A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 10
Capítulo 10




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Mais dois meses se passou e nada de meus irmãos. Carlisle tentou mudar seus horários e conseguiu ficar o final de semana em casa, Esme ainda não terminou a restauração de uma casa ao oeste daqui e eu só a via aos domingos, resumindo, ainda estou sozinha e isso estava acabando comigo.

Nessas últimas semanas vinha da escola e me trancava no quarto, não tenho mais vontade de nada. Estou três meses nesse local e nem conheço os vizinhos, se bem que o vizinho mais perto está no outro quarteirão.

Graças a Deus que hoje amanheceu nevando forte e as aulas foram suspensas, ao menos não teria que agüentar Ron e seus amigos, se bem que eles pararam um pouco, mas ainda perturbavam. Fiz um único amigo na escola o Jonh Darnell, ele era da mesma turma que a minha.

Finalmente aposentei a bengala e retirei o pino da minha perna, ainda sinto um pouco de dor, mas nada insuportável.

Olhei pela janela e vi que tinha parado de nevar e ainda eram 10 horas da manhã.

- Se ficar aqui só mais um minuto irei surtar! – disse pra mim mesma.

Coloquei duas blusas de algodão, peguei minhas luvas, um gorro e um casaco, me arrumei e saí de casa. Estava frio, mas nada que não seja acostumada. Caminhei no sentido leste, uma vez Carlisle passou por lá e vi que tinha um lago, uma quadra de tênis e várias casas, estava na hora de conhecer os vizinhos.

Depois de exatamente 45 minutos caminhando “não podíamos morar mais longe não?” avistei um lago congelado e umas cinco pessoas brincando de hóquei no gelo. Olhei em volta e vi que tinha umas seis casas nesse quarteirão, mas nenhuma comparada a minha, todas são muito simples comparada a minha, dei um sorriso pra mim mesma “é definitivamente eles exageraram”. Cheguei perto do lago e todos que jogavam pararam e me olharam.

- Bom dia! – disse rindo e acenando.

O mais alto deles, veio patinando até mim, parou na beira sorrindo. Ele estava vestindo um casaco de um time de hóquei, usava óculos escuros, seu rosto branco e delicado, não deu para ver os cabelos por causa do gorro, mas por algum motivo sentia que conhecia esse garoto.

- Bom dia Jackie!O que faz aqui? – ele disse sorrindo e estendendo a mão pra mim.
- Jonh? – espantei - Eu que faço essa pergunta o que faz aqui? – cumprimentei-o e sorri.
- Eu moro naquela casa ali – ele apontou para uma casa de dois andares estilo européia que estava no outro lado da rua.
- Você mora no condomínio? – falei abismada.
- Sim! Não sabia que você morava aqui! Aliás você nunca disse né? – ele sorriu.
- Tento ser discreta! – sorri de volta.
- Espere ai, você é a nova moradora né? Vocês que estão morando na antiga casa dos Brawn? – ele sorriu.
- Eu acho que sim, a minha é aquela que fica na alameda sul – expliquei.
- É a sua casa mesmo, muito bonita – ele disse sorrindo.
- Minha mãe sabe escolher as casas – disse rindo.
- Vem cá turma – ele acenou pros outros e todos vieram correndo parando ao lado dele.
- Esses são meus amigos, Kim, Tom, David e Alex - ele disse apontando para cada um.
- Ola, sou Jackeline – disse sorrindo.
- Você não quer jogar conosco? Falta um e estou farta de ser a única garota jogando – Kim disse rindo.
- Bom – pensei - Até que queria, mas estou sem equipamento. Como irei ficar em pé ai no gelo? – disse rindo.
- Posso emprestar o meu antigo, me dê 5 minutos que irei buscar em casa – ela disse saindo do gelo.
- Tudo bem, mas dá em mim? – a olhei confusa.
- Calço 37 e você? – ela perguntou.
- Então dá sim – sorri.

Nunca tinha jogado hóquei no gelo, mas até que era divertido. Jonh era muito atencioso e me ensinou a patinar, caí acho que mil vezes. Todos foram bem educados e pacientes comigo. Jogamos por muito tempo, quando estava pegando o jeito começou a nevar novamente, mas mesmo assim continuamos a jogar e eu estava com o disco.

Estava patinando em toda a velocidade com o disco, olhei pra cima e vi David dando um encontrão em mim me fazendo cair de cara o chão, como não tinha nenhuma proteção sentir uma ardência no queixo.

- Ai! – reclamei.
- Droga David cuidado! Não percebeu que ela não sabe jogar direito – Jonh disse raivoso me ajudando a levantar.
- Hii! Abriu seu queixo Jackie – ele disse olhando pro meu rosto.

