Blame The Crown — Interativa! escrita por Biiah Arc


Capítulo 6
Capítulo 4 ou Um Segredo Revelado


Notas iniciais do capítulo

Eu preciso parar de escrever capítulos de madrugada, esse eu terminei exatamente as 2:49 da manhã. Isso 'tá virando loucura. Mas a verdade é que minha criatividade floresce mais entre 22:00 e 8:00, depois disso eu fico imprestável para qualquer coisa que exija um nível elevado de criatividade. kkkkkk. Esse capítulo não tem selecionadas mas tem Henry, e BASH, e James, e Eu, pera não, Bia! E mais um monte de gente. Só não tem o John porque, não sei porque, acho que esqueci dele. kkkkk Mas mantenham em mente que ele ainda está visitando, ok? Ok!
Ps.: Eu sei que não respondi todos os comentários, mas gente, eles são tão lindos que eu preciso estar inteira para responde-los a altura. Eu juro que vou sentar logo e terminar de responder.
boa leitura, princesas!



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Era bem cedo ainda quando um carro parou em frente à entrada do palácio. Por ser uma visita inesperada, tão cedo, poucos criados realmente apareceram na entrada para saudar o visitante. Apenas o mordomo, Senhor Carson, a governanta, Senhora Nugent, dois valetes um uma criada, esperavam pelo motorista que caminhava para abrir a porta do veículo. Para a surpresa de todos, belos sapatos de salto agulha negros saíram do carro e logo erguida sobre eles, Princesa Bianca apareceu sorrindo.

A menina sorria simplesmente, abrigada em seu casaco preto e chapéu escuro. Tanto Carson quanto Nugent correram para saudá-la enquanto os outros empregados ficaram em pé, parados com seus sorrisos estampadas.

— Alteza! Espero que tenha feito uma boa viagem! – Carson sorria feito bobo.

— Carson, já pedi para me chamar apenas pelo nome, isso não mudou apenas porque viajei alguns dias. – A garota disse enquanto abraçava o senhor mais velho.

— Ele nunca vai mudar, querida! – Senhora Nugent comentou encarando-a.

— Nunca nestes 24 anos eu deixei de chama-la de Alteza, Princesa! – Ele sorriu ainda a abraçando de lado.

— Uma vez. O Senhor me chamou de princesinha uma vez, nunca vou me esquecer. – Ela sorriu beijando a bochecha esquerda dele.

Os três sorriam em frente à casa. Ela virou-se para a senhora ao seu lado e a abraçou sem soltar o homem a sua direita.

— Senhora Nugent, senti tanto a sua falta. – Ela sorriu abaixando-se alguns milímetros para depositar um beijo na bochecha direita da Senhora.

— Minha querida, você também fez muita falta! – A loira sorriu.

— E como andam as coisas por aqui. Fiquei sabendo de algumas coisas pela mídia, mas não pode deixar confiar plenamente. – Caminhavam abraçados até a porta, entrando no palácio. A garota apenas parou para cumprimentar os outros empregados sorrindo e dando bom dia. Os dois valetes, meninos jovens, porém muito altos, sorriram e caminharam apressadamente até o carro para descarregar as bagagens. A criada sorriu acompanhando logo atrás os outros três.

— Muitas coisas aconteceram por aqui, não sei nem por onde começar. – Senhora Nugent suspirou exacerbada.

— A senhora nem ao menos deveria, não é seu trabalho fazer isso, Sua Majestade tem o direito de ser o primeiro a informa-la. – Carson repreendeu a senhora parando perto do aparador no hall de entrada.

— Por favor, sabemos que papai ainda está dormindo uma hora dessas. Não são nem sete e meia ainda. – A garota riu retirando casaco e o chapéu, que Carson recebeu e entregou para Miranda, a criada.

— Pois eu estou muito bem acordado, para a sua informação, mocinha! – Rei James descia as escadas a passos rápidos e sorrindo.

— Papai! – A menina tentou se conter, mas acabou correndo para os braços do pai sorridente.

— Minha filha, senti tanta saudade. – Ele a abraçou com força fazendo um carinho em seus cabelos.

— Foram apenas duas semanas, meu pai! – Ele sorriu simpática.

— Isso é muito para um pai, acredite. – Ele a abraçou de lado. —Mas me conte, como foi sua viagem até a Versalhes? – Os dois caminhava, até um corredor largo a direita.

