Blame The Crown — Interativa! escrita por Biiah Arc


Capítulo 5
Capítulo 3 ou Selecionadas - saga: o começo


Notas iniciais do capítulo

OI SUAS BONITAS!
Cadê minhas leitoras favoritas? Todo mundo levanta a mão, AEAEAEAE
Eu sinto muitíssimo por não ter postado no sábado. Eu dividi a escrita por partes como vocês já perceberam que eu prefiro, e acabei escrevendo duas selecionadas no notebook da minha irmã. Moral da história, ele ficou de sacanagem comigo ligando e desligando. Foi lindo! Esse capítulo ficou grande, mas tem um motivo, as selecionadas, e eu prometo não fazer nada desse tamanho, eu acho! kkkkk. Eu começo a escrever e quando percebo já tem umas 4 mil palavras, isso é louco! Sobre as fichas, eu sei que eu disse que caso nós atingíssemos as 25 eu seria legal e ainda liberaria algumas caso não estivéssemos nas selecionadas ainda. Pois então, nós já estamos nas selecionadas e não batemos as 25 ainda. Por isso eu vou colocar o prazo de até eu postar o último pedaço da saga das selecionadas, que por enquanto tem 4 partes. Eu ainda vou aceitar fichas BOAS, depois, sinto muito! E antes de fazer uma ficha, galera, leiam pelo menos o prólogo da fic, deem uma olhada no tumblr, ou leiam ao menos a parte do Disclaimer. bom é isso, boa leitura!



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Os preparativos estão a todo vapor. Só no último mês, o Gabinete geral do Rei, comandado pelo Lord Chamberlain, já fez mais de mil contratações para empregados, criadas e pessoal de assessoria. Cerca de 20.000 mil guardas foram recrutados, e estimasse que mais 10.000 estejam chegando aos quartéis da capital, aqui em Maddesdon até o fim do mês.

Milhares de garotas aguardam para o começo da tão esperada competição e pela chance de ser a futura rainha do Reino Unido Maior. Faltando uma semana para o encerramento do prazo de entrega das fichas para a Seleção, mais de 300.000 fichas já forma entregues aos departamento de serviços provinciais, e a espera é de mais 50.000 sejam enviadas até o último dia.

Resta-nos apenas desejar boa sorte ao pessoal do gabinete geral, e a todas as jovens do reino.

Jornal The Monarch, London, Maddesdon

 

***

Kayla Blastorm - 19 anos - Beaufort, Inglaterra

"Toda rosa tem seus espinhos."

— Você estava tão linda na foto, filha! Não achou querido? – Veronica perguntou sorridente para o marido.

— Claro que achei! Você ficou linda, filha! – Oliver, que estava com o celular em um ouvido e uma pasta no colo, tapou o bocal do telefone e sorriu para a filha.

— Obrigada! – A garota, Kayla, não tirava os olhos da janela.

— O que houve, princesinha? – O pai, sentado de frente para a filha no carro, perguntou.

— Nada não!

—Você sabe que pode nos contar tudo, não é, meu bem? – Veronica, com seus cabelos ruivos alaranjados balançando ao redor do pescoço, tocou o ombro da filha.

— Eu sei, mãe! É sério, não foi nada. – Ela sorriu querendo acabar com o assunto.

— Você notou a garota que estava na sua frente na fila? Ela tinha os cabelos loiros mais opacos que eu já vi, e uma cintura graúda. – A mãe comentou rindo.

— Nossa princesa era sem dúvida a menina mais linda daquela filha. – O pai, com cabelos loiros escuros, falou anotando algo nas folhas em sua frente.

— Sem dúvida! – Veronica sorriu. – Com certeza vai ser selecionada, quando eles virem sua foto, não terão mais dúvida.

— Mãe, eles só vão ver a minha foto se eu for sorteada. – Lembrou cruzando as pernas.

— Sorteada?! Querida, você realmente acredita nisso? – Perguntou.

— É Claro mãe, porque não? – A menina se virou para a mais velha. – Está duvidando da palavra de Lord Chamberlain? – Ergueu a sobrancelha direita.

— É claro que não, Kayla querida. Apenas acho que quando tiverem a oportunidade de olharem para sua foto, todos terão a mesma certeza que eu e seu pai temos quando olhamos para você. – A ruiva sorriu.

— Que algo saiu errado? – Debochou.

— Não! Que você nasceu para ser a princesa desse reino, assim como vocês já é a princesa do nosso reino!

— Sério. Mãe?! Eu não tenho mais 10 anos! – bufou. – Vamos ser um pouco mais realistas. Você sabe que tem grandes chances de eu não ser nem ao menos selecionada, certo?

