Cold As Snow escrita por Lettie


Capítulo 31
Problemas


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEIEIEIE
Cap novo fresquinho pra vcs ^^
Esse cap eu revelo uma coisa e no outro cap (talvez) eu possa matar vcs do core ^^
Bjins
E sem mais spoilers



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Eu acordo quando o sol já estava baixo, me sento na cama e esfrego meus olhos. Pareceu-me um sonho tudo o que aconteceu. Eu desço e vou comer algo. Depois de ter comido eu recebo uma mensagem e era do Viktor.

“Hey baixinha, ta se virando bem sem

mim para se esconder?”

                                                                                                      “Mais ou menos”.

“Uma pena eu ter me mudado :”

                                                                                                  “Uma pena mesmo”.

                                                                              “Minha vida anda tudo de cabeça

                                                                               para baixo”.

“Kkkk, agr preciso ir, nos falamos

outra hora”.

Eu apenas visualizo e bloqueio a tela do celular. O que me ocorreu mais cedo parecia um sonho, tomara que tenha sido só isso mesmo. Eu subo para meu quarto e troco de roupa, eu coloco uma regata laranja, um short jeans cinza e fico descalça mesmo. Quando desço as escadas me deparo com uma galera na minha sala. Lá estava Kentin, Castiel e Alexy com a Rosa. O Kentin e o Alexy até que eu entendo, mas por que o Castiel? Eu estava debruçada no corrimão da escada e meu irmão tromba comigo.

— Hey Mia, acorda! – Ele me alerta.

— A-Ah desculpa Kyle. – Eu falo e volto meu rosto para a sala. – Por que o Castiel esta aqui?

— O chamei para irmos andar de skate, você vem? – Ele pergunta.

— Não, não ando mais de skate. – Respondo.

— Ah é, beleza então.

Ele desce e cumprimenta Castiel, que logo me vê.

— Psiiiiu... – Eu escuto alguém me chamar.

Eu olho para baixo e era Castiel, ele pisca para mim e eu reviro os olhos. Como ele pode ser tão idiotamente convencido e lindo? Por causa disso, Rosa me vê e me chama.

— Mia! – Ela me chama e acena. – Desce aqui.

Pela cara que o Kentin me olhou aquilo passou muito longe de ser um sonho. Ele me olha meio cabisbaixo e com um sorriso murcho. Eu desço e me encosto-me ao sofá.

— MIIIIIA! – Alexy vem me abraçar.

— ALHIEQUISI! – Falo o nome dele de uma forma bem estranha e vou abraçá-lo.

Eu me sento do lado da Rosa e ficamos em um silêncio desconfortável por um tempo, ah como eu queria que ele não tivesse visto aquilo.

— Por que me chamou Rosa? – Kentin pergunta inquieto.

— Para irmos ao shopping.

— De novo? – Eu e Kentin reclamamos.

— Sim! – Ela exclama.

— Tô fora, sem cabeça para ir para o shopping. – Eu levanto as mãos em rendimento e me levanto.

— Também to caindo fora. – Kentin faz o mesmo.

— Sem graças. – Rosa cruza os braços e faz bico.

— Eu já fui lá ontem, e não to com cabeça para ir hoje Rosalya, não adianta bico. – Eu advirto enquanto subo as escadas.

Eu entro no meu quarto e fico lá por um tempo sentada na cama e olhando para a parede. Eu respiro fundo e me jogo na cama.

Meu celular começa a vibrar em cima da cômoda. Lá vou eu me levantar para ir pegar o bendito.

— Mia. – Eu atendo.

Nada de resposta no outro lado.

— Alô?

Escuto risadinhas.

— Ah, me poupe! – Eu reclamo.

Eu desligo o celular e me sento na cama de novo. Eu olho pela janela e o dia estava lindo, eu não podia me trancar em um dia como esses.

Depois de olhar por um tempo para a janela, eu tomo a decisão de andar pelo parque.

— Preciso relaxar... – Falo a mim mesma.

Eu não troco de roupa, apenas calço uma mocassim turquesa, pego meu violão e desço. Antes de sair, eu deixo um bilhete para o papai e a Crys.

Eu, Kyle e Rosa saímos. Rosa foi ao shopping com Alexy,

Kyle foi andar de skate com Castiel e eu estou indo ao parque.

Beijos,

— Mia

Pronto, agora posso sair sem me preocupar em explicar quando chegar. Eu tranco a porta e levo a chave. Vou andando cantando uma melodia que não saía da minha cabeça. Eu chego perto de um banco que fica em baixo de uma grande sombra de árvore, lá eu me sento e coloco o violão no colo. Começo a tocar uma melodia e vou escrevendo as letras no caderninho ao meu lado. Depois de ter dado início a ela, eu começo a tocar uma música conhecida por mim. Eu começo com a melodia e alguém senta do meu lado, era Kentin. Ele começa a cantar.


You walk into the room

So perfect but unaware

Making me stop and stare

Every time I heard he broke your heart

Can I just fix you girl?

Show you a different world?

Eu o olho sorrindo por ele estar aqui, ele continua cantando e fazendo contato visual direto.

Only my shadow knows

How I feel about you

Only my shadow goes

Where I dream of you and me

Should I go or wait?

Is it too soon, too late?

Only my shadow knows...

Ele para de cantar e eu de tocar. Ficamos nos encarando por alguns segundos, ele estava sorrindo, logo sua expressão começa a mudar, seu sorriso começa a murchar.

— Kentin? – Eu o chamo.

— Preciso de um tempo... – Ele avisa e se levanta.

Eu largo meu violão no banco e corro atrás dele. Quando eu o alcanço, o abraço por trás.

— Nesse estado, ninguém merece ficar só... – Eu comento.

Ele aperta minha mão.

— Não é apenas pelo o beijo, não é? – Pergunto.

Ele nega com a cabeça.

— Me conta... Pode te fazer bem.

Ele respira fundo e me puxa de volta para o banco em que estávamos. Ele ficava desviando os olhos e eu tentava encontrá-los.

— É que... – Ele aperta os olhos. – Minha mãe está em coma por conta de uma doença.

Eu realmente não esperava isso... Pobre Kentin.

— Eu tenho medo de perdê-la Mia... Muito. Ela me apoiava junto de você desde sempre. – Ele explica e pega nas minhas duas mãos.

Eu aperto suas mãos e depois retiro uma para pegar em sua face.

— Hey, vai ficar tudo bem... – Eu tento acalmá-lo e passo o polegar na sua bochecha.

Ele me olha com os olhos cheio de lágrimas e me abraça forte.

— Obrigado por me apoiar. – Ele sussurra.

— Eu sempre estarei aqui para te apoiar, Kentin. – Eu explico e acaricio os seus cabelos.

Depois de um tempo, ele me solta e pega meu violão.

— Nada melhor para melhorar um clima do que música. – Ele ri fraco.

Ele começa a tocar Legião Urbana – Faroeste Caboclo.

— Não tinha medo tal João do Santo Cristo era o que todos diziam quando ele se perdeu... – Começamos a cantar juntos.

Passamos o resto do dia ali, cantando. Foi bom, e com isso descobri o real problema dele. Um menino tão bom passando por isso é de partir o coração. Depois disso eu fui para casa, jantei, tomei banho e fui dormir.


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