Thalia { HIATUS } escrita por rightpjo


Capítulo 13
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

HEEEY MEEUS AMOOREES !! Como estaao ? Eu estou bem, mas não aguento mais esse calor infernal que ta aqui !! Meu Deus gente eu não aguento mais, e pra ajudar o meu quarto pega o sol da tarde, e ai de noite ele fica mtoo quente, não adianta nem deixar a janela aberta !! Mas deu ,de encher o saco de vcs e sem mais enrolações....



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A casa estava completamente silenciosa enquanto andava por ela a deixar um pouco de neve cair no chão, tirei o meu casaco o abanando e colocando no armário perto da porta, ouvi passos apressados e reprimi os meus lábios vendo o meu irmão vindo até mim, ele tinha os braços cruzados e parecia claramente nervoso.

"Alguma explicação?" vi o seu lábio tremer um pouco e eu respirei um pouco.

"Apenas ia para o colégio" baixei o meu olhar.

"Você está tentando se matar?"

"O que?" Não!" eu disse incrédula e ele deu um passo a frente.

"Então porquê você foi sozinha?" ele forçou a me fitar nos olhos.

"Porque eu estou cansada de depender dos outros, de ser tratada de maneira diferente" eu disse claramente magoada.

"Thalia, mas tem coisas não dá para mudar" ele disse passando as mãos sobre os meus braços e eu o afastei.

"Sim, dá para mudar! Jason, estou apenas cansada, eu tenho 16 anos, quase 17 e não sei nada, além de histórias de livros" eu choraminguei e ele respirou fundo.

"Lia, eu queria poder te ajudar, mas não sei nada que se passa com você, você fala comigo mas não é verdadeira em tudo" ele voltou a se aproximar e eu neguei.

"Jason, não. Eu só vou voltar para o meu quarto, me trancar lá e ficar pensando, tentar ouvir música como a Dra.Solther recomendou, e quem sabe mais tarde descer para jantar" eu disse já cansada e passei reto por ele.

Subi a correr para o meu quarto e me tranquei nele, tirei as minhas roupas e voltei a colocar o pijama preto que sempre usava em casa, atei os meus cabelos em um rabo de cavalo e fui até uma das minhas prateleiras e tirei lá o livro que estava a ler. Fallen. Admito, não gosto muito de livros narrados em terceira pessoa, mas esse em si cativa a minha atenção e eu gosto mesmo por ser uma história diferente, ele é de romance o que me faz o amar mais ainda, é como se ele me desse uma visão diferente do mundo.

Não tardou muito eu dormir com o livro em cima do meu colo e adormecer até a hora do almoço.

"Lia, vamos almoçar " ouvi o meu irmão chamar do outro lado da porta, abri os olhos lentamente vendo o céu nublado de Nova York, gemi em reprovação enquanto esfregava os meus olhos, me levantei ainda soltando um bocejo.

"Já vou" resmunguei e ouvi os seus passos se afastarem, me levantei da cama e sem muita importância soltei os meus cabelos e abri a porta do meu quarto, desci as escadas enquanto penteava os meus cabelos negros com os dedos e os voltava a prender em um rabo de cavalo.

Logo ao final das escadas me engasguei quando vi Nico saindo da cozinha com um prato de comida, ele me fitou no final das escadas e pude sentir minhas bochechas aquecerem enquanto ele olhava descaradamente para as minhas pernas.

Ele tinha apenas uma t-shirt preta no seu tronco e eu via claramente suas tatuagens do braço, ele lambeu lentamente os seus lábios e eu congelei na escada. Realmente eu não sabia o que se passava na sua cabeça e o modo como ele me olhava só me deixava mais confusa, juntei as minhas sobrancelhas enquanto reprimia mais as minhas pernas e vi o meu irmão sair da cozinha.

"Nico caralho, para de olhar a Thalia" o meu irmão deu um chute no rabo de Nico e o mesmo se virou o encarando.

"A culpa não é minha se ela dá uma de inocente e depois me aparece com um shorts desse, daria tesão em qualquer garoto" Nico deu de ombros enquanto eu arregalava os olhos e abria a minha boca em espanto.

"Puta que pariu, di Ângelo. Vai para a sala" meu irmão o empurrou com a sua mão livre e eu engoli em seco, Jason veio até mim e eu mordi o meu lábio sentindo o meu pescoço e bochechas ficarem quentes.

"Por que ele disse aquilo?" eu perguntei confusa logo depois de Nico já sair.

"Porque ele é um filha da puta" Jason resmungou e eu cruzei os meus braços.

"Não entendi" ergui a minha sobrancelha.

"Boa" Jason revirou os olhos

"Apenas faz o seu prato e vai comer" ele mandou e saiu andando, respirei fundo enquanto ia para a cozinha e fazia o que ele mandava.

Fiz o meu prato com pouca comida e voltei para o meu quarto, comi em pleno silêncio enquanto olhava através da enorme janele de vidro que refletia o dia nublado de Nova York. Fiquei pensando em porque tudo teria de acontecer comigo, do porque de as coisas ruins foram viradas para mim, de nunca poder ser normal como o resto. Sempre me senti fora do contexto, literalmente tropeçando pela a vida.

Respirei fundo como todos os dias da minha vida e me levantei da cama tirando todos os meus pensamentos da cabeça, desci com o prato e o levei até a cozinha deixando dentro da pia, me apoiei um pouco sobre ela e fiquei pensando o que eu faria o resto da tarde e eu rapidamente me lembrei da sala de piano.

