A Feiticeira e o Contrabandista escrita por Espíndola
Notas iniciais do capítulo
Este capítulo foi trocado. Era pra ser de Melisandre, mas depois de reler a fic toda, eu resolvi inovar e colocar um novo ponto de vista.
(Talvez pensando em uma continuação para a fic posteriormente, rs. O que acham?)
Reis falsos haviam caído. Sua verdadeira vingança contra o Usurpador Robert Baratheon não poderia ser cumprida de qualquer forma. Bastava-lhe tomar o que antes seus ancestrais conquistaram. Com Fogo e Sangue, se preciso for. Uma lua se passara desde que a verdadeira Rainha sobrevoara a primeira vez a capital dos Sete Reinos. Não apresentou-se ao irmão mais velho do Usurpador, pois esperava seu Khal chegar com Rhaego e seu Khalazar em segurança. Só então, terei a minha cavalaria. Pelo menos, ela constatou que as defesas inimigas eram fracas e desguarnecidas. Se quer tentaram me flechar.
Todas as noites, Dany voltava para Pedra do Dragão. Castelo que já tinha conquistado sem derramar sangue. É meu por direito. Fez com que Sor Axell Florent não só abaixasse as armas, como a servisse fielmente como Rainha. O Magíster tinha razão. Eles me apoiarão. Positivamente, ela pensava, pois na manhã seguinte, teria o primeiro encontro com Stannis. Portanto, aproveitou bem aquela noite. Fez amor com seu Khal, que adoecera na viagem, mas em breve estaria apto a montar e comandar novamente. Na cama, Drogo mantinha a voracidade comum e a possuía com o desejo de um verdadeiro Rei. Eles também o aceitarão.
Antes de dormir com seu Khal, foi embalar o filho no sono. Rhaego era um lindo bebê, as marcas de escamas nos braços e peito deixavam-lhe mais temível. Ele é sangue do dragão. A mãe confiava ao contemplar os olhos violetas dela em sua cria. E tem as sombrancelhas grossas do pai. É o garanhão que cavalgará o mundo. Ela tinha ficado dias sem amamentá-lo, confiando em suas aias grávidas a bordo, mas Rhaego provava que gostava do leite de sua verdadeira mãe, pois antes de adormecer, sugou-lhe com a força de seu pai.
(…)
— Rainha Daenerys Targaryen, Rainha dos Ândalos, dos Rhoinares e dos Primeiros Homens. Senhora dos Sete Reinos, Khaleesi e Princesa de Pedra do Dragão. — Quando seu proclamador concluiu, Drogon soltou fogo pelas ventas, demonstrando o poder de sua Casa. Os Dragões são inteligentes. Ela refletiu. O Velho fez uma breve saudação, assim como a mulher de vermelho ao seu lado.
— Este é Lorde Davos Seaworth, a Mão-do-Rei Stannis Baratheon. — Sor Axell finalizou seu papel sem apresentar a dama. O Velho percebeu e esclareceu Daenerys.
— Esta é a Sacerdotisa Melisandre de Asshai. É comum nos Sete Reinos que façamos reuniões como essas com a presença de um “homem” de Deus.
— Majestade, é um prazer conhecê-la. E servi-la. — A Sacerdotisa refez sua reverência.
— E onde está o Rei? — Ela indagou, depois de reconhecer a presença de Melisandre na reunião feita a céu aberto, fora dos portões da cidade.
— Em guerra. — O senhor grisalho respondeu. Ele não me chama pelos títulos. Dany reparou. Gostaria da presença de seu Khal naquele momento, talvez o Lorde machista a enxergasse melhor. Ele perguntou: — O que quer de nós, Daenerys Targaryen?
— Submissão, Lorde Davos. Exijo que abaixe as armas e reconheça meu direito a governar este continente em nome de meus ancestrais. — A Nascida na Tormenta definiu.
