A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 9
Capítulo 9




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- O que?! – gritei com todo ar do meu pulmão
- Não precisa gritar filha – Carlisle disse na minha frente
- Vocês só podem esta brincando comigo! – disse cruzando os braços.
- Não estamos você viu o que aconteceu com a Bella, Edward não quer que aconteça novamente – Carlisle ainda mantinha sua voz calma.
- Simples! Ele acaba com ela e ficamos aqui, não precisamos mudar por causa de uma pessoa, mas que droga já estamos adaptados aqui! Eu não quero MUDAR! - disse irritada e jogando um copo na pia.
- Você odeia Forks filha, porque isso tudo agora? Iremos para um lugar melhor – ele disse fazendo um carinho no meu rosto.
- Ah sim, iremos...pro Alaska? Groelândia?Pai EU NÃO QUERO! MAS QUE DROGA, EU NUNCA TENHO OPINIÃO DE VOTO NÃO?! – gritei.
- Jackeline Esme Cullen! abaixe o tom de voz – ele me olhou sério.
- Eu não vou! Vocês podem ir, eu fico! – disse cruzando os braços.
- Hahaha! muito engraçadinha você, uma garota de 14 anos, que tem uma certa inimizade com lobisomens, que está doente, ficar sozinha aqui? Nem pensar! – Rosalie disse debochando.
- Eu não vou! – birrei.
- Filha porque isso tudo agora? Você sempre me disse que odeia Forks – Carlisle disse suavemente.
- É porque ela não terminou o namoro Carlisle, não quer deixar o bundão sozinho – Emmett falou rindo.
- Não é isso, eu só que – suspirei um pouco - eu já tenho umas amizades aqui e já estou adaptada tá certo! - olhei furiosa pro Emmett.
- Eu disse para você não se envolver com esse rapaz não disse? – Carlisle olhava seriamente pra mim.
- Mas que droga Emmett! – olhei fuzilando-o.
- Mas por quê? Porque temos que nos mudar por causa de uma neura do Edward?É só não trazer mais a toupeira aqui! – disse emburrada.
- Já está decidido filha, iremos partir hoje mesmo, vai arrumar suas coisas – Carlisle disse autoritário.
- Já disse que não vou! – gritei e sai correndo pro meu quarto, chegando nele tranquei-o.
- Mas que droga! Eles não podem me forçar a mudar assim do nada! – disse chutando o vento.

Escutei baterem na porta.

- O QUE?! – gritei.
- Abre a porta filha – Esme pediu.
- Vai embora mãe! Eu já disse que não vou! – gritei.

Nesse momento Carlisle aparece na minha frente sorrindo.

“droga esqueci da janela”

- Ah vai sim! – ele disse rindo e me pegando no colo. Abriu a porta e caminhou tranquilamente até o carro.
- Pegue o casaco dela Esme – ele disse abrindo a porta do carro.
- PÁRA! PAI!NÃO! – disse me debatendo, mas ele somente ria, enquanto me colocava no carro e me prendia no cinto de segurança.
- PAI! PÁRA! – tentei soltar o cinto, mas ele tinha quebrado o feixe.
- Por favor, pai não! – disse soluçando.
- Não precisa chorar filha, é melhor para todos, entenda. Você tá pior que uma criança de 5 anos - Esme disse enquanto entrava no carro rindo da cena toda.
- Não é justo! Não quero ir! – disse tentando inutilmente me soltar.
- Você vai gostar do local – Carlisle disse enquanto ligava o carro.
- Vocês nem ao menos deixaram despedir dos meus amigos – me dei por vencida.
- Dos seus amigos ou do namorado que somos contra? – Carlisle disse sério.
- Os dois! – disse emburrada.
- E parece que estamos fugindo! Odeio vocês! – disse birrenta.
- Odeia não – Esme ria.
- Não é engraçado mãe! – sibilei.
- Nunca pensei que ser pai de uma adolescente de 14 anos daria tanto trabalho! – Carlisle ria.
- Gostava mais quando você era uma criança de 5 anos, falava errado, caia enquanto tentava correr, era menos MIMADA! – ele sorriu olhando pelo retrovisor.
- O senhor está ficando um velho chato! – retruquei.
-Esme? Você me acha velho querida?! – ele disse divertido.
- Claro que não! – ela disse beijando o rosto dele.
- Viu – ele sorriu - sua mãe não me acha velho, então você esta errada!
- ARGH! – virei à cara e fitei a janela. Enquanto os dois gargalhavam.