— Claro que não, princesinha. Você tem todas as chances do mundo. – Seu pai reiterou.

—Pai, não força a barra! – Ela apontou para o homem a sua frente.

— Milhares de garotas estão se inscrevendo só nesta província, é quase impossível que eu seja sorteada.

—Apenas assume que vai acontecer para você e já terá o dobro de chances de qualquer outra garota. Esta é a força do pensamento querida!

—Tudo o que desejamos, nós conseguimos, mas é preciso desejar de verdade.

Observando os dois com sorrisos grandes e verdadeiros, Kayla não pode deixar de pensar que aquilo não passava de uma crendice infantil que eles tentavam faze-la acreditar até os dias de hoje. “ Se realmente isso funcionasse, nós teríamos ao menos uma conversa séria por mês.”

Seus pais não eram pessoas ruins, mas a tratavam como se ela inda tivesse 10 anos, seu quarto nunca foi mudado, seus brinquedos de quando era criança continuavam espalhados pelo local. Unicórnios pintados nas paredes, rosa do chão ao teto, uma cama “de princesa” com dossel em voal rosa. Tudo a fazia se sentir infantil e a lembrava que seus pais não a levavam a sério. Eles ainda a tratavam como uma criança, mesmo estando quase na casa dos 20 anos.

O fato de quase terem a perdido quando nasceu, fez com que cumprissem o juramento de transformar o mundo da garota em um lugar repleto de felicidade, alegria, bonecas e muito cor de rosa. Até o fim de sua infância, aquilo tinha sido perfeito, mas quando o bullyng com sua condição física começou, o seu mundo cor de rosa ruiu.

— Vocês podem me deixar na casa da Mary Anne? – Perguntou derrotada.

— Você não quer comemorar com a gente? – Sua mãe perguntou passando a mão pelos cachos da filha.

— Comemorar o que? – Perguntou confusa.

— Que você entregou sua ficha! – A mãe a encarava como se fosse algo óbvio.

— Eu só coloquei meu nome em uma urna! – Comentou.

— Se você vê assim! – Oliver falou com seu tom de voz decepcionado que sempre corta o coração da filha. Ela estava tentando sobreviver aos dois desde que decidiu se inscrever, mas seus pais sempre vinham com a conversa sobre ela ser uma selecionada, quando ainda nem tinha acontecido o sorteio.

— Tudo bem, eu vou para a casa!

— Ótima ideia, querida! – Sua mãe tagarelava no banco ao seu lado. – Vou mandar fazer seu favorito, risoto de camarão.

— Eu adoro risoto de camarão. – Sorriu amarelo deixando-se levar pela mãe.

— Porque não assistimos um dos seus filmes animados favoritos? – Seu pai perguntou fechando a pasta preta em seu colo.

— Um desenho? – Perguntou em dúvida.

— O que você quiser, você escolhe, princesinha! – Ele sorriu passando a mão pelos cabelos curtos.

— Qualquer um? – Perguntou sendo respondida por um aceno de cabeça confirmando. – Não vale reclamar depois, nem dormir no meio do filme.

Os três caíram em uma gargalhada conjunta. Apesar de sua família não ser muito normal, Kayla sabia que nenhuma era. Ela só tinha medo de que não ser uma selecionada pudesse deixar o que já era complicado, insuportável. Precisava fazer os pais enxergarem que estaria tudo bem se ela não fosse sorteada.

Até chegarem em frente à residência da família, uma bela casa de dois andares em uma área mais calma da pitoresca e universitária cidade de Beaufort, o silêncio reino. Coma Kayla enviando mensagens as amigas desmarcando uma possível noite do pijama, Oliver respondendo a e-mails de trabalho e Veronica respondendo alguma amiga confirmando presença em um chá beneficente.

— Eu estive pensando, - Kayla começou quando subiam as escadarias da mansão. – Por mim tudo bem se eu não for selecionada Eu gosto de como as coisas são agora.

— É bom saber que está feliz, princesinha. – Seu pai sorriu com a mão nas costas da esposa.

— Mas você não precisa se preocupar com isso, é certo como 2 e 2 são 4 de que você será uma selecionada. – Sua mãe tocou sua bochecha em um carinho.

— Você vai ser uma ótima rainha um dia, princesinha! – Seu pai respondeu conduzindo Veronica até o lado direito do corredor, deixando Kayla plantada no meio dele.

— É, como eu esperava! – Bufou irritada. – Não adiantou de nada essa porcaria!