Entrando em uma sala que era conhecida como sala privada da família, Bianca sentou em um sofá confortável enquanto James foi tocar o sino (puxar a corda), para chamar uma criada. Enquanto a garota retirava as luvas que mantinha em suas mãos até aquele momento, o mais velho pediu um chá de frutas e biscoitos amanteigados para o momento.

— Como foi? – James sentou-se de frente para a filha encarando-a.

— Como era de se esperar, lindo! Nunca vi Clarice tão feliz e radiante, e Claude parece ser um homem tão bom. Espero que eles sejam muito felizes juntos. – Sorriu recostando-se ao sofá.

— Em sua carta, me pareceu que Arabelle não ficou muito contente. – O rei perguntou recostando-se também.

— É claro que não, aquela mulher não consegue ficar feliz com nada. A única filha dela estava se casando e nem um sorriso ela conseguiu dar. Nem mesmo ao cumprimentar os noivos. – Bufou irritada. — O senhor acredita que ela ficou chocada quando viu que eu ainda me reservava de luto? Eu era a esposa do filho dela, como pode?

— Querida, muitos ficam surpresos com isso. Já fazem três anos. – James parecia desconfortável com o assunto.

— Eu amava Pierre papai, não importa quanto tempo passe, ainda será pouco para honrar sua memória. – Ela encarou sua mão esquerda ainda com a aliança.

— E eu amava sua mãe, com todas as forças do meu ser. Não há homem no mundo que possa amar uma mulher com eu a amei. – Ele sorriu sabendo que na cabeça da filha, ela conseguia pensar em Pierre para refutar sua afirmação. — Mas ainda assim, não visto mais meu luto, como pode ver.

— Existem pessoas que aderem ao luto para o resto da vida. – A menina comentou.

— Não cogite isso nem brincando, Bianca! – Seu pai a encarou bravo. Para aproveitar o momento de silêncio. Carson, após bater na porta, entrou na sala com uma bandeja de prata em mãos com o jogo de chá e os biscoitos.

A garota sorriu para o mordomo enquanto ele se retirava. Se apressou a servir as xícaras, estava querendo um pouco do chá para tirar o gosto ruim da viagem da boca.

— O senhor me parece irritado! – Bianca entregou uma xícara para o pai enquanto ele bufava.

— Seu tio tem me tirado os nervos. – Ele comentou bebericando o líquido vermelho.

— Tio Petter é um pouco como Henry, precisa de atenção, apenas bata palmas quando ele terminar e nem vai perceber que não esteve olhando. – Ela riu por trás da xícara.

— Antes fosse simples assim. Mas não quero falar dele agora. Me conte mais da viagem. – Ele perguntou pegando um biscoito da bandeja.

— Foi uma viagem normal para a casa dos meus sogros. Alguma vez você gostou de visitar meus avós em Hertfordshire? – Ela riu comendo um biscoito também. — Como senti falta disso. – Apontou o biscoito.

— Eu fui para a casa dos seus avós uma única vez. – Respondeu ainda mastigando alguns farelos. – Eram eles, quem sempre vinham para cá.

— Está explicado então. – Ela sorriu sem mostrar os dentes. — Conversei com Armand, ele pareceu mais feliz em me ver do que Arabelle. – A princesa limpou os lábios.

— O que ele disse? – O rei perguntou bebendo do seu chá em seguida.

— Apenas disse que estava muito feliz em me ver, que era muito feliz por ter a aliança ainda intacta e que desejava minha felicidade. Esta última parte, devo admitir, foi um pouco estranha. – A garota mordeu mais um biscoito depois de molha-lo no chá.

— Ele apenas quis ser cordial e deixar claro que você pode seguir sua vida. – O rei comentou.

— Seguir a minha vida? Mas eu estou seguindo! Não é como se eu ficasse trancada no meu quarto, não mais. – A última parte ela falou um pouco mais baixo.

— Mas mal sai do palácio! – O rei largou sua xícara vazia na mesinha de centro. — Querida, eu entendo completamente o que você está sentindo, mas acho que já está na hora de você refazer sua vida, buscar sua felicidade.

— O que quer dizer com isso? – Bianca largou sua xícara com um pouco mais que algumas gotas de chá no fundo, dentro da bandeja.