sabe o que irei fazer?? Dar um gelo neles, como fizeram comigo, eles vão ver só”

Sinceramente não sei onde meus pais tiram essas cidades insuportáveis de se morar. Primeiro foi Forks “que ultimamente estava até boa” e agora uma tal de Cornell de Wisconsin, eu nem sabia que existia isso. E para completar estávamos na parte noroeste do Estado sendo que no inverno a temperatura média é de -11ºC, porque não vamos logo para a Sibéria?!

Estávamos uma semana nessa cidade, onde tem orgulho de suas vacas e educação, um tédio isso sim!

Minha estratégia de ignorar meus pais estava dando certo, eles não sabiam mais o que fazer para voltar a falar com eles. Estávamos hospedados num hotel luxuoso da cidade até Carlisle achar uma casa ideal e Esme a deixar com a “nossa cara” como ela mesma dizia.

Estava sozinha no apartamento, meus irmãos que nunca me deixaram sozinha, desta vez deixaram, Edward endoidou e está em algum lugar do planeta, Alice e Jasper estão no Alaska visitando Tânia, Rosalie e Emmett estão na Suíça fazendo um tour Europeu “ai que inveja” e meus pais foram visitar algumas casas e eu olhando pela janela a chuva cair. Se o outono é assim, imagina o inverno!

- Bom, eles irão demorar um pouco, vou dar uma volta.

Fui até o armário, peguei um casaco preto que ia até os joelhos, envolvi um cachecol dando um laço delicado no pescoço, coloquei luvas e uma boina, peguei minha muleta e saí do apartamento. Quando saí do elevador e fui em direção ao Hall um mensageiro me parou.

- Senhorita Cullen? Senhorita? – alguém me chamava.
- Sim? – disse formalmente.
- Seus pais pediram para levar o almoço até seu quarto, mas como a senhorita saiu, vai almoçar no restaurante do hotel?
- No restaurante, mas só quando voltar, irei dar uma volta – dei um sorriso meio torto pra ele.
- Mas senhorita, o tempo não está muito bom para passeio, porque não visita as lojas do hotel? – ele disse preocupado.
- Quem sabe quando voltar? – peguei uma nota de 100 e entreguei a ele quando apertei a mão dele - Se meus pais perguntarem, não saí do hotel tudo bem? – sorri.
- Ahh! Claro! Bom passeio – ele disse rindo.
- Obrigada – sorri de volta.

Quando saí, me encolhi um pouco, estava ventando bem frio, olhei em volta, tinha poucas pessoas na rua e parecia ser 11 da noite ao invés de 11 da manhã. Ajeitei meu cachecol, fechei bem o casaco e caminhei sem rumo. Estava caminhando por um bom tempo olhando as lojas.

“argh! Não tem nada de interessante pelas redondezas não?!”

Estava parada na frente de uma loja de roupa de grife, quando percebi um homem olhando atentamente pra mim, entrei imediatamente na loja, fui até um manequim que tinha uma blusa que era a cara de Alice.

- Tem tamanho P? – disse pra vendedora.
- Tem sim – a vendedora me olhou dos pés a cabeça.
- Embrulhe para presente, por favor – disse séria e fui olhar outros modelos, estava mesmo fazendo hora para o homem ir embora.
- E como a senhorita pretende pagar? Custa muito caro sabia? – ela disse debochando.
- Escolhe! Quer em dinheiro, cartão ou cheque? – falei no mesmo tom.
- Escute aqui menina, saia agora da loja ou chamo os seguranças – ela disse irritada.

Suspirei fundo e fui ate o caixa.

- Pode me chamar a gerência, por favor? – falei no meu tom mais educado possível.

Passei exatamente uma hora conversando com a gerente e a convenci de demitir a vendedora. Estava no caixa pagando a blusa e olhando a vendedora sendo demitida, ao olhar aquilo sorri de orelha a orelha.

