Lá E De Volta Outra Vez escrita por Pacheca


Capítulo 69
O Fim Do Jogo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, tudo bom? Vim com grande gosto encerrar esse ciclo maravilhoso (um dos melhores do jogo pra mim) e satisfazer o gosto de vocês por leitura (espero) ♥ Enfim, espero que gostem, beijos ^~^



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    Na caminhada de volta para casa, tentei não me preocupar tanto com Lysandre. Afinal, eu não sabia nem se ele realmente chegou a sair de casa e acontecera algo, ou se ele apenas ficou em casa. Era frustrante, mas me preocupei em chegar em casa antes de fazer qualquer coisa. Tranquei a porta e subi na ponta dos pés até meu quarto. Assim que passei pela porta, soltei o brinco perto do computador e me virei para guardar meu casaco, até a porta ranger.

    Tomei um susto com o vulto da minha mãe atrás da porta, os braços cruzados e a expressão nada simpática.

    – Boa noite, Anna. Como passou sua noite?

    – Mãe... – Eu não tinha nem com o que me defender. Eu literalmente acabara de tomar o flagrante mais bem dado do século.

    – Fico curiosa em saber como você sai e entra tranquilamente em casa depois de uma da manhã. E acredito também que a gente já tinha tido essa conversa. – O tom de voz ainda era baixo, provavelmente para não acordar meu pai, mas a severidade do puxão de orelha, aquela não dava pra ser disfarçada. – Se você faz tanta questão em ver esse garoto, eu adoraria saber que você confia em nós e que não vai ficar se esgueirando pra rua afora nesses horários.

    – Eu sinto muito, mesmo. E eu prometo que não vai mais acontecer.

    – Ah, mas isso eu também garanto. Um dia é um encontro noturno, no outro você some a noite inteira na casa desse menino. Eu imagino que pelo menos o direito de saber onde minha filha está eu ainda tenho, mesmo que você não queira me contar mais nada.

    – Eu confio na senhora, eu sei que fui errada. Me desculpe... – Ela percebeu que eu ia complementar algo, mas me interrompeu antes que eu continuasse.

    – E não precisa se preocupar com seu pai. Eu acho que ainda tenho alguma autoridade pra lidar com você sozinha. – Antes que eu dissesse qualquer coisa ela ergueu um dedo e firmando ainda mais a voz completou. – Tome isso como uma advertência. Se algo sequer parecido acontecer, pode saber que ele tomará conhecimento. Entendido?

    – Sim, senhora. Obrigada, mãe.

  – Você sabe que eu só quero sua felicidade e sua segurança. – Finalmente a postura brava dela se desfez e ela suspirou, apertando minha mão. – Agora já para a cama. E ai de você se acordar atrasada amanhã.

    – Boa noite, mãe. Obrigada. – Ela resmungou em resposta e voltou ao seu quarto, sem mesmo esperar para ver se eu acataria a ordem de dormir. A exaustão dos dois confrontos da noite certamente me ajudaria a apagar logo.

    Deitada, encarei a pintura na minha parede. Eu ainda não sabia como iria coloca-la em seu devido lugar, mas amanhã todo aquele pesadelo estaria encerrado. Mas hoje, meus sonhos ainda seriam estampados por aquela chantagista. E agora ela tinha um rosto.

    Charlotte.

    Eu acordei com o despertador, e mesmo não sendo fácil abrir os olhos, consegui me sentar e pegar meu celular. Tinha uma mensagem de Lys, recebida as duas e trinta e quatro.

    “Sinto muito por não ter aparecido, te explico melhor hoje. Espero que tenham conseguido algo. Beijo.”

    Será que ele tinha ficado acordado esperando alguma notícia? Pensei em responder, mas nos veríamos em menos de uma hora agora. Seria melhor repassar os fatos pessoalmente. Abri meu guarda roupa e olhei minhas opções. Seria nosso dia de triunfo, então era bom estar vestida a altura do evento.