— Você já deve ter ouvido que uma seleção foi iniciada para o seu irmão. – O rei calçou uma mão no joelho esquerdo enquanto que no joelho direito estava seu cotovelo, com o braço pendendo para a frente.

— Sim! – Respondeu simplesmente alisando o guardanapo de linho no colo.

— Devo informar-lhe que tomei a liberdade de convidar alguns cavalheiros para permanecerem no palácio durante o período vigente. – James utilizou de palavras bonitas e difíceis para maquiar a verdade da filha.

— O senhor está dizendo que requisitou a presença de homens no castelo, durante a seleção de Henry? Eu espero que não seja com o propósito que estou imaginando, papai! – Séria, Bianca deu destaque a última palavra.

— Temo que sim, querida! – Ele a encarou nos olhos. — Isto é, não espero que encare a situação como uma seleção.

— O homem com quem eu esperava ter filhos, uma vida e ser feliz para o resto dela, morreu, nos meus braços. O senhor espera mesmo que eu dance feito uma adolescente boba com outros homens enquanto eles me cortejam? Que me case fazendo pouco mais de três anos da morte do meu marido? Não vou desonrar a memória de Pierre desta maneira.

— Querida, não estou pedindo que se case por agora, apenas quero que você veja que tem opções, que não precisa ficar sozinha.

— Opções? – Ela levantou indignada. — E o senhor, meu pai, o que tem feito? Porque ao que me consta, o senhor está tão sozinho quanto eu! – A garota encarou o homem mais velho sentado à sua frente e simplesmente se retirou do lugar segurando suas luvas.

— Filhos! – Suspirou pegando outro biscoito da bandeja. — Eles crescem um pouco e já acham que sabem de tudo.

***

Após o café da manhã, onde todos saudaram Bianca com sorrisos e cumprimentos felizes, comentando o quanto sentiram sua falta e como estava mais corada pelo sol do norte da França, todos acabaram se dividindo. As crianças foram levadas até a ala infantil do palácio, no terceiro andar. John foi para seu carto responder algumas cartas. Sebastian se retirou para terminar um exemplar de O Grande Gatsby. Henry acompanhou o pai para mais uma reunião chata sobre a segurança do palácio. Bianca se retirou para descansar da viagem e Cecília sentou-se em sua sala privada para desfrutar de um tempo sozinha.

Sentada ao piano enquanto tocava “Raindrop” o prelúdio 15 de Chopin, ela se absteve de qualquer pensamento. Apenas dedilhava as teclas dos do piano, sem pensar em algo mais substancial do que as notas que passavam por sua mente. Esta era uma peça que ela sabia de cor.

Um pigarro foi ouvido quando Carson se fez presente ao final da melodia. — Perdoe-me, Majestade! Foi magnífico! – Cecília sorria e agradeceu. — Lady Lydia a espera, Alteza.

— Mande-a entrar, Carson! – Ela se retirou do piano sentando na poltrona clara perto da mesa de centro. – E sirva chá por favor!

— Claro, majestade, com licença! – Ele curvou a cabeça e saiu da sala. Em seguida Uma jovem loira de cabelos compridos e um sorriso brilhantes entro acompanhada de um jovem de pele morena e sorriso encantador.

— Boa tarde, Majestade! – Lydia fez uma reverência sorrindo. — Este é Andreo, um colega de trabalho! – O garoto fez uma mesura exagerada, fazendo Lydia rir.

— Oh, minha querida, não é necessária nenhuma formalidade. – Cecília sorriu. — Venham sentem-se aqui. – Deu leves batidinhas no sofá ao seu lado.

— Obrigado, Alteza! – Andreo agradeceu sentando ao lado de Lydia. Recebeu um sorriso da Rainha.

— Apenas Cecília, querido! Chá? – Ela ofereceu quando Carson entrou pela porta aberta com a bandeja. Ao receber as confirmações, dispensou o mordomo dizendo que iria servir.

— Como vão seus pais, Lydia? – Perguntou entregando uma xícara a Andreo.

— Bem, senhora. Estão viajando por Hertfordshire, foram visitar vovô. – A menina respondeu recebendo sua xícara.

— Eu soube que seu irmão Charles vai receber o título. É verdade? – Cecília sorriu mexendo sua colher dentro da sua porcelana.