“bem feito, assim aprende a tratar melhor as pessoas”

- Obrigada – disse enquanto pegava a sacola.
- Desculpe pelo incômodo senhorita Cullen – a gerente veio até mim – espero que esse fato isolado não faça à senhorita deixar de freqüentar nossa loja.
- Irei pensar no caso – disse no meu tom mais arrogante que conhecia. Estava adorando aquela situação.

Ao sair da loja olhei em volta e vi ninguém “foi embora, ainda bem”, olhei pro relógio e marcava 3 horas da tarde.

- Nossa! É por isso que estou com fome, agora é pra onde o hotel mesmo? – olhei em volta e não me lembrava se era direita ou esquerda e para completar estava chovendo forte.
- Droga! – entrei novamente na loja.
- Esqueceu algo senhorita – a gerente veio até mim.
- Sim – falei rindo – sabe em que direção fica o hotel Taj Mahal?
- A senhorita está hospedada no Taj Mahal? – ela disse abismada.
- Sim! Algum problema? – sorri.
- Não...é que esse hotel é o mais caro da região – ela disse ficando envergonhada.
- Bom, são meus pais que pagam e não eu, então? Que direção? – disse sem dar confiança.
- Esquerda, mas acho melhor à senhorita pegar um táxi, parece que essa chuva não vai parar tão rápido.
- Obrigada – sorri e lhe entreguei uma nota de 100 e fui em direção do hotel.

“Eu devia ter escutado a mulher, porque tinha que ser teimosa, droga, não consigo enxergar um palmo na minha frente”.

Continuei caminhando com bastante dificuldade, primeiro pela chuva, segundo a muleta não ajudava muito e terceiro eu estava congelando. Estava caminhando na direção que a mulher me disse, mas a chuva estava tão forte que encharcou meus sapatos a cada passo que eu dava parecia uma eternidade.

- Você quer ajuda? – uma voz suave.

Olhei pra cima e vi um homem mais ou menos de 20 anos, estava sorrindo, vestindo uma capa preta, com um gorro que escondia seus cabelos, os olhos tinha uma coloração diferente, olhei mais atentamente, olhos rubis.

“Droga!Conheço esses olhos!”

- Não obrigada, já estou chegando ao hotel – tentei caminhar um pouco mais rápido, mas a dor na minha perna não deixava.
- Irei para aquele lado também, não quer ajuda mesmo? – ele sorria. Então pude notar os dentes dele “Droga! a má sorte da Isabella passou pra mim foi?!”
- Não senhor, obrigada, já estou chegando – disse calmamente.
- Então posso lhe acompanhar? – ele continuava do meu lado.
- Não é isso que já esta fazendo? – continuei caminhando .

Caminhamos uns 5 minutos em silêncio até o homem quebrar.

- Estou curioso – ele disse do meu lado.
- Bom, ficará curioso porque não irei responder nada pra você – sibilei “droga cadê o hotel?”
-Você tem um cheiro estranho, você tem o cheiro dos Cullen, mas não lhe conheço – ele me olhava sério.

Parei imediatamente e olhei pra ele, o fitei por uns segundos.

- Obrigada pela companhia, mas não preciso mais – continuei a caminhada.
- Eu só não sei seu nome, onde está Carlisle?E porque você tem o cheiro deles, sendo que é uma humana? – ele continuava me seguindo. Não liguei e continuei andando, quando levantei a cabeça vi finalmente o hotel.
- Obrigada, mas cheguei ao meu destino – disse séria.

Nesse momento ele pegou meu braço e me empurrou pra um beco próximo.