   Vesti uma saia com uma camiseta e um par de tênis, mas com a brisa leve que entrava pela janela, decidiu jogar um quimono florido por cima. Mais um dos presentes que eu ganhara e quase nunca tinha usado. Prendi a franja do cabelo com uma tiara também de flores e me dei por satisfeita. Dava para dar uma surra em alguém estando fofa, não?

    Antes de sair me certifiquei de ter o brinco em um dos bolsos da mochila, e sai. A caminhada, pela primeira vez, me deixava inquieta. Quando cheguei ao portão da escola, vi a cabeleira ruiva sumir pelo pátio. Sai correndo tentando alcança-la.

    – Iris. Iris, oi. – Segurei-a pelo braço, e ela parecia preocupada e cansada. Suspirei.

    – Anna, que bom. Preciso falar com você. – Concordei e fomos até os bancos do jardim, mais vazios àquela hora. – Ela me mandou outra mensagem ontem à noite. Disse que eu teria de pagar pelo que aconteceu ontem. Ela quer que eu deixe 700 dólares no meu armário no horário do almoço. Me forçou a passar meu código e disse que ninguém mais poderia estar no corredor, nem eu.

    – Cretina. Ela quer os quinhentos dólares e ainda quer te penalizar por ter me levado ontem, miserável.

    – Está tudo bem, eu não tenho o dinheiro mesmo. Assim que ele abrir meu armário e só ver meus livros ela vai mandar aquelas fotos pra todo mundo. – Os olhos de Iris começaram a se encher de lágrimas, e eu não me contive.

    – Não vai, não. A gente vai tirá-la de cena.

    – A gente não tem nada contra ela, Anna.

    – Temos os e-mails, eles servem de prova.

    – Eles são anônimos, não dá pra dizer que foi ela.

    – Não, mas eu tenho certeza que é quase impossível enviar um email sem deixar qualquer rastro. Um número de IP, sei lá. Armin deve saber com mais exatidão que eu. – Iris secou o rosto, tentando não perder o controle. – Fora que, ela está começando a entrar em pânico.

    – Como assim?

    – Ela está se descuidando, Iris. Ela já cometeu um erro hoje, o horário da troca. É a primeira vez que ela pede algo de manhã, sim?

    – É sempre durante a noite.

    – Exatamente. Se ela vai estar na escola durante o horário do almoço, ela acabou de se entregar como uma aluna daqui.

    – Acho que sim. Mas ainda não prova que é ela.

    – Pode não provar pros outros, mas prova pra nós. E somos nós mesmos quem vamos jogar o erro dela contra ela mesma. Entendeu?

    – Acho que sim. – Ela concordou lentamente com a cabeça. Segurei sua mão e olhei ao redor antes de prosseguir.

    – No horário de almoço, assim que bater o sinal, você vai passar normalmente pelo seu armário, e depois vai pro refeitório. Quando ela aparecer, ela vai ver que cometeu um erro.

    – Mas e se...

    – Não vou estar sozinha. Dessa vez o Lysandre não vai ter desculpas pra não aparecer por lá. E ele já provou que consegue humilhar alguém quando ele quer. – A memória amarga da cena que ele causou com Priya no pátio me fez tremer, mas eu tinha que reconhecer que seria útil agora. – Vai acabar, Iris, eu prometo pra você.

    Ela concordou, agora mais calma e com um brilho de esperança nos olhos. O primeiro sinal tocou e tomei isso como nossa deixa para irmos para a aula e finalizarmos nosso plano de ação. Antes mesmo de entrar na sala, mandei uma mensagem para Lysandre simplesmente pedindo pra ele me esperar entre uma aula e outra.

    No entanto, ele me encontrou antes que eu entrasse para a sala. Estávamos no corredor, e ele me puxou para uma das salas vazias. Olhei o relógio, só tínhamos mais alguns minutos.