***

Cassandra Allen Prince - 19 anos - Maddesdon, Inglaterra

“Seja corajosa e gentil”

—Eu não acredito que isso está realmente acontecendo!

—Eu sei! Isso é tão surreal. - Cassandra sorriu para Melissa.

—O que Matt diria se nos visse nessa fila?! - Melissa sorriu ansiosa.

—Você não contou para o seu irmão? - Arregalou os olhos surpresa. – ‘Tá faltando um pouquinho de inteligência nessa cabecinha loira!

—Matt é apenas meu irmão, não meu pai. Não tenho que ficar dando satisfações. - Respondeu erguendo o queixo em sinal de desprezo.

—Bom, eu que não vou me meter nisso! - Cassie ergueu uma sobrancelha. - Mas, quando ele vier reclamar, não me chama não!

—Cassie! - Melissa botou sua pasta em baixo do braço esquerdo, união as duas mãos em prece e suplicou a Cassandra!

—Não! - A morena cruzou os braços e sacudiu a cabeça negativamente. - Anh anh! Não, Mel! - Se virou de costas para a amiga!

—Por favor! - Abraçou a amiga pelos ombros!

—Nem adianta fazer carinha de cachorrinho abandonado na esquina! - Fechou os olhos! - Nem de criança pedindo no sinal! Você sabe que isso não funciona comigo!

—Isso é injusto! Você sabe brigar melhor do que eu! Calvin ainda está dolorido da última vez que você bateu nele. - Reclamou. - E o Matthew nunca te recusa nada. É só você falar com ele com jeitinho e ‘tá tudo resolvido.

—Por que você não conta logo para ele que está se inscrevendo na seleção? - Cassie perguntou a amiga enquanto arrumava a alça da bolsa no ombro esquerdo.

—Matt não gosta disso. Ele acha que é algo fútil e desnecessário. Uma perda de tempo! - Mel deu de ombros perdendo um pouco da animação.

—Mas que mal tem? - Encarou sua pasta. - É para ser algo divertido, uma experiência. Apenas algo para contar aos filhos e netos depois que ficar velha. Não é como se nós fossemos ser escolhidas mesmo! - Olhou para a amiga de relance. - Desculpe, você vai. É óbvio!

— Não fica falando muito não que daqui a pouco as forças do destino te escutam e acaba não acontecendo nada. - Resmungou dando um soquinho na amiga.

— O quê? Uma futura médica do exército e cientista renomada, capaz de descobrir a cura para a crudelis, acreditando em forças do destino e o escambau? - Ergueu uma sobrancelha desafiando a amiga.

—Só uma maneira de dizer! - Melissa deu de ombros!

—Andou! - Cassie puxou Mel pela manga do vestido amarelo.

—Essas garotas estão demorando muito! Isso é normal?

—Cara, entra, larga a ficha e vai embora. Não são eles que vão te colocar lá dentro!

—No jornal dizia que todas as fichas serão colocadas em uma urna para cada país da união, e o príncipe deve sortear em números iguais.

—Sorteio? E você acreditou? - Cassie gargalhou no meio da filha chamando um pouco de atenção. - Você é tão ingênua Mel! Eu dou meu dedinho mindinho do pé esquerdo que não vai ser feito sorteio nenhum!

—Claro que vai! O próprio príncipe em cadeia nacional vai retirar as fichas de dentro da urna.

—Mas não vai mesmo! Você realmente acha que ele vai deixar a escolha da futura esposa dele, próxima rainha da união, a mercê das... "forças do destino"? - Sinalizou as aspas com os dedos. - Nunca!

—Deixa de ser tão chata, Cassie! - Fez uma careta de desgosto. - Não importa como vai acontecer. O que importa é que vai. Garotas do país inteiro vão ser colocadas dentro de um palácio para ter a chance de se casar com o futuro rei. Percebe o quão importante é isso?

—Sim! - Disse baixo.

—Ótimo! - Segurou Cassie pela bolsa e a puxou. - Andou!

—Você realmente está levando isso a sério, não é? - Cassie coçou o ombro em sinal de desconforto.

—Sim! - Suspirou. - Eu acho que isso é uma grande oportunidade. Tanto de fazer algo grande e importante com a minha vida, como encontrar o verdadeiro amor.

—Nossa! - Cassie respondeu depois de morder sua bochecha. Ela não queria entrar na discussão sobre amor vs. realidade de novo. - Eu só estou aqui pela diversão. - Ergueu as mãos em rendição sorrindo.

—Isso também, é claro! Vão ser muitos bailes, eu espero. - As duas gargalharam.