- Hei! – disse quando ele me chocou contra a parede.
- Calada! – ele olhava intensamente meus olhos.
- O que você está fazendo?- disse assustada.
- Lhe ensinando boas maneiras – ele disse colocando o nariz próximo do meu pescoço e cheirando profundamente.
- HUMMM! Você tem um cheiro maravilhoso. Tem um pouco de cheiro do Carlisle, mas seu cheiro é maravilhoso – ele deu um rosnado baixo e fechou os olhos.
- É?! Então tente cheirar com o nariz quebrado! – peguei minha muleta e taquei no nariz dele e em seguida bati a muleta com toda força nos olhos dele. Não sei se machucou, mas deu tempo suficiente dele me soltar e de sair correndo para a rua principal. Tive sorte de quando chegar à rua dois casais estavam passando, corri pro lado deles sem olhar pra trás e ignorando a dor na perna, caminhei até o hotel que estava só há 10 metros na minha frente, entrei rapidamente pela porta e fui parada pelo porteiro.
- Senhorita Cullen você está bem? – Ele me olhava preocupado. Foi então que percebi que estava tremendo e chorando.
- Fui assaltada, meus pais chegaram? – falei enxugando as lágrimas.
- Ainda não, mas espere irei chamar a polícia – ele disse segurando meu braço.
- Não precisa! Obrigada – dei um sorriso forçado.

Corri até o elevador, acionei e esperei ele abrir.

- Você tem até certa força heim! Mas você esqueceu sua sacola – ele disse me entregando a sacola.
- Vai embora antes que eu grite – sibilei.
- Calma, não ia fazer mal a você – ele disse rindo. Escutei o barulho do elevador abrindo, entrei, mas quando ia fechar ele entrou também “droga, fechou!”
- O que você quer de mim?Deixa-me em paz! – disse apertando o botão de abrir .
- Está com medo de ficar sozinha comigo é?Então sabe exatamente o que sou certo? – ele disse olhando maliciosamente pra mim.
- Sei – sussurrei.

Nesse momento o elevador abriu novamente, mas ele ficou na minha frente impedindo minha passagem.

- Eu tô com sede sabia? – ele disse rindo.
- Tem um bebedouro perto da recepção – disse tentando sair do elevador.
- Mas é outro tipo de sede – ele disse colocando o braço na porta evitando sair. Foi quando espiei por baixo do braço dele e vi Carlisle e Esme vindo em direção ao elevador.
- MÂE!PAI!- gritei com todo ar que tinha. Ele abaixou o braço me deixando sair. Corri até eles e abracei Esme.
- Mãe! – disse aliviada.

Ela fez um carinho na minha cabeça e olhou pro Carlisle preocupada.

- Garret o que você está fazendo aqui? – Carlisle falou um pouco ríspido.
- Nada meu amigo, só estava de passagem – ele disse rindo saindo do elevador e estendendo a mão para cumprimentá-lo.
- Mentira! Ele tá me seguindo e tentou me jantar! – disse entre os dentes.
- Garret! O que você fez?! – Carlisle olhou seriamente pra ele.
- Não sabia que tinha um bicho de estimação – ele disse rindo.
- Vamos conversar Garret – Carlisle disse apontado pro restaurante do hotel.
- Vamos filha – Esme disse passando o braço pela minha cintura e entrando comigo no elevador.
- Onde você esteve? – ela perguntou enquanto me ajudava a andar para o quarto.
- Fui dar uma olhada nas lojas e quando estava voltando para o hotel aquele idiota me atacou – disse abraçada com ela.
- Cadê sua muleta? – indagou.
- Quebrei nele – dei uma risada.
- AH filha, quando é que vai ter mais responsabilidade heim?– Esme disse séria.
- Mãe! Eu tenho responsabilidade sim, só fui dar uma volta! Eu nunca ia imaginar que um amigo de vocês estava por aqui! Eu não tenho detector de vampiros ou lobos na minha testa não! – falei rispidamente.
- Porque saiu?Porque não ficou no hotel? Já viu o seu estado? Você ficou 62 dias em coma, quase morreu, quer se matar é? – ela estava furiosa.
- Mãe, isso já faz dois meses, eu tô bem! E eu não quero me matar não!Estava me matando ficar aqui presa! – retruquei.
- Jackie! – ela disse me repreendendo - Você ainda sente dor quando anda, sem contar que ainda está de pino na perna. Filha você está em recuperação, ou você acha que seu pai tem o trabalho de todo dia fazer exames em você por puro zelo? Quando é que você irá colocar nessa sua cabeça oca que nós nos preocupamos com você?
- AH mãe! Essa conversa já está me irritando! – disse indo em direção ao quarto.
- Você está irritada ultimamente hein! – ela disse me acompanhando.
- Você está ficando insuportável filha – ela disse rindo.
- Então vamos voltar pra Forks que melhoro! – falei birrenta.
- Vamos ficar aqui, acostuma! Vá tomar um banho quente e vem comer algo, irei pedir – ela disse beijando meu rosto.
- Teu pai tem razão, você está ficando uma adolescente complicada! – ela sorriu.