Andei em passos rápidos até lá e abri a porta me deparando com um piano preto da Steinway e um pequeno banco preto na frente, a sala estava com as costinas fechadas e eu rapidamente as abri deixando um pouco de luz iluminar a sala.

Voltei para a frente do piano e respirei fundo, a tempos que não o tocava, apenas ouvia o meu irmão o tocar para mim, me sentei sobre o pequeno banco de couro e abri o piano, fitei toda as teclas e mordi o meu lábio nervosamente enquanto me arrumava melhor e pensava nas partituras que meu irmão me havia ensinado.

As primeiras teclas foram apertadas e rapidamente eu tentei acompanhar o ritmo da minha cabeça começando a formar a música, fechei os meus olhos sentindo a cada vibração para o meu corpo e a minha mente relaxar, enruguei o meu cenho enquanto apertava com mais firmeza as teclas e me lembrava dos tempos em que nada disso era ruim desse jeito.

Lembro-me da primeira vez que ouvi o meu pai tocar piano para a minha mãe e me apaixonar pelo o som, lembro-me dele depois a destruir o piano em uma das brigas dele e depois lembro-me da minha mãe comprar outro piano porque a sua filha pequena gostava do som.

Lembro-me do meu irmão aprender a tocar piano apenas para me ensinar porque tinha muita vergonha para ter um professor, lembro-me de tantas coisas, mas algumas eu sinto que as devia ter esquecido, mas é algo impossível, elas só ficam comigo a mais tempo do que posso me lembrar e daí em diante que começa o meu distúrbio, que começa as minhas crises.

Convivo com isso a mais tempo do que me lembro, convivo com insultos e sendo invisível desde ai. Minha mãe só soube que havia alguma coisa errada comigo porque durante um ano inteiro eu não falei sequer uma palavra, eu só falava por expressões faciais, o que é bem comum no Mutismo Seletivo.

Primeiro me diagnosticaram com Autismo, então perceberem que não era isso, e depois falaram que eu tinha Síndrome de Asperger, dois distúrbios bem comuns que se confundem com o Mutismo Seletivo. O Mutismo Seletivo é afetado normalmente em crianças, depois disso já se vira Fobia Social , o que era mais provável agora na minha idade, mas a minha receita não mudou nada, o que me deixa ainda diagnosticada com Mutismo Seletivo. Não é tão difícil saber as característica do Mutismo Seletivo, mas as principais são: dificuldade em manter contato visual; não sorriem em público ou tem expressões vazias; sensíveis ao ruído e ao excesso de gente; dificuldade em falar sobre si mesmo ou expressar seus sentimentos.

Eu convivo sempre escondida através de tudo, com timidez, a dependência e o perfeccionismo. Acabo com as partituras da música e dou um fraco sorriso a mim mesma enquanto relaxo os meus braços.

"Você está perdendo a sua memória" ouvi uma voz rouca se pronunciar atrás de mim e eu me virei rapidamente sentindo o meu coração palpitar mais fortemente. Ele acabará de pronunciar o nome da música.

"Por que está aqui?" me virei novamente enquanto fechava o piano e me levantava.

"O som me chamou a atenção" ele deu de ombros e eu fui até as cortinas as fechando.

"Pois" apenas disse e tentei passar por ele, o que foi um erro, visto que ele agarrou no meu pulso e me puxou para o encarar.

"Por que você sempre foge?" ele me deu um sorriso maroto e eu tentei desesperadamente me soltar. Oh, Jesus! Como o toque dele me incomoda.

"Me solta" eu rosnei baixamente e ele me apertou mais.

"Se não irá fazer o que?" podia ver divertimento atrás dos seus olhos, enquanto ele aproximava a sua cara da minha.

"Nico, me solta!" eu ignorei a sua perguntar enquanto tentava bater com a minha outra mão no seu peito.

"Não, Thalia" ele disse baixamente e eu respirei fundo enquanto tentava me soltar, ele me imobilizou contra a parede e eu soltei um guincho.

"Nico, me solta, por favor" eu senti a minha voz trêmula enquanto ele me olhava com aqueles carregados de malícia.

"Thalia" ele sussurrou meu nome mais uma vez e eu senti uma lágrimas me descer pelo o rosto, como eu odiava esse olhar, como eu odiava quando ele me tocava, como eu odeio me lembrar de tudo, como se fosse um gatilho que me atirasse memórias horríveis.

"Nico" eu sussurrei mais uma vez enquanto o olhava fixamente, ele tinha os seus olhos postos em meus lábios e eu não podia pedir mais nada a não ser que ele se afastasse de mim, que ele fosse embora e nunca mais me tocasse, que ele parasse de me olhar assim.

Vi o seu rosto de aproximar mais do meu e eu reprimi os meus lábios enquanto deixava mais algumas lágrimas silenciosas se caírem. Deus, as memórias que estão na minha mente estão me matando cada vez mais enquanto ele tenta se aproximar mais de mim.

"Por favor" eu sussurrei uma última vez enquanto tentava controlar a tremedeira do meu corpo


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Notas finais do capítulo

Boom é isso, espero que tenham gostado, e no próximo capitulo tem o taaao esperado beijo de Thalico, pode não ser oque vocês esperavam, maas okaay !! Obrigada pelos comentários no cap anterior, e é isso ....
XXX all The love, DUUH