— Oh, sim! Como tio Daniel recebeu a honraria de capelão, o título passa para a filha mais velha se ela tiver um filho homem. – Quando percebeu que estava falando com a rainha, e que ela provavelmente sabia sobre as regras de sucessão e linhagem, parou.

— Fico feliz. Mas ele é tão novo para um título tão importante. – A rainha bebericou do chá.

— Sim, é verdade! Mas por agora a única coisa que ele consegue pensar é que terá um título só seu. – Sorriu antes de beber do chá.

— Crianças tem uma inocência invejável, não acha? – Os dois confirmaram com a cabeça. — Mas me diga, o que os traz aqui?

Andreo, que comia um biscoito, limpou a boca e os dedos com seu guardanapo antes de começar a falar sobre o projeto que os dois estavam cuidando. Como curadores do Museu Nacional, estavam ali para discutir com a Rainha sobre objetos que formam a ala da casa real. Conversando sobre objetos de arte, retratos e vestimentas que foram doadas, cada reparo ou mudança só poderia ser feita com a aprovação do soberano, e como o nome de Cecília constava nos altos, os dois decidiram levar o projeto inteiro para que ela analisasse, dessa a sua opinião, comentasse.

***

 —Aí está você, mocinha! – Sebastian chamou a atenção de Rose no começo do corredor. —Procurei você por esse lugar inteiro.

— Não procurou, não! – A menina caminhou diminuindo a distância entre eles a alguns passos.

— Procurei sim! – Ele tinha dois livros pequenos em sua mão esquerda. — Eu encontrei estes livros na biblioteca que você iria adorar, e estava pensando se não gostaria de tomar um chá comigo na varanda. O que acha? – Bash apontou para as portas francesas abertas para o jardim quase ao seu lado.

— Chá no jardim? – Rose observou o desenho em suas mãos.

— Exatamente? – Ele sorriu cruzando as mãos nas costas, parecendo um príncipe.

— Eu ia ver a Bia! Ela voltou hoje! – A garota comentou encarando Bash.

— Oh, eu entendo. É claro que você vai preferir passar um tempo com ela. – Ele fez uma careta de triste, puxando um bico exagerado com seus lábios.

— Seb! – A garota o chamou com sua voz infantil.

— Não, tudo bem! Pelo jeito eu vou ter que procurar outra pessoa para contar o meu segredo, talvez o Bert. – Ele se virou de lado, dando um passo até a porta.

— Seb! – Ela gritou chamando o garoto que sorriu. Observado todos os lados, de olho em cada canto, a menina não encontrou ninguém que poderia repreende-la, então simplesmente correu até o mais velho e se jogou nele.

Rindo, Sebastian a pegou no colo e caminhou para os jardins. Ela colocou suas duas mãos na volta do pescoço dele, enquanto ele a segurava com força. Arrumando seus cabelos cacheados, ela parecia uma boneca.

— Você vai adorar, eu soube que a senhora Thonk fez um belíssimo bolo de chocolate. – Ele sorriu caminhando pela grama até a toalha posta perto da fonte.

— Me conta o segredo? – Ela pediu segurando o rosto dele com as duas mãos, enquanto equilibrava o desenho dobrado entre os dois.

— O segredo? – Ele parou encarando-a.

—É! – Ela riu da voz que ele fazia com as bochechas esmagadas pelas mãozinhas dela.

— Você é a minha princesa favorita. – Ele sussurrou no ouvido dela que gargalhou e deitou a cabeça no ombro dele.

***

 — Pai! – Albert correu até o homem, entrando no quarto de vestir de James, enquanto seu valete escovava o casaco marrom.

— Albert, meu filho! – Ele pegou o garoto no colo assim que ele abraçou suas pernas. — Está pronto? – Viu o menino confirmar com a cabeça. — Muito bem, então vamos lá! – Virou para o valete. — Não vou precisar do casaco, Steve.

Os dois saíram rindo do quarto, brincando de falar palavras difíceis. Era um jogo que Arthur, o pai de James, jogava com ele e o irmão, quando eles quando eram pequenos, para lhes ensinar um melhor vocabulário. O tempo todo, James manteve Arthur no colo, até chegar ao gramado do lado da casa, onde colocou o menino no colo e segurou sua mão. Ia ouvindo cada coisa que o menino contava, como sobre algo novo que aprendeu com a senhora que estava cuidando deles enquanto senhorita Ivy não retornava das férias, como também sobre planos para o futuro. Hoje ele estava contando sobre seus planos de virar um astronauta.