Coloquei a mão no queixo e sentir uma ardência.

- Droga, mais uma cicatriz pra mim – sorri.
- Vamos lá em casa, têm um kit primeiros socorros e minha mãe pode ajeitar isso – Jonh disse prestativo.
- É! Vamos pra casa do Jonh, aproveitamos e comemos! – Alex disse sorrindo.

A casa dele não era longe, era bem na frente do lago. Quando chegamos todos tiraram seus casacos e gorros dando para vê-los melhor e saíram correndo em direção a cozinha.

- Fique a vontade irei pegar um curativo e chamar minha mãe – Jonh disse passando por mim.

Olhei em volta e vi vários portas-retrato espalhados pela casa, uma das fotos me chamou atenção, uma mulher de cabelos lisos segurando uma criança de três anos de idade mais ou menos, mas o que me chamou atenção na foto foi a criança, ela parecia muito comigo nessa idade. Alice sempre tirou fotos de mim de todas as épocas da minha vida eu sabia exatamente como era nessa idade.

- Que estranho! – sussurrei.
- Estranho o que?! – Jonh disse parando ao meu lado com uma maletinha na mão.
- Nada, esquece – disse sorrindo.

Quando coloquei os olhos em Jonh e reparei melhor, tomei um susto, ele tem olhos e cabelos iguais aos meus, o formato de seu rosto era exatamente igual ao meu.

“Ta ficando estranho isso” pensei tirando o gorro e deixando meus cabelos soltos.

- Você tem o cabelo igual da minha mãe sabia?! – ele disse me guiando ate o sofá.
- Cadê sua mãe? – disse curiosa.
- Saiu, mas deve estar chegando, agora levante o queixo – ele disse abrindo a maletinha.
- Qual sua idade? – perguntei levantando o queixo.
- 14, não abriu muito não – ele disse passando algo.
- Ai! Isso arde – sorri.
- Vocês sempre moraram aqui? – perguntei.
- Não, nos mudamos quando minha mãe casou com meu padrasto uns cinco anos atrás, antes morávamos em Nova Jersey – ele disse colocando um band-aind no meu queixo.
- E seu pai? – perguntei.
- Nunca conheci, sempre só fomos eu e minha mãe – ele sorriu.
- Quem é seu padrasto? para morarem nesse condomínio ele tem dinheiro, quero dizer, você nunca me disse que tinha dinheiro, aliás sempre pensei que você estudasse na escola besta por ter bolsa algo assim – sorri.
- E porque pensou isso? – ele disse deixando as coisas de lado e olhando pra mim.
- Porque você é diferente dos outros, nunca demonstrou ter dinheiro e sempre fica alheio a conversa sobre quem é mais rico – respondi.
- Hahahaha – ele gargalhou - Você reparou heim! Mas digo o mesmo para você, mesmo vendo o carro do seu pai, não pensei que estaria morando aqui.
- E quanto a seus pais? Seu padrasto ou mãe que é rico? Quem deu golpe do baú em quem? – disse sorrindo.
- Bom, ele tem e minha mãe também, aliás no começo não tínhamos nada, mas depois que minha mãe começou a trabalhar com melhoramento genético de gado, ela formou o nome dela e conheceu Jony Winter, se casaram e hoje em dia eles têm um dos melhores rebanhos de gado leiteiro do Estado – ele disse sorrindo.
- E quanto a você? Quem são? – ele sorriu.
- Meu pai é médico e minha mãe restauradora – sorri.
- Só isso? E porque só agora você resolveu sair para se socializar? – ele disse curioso.
- Tenho cinco irmãos e eu estava doente antes – sorri.,
- Doente? Sempre a via na escola, e porque nunca comenta mais que duas frases sobre sua família? – ele disse levantando uma das sobrancelhas.
- A única exceção era a escola, e minha família não tem muito o que comentar – sorri.
- Cinco irmãos? Eu não tenho nenhum, é bom ter? E cadê eles? – ele disse tudo rapidamente.
- Estão viajando, às vezes eles pegam no meu pé, mas eu os amo, são três irmãos e duas irmãs, sou a caçula – Nesse momento escutei um carro parando na frente da casa.
- Minha mãe chegou - ele disse levantando e indo abrir a porta. Fiquei sentada no sofá, olhando outra foto que tinha no criado mudo.
- Mãe meus amigos estão assaltando a geladeira e hoje conheci a nova moradora que é a mesma amiga da escola, vem conhecê-la. – escutei Jonh falando alegremente.

Fiquei de pé e me virei pro lado deles. Quando vi a mulher arregalei mais os olhos, a mulher tinha meus olhos, cabelos lisos igual ao meu e ela parecia ser nova no máximo trinta e cinco anos, e muito elegante.