Obedeci sem reclamar, porque estava congelando mesmo.Estava com tanto frio que quando entrei na banheira, meus músculos doeram com o choque de temperatura, fiquei relaxando por vários minutos, acho que fiquei uma hora na banheira e adormeci, porque acordei com alguém batendo na porta.

- Você está viva?! – Carlisle disse atrás da porta.
- Tô pai, só relaxando – disse saindo da banheira.

Arrumei-me com roupas pesadas e fui até a sala. Chegando lá, o tal de Garret estava conversando com meus pais, olhei fixamente pra ele, fui até o carrinho com a comida sem dar atenção pra eles.

- Jackie vem aqui, por favor – Carlisle disse calmamente.
- Sim pai? – disse ficando ao lado dele.
- Este é Garret um amigo nosso – ele disse apontando pro tal Garret.
- E daí? – falei bem arrogante.
- Desculpe se assustei você, só queria lhe assustar mesmo, não ia fazer nada – ele disse sorrindo.
- Hum sei e também acredito em papai Noel sabia? – debochei.
- Jackie! Por favor – Esme recriminava.
- Mãe!? A senhora quer que eu seja educada com a mesma pessoa que tentou me matar? – disse cruzando os braços.
- Eu não ia lhe matar, como disse, só estava lhe assustando. Você tem o cheiro de Carlisle, não ia atacar um protegido do meu amigo, não seria louco o suficiente pra isso, estou aqui para me desculpar, será que você pode me desculpar? – ele parecia sincero.
- Talvez! Quem sabe no outro século! – disse rindo.
- Jackie! – Carlisle disse sério.
- Tá certo, desculpado – disse estendendo a mão e cumprimentando-o.
- Que tal sairmos para me desculpar realmente? Aposto que não comeu nada, lhe levo para comer algo – ele disse rindo.
- Acho que está na hora de você ir meu amigo – Carlisle disse empurrando ele para a porta – Foi muito interessante conversar com você.
- O que foi Carlisle? Não confia em mim? – ele disse rindo e cumprimentando meu pai.
- Adeus Garret – ele abriu a porta.
- Até logo garota – ele disse acenando pra mim.

Carlisle se despediu dele e foi até mim.

- De agora em diante só sairá na rua comigo ou com sua mãe, entendeu? – ele disse sério.
- Desculpe – disse um pouco baixo.
- Amanhã iremos nos mudar e você irá conhecer sua nova escola – ele disse rindo.
- O que? Ah pai, por favor, vamos conversar sobre estudos só ano que vem tá? – disse irritada.
- O que? Você quer ficar mais de quatro meses sem fazer nada? Você irá pra escola sim – ele disse autoritário.
- Mas pai! Já estamos quase no final de setembro, faltam três meses para acabar o ano, sem contar em notas, pra que estudar agora? Entro ano que vêm na nova série, vocês podem ajeitar as coisas. E porque só eu que tenho que ir? E os outros? – disse rindo.
- Hum – fingiu pensar - Porque será hein? 14 anos? Outros com mais de cem, porque né? – ele disse sorrindo.
- Sem discussão, amanhã escola! – ele disse firme.
- Chato – disse baixinho.
- Escutei! – ele sorriu.

A nossa casa como sempre um pouco distante da civilização, mas dessa vez estávamos morando num condomínio fechado. Uma bela casa por sinal, com três andares, pisos de madeira, sendo sustentada por colunas estilo medieval, uma casa bastante luxuosa, desta vez meus pais exageraram em conforto que não servia para eles e sim pra mim.