Caminharam mais um pouco vendo que a fila a sua frente começava a diminuir. Tinham pelo menos umas 10 garotas ainda com fichas em mãos. Mas elas não poderiam se importar menos. Cassie sabia que era algo importante para Mel, a amiga realmente era uma garotinha do papai que acreditava em contos de fadas. Mas ela não poderia estranhar mais do que já estava estranhando. É claro que ela tinha motivos para estar ali, ela não era mais uma dessas garotas fúteis e sem conteúdo que Matt abominava. Ela não estava ali para encontrar o amor da sua vida, se tornar princesa e usar uma tiara pesada que provavelmente ninguém mais usa a séculos. Mas então, qual era o motivo fidedigno e real que trouxe Cassandra até ali? Ela já não acreditava mais em contos de fadas, castelos e princesas fazia alguns anos. O que levou Cassie até ali? Qual era o seu pretexto? O que a impulsionou a responder aquela ficha e entrega-la? Curiosidade, talvez?! Ela definitivamente estava curiosa para saber como era se apaixonar, mas pelo príncipe? Isso seria possível?

—Hey! - Algo parecido com uma mão passava pelos olhos de Cassie. - Está acordada?

—Oi, desculpa! - Percebeu que era realmente uma mão. A mão de Melissa a chamando. - O que você disse?

—Eu perguntei se você vai contar aos seus pais. - Mel sorriu amarelo, em dúvida se deveria ter feito aquela pergunta.

—Não! - Respondeu simplesmente.

—Não? -Surpresa, arregalou os olhos. - Você deveria!

—Eu passo! - Mexeu no cabelo querendo evitar mais perguntas.

—Mas, porquê? – Mel virou a cabeça para o lado, confusa.

—Por que não acho que isso vai realmente dar em alguma coisa, qual o motivo de ir falar com o Sr. e a Sra. Prince se eu não tenho nada para dizer? – A morena deu de ombros

—Cassie! E se você for selecionada? E se te escolherem? Isso vai acontecer em rede nacional!

—Bom, então eles vão ficar sabendo.

—Não acha que eles vão se sentir excluídos?

—Se isso acontecer, espero que eles se sintam exatamente assim, excluídos! - Cassandra deu mais um passo adentrando o prédio do departamento.

***

 

Anne-Clarisse Wondracek
 - 19 anos - Lancaster, Inglaterra

’’Fazendo merda que se apreende a viver’’

— Querida, você não pode abrir um sorrisinho? – A senhora Wondracek pediu encarando o rosto da filha. Claire, a contragosto, deu um sorriso forçado, mostrando os dentes para a mãe.

Era um dia tipicamente britânico, nublado e com sol ameno em Lancaster. A cidade se movimentava normalmente, ainda era cedo, pela manhã, mas a fila nem frente ao Departamento de Serviços Provinciais já era considerável, apesar de modesta. Ela não chegava nem ao meio da quadra. Não fazia frio, mas também não estava quente, era um clima agradável.

— Assim está melhor, Anne! - A mulher, uma senhora loira de 43 anos, com um rosto de aparência cansada, parecia analisar cada garota elegível em um raio de 40 quilômetros.

—Por que eu precisei vir mesmo? A senhora não poderia ter entregue por mim essa papelada toda? – Clarisse encostou-se a parede do prédio que ficava alguns metros do prédio do parlamento.

— Claro que não Clarisse! – Sua mãe continuava a observar uma moça de aparentemente mesma idade que a filha, mais baixa e com algumas curvas a mais. – Você tinha que vir junto, estava na lista de instruções.

— Instruções? O que eles pensam que estão fazendo, enviando essas meninas paro o espaço sideral? – Cruzou seus braços com desdém. – Que eu saiba estamos nos inscrevendo para a seleção do príncipe Henry e não para um programa do Serviço de Aeronáutica Espacial.

— Isso é um assunto de extrema importância, a nível internacional! – Anna voltou a encarar a filha constatando o fato com o dedo em riste. – Eles precisam ter certeza de que é a coisa certa.

— Quando que colocar dezenas de garotas jovens trancadas em um palácio com um jovem na puberdade pode ser uma coisa certo? Muito menos seguro! – Observou suas unhas pintadas de um azul escuro como a noite.

— O que você está querendo dizer minha filha? – A loira encarou a menina com os olhos arregalados. – Não fale mal do príncipe, isso é blasfêmia.

— Não estou falando mal dele, apenas constatando um fato. – Ela ergueu uma sobrancelha para a mãe querendo irrita-la. —Ele é um cara jovem, tem suas necessidades.

