Uma Semideusa Inadequada escrita por Geek Apaixonada


Capítulo 22
Progresso


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁ VOCÊ QUE ESTÁ LENDO ISSO! Então... Não me odeie. Por favor, eu sei que eu sou uma péssima autora que vive atrasando, mas não desistam de mim *--* E como um pedido de desculpas pela demora deste capítulo, aqui está uma fanart muito fofa do Apolo e da Ártemis, mas que nós podemos fingir ser a Tracy por que ela vive mudando a cor do cabelo e também usa arco e flecha ;)



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☼  ❅

Peguei a lista para reler o nome da amante e me assustei de novo. Eram muitos nomes! E toda vez que eliminávamos um, outro surgia no lugar. Eu sentia que jamais íamos acabar essa missão.

— Lindsay – falei para Juliet. – Lindsay Stuart.

Ela disse “ok” e tocou a companhia. Uma garotinha de nove anos atendeu. Cabelos loiros e olhos castanhos.

— Quem são vocês?

— Somos Juliet e Tracy e estamos à procura de Lindsay Stuart. Você poderia chamá-la?

A criança se virou, hipnotizada, e adentrou na casa. Assim que ela se foi, lancei um olhar irritado para a filha de Afrodite.

— Você acabou de usar o charme em uma criança?

Ela deu de ombros. Alguns segundos depois uma mulher de mais ou menos quarenta anos apareceu na porta. Claramente era mãe da menina, por que as duas eram idênticas.

— O que vocês querem? – perguntou desconfiada.

— Bem, minha senhora... – Juliet deu seu melhor sorriso. – Gostaríamos de saber se você não tem alguns pomos de ouro escondidos aí na sua casa... Tem?

A mulher adquiriu um olhar meio hipnotizado e disse:

— Não. Não tenho. – sacudiu a cabeça confusa. – Espera, o que?!

Juliet inclinou a cabeça pra perto da minha e sussurrou – É agora que a gente corre, Stone.

E foi o que eu fiz. Nós praticamente apostamos uma corrida, como eu fazia com Lyra e Wendy no Acampamento Meio-Sangue. Eu quase sempre ganhava em primeiro lugar.

 

Um mês atrás

 

— Tracy? – chamou Apolo. – Tracy?

— O que? – falei desanimada.

Ele parou no portal que levava ao banheiro e me olhou preocupado. Estava só com uma toalha enrolada na cintura.

— Hum... eu ia perguntar se você não quer tomar banho comigo.

Olhei finalmente para ele e lhe lancei o meu olhar mais fulminante.

— Ok, eu já sabia que essa seria resposta...  – e acrescentou baixinho: - Mas não custa nada tentar, né...

Bufei e me revirei na cama, virando para o outro lado da parede enquanto ele entrava no banheiro. Fiquei encarando meu pôster dos Sex Pistols. Estava insatisfeita. E fiquei ainda mais irritada que ele não tivesse reparado nisso.

— Ah, por favor, não me diga que você dormiu!  – Apolo voltou do banheiro, depois de algum tempo. – Tracy?!

Revirei os olhos. – Como vou dizer que estou dormindo, dormindo?!

Ele ficou em silêncio e senti seu olhar sobre mim. Ouvi seus passos em direção à cama e senti seus braços envolverem meu corpo num abraço. – Está tudo bem?

Me virei para ele, girando dentro de seus braços, e fuzilei irritada aqueles olhos azuis. – Parece que está tudo bem?

Ele se afastou um pouco. – É TPM?

Isso só me fez fechar os olhos e suspirar. Ás vezes Apolo diz coisas tão estúpidas...

— Não. Não é nada disso.

— Então o que é?

A verdade é que eu nem sabia explicar. Era um monte de coisa ao mesmo tempo. Primeiro eu estava de saco cheio dos professores. Está ficando cada vez mais difícil aprender alguma coisa, como se minha dislexia e meu déficit de atenção estivessem piorando. Também estava magoada com meu pai, que só vinha cancelando nossos programas. Isso tudo me fazia sentir saudades do Acampamento Meio-Sangue, mas em hipótese alguma vou voltar pra lá. Não posso encarar meus antigos amigos...

— Estava pensando em voltar pro Acampamento.  – confessei. – Mas não sei se é uma boa ideia.

Ele franziu as sobrancelhas, confuso, e então sua expressão suavizou, como se ele tivesse entendido.

— Aquilo não foi culpa sua.

— Foi sim.

— Não, não foi. – ele se inclinou e beijou minha testa. – E se você quer saber, ela está no Elísio agora. Você precisa superar isso.

— Eu sei...

 

Presente

 

Me apoiei num poste para recuperar o fôlego, após vencer a corrida de Juliet.

— Caramba – ela apoiou as mãos nos joelhos, arquejando. – Você tem a benção de Hermes, por acaso?

Ri disso e entrei na casa. Nós arrumamos nossas coisas e esperamos Trent chegar. Ele demorou tanto que ficamos preocupadas, e quando chegou, parecia um mendigo, todo surrado.

— O que aconteceu com você? – perguntei, franzindo as sobrancelhas.

— Eu encontrei um pomo.

E estendeu a mão, segurando uma maçã dourada.


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