— Mas a lua é muito longe, meu filho! Não é melhor escolher um lugar mais perto? – James perguntou chegando mais perto dos estábulos.

— Não, que quero ir pra lua, ela é feita de queijo! – O menino comentou animado como se o fato de algo grande ser feito de queijo fosse mais extraordinário do que o fato de uma bola maciça de pedra conseguir se manter em órbita, pairando no universo.

— E você não vai sentir minha falta? Para chegar na lua levam muito anos, mais do que você pode contar. – Disse para o menino que encarava seus dedos da mão solta como se estivesse contando.

— Eu já conto até o dez! – Ele se assustou com a ideia de que algo poderia demorar mais do que duas semanas.

— Exatamente! – O pai disse entrando no estábulo de mãos dadas com o menino.

— Tudo bem, pai, eu te levo junto pra lua. – O menino sorriu achando uma solução. Ainda rindo com a ideia do filho, James pediu um cavalo, Maximus, que era mais calmo e mais seguro para andar com os gêmeos.

O Rei subiu no animal com maestria e de forma rápida, deixando Albert maravilhado. Depois o tratador do animal, Malcon, ajudou a criança a subir. James colocou o filho sentado à sua frente e pegou as rédeas.

— Está seguro?

— Sim!

— Muito bem, segure aqui! – O pai mostrou o pito, uma parte da sela, para ele se segurar. — Se ficar com medo me avise, ok? – Ele perguntou passando os braços pelo filho e segurando-o firme.

Foram trotando acompanhados pelo tratador até certo ponto depois do estábulo, depois seguiram por uma trilha que dava pela propriedade do castelo, entrando numa área que as crianças chamavam de Floresta, mas era apenas uma mata cercada com algumas árvores e uma trilha para um riacho.

— Acho que da próxima vez você pode vir no seu próprio cavalo, que tal? – O rei perguntou para o garoto que observava tudo com olhos atentos.

— Sim! – Comemorou animado rindo.

Pai e filho conversavam animadamente sobre tudo um pouco. Sobre o cavalo do menino, sobre Rose, sobre um esquilo que os dois viram parado sobre uma pedra e como ele era rápido. Sobre algumas árvores diferentes que viam pelo caminho, sobre Rose, Henry e Bianca. Chegando perto do riacho, os dois apenas ficaram em silêncio curtindo o momento.

— Pai, onde está a mamãe? – Albert quebrou o silêncio.

— Nós já conversamos sobre isso, querido. Sua mãe estava muito doente, lembra? – James perguntou.

— Sim. Ela morreu, não é? – Albert perguntou.

— Sim, querido.

— Eu não lembro muito dela. – O garoto se recostou no tronco do pai. — Como ela era?

Suspirando fundo, James procurou a melhor forma de contar sobre Julienne para seu filho. — Sua mãe era a mulher mais linda que eu já vi.

— Mais do que a vovó? – Encarou o pai de lado.

— Não diga isso a ela, mas sim. Mais do que sua avó. – James sorriu.

— Que mais? – Voltou a olhar para a frente.

— Ela tinha um sorriso lindo e brilhante, como Rose, os cabelos escuros de Bianca, a mesmo carinho pelas pessoas que Henry tem, e os seus olhos azuis. – James respondeu.

— O senhor sente falta dela?

— Todos os dias! – Respirou fundo. — Mas então eu olho para você, e para os seus irmãos, e lembro que ela está sempre comigo, no meu coração, todos os dias. Você também.

— Eu também? – Perguntou se virando para o pai.

— Sim querido, elas está aqui. – Apontou para o coração do menino. — E assim, você sabe que não está sozinho, nunca.

***

— Toc, Toc! – A voz de Henry invadiu o quarto de Bianca.

— Entra, bebezão! – Bianca sentou na cama onde antes estava deitada.

— Atrapalhei seu sono de beleza? – Ele perguntou sentando de frente para a irmã.

— Eu estava lendo, seu palhaço. – Ele empurrou o irmão de leve.

— Como você está? – Ele perguntou.

— Bem! Não existe nada melhor no mundo do que sair do campo de visão da detestável Arabelle. – A garota debochou.