- Essa é Jackeline Cullen mãe, filha dos novos moradores, não disse que ia descobrir quem eram? – ele disse orgulhoso.

Notei que quando ele disse meu nome, a mulher largou a sacola que tinha nas mãos e seus olhos começaram a lacrimejar.

- Prazer – disse erguendo a mão, sem entender muito a reação dela.
- Não é possível! Não é possível! – a mulher veio até mim, me dando um abraço forte e do nada a mesma começa a chorar.
- Deus só pode estar me dando uma segunda chance! Só pode estar! – ela continuava me abraçando.
- her....a senhora está me sufocando – disse tentando afastá-la.
- Mãe! Que isso?! – Jonh olhava sem entender muita coisa.
- Desculpe..desculpe - ela disse me largando e enxugando as lágrimas.
- Ana Darnell Winter – ela sorriu.
- Prazer Sra Winter – sorri meio que sem graça.
- Vocês já comeram algo? – ela disse tentando se recompor “credo a mulher é maluca”
- Não mãe, que tal pizza?! – Jonh a abraçou – afinal temos visitar né!
- Claro filho pode pedir – ela disse rindo sem tirar os olhos de mim.
- PESSOAL PIZZA LIBERADA! – Jonh gritava indo para a cozinha.
- Machucou o queixo querida? – ela disse tocando no meu rosto.
- É...caí no gelo – disse tirando delicadamente a mão dela do meu rosto.
- A senhora tem uma casa bonita – disse caminhando ao contrário dela.
- Obrigada. Você é filha do Dr. Carlisle Cullen?
- Sim sou – falei sem olhá-la, estava olhando os detalhes da casa. Quando percebi, Jonh veio com uma caixa em mãos e com os amigos dele.

Eles pareciam um bando de lobos bagunceiros, correram até o sofá afastando-o e deixando um grande espaço entre a mesinha e o sofá.

- Sou azul – falou Alex.
- Branco – Kim sorriu.
- Verde – David disse empurrando o Tom.
- Tá certo...fico com o preto –Tom disse sentando no chão.
- Vamos jogar Jackeline? – Jonh passou por mim mostrando a caixa.

“humm adoro jogar W.A.R”

- Se vocês não se importarem de eu conquistar o mundo tudo bem! – disse rindo e sentando no chão perto da mesinha.
- Tá bom! Acho que alguém tem visto muito Pink e cérebro! – Jonh dizia enquanto colocava caixa na mesinha e sentou do meu lado.

Foi a tarde mais divertida que passei desde que cheguei naquela cidade horrível. Ficamos sentados ao redor da mesinha jogando, e quando a pizza chegou foi à maior bagunça, e como sempre os meninos fazendo nojeira e quando perdia nos dados jogava azeitonas neles. A única coisa estranha foi a mãe de Jonh que não parava de me olhar. Ela ficou sentada no sofá o tempo inteiro me olhando e sorrindo, sempre quando a olhava ela disfarçava.

- Jonh porque sua mãe não para de olhar pra mim – sussurrei no ouvido dele. Ele olhou pra ela e depois pra mim.
- Sei lá, vamos sua vez – ele disse naturalmente.
- Ataco você! – disse maliciosamente e ri da cara dele.
- Ataca outro, só tenho dois territórios! – ele disse manhoso.
- Eu não! Meus objetivos além de conquistar o mundo é acabar com você! – disse dando uma batida no ombro dele. Quando joguei os dados senti algo vibrar no meu bolso, peguei meu celular e olhei o visor.

“meu pai?”

- Oi pai! – disse atendendo o celular e observei a mãe do Jonh fazer uma careta e levantar.
- Onde você está?Sabe que horas são? – ele disse calmamente.

Coloquei o celular no meu peito e olhei pro Jonh.

- Que horas? – sussurrei.
- Oito – ele sorriu.
- Humm...oito? – disse ao celular.
- Sim! Cheguei em casa e nada de você!Nem ao menos deixou um bilhete! – ele disse um pouco alterado.
- Calma pai! Estou no condomínio, estou perto do lago, na alameda leste – expliquei.
- Estarei ai em um min – ele desligando.
- Tenho que ir! – disse indo até o cabide pegando meu casaco.
- Mas já? Nem acabamos o jogo – Jonh disse se levantando.
- Desculpe, mas tenho que ir, meu pai está com raiva – falei nervosa.
- Porque? – ele indagou.
- Sei lá! – dei os ombros.

Quando saí da casa, o carro de Carlisle já estava parado na rua. Despedi-me de todos e corri até o carro. O vidro do carona abaixou mostrando Esme sorrindo.

