Pandora e os filhos de Afrodite escrita por venus


Capítulo 4
A vingança é certa!




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3

O clima estava favorável, Amsterdã tinha um céu limpo naquela tarde. Cherry estava de bruços em uma espreguiçadeira tentando corar a pele. Um dourado naquelas pernas seria avassalador, confesso.

Ela tentava não pensar muito. As mulheres fazem isso quando estão chateadas ou no começo de uma desastrosa TPM. Nunca conseguem, na verdade. Mulheres foram feitas para sofrer e vieram com o castigo de uma consciência gritante. Então, por esse e muitos outros motivos, Cherry apenas pensava enquanto tentava se bronzear.

Ainda amava Taylor, mas ele era irresponsável e grotesco, além de tê-la tratado mal de uns dias para cá. Valeria a pena lutar por ele ou apenas deixar as coisas como estavam? Ela não sabia. Mas nem precisou se aprofundar mais nos devaneios de mulher apaixonada. Viu Taylor com a banda. Eles andavam como uma gangue, vestiam todos jaquetas ou bandanas.

Cherry caiu na risada.

— Vocês não vão entrar na piscina? — Pandora não pode ver quando Taylor revirou os olhos devido aos óculos escuros do homem.

— Como vamos entrar assim, Pandora?

— Ah. — enquanto ela pensava o quanto sua pergunta foi estúpida os garotos apreciavam suas curvas a mostra no biquíni vermelho. Ela logo percebeu e mandou um olhar não muito agradável para os garotos. — Então, aonde vocês vão?

— Andar por aí. Sei lá. — Sam responde em seguida dando de ombros.

— Queremos conhecer a cidade, amorzinho. Trancados na porra do hotel não dá pra fazer nada. — sorriu de canto. — Há não ser comer umas putas — Kayk sempre fazendo observações superinteligentes e necessárias para humanidade. O garoto tinha a boca que só falava merda, mas por deuses, que boca linda. Ainda mais com aquele sol e os fios castanhos desarrumados. O charme em pessoa.

— Não quer vir com a gente, Pandora? — ela olhou bem para Alex. Ele com certeza era o homem mais gentil que conheceu em toda sua vida. Não falava palavrões, era cavalheiro, tentava agradá-la e nunca a deixava desconfortável diante uma situação seja ela o quanto constrangedora. E todo mundo, inclusive ela, sacava que ele era mó afinzaço dela.

Pandora só não admitia.

— Melhor não, Alex. Vou ficar aqui e tomar um sol.

Os garotos deram de ombros e foram até o elevador para partirem em busca de diversão na maravilhosa e iluminada Holanda. A comida, o ambiente, o clima e as pessoas eram agradáveis, porém Cherry estava zangada demais para ver os pontos bons que a turnê oferecia. Pelo visto ela e Taylor seriam afastados da banda por um tempo indeterminado. Suspirou pesadamente deitando de costas.

A mulher estava de mãos atadas. Se aquela fosse uma decisão séria, não teria jeito. Sem escapatória. Teria de abandonar a turnê. E tudo porque Taylor era um babaca atrasado.

Por que o rapaz tinha de ser tão arrogante? A fama subiu-lhe a cabeça tanto assim? Se sim, por que Cherry não havia percebido antes? Será que estava embebida de ego que não suportava enxergar o que estava a sua frente? Ou aquilo era tanto amor que ela não percebeu aquele horrendo defeito?

De qualquer maneira, o fato havia passado despercebido pelo tato de Pandora. Ela que julgava conhecer Taylor tão bem se viu perdida.

O que seria da sua vida? Devia aproveitar o afastamento (se o mesmo viesse) para esfriar a cabeça e compor músicas ou reconquistaria o homem cujo tinha seu coração?

Coisas se passavam na cabeça dela e uma delas foi: vingança.

Ah, sim, ele havia a traído. Ela não podia esquecer. Era um escorpiana e guardava rancor no fundo da alma. Ela agora estava embebedada do mais horrendo ódio: o de uma mulher traída.

Seria vingança na certa.

Por que reconquistaria alguém que só lhe fez mal? Que coisa estúpida de se fazer. Não acreditava que aquilo lhe passou na cabeça.

Mas o problema era: como montaria sua vingança?

XXX

— Porra, não!

— Qual é, Cherry! É só uma substituta, fazem isso na Broadway!

— Isso aqui não é encenamento, mas que merda. A banda é minha. Minha! Minha e dos garotos. Nunca poderia entrar uma substituta!

— Você devia ler o contrato, Pandora. — Mike estava sorrindo. "Que pilantra", ela pensou.

— Os garotos também vão discordar disso! — os seus olhos estavam tempestuosos. O âmbar calmo se fora e agora seus olhos estavam um castanho escuro.

— Pergunte a eles, Pandora.

Todos estavam sentados na mesa de madeira maciça olhando os dois discutirem. Só deram de ombros, o único que se pronunciou foi Taylor:

— A gente vai se afastar da banda. Precisamos de substitutos. Pandora e os filhos de Afrodite não vai deixar de ser sua banda. Pare de ser uma mimada e aceite isso, Pandora.

— Eu discordo — Kayk opinou —, Pandora tem todo o direito de não querer uma substituta. Mas que porra!, a banda é dela.

— Isso é ridículo, Mike. Ridículo. — A voz estava serena, porém ameaçadora. Seu olhar de felina poderia matar um homem. Ah, deuses, a mulher sabia dar medo.

— Beleza. Isso não vai acontecer se vocês não concordarem. Mas não querem fazer um teste? Passar um mês com a garota? — Kayk sorriu maroto.

— Por mim tudo bem. — Taylor não estava nem aí, só queria ver Cherry brava. Os garotos deram de ombros e Pandora saiu batendo o pé enraivada.

Sua vingança com Taylor seria extrema. Não tinha ideia do que faria, mas sabia que tinha de fazer um grande estrago. Ou pelo menos um estrago maior do que ele fez com ela e seu coração.


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Notas finais do capítulo

Olá. Bem é isso, diga o que achou e o que espera para o próximo. Até mais, beijo!



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