhos castanhos — porém seus cabelos estavam maiores , quase batendo na sua cintura — , deduzimos que ele a provocava porque ela estava de braços cruzados.

Jaime estava, digamos, diferente. Ele ainda tinha o mesmo cabelo castanho escuro e seus olhos ainda tinham o mesmo tom de antes , a diferença é que ele estava mais magro — não que antes ele era gordo — enquanto ele ria , junto de Daniel — que está igual antes, só que , igual Jaime e Paulo, está magro e , aparentemente, forte. Maria Joaquina também está igual, baixinha — algo que sempre foi — com seus cabelos negros e olhos verdes — que agora estão em um tom mais, digamos, intenso .

— Silva — Ih, tava bom demais pra ser verdade, sussurrei para Margarida assim que percebi que o Silva era o Abelardo, que somente assentiu com a cabeça. — Santos, Wayne — Ih, agora que tá tudo ferrado , sussurrou pra mim e então concordei assentindo a cabeça. Arqueei a sobrancelha assim que a víbora da Jullie chegou perto do Paulo e disse Parece que vamos ser da mesma sala, Paulinho e Evelyn disse isso pra Daniel, só que com um apelido super brega Danielzinho .

— Puth, Gusman — Uma garota de cabelos negros com mechas rosas e vestes, digamos, parecidas com a minha, se levantou e foi até nossos amigos, que sorriram e a abraçaram. Parece que eles nem se lembram de nós... — Garcia, Ferreira . — Percebi que nossos amigos ficaram surpresos. Em seguida a mulher disse o sobrenome de mais duas garotas.

FINALMENTE! Pensei que ia morrer e vocês ainda nem teriam me chamado. — Dramatizei me levantando da cadeira , e as duas outras garotas fizeram isso o que - aparentemente - confundiu nossos amigos , enquanto andava até o grupo da nossa sala, que era pelo visto liderado por nossa professora antiga. — Que sofrimento! A gente já tava morrendo ali. — Margarida assentiu com a cabeça concordando comigo.

— Menos Senhorita Ferreira, bem menos. — A professora Lola disse . Senhorita Ferreira? Que formalidade é essa agora? Ela sempre me chamou de Valéria , até de Val já me chamou, mas nunca de Ferreira ou Senhorita Ferreira.

— Senhorita Ferreira? Professora que formalidade é essa? — Arqueei a sobrancelha confusa. A Professora também arqueou a sobrancelha e quando ia dizer algo , foi interrompida por ninguém menos do que Jullie .

— Ah não! A barraqueira tá na minha sala e ainda tem esse sobrenome de certa pessoa? Aff! Era só o que me faltava. — Cruzou os braços , bufando alto. Certa pessoa, então quer dizer que a metidinha lembra de mim? Graças a Deus os curiosos estavam todos conversando, como se ela não tivesse meio que brigando comigo.

— Barraqueira é você que sai por aí batendo nas pessoas. — Falei cruzando os braços olhando para a mesma. — Agora, não sei se você é cega, mas eu tava falando com a professora. Você virou a professora? Não. Então fica quieta e deixa eu falar com ela. Obrigada, de nada. — Me virei para Lola, que ainda nos observava. — Não se lembra de mim professora? Tá,eu sei que eu e a minha amiga mudamos pra caramba mas bem que podia se lembrar.

— Infelizmente não me lembro das senhoritas. Podem me dizer da onde me conhecem ? — Perguntou com um sorriso meigo, que só ela tem, enquanto observava eu e Margarida e esperava os outros alunos chegarem.

— Ah Professora! A gente não se vê só a três anos. — Marga explicou , mas ainda assim a professora não entendeu direito. — Margarida Garcia, Valéria Ferreira... A gente mudou só de aparência mesmo. — Lola arqueou a sobrancelha, mas logo sorriu novamente.

— Vocês estão muito lindas meninas. — Sorrimos em agradecimento. — Então, o que fizeram esses anos?

— Ah, nada demais professora. — Respondi, dando de ombros. É verdade, não fizemos nada demais nesses três anos. — Mas ano passado, no final mesmo do ano passado, fomos contratadas pra sermos modelos. Hoje vamos ter nossa primeira sessão de fotos. — Sorrimos.

— Que bom! Parabéns pra vocês. — Deu novamente seu sorriso meigo e então agradecemos. — Já falaram com os meninos? — Perguntou se referindo à Marce, MaJo, Dani, Paulo e Jai. Negamos com a cabeça. — Tudo bem, então eu chamo eles. Marcelina, Paulo, Maria Joaquina, Daniel e Jaime, venham cá.

— O que foi professora? — Quem perguntou foi Daniel assim que chegaram.

— Reconhecem elas? — A professora foi direta, o que me surpreendeu e , aparentemente, surpreendeu os cinco e Margarida. Eles nos olharam e negaram.

