Oneshots - Miraculous Ladybug escrita por Nanai


Capítulo 2
Chat Noir x Marinette - Je t'aime (14 Anos)


Notas iniciais do capítulo

O Adrien sempre leva o golpe por ela
Doushite



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Ele já estava acostumado com a dor. Estava acostumado com contusões, cortes e feridas.

Mas não acreditava que se safaria dessa vez.

Ele riu, e sua voz foi afogada pelo sangue no fundo da garganta. Tossiu, sentindo aquele forte gosto metálico se espalhar por sua boca. E então, abriu os olhos, com dificuldade. Os olhos azuis de Marinette o atravessaram, tão dolorosamente carregados de medo e preocupação. Ele ouviu sua voz, estranhamente distante, chamando-o pelo nome.
Gritando, chorando, intercalando-se entre sermões, pedidos de ajuda e palavras carinhosas, que pareciam ser mais para acalmar a ela mesma que o confortar.

As mãos dela tocaram a lateral de seu corpo, e elas estavam quentes.

Qualquer fosse sua ideia, ela desistiu logo e subiu ambas as mãos, levantando-o apenas o bastante para acomodar a cabeça de Chat em seu colo. Ela afastou o cabelo do rosto dele com carinho, percorrendo as pontas dos dedos trêmulos por seu rosto e então descendo a mão, aplicando pressão sobre a ferida aberta no abdômen dele com o próprio casaquinho azul, agora empapado de sangue.

A voz dela, seu toque, seus olhos. Tudo isso o acalmava.

Mas ele ainda estava ansioso. Com medo, na verdade.

E sentia uma pequena pontada de alívio e felicidade, no fundo de seu peito dolorido. Marinette ficaria bem, Ladybug levaria ela para longe e purificaria o Akuma. Ladybug salvaria a cidade. Chat repetiu isso para si mesmo, conforme o medo da morte foi sendo ofuscado por aquela pequena felicidade mundana, quase idiota. Ele salvara sua Princesa. No fim, ela ficaria bem.

Mesmo que o preço fosse um pouco alto.

Seus braços pareciam ridiculamente pesados, mas ele ergueu as mãos.
Tocou o rosto dela com cuidado, envolvendo -o com suas mãos enluvadas e lhe afagando a bochecha com o polegar, tentando inutilmente limpar o rastro de lágrimas que escorria persistentemente. Ele tossiu, tentando inutilmente puxar o ar para dentro de seus pulmões feridos. Ofegou, hesitou, tossiu.

Suas pálpebras estavam cada vez mais pesadas.

Ele lutou contra a vontade de fechar os olhos, contra o cansaço que percorria seu corpo inteiro e contra o sangue que subia sua garganta.

E sorriu.

"Je t'aime, ma chère." *¹


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