— Anne-Clarisse Wondracek, nunca mais repita isso! – Mãe da garota a xingou um pouco alto, chamando a atenção de algumas pessoas perto dela. – A senhoria está difamando o príncipe! Você até fala como se o conhecesse.

— Nós nunca fomos apresentados, apenas já o vi algumas vezes. – Ela desdenhou com os ombros.

— Você já viu o príncipe Henry? – Perguntou em sussurros, chegando mais próxima da filha.

— Sim, umas duas ou três vezes, rodeado de babacas em cima do possante dele. – Ela não olhou para os olhos da mãe prevendo o que a mais velha poderia dizer.

— Está me falando que você ainda frequenta aqueles lugares Anne-Clarisse? – A senhora perguntou extremamente séria, esperando uma resposta.

— Isso faz anos mãe, não encrenca, ‘tá? – Ela colocou a mão na boca, se preparando para roer. – Nem começa com o sermão.

— Você sabe da importância de se manter livre dessas más companhias, garota! Isso pode afetar o seu futuro! – A mãe deu um tapa na mão da filha que mordia a unha e o dedo. – E pare de roer essa unha. Vai estragar todo o trabalho que deu para arrumar essa bagunça que você chama de mão.

— Não é porque eu estou aceitando me escrever nessa merda, que eu vou virar uma bonequinha. – A garota bufou irritada cruzando os braços.

— Se você quiser ao menos entrar nessa seleção, é melhor começar a agir feito a dama que eu te criei. – Anna respondeu ajeitando as costas da filha.

— A senhora já parou para pensar que eu posso não querer participar disso? – Ela perguntou encarando a mãe nos olhos.

— Você não estaria se inscrevendo se não quisesse. – Apontou segurando a alça da bolsa em seu ombro tentando não entrar no assunto. Toda vez que entrava nesse assunto com a filha, ela temia que Claire mudasse de ideia e não se inscrevesse.

— A senhora me obrigou! – Clarisse acusou-a chocada.

— Por favor, Anne-Clarisse, você já é bem grandinha! – Encarou a filha irritada. – Desde quando alguém te obriga a fazer alguma coisa?

Claire ficou surpresa com a resposta, não esperava que sua mãe lhe jogasse algo na cara tão cedo. Desde que ela aceitou participar da seleção e preencher a ficha, notou uma diferença nos atos de sua mãe para consigo. A mais velha estava tentando ser mais tolerante, benevolente e até amável com a filha. Todas as coisas que Clarisse tentou fazer para aborrecer a mãe não surtiu nenhum efeito. Desde pintar os cabelos de platinado com mechas roxas na ponta até escolher um esmalte escuro. De fazer uma nova tatuagem até refazer sua ficha três vezes. Tudo parecia ser esquecido ou ignorado pela mais velha, em prol da inscrição da filha.

Anne-Clarisse se aproveitou disso algumas noites durante os fins de semana para sair e se divertir com os amigos, ficando até tarde sem ouvir nenhuma reclamação da mãe. Tudo parecia estar perfeito e incrível na vida de Claire. Perfeito de mais. Ela sabia que tudo isso poderia virar contra ela no momento em que sua mãe percebesse que ela nunca seria selecionada, que ela não fazia o tipo de candidata ideal a futura rainha.

Mas quando sua mãe apenas disse aquilo que ela mesma vinha tentando dizer para seus pais a tantos anos, ela percebeu que Anna LeLoir Wondracek não estava medindo forças com ela, esse nunca foi o intuito, mas sim abrindo mão daquilo que acreditava por algum motivo maior. Talvez fosse pelo bem da filha, ou por uma relação tão frágil que começava a tomar fôlego, ela não sabia, mas percebeu sua mãe diferente.

— Clarisse! – Chamou a garota que estava parada a 10 passos atrás. – Venha!

A garota ainda meio abobalhada com a mãe caminhou lentamente pensando, tentando colocar tudo de volta no lugar. Talvez tivesse algum motivo, no fundo de sua mente, para estar se inscrevendo. Ela não sabia ainda qual era, mas iria descobrir.

— Já estamos quase lá! – Sua mãe cantarolou abraçada a pasta com a ficha dela. – Está nervosa?

— Não, por que estaria? Só vamos entregar a ficha e sair. – Ela deu de ombros cruzando os braços, segurando a vontade de colocar os dedos na boca novamente.

— Você não sabia? Eles também vão tirar uma foto sua. – A loira sorriu animada.

—O quê? – Claire teve um mini ataque do coração, arregalando os olhos e gritando. – Por que não me disse isso antes?

— Porque uma senhorinha simpática acabou de me contar. – Apontou para a porta do prédio indicando a senhora que já não estava mais na fila. – Em que mundo você está minha filha?