    – Você tem o poder de me aparecer cada dia mais bonita. – Respirei fundo, sentindo meu corpo lutar contra minha força de vontade e querer se derreter inteirinho pelo chão afora. Ele não tinha o direito de ser tão encantador. Respirei fundo pela segunda vez e finalmente falou.

    – Por que não apareceu ontem?

   – Leigh. – Ele suspirou, se escorando em uma das mesas. – Ele reparou que eu já tinha saído tarde no outro dia e ficou preocupado, quis conversar comigo. Eu achei que ainda teria tempo, mas ele acabou estendendo muito o discurso de irmão mais velho.

    – Tudo bem, eu só...eu confesso que a ideia de ter você lá me deu mais coragem, e na hora h eu estava sozinha. Quando eu tive que esperar na rua do mercado, foi um pouco apavorador.

    – Eu sinto muito, Anna. – Nesse minuto ele percebeu o arranhado de leve no meu rosto e pôs a palma de sua mão sobre ele, cobrindo grande parte do meu rosto.

    Deixei de lado o assunto e decidi simplesmente passa-lo tudo que tínhamos conseguido ontem, inclusive o brinco que eu peguei na mochila. E também já o expliquei sobre o plano do horário do almoço. Ele concordou, quieto.

    – Ela é esperta, a Charlotte. Ela é discreta, quase some do lado das outras duas...

    – E precisaremos convencê-la a deixar Iris em paz.

    – Vai ser difícil sem provas concretas.

    – Pois é, veja bem... – Ele me olhou, esperando eu concluir o raciocínio. – Se a gente for convincente o suficiente, não acho que ela vai querer tirar satisfação com o Armin.

    – Quer mentir que ele tem algo concreto? – Concordei. Não era ruim mentir se salvaria Iris nessa história. E dessa vez ele concordou comigo. Fomos para a sala assim que o segundo sinal tocou, e depois disso a manhã passou num passo estranho. Rápido e também devagar demais.

    Vi Iris fazer sua parte, ir até o armário, olhar ao redor e ir para o refeitório. Eu e Lysandre estávamos na escadaria, observando de longe. A medida que o movimento foi diminuindo, lá veio a cobra de pernas com os cadernos na mão e a cara de paisagem.

    Lysandre ergueu seu rosto do meu pescoço e pegou minha mão, assim que ouvimos o barulho do armário sendo aberto às pressas. Saímos os dois correndo pelo corredor até vermos a criatura revirando o armário.

    – Então era você mesmo, olhe só. – Engoli qualquer sombra de ansiedade que eu estivesse sentindo e me soltei do Lysandre. E o tom debochado veio quase que por natureza.

    – Como você consegue se olhar no espelho depois de tudo isso? – Já comentei que a voz do Lysandre fica mais grave quando ele fica nervoso? Não sei se ele só não falava tão arrastado, ou qual a possível causa disso, mas chegava a ser perturbador. Sexy.

    – E o que é que vocês acham que sabem? Eu não fiz nada de mal.

    – A não ser por chantagear uma garota dentro da própria escola, nada. – Completei.

    – Eu só estou mexendo no meu armá... – Ela não teve tempo de acabar. Lysandre avançou feito um raio na direção dela e bateu a portinha do armário com força além da necessária. Pela primeira vez vi uma fagulha de medo no olhar dela.

    – Me diz uma coisa, você sabe ler? – Ele a segurou pelos ombros, forçando-a a encarar a portinha metálica. Ele apontou as letrinhas verdes com glitter roxo coladas na portinha, soletrando cada letra como se Charlotte realmente não soubesse ler. – Iris. Diz Iris.

    – Você não tem direito de encostar em mim. Eu vou buscar a diretora. – Ela começou a tremer nas bases. Ponto. A brutalidade realmente fora o melhor caminho aqui.