— Não posso entregar a Capital em nome do Rei. Meu cargo não me permite isso. — Ele revelou de modo aflito, mas sincero aos ouvidos de Dany. Ela não queria começar uma guerra. Fora tão digno o modo como conquistei Pedra do Dragão. Com o Reino, não será diferente. Viserion bufou como se concordasse com seus pensamentos. Diferente do Velho, a Sacerdotisa não parecia assustada, mas vislumbrada com o poder de suas crias.
— Então eu a conquistarei com Fogo e Sangue, Lorde Davos. — Ela ameaçou com peso. E Rhaegal levantou vôo. Eles não estavam acorrentados e por isso, nenhuma montaria estava próxima, além de sua égua prateada, que habituara-se aos seus filhos. Ela também estava acompanhada. Apenas Sor Jorah Mormont e sor Axell Florent, que era irmão da falsa Rainha de Stannis, faziam sua escolta.
— Vejo um Rei verdadeiro e uma Rainha verdadeira, vossa Alteza. — Melisandre falou.
— A Rainha Daenerys Targaryen é a Khaleesi de Khal Drogo, futuro Rei de Westeros. Um poderoso Dothraki. — Seu urso nortenho rugiu, esclarecendo.
— Impossível. Um Dothraki nunca irá governar os Sete Reinos com paz. São bárbaros. — O Velho tolo abriu a boca pra dizer. Não deve ter nascimento nobre. A julgar por Sor Axell...
— Creio que seu cargo também não possa discutir tais possibilidades, Lorde Davos. Está decidido: Fogo e Sangue. — Daenerys provocou. Já estou cheia desta conversa. Ela não era, nem nunca seria, uma Rainha de ameaças vazias.
— Alteza, convido-lhe a sobrevoar o extremo Norte deste continente. O grande inimigo se prepara para cair sobre nós. Vejo que não está disposta a derramar sangue em sua reconquista e tem minha admiração profunda por isso. — A Sacerdotisa revelou inesperadamente, todos refletiam sobre suas palavras quando ela concluiu: — Quando seu ancestral conquistou os Sete Reinos, ele tinha ao seu lado duas Rainhas. Percebe? — O Velho quase rosnou com a sugestão de sua Sacerdotisa, entretanto, Daenerys via algum sentido em suas palavras. Não preciso me casar com Stannis. Drogo não toleraria isso. Todavia, a Mãe dos Dragões estava determinada a sobrevoar este suposto perigo quando tivesse seu governo garantido.
— Não pretendo me casar novamente, Sacerdotisa. — Ela esclareceu.
— Ainda nem vistes nosso Rei. Ele é forte e tem seu sangue nas veias. A avó dele foi Rhaelle Targaryen, irmã do velho Rei Jaehaerys II Targaryen, seu avô, Alteza. É um digno pretendente. — Melisandre deixou no ar. Dany nunca tinha ouvido falar da beleza de Stannis, ao contrário, seu cunhado Sor Axell afirmara se tratar de um homem magro e carrancudo. Mas poderia se tornar a Mão-da-Rainha. Caso consiga voar em dragões.
— Stannis é casado com minha irmã. — O castelão de Pedra do Dragão lembrou.
— Selyse está morta. — O Velho abaixou a cabeça. — Infartou ao ver seus Dragões.
— Que seja. Em respeito a minha família, aguardarei o retorno de seu falso Rei, e só com ele, voltarei a tratar. Mas a Sacerdotisa vem comigo, como sinal de boa fé. — Sentenciou a Rainha.
— Não! — O Velho levantou a voz pela primeira vez. — É a Sacerdotisa do Rei. Seria uma afronta diante seu retorno. — Tentou explicar um pouco constrangido.
Ela pensou em matá-lo ali mesmo. Fogo e Sangue. Estava tão perto de sua conquista que a ansiedade tornava-a violenta e vingativa. Este Senhor irá morrer.
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Espero que curtam! Responderei todos os comentários!