— Aqui mesmo, mãe! – Ela bufou jogando o cabelo para trás.

— Por que não coloca um batonzinho? Eu acho que tenho uma presilha aqui em algum lugar, podemos dar um jeito no se cabelo, esconder esse roxo todo, toma o pó! – A senhora começou a mexer na bolsa tirando coisas aleatória e entregando para a filha que apenas segurava sem falar nada.

 

***

Katherine Schiffer - 18 anos - Albany, Scotia

“Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender como dançar na chuva”

As ruas de Albany pareciam calmas pelo horário. Com o horário de verão, o sol ainda brilhava no céu as 19:00. O burburinho e as vozes ficam para trás. Alguns poucos quilômetros dali Melaine, Karen e Katherine caminhavam se afastando cada vez mais, enquanto o Departamento de Serviços Provinciais diminuía as suas costas. Era engraçado de se ver, lado – a – lado as garotas formavam uma escada. Melaine, a mais jovem, de cabelos cacheados e uma pele mais escura do que as demais, a direita, Karen, loira com a pele levemente bronzeada devido ao trabalho na fazenda e covinhas delicadas, no meio, e Kate, cabelos escuros e pele levemente bronzeada do trabalho na fazenda, mais alta do que as outras, na ponta esquerda.

—Dá para acreditar na quantidade de gente que deixou para entregar a ficha na última hora? —Mel comentou caminhando ao lado de Karen e Kate.

—Inclusive nós, você quer dizer. —Karen sorriu encarando-a do seu lado direito.

—Pelo menos nós conseguimos! —Katherine sorriu segurando a alça da bolsa transversa. As duas amigas concordaram com um aceno de cabeça.

—Vocês acham que isso vai dar em alguma coisa? —Mel perguntou encarando os sapatos a cada passo.

—Eu não sei! —Kate simplesmente respondeu suspirando.

—A possibilidade é grande. Enquanto muitas famílias enviam uma ficha apenas, nós estamos enviando três. - Karen observou encarando as amigas.

—O que me leva a perguntar, por que vocês se inscreveram? —A morena encarou as duas a sua direita. —Vocês insistiram tanto para me inscrever que pensei que só eu tinha motivos para participar.

—É, claro! Dinheiro, Nellie, oportunidades. Nós já sabemos. —Mel citou fazendo pouco caso. —Eu apenas me inscrevi por diversão. A adrenalina de ter seu nome em uma grande urna, de poder ser selecionada. Seria uma experiência e tanto, não? —Sorriu.

—Tem razão, seria um prato cheio para você, uma grande aventura! —Kate foi irônica arrancando risos da melhor amiga.

—Não me julguem, é um motivo! —Mel encarou-a emburrada com os lábios fechados formando um bico de descontentamento.

—E o seu sonho de entrar para a faculdade de medicina? —Kate questionou.

—O que tem ele? —Mel não compreendeu.

—Se você for selecionada, não vai poder continuar se preparando para o exame nacional. —Karen foi quem respondeu.

—Isso é apenas uma possibilidade, não quer dizer que eu vá ser selecionada. —Contrapôs a mais nova. —E mesmo que eu seja, nada garante que o príncipe se apaixone por mim e que eu serei a próxima rainha do Reino Unido.

—Deus queira que isso não acontece, não é? —Karen brincou.

—Antes eu do que você! —Mel bateu no ombro da loira no meio.

—Sem violência, suas selvagens! Não podem nem sair mais! —Kate riu colocando o cabelo para trás. —Mas e você, Karie?

—Eu... eu não sei! —A loira disse de cabeça baixa. —Eu nem ao menos sei se quero ser selecionada.

—Mas e se você for? Você sabe que tem grandes chances. —Melaine observou a amiga ao seu lado.

—Eu não pensei sobre isso! —Karen encolheu os ombros ao ouvir Mel responder “Pelo jeito não pensou em não, hein?!”.

—O que você acha que o Ian vai dizer sobre isso? —Kate questionou preocupada.

—Quem se importa com o que ele vai dizer? Eu não! Ele pode espernear à vontade. —Karen cruzou os braços incomodada.

—E o que você vai dizer a ele? —Mel perguntou dando ênfase ao você.

—Eu não tenho que dizer nada para ele. —Reclamou rabugenta. —Isso já está me irritando, chega desse assunto.

O silêncio se instalou entre as três, o que deixou o clima estranho e desconfortável. Cada passo ia deixando o silêncio cada vez maior e os suspiros mais altos.