Já estávamos um mês em Cornell, Carlisle estava ensinando na Universidade de Wisconsin que por acaso ficava à 5 Km da minha escola. Eles definitivamente exageraram dessa vez, me colocaram num colégio de regime militar, bom não era militar, mas parecia, tinha que ir fardada, chegar no horário e só podia sair da escola com autorização por escrito dos pais, não podia ir de cabelo solto, sem contar com o rígido controle disciplinar e pra completar só estudavam gente mesquinha, filhos de gente arrogante, meu Deus onde fui parar?!Já fui chamada a diretoria duas vezes em um mês, só porque respondia para os professores, oras, eles perguntavam e eu respondia!O que tem de mais nisso?

Desisti de continuar dando um gelo nos meus pais, primeiro porque são meus pais, segundo, eu os amo e não consigo ficar tanto tempo sem falar com eles e terceiro, só estava nós três, meus irmãos ainda estão curtindo a vida pelo mundo e eu aqui sentenciada a estudar no colégio de riquinhos metidos a besta e solitária!

Todo dia falava por via net com Albert e Rebeca, isso me deixava com mais vontade de voltar a Forks e cada dia que passava ficava um pouco deprimida, sem amigos, sem namorado sem irmãos.

É! Quem agüenta?! E tudo isso por causa de quem? Da IDIOTA da Isabella.

Estava abrindo meu armário para guardar os livros e ir embora depois de um dia tedioso, quando senti alguém pegar minha bengala.

- Hei! Devolva – olhei sério.
- Vem pegar novata! – disse um garoto caminhando pra traz e girando minha bengala na mão. Enquanto quatro pessoas atrás dele só riam.

Olhei atentamente e reconheci todos sendo da minha turma de educação física Adan, Lukas, Verônica e Suzi, o quarteto fantástico que adoravam atentar os novatos e o seu líder Ron Pertesen.

- Fica com ela! – disse fechando a porta do meu armário e caminhando para saída.
- Ah! Que isso? Vai ficar sem seu apoio para caminhar? – ele disse correndo e parando na minha frente.
- Sim, já ia aposentar isso mesmo – disse dando os ombros e continuei caminhando.
- O que? Vai parar de usar? Por quê? Cansou de ser chamada de aleijadinha? – ele disse rindo e os outros riam também.
- Não sua anta! Eu sofri um acidente e por isso que uso essa bengala para não forçar a lesão – disse afastando ele da minha frente.
- Hei! Ninguém toca em mim! – ele disse com cara de nojo.
- Por Deus!O que eu fiz para merecer um otário me perturbando? O que foi? Cuspi na cruz ou colei chiclete, já sei zombei da sua cara na cruz né? – disse olhando pro céu.
- Agora se os patetas me deram licença, tenho que ir, porque certamente meu pai está me esperando no estacionamento – disse ríspida.
- Tome – ele disse quebrando a bengala ao meio e me entregando os dois pedaços.
- Amanhã conversaremos novata! - ele disse rindo.

“Respire, inspire, conta ate 1000”

Caminhei até a saída, olhei pros lados e nada do carro de Carlisle.

- Atrasado? Será que aconteceu algo? – fiquei na escada em pé aguardando.
- Então novata, cadê? – Ron passava por mim dando um encontrão no meu ombro, fazendo-me desequilibrar um pouco, mas apoiei no corrimão da escada.
- Pertesen, me deixa em paz, quem avisa amigo é – disse sibilando.
- O que você vai fazer comigo? – ele riu.
- Posso fazer muitas coisas que você nem imagina – falei olhando fixamente nos olhos dele.
- Pode correr? – ele disse pegando minha bolsa e saindo correndo, no caminho ele a abriu deixando tudo cair. Minhas anotações, meu celular, meu Mp4, nesse momento fiquei imóvel, controlando minha raiva.
- Por favor! Pode devolver meus pertences? – disse entre os dentes e fechando os punhos.
- Ops! Desculpe novata – ele disse dando um pisão no meu celular quebrando-o “Serei expulsa, mas vai valer a pena!”.

Parti pra cima dele, mas no meio do caminho alguém me segura.