    – Chama. Chama e a gente também já mostra pra ela as provas que a gente tem contra você. – Levantei o brinco dela como quem não liga, mas sempre tomando cuidado para não deixa-la pegá-lo de volta.

    – Você não tem prova nenhuma contra mim. Nada, nada! – Ela começou a falar mais alto, mas ainda dava para perceber que ela estava ficando sem saída. Sorri de canto.

    – Jura, Sweet-Queen? Prepotente... – Falei no mesmo tom debochado, vendo a cor começando a fugir do seu rosto.

    – Não foi culpa minha. A culpa é dela quem achou que podia roubar meu namorado sem nenhuma consequência.

    – Ah pronto. – Revirei os olhos, ao que ela finalmente revelou sua fúria.

    – Ele estava comigo. O Tim era MEU NAMORADO! E ele teve a coragem de tirar aquelas fotos dela e deixa-las no computador, o idiota. – Andei até ela e ergui um dedo, cutucando o nariz dela em provocação. Ela chegava a tremer de raiva.

    – Número um, ela não sabia de você. Iris nunca faria isso se ela soubesse. Número dois, o babaca da história é seu “namorado”. Quem te desrespeitou foi ele. Mas ele é homem, né? O eterno bebê da sociedade que nunca erra, os erros são sempre da outra mulher. E mesmo que fosse. Não tem justificativa pra assédio. – Eu finalmente tirei o sorriso do rosto e me aproximei mais ainda. O bom de ser uma menina alta é que dá para encarar as pessoas e fazer com que elas se sintam pequenas.

    – Vocês continuam não tendo provas. – Ela insistiu. O jogo já estava praticamente ganho, todo mundo ali sabia, mas ela não queria desistir.

    – Ah, não? – Finalmente dei um passo pra trás, percebendo que ela respirou fundo com o ato. – Na verdade, Armin estava bem disposto a nos ajudar. Você sabe quem, o garoto do vídeo game? Acontece que ele também é muito bom com tecnologia no geral. E adivinha só o que ele tem...Provas.

    – E ele só precisa de um aviso nosso para enviá-las a quem mais interessa, a polícia. – Lysandre estava se provando tão bom ator quanto músico. Meu namorado tinha vários talentos, olha que incrível.

    – Estão mentindo.

    – Se você está tão certa disso, vá em frente. Teste.

    E então a coisa começou a desandar um pouco. Ela deu uma risada alta, daquelas mal intencionadas, e começou a falar.

    – Vocês acham que vão me dobrar assim? Eu sei de tudo também. Vocês dois se pegando pelos corredores, isso não me passou despercebido. E vocês querem manter tudo em segredo, não é? Então caiam fora ou eu conto tudo para a Peggy.

    Segurei o riso. Lysandre olhou pra mim de trás dela, sorrindo também. Dei de ombros para Charlotte, notando que nosso jogo já estava ganho.

    – Quer fazer isso? Podemos fazer isso. – Peguei na mão de Lysandre e comecei a falar alto pelo corredor. – Ei, pessoas, eu e Lysandre somos um casal. Nós namoramos. Peggy, venha cá!

    – Não temos nada a esconder, Charlotte. Aliás, Lys, a gente já deveria ter mandado Armin acionar a polícia...

    – Não, por favor, não! Eu...

    – Você vai parar agora mesmo com esse joguinho de chantagens nojentas que você fazia. – Lysandre voltara a falar, o tom de voz firme e grave, perto do meu ouvido agora que ele tinha me dado um abraço por trás. – Emails, mensagens, tudo isso. Se a Iris receber qualquer coisa parecida de novo...

    – E as fotos. Você vai acabar com cada cópia que você tenha, qualquer arquivo salvo. Se eu sonhar que essas fotos ainda existem, você vai implorar pra chamarem a polícia pra te proteger.

    – Eu faço. – Agora ela chorava, desesperada. E pela primeira vez, eu não dei a mínima em ver alguém chorando. – Só por favor não contem pra ninguém...se meus pais souberem...