—Você teve alguma notícia do Math, Kate? Ian disse que ele tinha sido mandado para a capital. —Mel disse coçando o pescoço.

—Não tive, Mel! Parece que ele ainda está no quartel. Talvez ele consiga uma folga na semana do anúncio. —Sorriu. —Por quê?

—Nada, só curiosidade! —Ao perceber que estava sendo observada pelas duas amigas, completou. —Que foi? Eu só queria acabar com o silêncio. —Virando o rosto para o outro lado da rua. —Olha ali a caminhonete do Ian!

—Ele deve estar fazendo alguma entrega. —Kate observou.

—Vamos pedir uma carona? Por favor! —Mel segurou a mão de Karen suplicando.

—Sério? —Karen observou ela concordar. —Não, nem pensar!

—Por favor, Karen, vamos demorar muito se formos de ônibus.

—Melhor do que ficar uma hora no carro com o Ian!

—Deixa de ser chata! —Mel sacudiu os ombros da garota. —Eu lavo sua louça por duas semanas.

—Isso parece tentador! —Kate riu divertida.

—Tudo bem, mas se você reclamar uma única vez, eu conto ao tio Carter que foi você quem soltou a Millicent enquanto o Josh cuidava do Billy.

—Fechado! —Mel beijou a bochecha da loira e sai correndo até o carro.

—Me prometa que você vai sentar ao lado dele na frente. —Mel virou de frente para Kate, segurando-a pelos ombros.

— Eu sinto muito, amiga, mas eu não vou com vocês. —Kate puxou o lábio para a direita com pesar.

— O que? —A loira arregalou os olhos surpresa.

— Eu vou dar uma passada no orfanato para ver a Nellie. —Deu de ombros.

— Não, por favor! —Karie suplicou

— Desculpe, Karie, mas eu prometi a ela que passaria lá ainda hoje se desse tempo.

— Por favor, Kate! A mel vai sentar atrás e eu vou ser obrigada a dividir o banco da frente com o Ian. —Karen choramingou.

— É a vida, Kariezinha! —Kate sorriu amarelo.

A caminhonete, agora ligada, se movimentou ela rua parando ao lado das duas amigas. O vidro da frente, no lado do passageiro, abaixou e Ian, com os cabelos castanhos curtos e uns óculos escuros escondendo seus olhos verdes. O garoto sorriu para as duas.

— E aí, gatinhas?! Vai uma carona? – O garoto perguntou erguendo as duas sobrancelhas rapidamente. Mel que já estava no banco de trás caiu na gargalhado quando o viu pelo espelho retrovisor.

— Urg! – Karie encarou Kate irritada. – Você me paga!

— Você não vem KatKat? – Ele abaixou os óculos para encara-la.

— Não, futuro Colin Firth! – Fez uma referência ao antigo ator.

— Ok, manda um beijo para a pirralha!

— Tudo bem, eu mando! Até mais, gente! – Se afastou da caminhonete vendo o primo manobrar e logo seguir rua abaixo. Kate seguiu pelo outro lado a caminho do orfanato Sunnyside.

***

Serena Elizabeth Bloodworth - 20 anos - Montrose, Scotia

"A calma dos sábios nada mais é do que a arte de guardar a agitação que vai nos seus corações."

— Aqui está bom Octavius. – Clarisse Bloodworth sinalizou com a voz elevada. Logo o carro em que ela e a net encontravam-se parou. Estacionado em frente ao Departamento de Serviços provinciais O motorista, um rapaz ruivo que beirava os 35 anos, abriu a porta e deu espaço para as duas descerem. Uma fila pequena já se formava em frente a porta do local. Estava frio e húmido, chovera a noite toda, podendo ser possível ver o chão molhado em alguns pontos da calçada, ainda. A passos firmes, Serena e a avó caminhavam para o fim da fila como todos ali, sem qualquer resquício de soberba ou empáfia. As duas com certeza eram as mais bem vestidas da fila, mas isso não pareceu ser importante naquele momento.

Para espantar o frio e se manter aquecida, a senhora de idade, já com belos cabelos grisalhos, trajava um casaco de pele cinza que contrastava com os prédios e com o clima da cidade. O céu cinza, claro e ofuscante, que chegava a doer os olhos se observado por muito tempo parecia refletir nos olhos a senhora. Serena ainda se perguntava o que sua avó, uma senhora tão elegante e séria, fazia numa fila em frente ao departamento

— Vamos querida, a filha está crescendo. – A senhora sorriu para a neta de modo curto enquanto a observava por cima dos óculos escuros risonhos.