- Ron pare com isso
- Jonh isso não é da sua conta – ele da outro pisão no celular. Tentei me soltar, mas o garoto segurava com força.
- Não vale à pena Cullen, você será expulsa – Jonh disse calmamente.
- Não me importo! – sibilei.
- Com certeza seus pais irão se importar – ele disse me virando para olhar-lo.

Foi quando eu realmente olhei para ele, ele tinha olhos verdes iguais aos meus, exatamente a minha altura, cabelos um pouco longos penteado pra frente da mesma cor dos meus, branco e um pouco magro. E no momento que olhei nos olhos dele senti algo, parece que conhecia aquele menino há séculos. Fiquei parada fitando-o.

- Desculpe o atraso vamos?! – Carlisle disse com aquela voz suave e calma de sempre.
- Vamos querida – Carlisle disse rindo.

Ele me soltou e foi até o Ron pegar minha bolsa.

- Pegue! Amanhã venha com mais calma tá? – ele disse rindo e me entregando a bolsa.
- Me dê só cinco minutos – sibilei olhando pro meu pai.
- Nada disso, em cinco minutos você mata o garoto, vamos, entre no carro que irei pegar suas coisas – ele disse suavemente.
- Por favor! – supliquei.
- Filha não! Vai para o carro – ele ordenou.

Sem olhar pra cima caminhei pro carro que estava poucos metros da onde estava, antes de entrar no carro vi Carlisle conversando com o Ron e Jonh . Não demorou muito ele entrou no carro e saímos.

- Você está bem? – ele me olhava preocupado.
- Não! – falei segurando o choro.
- Que tal um sorvete? – ele disse sorrindo.
- Por favor, pai! Imploro-lhe, vamos voltar pra Forks, não agüento mais aqui! Por favor! – disse olhando fixamente pra ele, mas ele desviou o olhar e voltou à atenção pra estrada.
- Não podemos, prometemos não interferir mais na vida de Bella, você sabe disso – ele disse suavemente.
- Mas que droga! Que droga! Esquece essa idiota pai, esquece! – explodi. - Jackeline pára com isso! – ele me olhou sério.
- Pai o senhor não vê? Não vê que essa mulher acabou com nossa família? Cadê meus irmãos hein? Cadê Edward? Por causa dela nós nos separamos! Uma coisa que nunca aconteceu antes, por causa dela eu tô sem amigos, por causa dela eu tenho que agüentar aqueles marginais todo santo dia, por causa dela eu tô sem ninguém, o senhor não vê que ela que ocasionou isso tudo, porque todos ainda a protegem?O que custa voltar e a ignorar?! – disse chorando.
- Nós não vamos voltar, prometemos pro seu irmão – ele disse calmo.
- Você ira se adaptar aqui, você irá conhecer novas amizades – ele disse rindo e colocando a mão no rosto fazendo um carinho, nesse momento afastei o rosto evitando-o.
- Não vou! Eu não agüento mais, não agüento! Tentei juro que tentei ser forte como vocês, juro que estou tentando, mas hoje cheguei no meu limite, eu quero minha vida de volta, quero meus irmãos de volta, não agüento mais ficar sozinha! – disse olhando pela janela.
- Ah Jackie que isso?! Você não está sozinha, tem a mim e sua mãe – ele sorriu.
- Tenho! Tenho! Mas quando lhe vejo? Três vezes por dia, por causa dos exames senão só ia ser duas vezes por dia, quando você me deixa na escola e busca! E Esme?! Hein?! Só uma vez por dia!Pai vocês não param em casa, eu tô sozinha! – disse aos sussurros.
- Eu sinto falta dos meus irmãos, de todos eles! – falei enxugando as lágrimas.
- Seus irmãos logo estarão de volta – ele disse calmo.
- Me leva para casa tá? – pedi.
- Não quer tomar um sorvete com seu pai? Podemos ir buscar Esme, que tal? – ele disse rindo.
- Tudo bem, mesmo sendo só eu que irei tomar – disse rindo.
- É desse sorriso que gosto.


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Notas finais do capítulo

Como eu prometi, a cada aumento de comentarios, mais rapido vcs terao capitulos novos! o/
OBRIGADAAAA por comentarem!! Continuem assim que estou super feliz!