- Mãe? Chegou cedo! – sorri abrindo a porta traseira.
- Oi pai – disse me inclinando pra frente e beijando o rosto de cada um.
- Quando você sair deixa um bilhete tudo bem? – Carlisle disse olhando pra mim.
- Tudo bem, pensei que não ia demorar, mas conheci alguns vizinhos, então começou a nevar e fomos pra casa de um e ficamos até agora jogando W.A.R - expliquei.
- E por acaso vocês travaram uma batalha real? – ele falou sério.
- Por quê? – olhei confusa.
- Onde machucou o queixo? – ele sorriu.
- AH! Isso – coloquei a mão no queixo – estava jogando hóquei e cai.
- Bateu a cabeça? – Esme olhou preocupada.
- Não mãe, só o queixo mesmo – sorri.
- Mas para onde vamos? – indaguei.
- Iremos jantar! Você escolhe – Esme sorria – assim passamos um tempo juntas.

Estava no último dia de aula, antes dos recessos que iríamos ter por causa das festas de final de ano. Desenvolvi certa amizade com o Jonh, sempre estávamos juntos na escola e no condomínio, ao menos com ele esquecia um pouco a ausência dos meus irmãos, mas continuava sentindo falta deles.

Estava sentada olhando fixamente para a mesa onde estava Ron e seus amigos.

- O que você tanto olha pra eles? – Jonh perguntara sentando na minha frente com uma bandeja cheia de comida.
- Hoje é o último dia de aula, antes das férias certo? – disse pegando um suco da bandeja dele.
- É sim, mas o que isso tem haver? – ele disse curioso.
- Hoje é o dia da caça meu amigo! – falei rindo.
- Hã?! O que você vai aprontar? Aliás você não tem capacidade de aprontar nada – ele disse rindo.
- Não deixe essa cara de anjinho lhe enganar! Morar com Emmett, Jasper e Edward me tornou uma pessoa diabólica! – disse rindo maliciosamente.
- Nossa! Agora me deu medo, mas o que ira aprontar? – ele disse sorrindo.
- Já aprontei, espere que verá! – sorri pegando uma maçã e mordendo.
- Não conhecia esse seu lado, até me assusta – ele disse aos sussurros.

Nesse momento escutei uma explosão.

- Se prepare a festa começou! – disse rindo me encostando à cadeira.

Os professores que estavam sentados almoçando saíram correndo na direção da explosão sendo seguidos por vários alunos.

- Ho! O que foi isso? Vamos lá ver Jonh? – disse levantando.

Ele me olhou sem entender muito, mas levantou e correu comigo. Quando chegamos ao corredor aconteceu outra explosão, mas dessa vez vindo do banheiro um segundo mais tarde outra explosão vindo da sala do diretor e a última explosão veio dos armários. O corredor começou a encher de fumaça, vários alunos saíram na escola correndo e gritando fogo, os segui e parei no pátio olhando atentamente o grupo do Ron.

- O que você fez? – Jonh sussurrava no meu ouvido.
- Não fiz nada – sorri.

Segui com os olhos o diretor entrando novamente na escola e com ele dois professores.

- Vamos – disse pegando no braço do Jonh.

Entrei com ele na escola e pude ver o diretor com os professores conversando.

- O que foi isso? – o diretor perguntava pra um professor.
- Bombas de fumaça, encontrei mais quatro no armário de Pertensen, parece que uma explodiu no armário dele - ele explicou.
- Chame-o para minha sala e libere os alunos, não temos condições de continuar as aulas hoje - o diretor disse firme.
- Ótimo! – sorri de orelha a orelha e puxei Jonh para fora.
- Você...você fez isso? – ele disse espantando - Mas quando? Nem vi você fazendo isso – ele olhava sério pra mim.
- Já disse não fiz nada – me virei pra ele e o encarei.
- Fica calado! Se alguém escutar o que você está dizendo vai pensar que fui eu, e como lhe disse não fiz nada – disse rindo e pegando meu celular.
- Vai ligar pra quem? – o cara curioso!
- Meu pai, não teremos mais aula esqueceu? – disse normalmente.

As minhas férias começaram bem, soube que Ron foi expulso da escola. Alice, Rosalie e Edward tinham ligado pra mim, fiquei horas conversando com cada um, o que me deixou com mais saudades, mas eles prometeram que logo estariam de volta e essa noticia fez melhorar e muito meu humor.

Passava o dia com Jonh e os amigos deles, patinavam no lago, jogávamos vídeo game em casa, íamos pro shopping, em fim estava me socializando como Carlisle e Esme queriam, mas mesmo assim, sentia falta do Albert e dos meus irmãos.

Estávamos no shopping e tínhamos acabado de sair do cinema.