— Vovó, eu já falei que a senhora não precisava ter vindo comigo. Está frio! – Serena disse fechando melhor o sobretudo caramelo sobre seu vestido azul marinho.

— E eu já disse que não deixaria você vir sozinha! – A senhora arrumou a gola da neta, tentando cobrir melhor o pescoço dela.

— Layla poderia ter me acompanhado. – Ela indicou erguendo a sobrancelha.

—Eu sei! – A senhora segurou melhor sua bolsa, pendurado em seu braço até o cotovelo. – Nós sempre seremos muito gratas a Layla, mas esse não é um momento para dividir com os criados.

A garota pensou duas vezes antes de responder, suspirou e enfim proferiu. — Layla não é uma simples criada, a senhora sabe disso.

— Sim, sim, tem razão! Mas este é um momento de nervosismo para você, e eu nunca entregaria um momento tão importante para minha neta, nas mãos de qualquer outra pessoa. – A senhora sorriu de modo verdadeiro e carinhoso segurando a mãe de Serena.

— Obrigada! – A morena sorriu abaixando a cabeça.

— Agora erga essa cabeça e respire fundo! – Segurou o queixo da garota. – Nós sabemos que se existe alguém neste país que pode vencer esta competição, este alguém é você. – A garota sorriu e concordou com a cabeça. – Você quer isso? – Ela concordou novamente. – Então de olho no prêmio, querida! – As duas riram untas em confidencia.

— Obrigada por ter vindo! Eu só não queria perturba-la, ser um estorvo no seu dia tão cheio. – Ela encarou a avó aflita.

— Você nunca será um estorvo para mim, ouviu senhorita Bloodworth? – Abraçou a menina pelos ombros. – Você e seu irmão são as maiores alegrias, minha e de seu avô.

— Acha que ele já mudou de ideia sobre a seleção? – Perguntou em dúvida.

— Seu avô acha que você deve ir adiante apenas se quiser realmente isso, se for tirar algum proveito emocional e psicológico. Ele ficou furioso com Malcon e Andreos por terem imposto isso no conselho. Estamos falando sobre sua vida, e não sobre a posição e imagem da empresa.

— Eu sei, e garanto que não estou me inscrevendo apenas pela empresa, eu acho que quero isso, vovó. Acho que quero mesmo competir e, talvez, me casar com o príncipe1 – Ela segredou em sussurro.

— Então, querida, seu avô e eu lhe daremos todo o apoio! – Afagou o ombro da neta, aquecendo-a. – Ao menos ele é um bom partido.

— Melhor do que Newman Hendrickson 3º! – Constatou debochada.

— Ele não é um mau garoto! – Sua avó riu do comentário.

— Não, só tem um sexto dedo no pé esquerdo e mãos peludas demais. – Reclamou tendo um arrepio de asco.

— A genética nem sempre é tão bondosa. – Gargalhou moderadamente. – Por falar em genética, conversou com seu irmão sobre o que está prestes a fazer?

— Conversei brevemente. Ele sabe que se eu for selecionada, tem grandes chances de ele assumir a empresa, mas parece que isso não importou muito para ele, é como se ele não acreditasse que isso é possível. – Deu de ombros chateada.

— Seu irmão ainda é muito novo, Sessi, ele não consegue projetar o que está acontecendo hoje, em um futuro próximo, muito menos um distante. Isso não significa que ele não esteja torcendo por você.

—O modo como ele falou ontem, pareceu que ele não acreditava nem que eu pudesse ser a escolhida, quem dirá selecionada. Ele realmente acha que isso não vai dar em nada.

— Por que você não dá um passo de cada vez? Primeiro entrega essa ficha, e deixe que o destino decida se você deve entrar ou não. E depois, quando as coisas forem surgindo para você, só então pense sobre elas. Não tente consertar erros que ainda não foram cometidos nem organizar uma bagunça que ainda não foi feita. – Deu um passo para a frente enquanto a fila andava.

— A senhora tem razão, vovó! – Sorriu como se passasse a entender um problema de matemática, ou uma teoria de física.

— Eu sempre tenho razão, querida! – Clarisse sorriu com os olhos escondidos pelos óculos escuros.

Enquanto elas davam mais um passo, o telefone celular de Serena começou a tocar. Ela passou a ficha, envolta por uma pasta de couro vermelha, para as mãos da avó enquanto procurava o aparelho móvel dentro da bolsa de couro em suas mãos. Quando encontrou, sorriu involuntariamente.

— John John! – Ela disse ao telefone.

—Hey, maninha! Senti sua falta no café da manhã.

—Eu e a vovó saímos mais cedo hoje.

— O ