A Feiticeira e o Contrabandista escrita por Espíndola


Capítulo 4
Stannis I




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Oito dias já haviam passado desde que cremara Tommen e até agora, Tywin Lannister não se pronunciara. Melisandre afirmou ter visto sua vitória perante todos. Agora ela tem certeza. Conseguiu até fazê-lo ver nas chamas novamente. Se tem algo que essa mulher tem, é palavra. E a força do Senhor da Luz consigo. Todos sucumbiriam. Restava traçar o plano que determinaria isso no campo de batalha. Por isso, todos os grandes senhores estavam reunidos na Sala do Conselho, naquela tarde chuvosa.


— Príncipe Doran respondeu. Desde que Myrcella permaneça em Dorne, suas lanças estão conosco. — Confirmou o cavaleiro que seu irmão perdoara, – Stannis agradecia a clemência de Robert, pois não havia comandante melhor para sua Guarda-Real – Sor Barristan Selmy.


Selmy entregou o pergaminho de Pycelle para o Mestre-da-Moeda, que somou avidamente sem avaliar o documento: — Notícias melhores vos trago. Lorde Mace Tyrell ofereceu a mão de sua filha Lady Margaery para Sor Edric Storm, caso o cavaleiro seja feito Senhor de Ponta Tempestade. — Ele sorriu maliciosamente para Stannis. Não confio nele. Lá no fundo, o Rei acreditava que Petyr estava envolvido com a fuga de Joffrey. Ou Pycelle. Ou os dois.


— E a Senhora Lysa Tully? Alguma resposta do Vale? — O Senhor do Mar, Lorde Lucerys Velaryon indagou à Pycelle, que respondeu devagar: — O união matrimonial da Princesa Shireen com Robert Arryn é bem-vindo, hm-hmm, desde que aconteça no Ninho da Águia.


— Robb Stark permanece em sitiado em Correrio e também oferece Edmure Tully como esposo da Princesa Shireen, se deixarmos o Norte livre. — Lembrou o Cavaleiro das Cebolas.


— Basta! — Stannis falou mais alto do que gostaria. — Não estão vendo que todos estes traidores estão fazendo exigências? Nós que estamos na Capital, controlando os Sete Reinos, quer queiram, quer não. Nossos homens estão prontos, Mestre-de-Guerra?


— Todos os quarenta e dois vassalos reunidos, vossa Majestade. — Lorde Ardrian Celtigar respondeu com exatidão. — Prontos para partir conforme suas ordens. Por terra ou por mar.


— Iremos para a Guerra então. Não casarei minha filha com nenhum traidor. — Revelou.


— E quanto a Sor Edric Storm? Podemos considerar a Campina aliada, vossa Alteza? — O Mestre-da-Moeda perguntou-lhe. — Perdoe a insistência, mas julgo urgência na decisão.


— Sim, após o término da guerra. Por hora, Mace Tyrell deve mostrar a lealdade de sua oferta nos acompanhando na marcha. Assim como Dorne. — Petyr acenou em compreensão. — Lorde Davos Seaworth deverá governar Porto Real em minha ausência. Como Mão-do-Rei, não creio que haja alguém melhor para tal tarefa. — Parecia que o Cavaleiro das Cebolas iria interrompê-lo para contestar a decisão e para evitar o constrangimento do amigo, continuou rapidamente: — Partiremos amanhã.


Ninguém ousou perguntar se a Feiticeira iria, mas todos pareciam indagá-lo mesmo assim. Stannis nada falou sobre isso, precisava conversar com Melisandre antes.


(…)


Depois que sua Rainha dormira, o Rei arrastou-se para os aposentos vizinhos, onde sabia que encontraria sua Sacerdotisa aprumando-se para a vigília. O único guarda por quem passara fora Sor Matthos Seaworth, que comportara-se como uma estátua, sem sequer saudar-lhe.


Entrou no quarto dela e em seguida, trancou a porta com a chave da prateleira de livros. Ela estava na banheira, ele sentiu o calor do vapor e o cheiro de suas loções no ar. Tirou a túnica dourada e foi dividir aquele banho. Ela o recebeu positivamente, sem dizer qualquer palavra além de uma sensual saudação com a coxa ensaboada. Já estava rijo quando molhou-se na água morna. Agarrou-se a sua amada Sacerdotisa, beijando-a e apertando-lhe seus duros seios. Não se culpava mais por trair a Rainha. Melisandre havia convencido Selyse de que ambas não podiam mais ter filhos e de alguma forma, conseguira a aceitação dela.


Enquanto penetrava sua boceta submersa com prazer, parando apenas para morder seu ombro, desejava mais. Abriu as pernas da mulher e foi ao fundo. Ela vai me dar um herdeiro. Estava tão compenetrado que quase suplicava com palavras, mas ela gemia tão alto que ele conseguiu se conter. Todavia, segurar seu gozo era impossível com ela. Extasiou-se.


Podia jurar que ela começaria a falar algo, como sempre fazia quando terminavam a transa, mas dessa vez, ela ficou quieta. — Eu te machuquei? — Questionou, buscando ser passional.


— Não, meu Rei, nunca. Foi muito prazeroso para mim. — Respondeu sinceramente.


— Então o que o atormenta, mulher? — Ele sabia que ela escondia algo, estavam encalacrados demais nos últimos meses. — Fale de uma vez. — Ordenou.


— Eu terei um filho, Majestade. — Ela confessou.


Seu coração quase saiu pela boca e ele questionou em um delírio controlado: — Eu terei um herdeiro? É isso que está dizendo, Melisandre?


— Não, Stannis. — Ela retirou-se da banheira, derramando água. — Já lhe falei que não posso gerar vida, apenas morte. — Enrolou-se em uma manta escarlate com o veado coroado e o seu coração flamejante. — Não feche a cara pra mim. Eu nunca menti para você.


Não entendo... O Rei mergulhou a cabeça mais uma vez para refrescar-se e retirou-se da água. Ela escovava suas magníficas mechas ruivas, quando ele perguntou: — Então por que o chama de filho? Se não terá vida alguma? — Sentou a frente da Feiticeira, em uma poltrona.


— Terá a vida de Baloon Greyjoy, Majestade. — Menos um usurpador. O Rei calculou.


— Então você me acompanhará na marcha? — Não sabia qual resposta desejava ouvir.


— Não, preciso me resguardar para que a sombra cresca forte em mim desta vez. Solicite que Sor Matthos Seaworth me leve até Pyke em um navio clandestino e farei com que a vida de muitos dos seus homens, seja poupada. — Um plano perfeito. Ao menos não era Renly.


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Notas finais do capítulo

Espero que curtam! Responderei todos os comentários!



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