Eu acordo com o telefone tocando (de novo).

— Alô?

— To na porta da sua casa esperando você me contar o que tá rolando entre tu e o Nath. – Era a Rosa, ela desliga. M-MAS COMO ELA TA SABENDO?

Eu desço as escadas correndo e abro a porta pra ela entrar, nós subimos até meu quarto para poder conversar.

— Agora me explica como foi que vocês começaram a namorar caramba? E quando ia me contar?

— Wow... Calma ai, eu ia te contar hoje. E como você ficou sabendo?

— Alexy viu vocês se beijando e me contou tudo. Por que não me mandou mensagem?

Eu pego o celular e o mostro para ela.

— Ah, lembrei. – Ela ri.

— Bem foi o seguinte: Nós ficamos andando pelo parque e sentamos num banco em frente ao lago, daí eu começo a cantar.

— Eu e você sem direção...

— Me dê a mão... – Ele completa.

— Que eu me perco mais. – Rimos.

Ele foi chegando perto sabe? Eu fiquei imóvel, daí ele chama meu nome.

— Mi...

Ele me beijou, depois de um tempinho ele me solta, eu estava completamente corada.

— Posso te falar o que eu te disse mais cedo?

— S-sim.

— Eu queria saber se... Se você... Bem, nos conhecemos faz um tempo e...

— ?

— Queria saber se você quer namorar comigo. –Ele acabou falando rápido, mas tão rápido sabe?

— E-Ew? V-você m-me pegou de surpresa.

 - D-Desculpa.

Ele se levantou para sair, ele tava com muita vergonha.                       

— E-Eu aceito.

Ele para.

— An?

— Eu aceito ser sua namorada.

Ele sorri e fim. Foi assim que aconteceu.

— É MUITA COISA MIA! – Rosa simplesmente grita.

— XIIIU! O Kyle ainda não acordou.

— Ah, foi mal.

— Eu nem sei o que eu fiz com a minha vida agora sabe?

— Hum...

— Tipo, eu gosto dele, mas não como eu odeio o Castiel, entende?

— Sim, to entendendo.

— Mas tenho que parar de ser assim. – Coloco minhas mãos no rosto. – O QUE FOI QUE EU FIZ?!

— Ué, você só ta tentando esquecer o Castiel, simples.

— Vou ver no que nisso vai dar.

— É bom.

— Pronto. Estou arrumada, agora só falta fazer o rabo de cavalo e... voalá!

— Vamos?

— Pera, tomar café primeiro.

— Ah é. – Ela sorri.

Descemos para tomar café com meu pai e meu irmão, quando descemos, meu irmão estava só de calça de moletom. Rosa para e fica tentando desviar o olhar toda corada.

— V-Você n-não disse que tinha g-gente em casa Mi. – Ele também estava vermelho e ficava olhando para sua comida, ele estava com muita vergonha. Eu dei de ombros.

— Venha Rosa, vamos tomar o café logo.

— O-Ok.

Nós nos sentamos. Ela e meu irmão ficaram numa de: Olha um para o outro depois desvia. Tava muito fofo caramba.

— Nhaeew que lindos. – Comento colocando um pedaço de bacon na boca.

— N-Nada a ver. – Eles falam em coro. Meu pai ri, mas não se manifesta.

Nós terminamos de comer e nos levantamos.

— Esperem! – Meu irmão pede e nos viramos. – Eu vou com vocês.

— Beleza, então vai te arrumar. – Eu respondo.

— Ok, não demoro. – Ele avisa.

Nós duas sentamos no sofá, jogando papo fora e esperando meu irmão. Demora uns 15 minutos e ele desce a escada.

— Pronto, vamos? – Ele pergunta.

— Vamos. – Respondo.

Nós nos levantamos e saímos de minha casa. Nós fomos o caminho todo conversando, eu meio que estava segurando vela para Rosa e meu irmão. Eles conversavam muito, era um puxando papo com o outro todo tempo. Eu pego meus fones e coloco, porque ninguém merece ficar segurando vela.

                                                     Kyle

Eu fui basicamente o caminho todo conversando com a Rosalya, ela pode ser amiga da minha irmã, mas é legal. Minha irmã não demorou muito para colocar os fones de ouvido.

— Então Rosa... – Puxo papo.

— O que? – Ela me olha.

— Animada para a corrida?

— Ah, acho que sim.