- E ai? Vamos fazer o que agora? – Tom perguntava enquanto terminava de tomar seu refrigerante.
- Que tal irmos para a Arena e jogar um pouco?- David falou.
- Vocês só pensam em hóquei? – falei rindo.
- Tem coisa melhor para fazer no inverno aqui? – Jonh disse sorrindo.
- Tudo bem, vamos lá! – sorri.

Chegando à arena, dei um sorriso de orelha a orelha Ron e seus amigos estavam jogando.

- Ora...ora...ora!Veja quem estou vendo aqui!Pensei que nunca mais ia ver o pateta! – disse encostando-me à grade e o provocando.
- Cullen!Aquilo foi sua armação não foi?! – disse Ron aos gritos e parando na grade.
- Jackie vamos embora, eles ainda tem 20 minutos de aluguel – Jonh dizia me puxando.
- Deixe de ser estraga prazer Jonh – sorri - Armação? – falei curiosa.
- Sim...você armou pra mim! Só pode ter sido você – ele disse furioso.
- Pertensen, nunca acuse alguém sem prova, tem prova? A única prova que tem que você é um otário! – disse rindo e ele bateu o bastão na grade com raiva.
- Ui! Era pra me colocar medo?Pertensen estou recuperada, eu disse que você ia se arrepender de ter me atormentado não disse? – falei séria.
- Então você que armou tudo? – indagou.
- Eu?Tem prova?! – disse rindo.
- Eu irei lhe mostrar que ninguém se mete comigo – ele disse patinando até a saída.
- Jackie! Vamos embora! – disse Jonh segurando meu braço.
- Jonh não tenho medo dele não, o deixe vim – disse sorrindo.
- Você que começou Jackie, e eu não irei deixar ele bater em você – ele disse sério.
- Quem disse que esse otário vai me bater? – disse tirando a mão do Jonh do meu braço e indo na direção do Ron.
- Então? Qual escola irá agora? – disse parando na frente dele.

Olhei pelo canto do olho e vi Jonh e seus amigos atrás de mim, olhei pra frente e vi os amigos do Ron parando atrás dele também.

- Você ira contar pro diretor que foi armação sua! – ele esbravejava.
- Já disse, eu não fiz nada! – falei rindo.
- Pare de ri! – ele rosnou.
- Agora pateta! O que vai fazer comigo? Estou completamente recuperada e sei fazer muita coisa! – disse ameaçadoramente.
- Vamos parar com isso! - disse Jonh ficando entre mim e o Ron.
- Não queremos encrenca Ron, volte pro jogo. E quanto a você, vamos embora – ele disse me empurrando.
- Que tal um desafio? – Ron olhava sério.
- Desafio? Qual? – disse curiosa.
- Nada de desafio! – Jonh me empurrava para longe.
- Tá com medo! – Ron retrucou.
- Eu não! Diz – disse firme.
- Esquece isso Jackie! – Jonh segurou meu braço com força e me guiou para fora da arena.
- Hei Jonh pare com isso, você não tem direito de fazer isso comigo – disse tentando me soltar.
- Tenho sim! – ele me olhou sério.
- Tem nada – retruquei.
- Tenho! – ele disse me largando.
- Argh! Não tem, agora me deixe em paz, irei fazer aquela otário se arrepender de ter me conhecido - disse emburrada.
- Fique ai parada! Não irei deixar minha irmã se machucar! – ele olhou sério pra mim.
- O que você disse? – olhei sem entender muito.
- Sou seu irmão! – ele falou firme.
- Como? Você está louco! – disse rindo.
- Não estou! Sou seu irmão! – ele continuava firme.
- Não é! Está falando isso para impedir de aceitar o desafio do Ron – falei séria.
- Irei provar! – ele me pegou pelo braço e me guiou atá o restaurante onde estava a mãe dele esperando por nós. Tínhamos combinado que depois do cinema nos encontrávamos lá.
- Mãe! Conte a ela o que você me disse no dia que a conheceu! – ele olhou pra ela sério. Ela retribuiu o olhar e depois olhou pra mim e fez sinal pra sentar.
- O nome de seus pais são Esme e Carlisle certo?! – ela perguntou quando me sentei.
- Sim – continuei olhando para a mulher sem entender muito. Então ela deu um sorriso e suspirou.
- Carlisle é médico e você é adotiva? – ela disse olhando fixamente pro meus olhos.
- Hoo...hoo...hoo...agora chega – levantei e olhei fixamente pra ela.
- Como sabe que sou adotiva?! – indaguei.
- Você está maravilhosa eu realmente fiz uma escolha certa, sabia que eles iam cuidar muito bem de você – ela disse chorando.
- Estou lhe procurando há cinco anos, tenho certeza que é você, porque gravei o nome de quem lhe entreguei, e você...você parece comigo nessa idade – novamente ela estava chorando e eu sem reação.
- Sei que foi um erro, mas não tinha condições de criar duas crianças, só tinha 16 anos da época, sei que foi errado ter que escolher entre vocês, separar irmãos assim e além do mais, gêmeos, mas quero que saiba que isso vem me atormentando há 14 anos e nunca esqueci você, nunca deixei de pensar em você. Arrependo-me desde o dia que lhe coloquei na porta do Cullen, tentei lhe encontrar antes, mas parece que os Cullen sabem como não ser achados. Por favor, lhe imploro me perdoe. – ela disse aos soluços.