 — Aquela mulher é uma bruxa, não sei como aguenta.

— Ela é a mãe do Pierre, Hezzy! Minha sogra.

— Exatamente, sogra! Nada no mundo combina bem com sogra, são todas detestáveis.

— Logo você vai ter uma, não deveria ficar falando mal antes de conhecer. – Ergueu uma sobrancelha. – Por falar nisso, como você sabe que todas são detestáveis, você nunca teve uma sogra antes. – Ergue outra sobrancelha.

— Apenas repetindo o discurso.

— Um discurso preconceituoso. Se quer saber, Arabelle foi uma sogra boa comigo antes de Pierre falecer.

— Sim, aí ela surtou dizendo que a culpa tinha sido sua e virou a bruxa má do oeste. – Ele apontou o fato.

— Tudo bem, não quero falar dela hoje. – Segurou a mão do irmão. — Eu soube hoje cedo sobre a seleção.

— Como pode ver, minha sogra está mais perto do que imagina. – Riu de forma amarga e sarcástica.

— Como você está lidando com isso?

— Eu diria que já me conformei com o fato de que 38 garotas vão entrar por aquela porta e mudar completamente a minha vida. – Suspirou. — O que não dá para se acostumar é com o fato de que vou ter que me casar com uma delas.

— Pense pelo lado bom, você tem 38 chances de encontrar o amor, ninguém tem tantas chances assim, Hezzy!

— Mas e se eu não gostar de nenhuma delas?

— Isso é impossível, você não pode ser do tipo difícil!

— Eu sou um cara exigente, tá? – Ele forçou uma careta colocando uma mão na cintura, fazendo a irmã rir.

— Isso pode ser algo bom para você, acredite em mim. – Suspirou. — Se apaixonar é algo mágico!

— Então por que não dá uma chance aos seus pretendentes?

— Argh! O que mais me irrita nisso tudo é que o papai fez tudo pelas minhas costas.

— Isso pode ser algo bom para você. – Ele debochou.

— Eu estou falando sério, Henry! – Bateu no ombro dele. — Se ao menos eu pudesse saber quem são eles.

— Papai não convidaria desconhecidos para cortejar a princesinha adorada dele, seja mais razoável, Bibi!

— Você sabe quem são, não é? – Ela sorriu inquisitiva.

— Sei! E garanto que você vai gostar deles, de todos eles.

— Não me diga que...

— Sim, ele convidou exatamente quem você está pensando. – O garoto riu e fez sua irmã rir também. Os dois deitaram na cama da garota, rindo dos nomes e das confissões que Henry fazia a irmã.  

Após um período em silêncio, apenas apreciando o tempo de qualidade que estavam passando juntos, Henry confessou. — Eu já vi algumas fichas.

— Mentira!

— Verdade!

— Quantas?

— Algumas.

— Me conte alguma coisa.

— Digamos que temos uma grande abundância nessa seleção, algumas loiras, algumas ruivas, algumas morenas. Garotas para todos os gostos.

— Viu só, eu sabia que alguma delas agradaria você, senhor exigente. – Abraçou o irmão e beijou sua bochecha.

Os dois acabaram adormecendo por algumas horas antes do jantar.

 


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Notas finais do capítulo

Muito bem, minha lindas! Deixando claro agora, quem não comentou no capítulo anterior, já ganhou um strike, salvo o pessoal que me avisou, ou que tinha um bom motivo, que apenas não pontuou. Isso significa que o jogo COMEÇOU! TAN TAN TAN TAN! KKKKKK, Por isso, não comentem nos capítulos anteriores, eu já anoitei tudo direitinho e sei quem comentou. Ta tudo numa planilha do excel 8), isso mesmo, no EXCEL. Peço encarecidamente que quem não comentou, por favor apenas me diga o motivo, eu vou entender e dar uma colher de chá! O primeiro desafio está chegando, fiquem ligadas. Eu vou avisar no capítulo antes de postar no tumblr, então não se desesperem. Já até pensei em um prêmio divino. kkkkkk
O próximo capítulo pode demorar um pouquinho por que estou pensando em fazer uma "auditoria" nos capítulos anteriores, isso é, betar eles. Quero corrigir a maioria dos erros de português sem modificar a história.
É isso, bye, xoxo.