    – Você está “salva” se fizer o que te dissemos. – Ela olhou para os lados, concordando, feito um animal silvestre nos faróis de um carro da rodovia. – E mais uma coisa, Charlie...A gente lava a roupa suja em casa. Lembre-se disso.

    E ela saiu em disparada para os fundos do corredor, ainda chorando. Lysandre sorriu pra mim, apertando um pouco o abraço. Sorri de volta, ainda preocupada.

    – Acha que ela vai cumprir tudo?

    – Ela seria louca em não fazê-lo, mas ainda estamos com a vantagem. Mas eu preciso adicionar algo...Eu nunca te vi sendo tão forte em um confronto assim. Me deixou orgulhoso.

    – Bem, eu confesso que também estou chocada com toda essa força e orgulhosa de mim mesma. – Sorri, satisfeita. Me virei dentro do abraço e passei meus braços por seu pescoço, olhando em seus olhos. E sem pensar nem mais um segundo eu fechei a distância entre nós. Se tinha jeito melhor de agradecê-lo pela ajuda, eu não sabia qual seria.

    – Charlie, você está aqui? O que demora tanto, hein? O QUE?

    Tomei um susto e me soltei de Lysandre, ainda meio ofegante. Ambre nos encarava como quem tinha visto um fantasma ou um unicórnio, não sei. E antes que eu dissesse qualquer coisa ela saiu correndo pela mesma direção que Charlotte tinha saído. Lysandre deu de ombros, também meio surpreso.

    – Deveríamos ir tomar um ar, sim? Foi um baita confronto. – Sugeri, sentindo meu coração martelando. Por mais que eu acabasse de gritar sobre meu relacionamento no corredor, ser pega com a boca na botija (ou no meu namorado neste caso) enterrava de vez qualquer segredo. Ele concordou, sem soltar minha mão.

    Empurrei a porta do corredor, ouvindo a comoção do lado de fora. Olhei para Lys, vendo o grupo de alunos falando entre si enquanto uma sirene policial berrava logo no portão do colégio. E quando vi Alexy correndo, para perto da diretora, consegui notar no garoto parado ao lado dos policiais.

    – Aquele é o Armin? Armin. – Me soltei e sai correndo atrás de Alexy, tão desesperada quanto ele, apavorada com a possibilidade de ter feito meu amigo ser preso.

    – Diretora, meu irmão, ele... – Alexy estava tão nervoso que nem conseguia formular uma frase para defender o próprio irmão. A diretora começou a conversar com os policiais, que simplesmente a cortaram dizendo que seria resolvido na delegacia. E saíram arrastando Armin pelos braços até a viatura.

    Corri até a janela do carro, vendo a cara de desgosto dos policiais. Armin se apressou a vir pegar minha mão, também meio apavorado, mas tentando não perder as estribeiras.

    – Armin, o que é isso?

    – Não tem nada a ver com você, relaxa. Relaxa, ok? – Ele apertou minha mão e se esgueirou todo pela janela enquanto o policial no carona ainda prendia seu cinto. – Vai ficar tudo bem.

    E me dando um beijo na bochecha ele se enfiou de volta no carro, para logo em seguida os guardas subirem e travarem os vidros, partindo logo em seguida. Alexy parou do meu lado, vendo o carro se afastando.

    – Anna, meus pais vão matar o Armin. Você sabe algo disso?

    – Não, juro que dessa vez não. Vai ficar tudo bem, ok? Ele vai se explicar e vai ficar tudo bem. – Prendi Alexy num abraço, que o forçava a se abaixar bem pouco para apoiar a cabeça no meu ombro e finalmente chorar.

    O que infernos o Armin tinha feito?


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Notas finais do capítulo

É isto, caso eu não passe aqui novamente até o fim do ano, boas festas. Caso eu passe, desejo de novo que boas festas nunca é demais haha