Fiquei parada sem reação, olhei pro lado e Jonh também estava sem reação de boca aberta, então voltei a fitá-la.

- Eu sinto muito, eu sempre lhe amei e amo, eu sou sua mãe – ela disse levantando e me abraçando. Foi então que a empurrei.
- Minha mãe é Esme Cullen!E você é uma louca – disse entre os dentes.
- Me desculpe – foi tudo que ela conseguiu falar antes de cair no choro mais uma vez.

Fiquei a olhando chorar, minha cabeça estava a mil, porque tudo tinha que acontecer comigo ao mesmo tempo? Definitivamente curtir da cara de Jesus na cruz.

Fui até a saída do restaurante, peguei meu celular, e quando ia discar pro Carlisle Jonh me segura.

- Eu...eu....sinto muito, sabia que tinha uma irmã por aí, mas nunca pensei que fosse você, me desculpa, minha...nossa mãe me fez prometer não lhe contar, desculpe – então ele me abraçou – quando lhe vi sentí de coração e alma que tinha que lhe proteger, como irmão mais velho, sabia que sou uma hora mais velho que você?

“é por isso então a sensação de conhecê-lo??”

- Me solta, por favor – disse sem voz.
- Por favor, não tenha raiva de mim, eu sempre quis lhe conhecer – ele disse olhando fixamente pros meus olhos.
- Me deixe em paz - disse indo para fora.
- Para onde você vai? Está nevando, peço pro Jony lhe deixar – ele me segurou.
- Não quero ficar nem mais um segundo por aqui, me deixe! – falei seca.
- Não! Irei pedir para lhe deixar em casa – ele disse firme.
- Não precisa, eu tenho pai e mãe! – retruquei.

Peguei meu celular e liguei pro Carlisle, chamou duas vezes e ele atendeu.

- Jackie? – ele disse calmo.
- Sim pai, tem como o senhor me buscar aqui no shopping? – disse tentando controlar minha voz.
- Já ia lhe ligar mesmo, iremos buscar Alice no aeroporto, quer ir conosco? – ele riu.
- Lógico...estarei no portão A – disse desligando o celular e fui pro local combinado.

Será que os 62 dias de coma, não terminaram? Ainda estou em coma e isso tudo é um pesadelo?Ou aprontei na vida passada e estou pagando agora. O que essa mulher tem a cabeça de pensar que sou a filha dela? E ainda dizer ao Jonh que sou sua irmã! Mas pensando bem, tem as fotos, e o Jonh é realmente parecido comigo,mesma altura, mesmos olhos, mesmo cabelo...

ARGH!!!! Minha cabeça estava latejando!Nunca tive interesse de conhecer minha mãe biológica, nunca quis ao menos saber o nome deles, sempre soube que era adotiva, mas porque estou me sentindo assim? Traída? Confusa?

Escutei uma buzina me fazendo voltar à realidade, olhei e vi o carro de meu pai. Quando entrei no carro Esme e Carlisle viraram pra mim.

- Porque está chorando? – Esme perguntou.
- Primeiro me responda algumas perguntas? – disse ficando no meio do banco e me inclinando pra frente.
- Sim...diga – Carlisle perguntou calmamente.
- Quando vocês me adotaram nunca pensaram em descobrir de quem eu era? – disse friamente.
- Para ser sincero eu pensei, mas depois que decidimos lhe adotar, nunca mais pensei nisso – ele respondeu calmamente.
- Nunca tivemos dúvidas em lhe adotar ou não filha, quando coloquei meus olhos em você fiquei encantada – Esme sorria pra mim.
- Então vocês não fazem a idéia de quem é minha mãe biológica?Ou minha família? – disse curiosa.
- Nós somos sua família, e EU sou sua mãe! – Esme parecia um pouco aborrecida.
- Eu sei mãe, sei que é minha mãe, me desculpe se lhe magoei – falei a beijando-a.
- Não estou magoada, só que não esperava você ficar com curiosidade de quem é sua mãe biológica, você nunca demonstrou interesse sobre o assunto – ela sorriu.
- Eu sei,me desculpe – disse aos sussurros.
- Filha aonde você quer chegar com essa conversa toda? – Carlisle perguntou calmamente – e nós não sabemos quem é sua mãe biológica, isso não importa.
- Se um dia a mulher que se diz ser minha mãe biológica chegar com vocês e pedir minha guarda, ela tem alguma chance de me levar embora? – disse quase sem voz.