— Não acredito que os guris não lembram da gente! — Cruzei os braços, fingindo estar indignada. Margarida logo entendeu e fez o mesmo que eu. Lola nos olhou e deu um sorriso brincalhão. — E depois se dizem melhores amigos. Três anos não é nada, nem mudamos tanto vai. Pelo menos a MaJo e a Marce tem que lembrar vai.

AI MEU DEUS! — Marcelina praticamente gritou e abraçou nos duas enquanto dava pulinhos animados. O abraço foi tão forte que quase ficamos sem ar, se ela não tivesse nos soltado estaríamos mortas agora! — Meu Deus! Vocês mudaram demais! Tirando o fato de falarem guris , isso não mudou. — Deu um sorriso brincalhão.

MaJo nos abraçou também e também disse que mudamos. Marcelina cimeçou a dizer animadamente que vamos dormir na casa dela e não tem como negar e vamos fazer uma festa do pijama pra contar tudo que aconteceu nesses anos que ficamos afastadas.

— Mano, eu to boiando aqui. — Daniel disse arqueando a sobrancelha e agora nos observando com curiosidade. Maria Joaquina fez um sinal pra ele ficar em silêncio. Paulo e Jaime concordaram com ele, também estavam boiando '-' Então eu falei:

— Jesus abençoa eles pelo amor de Deus! Tira a burrice da cabeça deles e coloca inteligência porque assim não dá pra viver. — Dramatizei . — Namasté. — Margarida me olhou como se dissesse Porque você disse isso? Não tem nada haver e então começou a rir. — Velhos costumes nunca mudam cara amiga. — Ela riu de novo junto das garotas.

Guris, Namasté... — Jaime então ficou boquiaberto em seguida, fazendo a gente arquear a sobrancelha. — Valéria? Margarida? Meu Deus! — Assim que ele disse nossos nomes Daniel e Paulo também ficaram boquiabertos.

— Finalmente ex-gorducho. — Brinquei com ele, que me fez uma cara feia. Levantei meus braços como se me rendesse e ele riu, me abraçando. Assim que saí do abraço, ele abraçou Margarida enquanto eu abraçava Daniel. Assim que parei de abraçar Paulo e ele parou de abraçar Marga , indaguei: — Então, o Paulo ainda continua com as brincadeirinhas?

— Sempre. — O mesmo respondeu com seu típico sorriso sapeca.

— Pelo visto já falaram com a falsa. — Maria Joaquina disse assim que viu o Trio vir junto de Jennifer em nossa direção. Margarida assentiu respondendo por nós duas e então disse Infelizmente.

— Antes andava com nerds, agora anda com barraqueiras Paulinho? — A víbora disse fazendo seu teatrinho de garota inocente. Ainda não acredito que ela tá dando em cima do Paulo sendo que ela maltratava as amigas dele, ou seja, eu e Marga!

— Nunca andei com nerds e com barraqueiras. Sempre andei com amigos, é diferente. — O Guerra respondeu dando de ombros enquanto sentava em uma cadeira que tinha ali.

— Uma vez preguiçoso, sempre preguiçoso. Né Paulinho? — Zoei Paulo, que me lançou um olhar irritado. A garota que estava com eles antes, a de mechas rosas, se aproximou e ficou junto de Marce e MaJo. — Que bonitinho, o Paulinho tá irritadinho. — Dei um sorriso brincalhão pra ele, que riu fraco.

— Menos Ferreira, bem menos. — Ele fez um sinal que me fez rir. — Jullie você pode dar licença?

PARA MUNDO ! — Margarida exclamou do nada, me assustando .Ela riu da minha cara e então disse: — Paulo Guerra pedindo licença? É o fim do mundo. Só pode gente! — Então começamos a rir.

— Parece que depois desses anos você e a Valéria só querem me irritar agora né dona Margarida? — O Guerra disse olhando para a mesma, que assentiu dando de ombros enquanto ríamos.

— Valéria? Margarida? As nerds sem sal? — Evelyn arqueou a sobrancelha enquanto revezava olhar para mim e para Marga. — Só podem estar brincando com a gente! Não tem como duas garotas feias do nada ficarem assim. Impossível.

— Por que estariam brincando? — Perguntei cruzando os braços. — Tá achando que estão brincando porque as "nerds sem sal" — Fiz aspas com as mãos. — estão mais bonitas que vocês? Por que as nerds sem sal são modelos, é? Querida, sua inveja bate e volta.

Antes que ela pudesse dizer algo, a professora avisou que temos que ir para a sala.

Esse Reencontro "Inesperado" é , definitivamente, a melhor coisa que aconteceu hoje.


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Notas finais do capítulo

❤ Espero que tenham gostado;
❤ Espero que comentem;
❤ Beijos de uma escritora.



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