Tenho que achar um assunto melhor que isso, minha irmã que estava iniciando assunto. Pensa... Pensa!

— Errr... Kyle? Tá tudo bem? – Rosa põe a mão no meu ombro e olha no meu rosto.

— S-Sim, só estava um pouco longe.

— Ah tá.

Ficamos em silêncio por um tempinho, eu não sei o que falar pra ela, e minha irmã tá na lua agora.

— Você tem namorada? – Ela dispara a pergunta.

— Errr... Ãn... N-Não, atualmente não. Por que a pergunta?

— Por nada, só saber mesmo.

Nós chegamos à escola.

                                                                     Mia

Nós chegamos à escola e Rosa foi apresentar meu irmão para a turma, eu fui andando até a sala ouvindo minhas músicas, no momento em que eu abro a porta vejo a Melody quase em cima do Nath.

— QUE PORRA É ESSA? – Sem mais nem menos, eu grito.

— Não te interessa. – Melody responde e Nathaniel consegue sair dali. Ele fica do meu lado.

— N-Não é nada Mi, eu juro. – Nath diz morrendo de vergonha.

— Sei que não é culpa sua. – Eu fico nas pontas dos dedos e dou um beijo na bochecha dele. – Eu confio em você, só não nela.

Melody estava muito furiosa.

— V-Você não deve explicações para ela Nath. Ela não pode ficar entre nós.

— “Entre nós”? – Pergunto.

— Também não sei o que ela quer, ela é um grude, mas anda estranha ultimamente. – Ele explica e Melody revira os olhos.

— Realmente, o que você quer com ele? – Ela pergunta de braços cruzados.

— Não sei se você já percebeu... – Eu dou um selinho nele. – Ele é meu namorado.

Ela fica muito vermelha, aparentemente de raiva. Ela saiu batendo o pé no chão, eu ri.

— Por que fez isso? – Nath pergunta, mas não bravo.

— Porque é divertido, confesse. – Eu o olho e ele ri.

— É devo admitir que foi divertido.

— Pois é.

Ele se curva e me dá um beijo.

— UHN UHN! – Alguém tosse forte e nós nos viramos. – Licença? Vocês estão na porta.

Era o ruivo.

— Ah me desculpe. Vem Nath. – Eu puxo Nath pelo braço e saímos da sala, olhei por cima do ombro e Castiel nos olhava, depois ele balança a cabeça e entra na sala. Eu o levei para o pátio, lá nós dois ficamos sentados.

— Melhor. – Sorrio. – Posso? – Digo apontando para as pernas dele.

— Pode. – Eu apoio minha cabeça lá e ele fica fazendo cafuné no meu cabelo. – Posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Quero saber o motivo de você odiar o Castiel, vocês viviam andando juntos sabe, daí vocês pararam de se falar.

— Ah isso. – Eu falo depois suspiro. – Nem eu mesma sei. Ele é uma pessoa legal, mas sei lá, depois que a Mary chegou, ele mudou um pouco...

— Você acha?

— Yep.

— Hum.

— Nath.

— Eu.

— Por que vocês são “inimigos”?

— Ah, a história é longa mas pode ser resumida em uma palavra. Mary.

— Hã?

— Ela encheu a cabeça dele de coisas, ela fez uma coisa que fez ele quase ser expulso e disse que a culpa era minha pela “quase expulsão”. Uma vez nós brigamos e não deu muito bem.

—Ah... Entendi

Nós ficamos em silêncio e ele continuou fazendo cafuné no meu cabelo. O sinal toca e nós levantamos, fomos para a sala de aula, nos sentamos nos nossos lugares. Hoje Rosa sentou do meu lado. Depois de todos na sala, a diretora entra.

— Bom dia alunos! – Ela diz bem entusiasmada. – Preparados para amanhã? – Agora sei o porquê, ela tá doidinha pra se livrar de nós. – Amanhã quero todos aqui na escola cedo, uma 07:00 da manhã ok?

— Sim.

— Quero cada um com a autorização do responsável em mãos amanhã. E também queria dar uns avisos...

Ah lá vem... Ela vai falar os avisos, vou brisar aqui agora porque nenhum deles importa mesmo, toda vez que ela entra ela fala sobre o comportamento de todos os alunos e blá blá blá. Resumindo, ela ficou a aula da Delanay inteira falando, ou seja, não tivemos Delanay hoje! Fomos liberados mais cedo hoje para nos prepararmos para amanhã.