Carlisle parou o carro e virou todo o corpo pra mim, foi então que notei que estávamos no estacionamento do aeroporto.

- Coloque na sua cabeça que somos seus pais, você tem nosso nome, você é registrada sendo minha filha, não tem ninguém nesse mundo que irá lhe tirar de nós, está entendendo? Ninguém! – ele disse bem sério – Porque isso tudo agora?
- O senhor me perguntou por que estava chorando certo? – disse segurando o choro.
- Jackie! Você está me deixando confuso, onde você quer chegar? – ele disse olhando fixamente pra mim.
- Pai, mãe! Eu tenho um amigo chamado Jonh Darnell, ele tem a minha idade, minha altura, meus olhos, minha fisionomia – eles se olharam sem entender muito.
- O que isso tem haver? – Carlisle me olhava confuso.
- Me deixa explicar melhor?! – falei séria.
- Esse garoto falou que era meu irmão, não acreditei nele, mas ai ele me levou até a mãe dele e ela falou que era minha mãe biológica – olhei atentamente a reação deles.

Um olhou pro outro, ficaram em silêncio por uns minutos e viraram pra mim.

- Você tem certeza? – Carlisle perguntou um pouco agitado.
- Eu não tenho certeza de nada, mas ela disse, ela parece comigo, e têm umas fotos na casa, com ela e uma criança no colo e a criança era muito parecida comigo, acho que é o Jonh, ela disse que somos gêmeos – expliquei.
- Então era por isso do choro! – Carlisle disse mais pra si refletindo do que perguntando pra mim.
- Por favor, digam que ela não ira me tirar de vocês, por favor, vocês são minha família, eu amo vocês, vocês são meus pais, eu sou uma CULLEN, por favor, não deixem ela me levar – estava soluçando nessa hora de tanto chorar.

Esme me abraçou e Carlisle ficou fazendo carinho na minha cabeça.

- Ninguém vai tirar você de nós, irei investigar isso, e se for verdade iremos resolver tudo isso, não fique assim, ninguém ira lhe tirar de nós, como lhe disse você é minha filha no papel também! – Carlisle disse calmamente.
- Vamos pegar sua irmã? O avião já deve ter pousado – Esme disse enxugando minhas lágrimas.

Estávamos no saguão de espera, olhava para todos os lados e não os via em nenhum lugar.

- Mas que demora, eles nem têm mala! – disse olhando pro portão de desembarque.
- É verdade eles nem têm mala, que demora né? – escutei a voz de sininho da minha irmã maluca e ela estava do meu lado, me virei imediatamente e a abracei.
- ALICE! – disse pulando em seus braços.
- Jackie! Você está enorme! Carlisle você deu vitamina de crescimento para ela foi? Ou eu que diminuí?! – ela disse beijando meu rosto e sorrindo.
- Não Alice, eu to só estou com 1,70, meu pai verificou minha altura faz uns 15 dias, e você não é tão baixinha, só estou alguns centímetros mais alta que você e da mesma altura que Jasper! – Me virei e o abracei.
- Jasper! Meu querido irmão!Como você tá? Melhor? – disse o beijando no rosto.
- Ah! Pra ele você pergunta como ele tá né? e pra mim pergunta nada e ainda me chama de baixinha - Alice disse mostrando a língua.
- Eu tô bem, mas você não parece nada bem – Jasper me olhava analisando.
- Tava com saudades de vocês – expliquei.
- Tá certo, larga! É meu! – Alice disse me empurrando pra soltar o Jasper e logo em seguida me abraçou novamente.
- Você esta linda Jackie Jackie – ela beijou meu rosto - Esses três meses você se recuperou por completo? – ela me olhou preocupada.
- Segundo meu médico particular sim! – Disse dando uma piscadinha pro Carlisle.
- Vamos? – ele perguntou sorrindo.

Estávamos em casa, Jasper, Alice, Esme e Carlisle estavam na sala conversando sobre mim, estava na cozinha terminando de jantar.

Escutei alguém bater na porta, me inclinei no banco pra trás e ver se alguém ia atender e como ninguém se moveu, fui abrir a porta. E vi Jonh estava parado sorrindo, com meu casaco e gorro em mãos.

- Esqueceu em minha casa, vim lhe trazer – ele sorriu.

Olhei pra trás, saí e fechei a porta.

- O que faz aqui?! – falei ríspida.
- Já disse, vim lhe trazer seu casaco e gorro – ele disse sorrindo e me entregando as minhas coisas. Olhei pra calçada e a vi no carro me olhando.
- Vão embora! – disse dando as costas e abrindo a porta.
- Espere! – ele gritou.
- Vai embora! – disse de costas.
- Por favor, olhe pra mim – ele suplicou.
- Diga – disse olhando pra ele.
- Amanhã é sábado, vamos sair? Quero lhe conhecer melhor, sabe, estou super animado, sempre sonhei que esse dia ia chegar, eu sou filho único, sempre quis ter uma irmã – ele disse sorrindo e com os olhos brilhando.
- Vamos vai! Não vai doer vai? – ele suplicou.
- Não! Meus irmãos chegaram de viagem e irei passar o máximo de tempo com eles, me desculpe, mas lhe conheci um dia desses e nem tenho certeza que és meu irmão de verdade sua mãe deve ter me confundindo com alguém, me desculpe – disse friamente.
- Olhe! – ele apontou pra ele mesmo - Olhe pra mim e depois para você! Não vê a semelhança? Minha mãe está certa, nossa mãe está certa!Ela não ia se enganar com isso, você não ver? – ele disse sério.
- Ela não é minha mãe! – disse entre os dentes – vai embora, não quero ser rude com você vai!
- Domingo então? Jogo de hóquei? – ele continuava sorrindo.
- Posso ajudar em algo? – escutei Carlisle que estava atrás de mim.

Jonh olhou fixamente pra ele e sorriu.

- Jonh Darnell – ele sorriu e estendeu a mão pra cumprimentar meu pai.
- Vim deixar as coisas de Jackie, ela esqueceu em minha casa – ele disse sorrindo.
- Dr. Carlisle Cullen, pai dela, agradeço por trazer o casaco dela – ele disse calmamente.
- Até outro dia então Jackie – ele disse me puxando e me abraçando.

Fiquei novamente sem ação. Ele me soltou e caminhou até o carro onde a mulher esperava por ele, acenou no carro pra mim e partiram. Fiquei olhando uns minutos até eles sumirem de vista.

- Vamos – Carlisle tocou em meu ombro me guiando pra dentro.

Não olhei para ninguém e nem falei, subí imediatamente para meu quarto e me tranquei, estava enlouquecendo com a situação toda.

Como?Ele estava certo, somos parecidos, mas e daí?Ele não pode chegar e me obrigar a chamá-lo de irmão ou viver com ele como fossemos melhores amigos.

“Ai minha cabeça!Isso é demais pra mim!”

Desliguei a luz do quarto, fechei a cortina e me joguei na cama fechei os olhos e tentei dormir. Acordei com minha cabeça me matando, olhei pro despertador, eram 3 horas da manhã.

- Preciso de algum remédio – sussurrei.

Saí do quarto e desci. Alice e Jasper estavam na sala vendo algo na TV, fui até eles e sentei do lado de Alice apoiando minha cabeça em seu ombro, ela imediatamente passa o braço pelo meu ombro e me abraça.

- Pensei que ia dormir por mais tempo – ela disse me encostando ainda mais nela.
- Minha cabeça está me matando, Carlisle saiu? – sussurrei.
- Esme e Carlisle aproveitaram que estamos aqui e foram caçar – ele disse colocando a mão da minha testa.
- Carlisle disse que você já estava recuperada – ela disse me analisando.
-E estou, mas estou com dor de cabeça, isso é muito pra mim Alice, só tenho 14 anos e não 100! – disse segurando o choro .
- Tome – disse Jasper, com uma pílula na mão e um copo de água.
- Obrigada Jasper – sorri.
- Carlisle disse o que está acontecendo, às vezes eu esqueço que você é somente uma criança – ela sorriu.
- Quando é que os outros voltam? Porque vocês me deixaram sozinha aqui? Querem me enlouquecer é? – disse me ajeitando no sofá.
- Todos nós temos algo pra resolver Jackie e você não estava sozinha tinha Carlisle e Esme – ela disse sorrindo.
- Eu sinto falta de vocês! – retruquei - Carlisle e Esme mal param em casa, minha escola é horrível, não tenho amigos e agora uma louca se diz ser minha mãe! – explodi. Levantei e fui em direção as escadas.
- Para onde vai? – Alice perguntou calmamente.
- Pro meu quarto Alice, estou com muita dor de cabeça e não quero discutir com você – disse séria.

Subí correndo a escadas e me joguei novamente na cama.


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Notas finais do capítulo

Olaaa povo!! Mais um capitulo para vcs. Quero agrader a todos que estao comentando desde o começo, e graças ha voces estao postando dois capitulos hj =D

E tem outra coisa, estou postando outra fic, o nome é Dark Days, espero que vcs gostem tb....beijos ;***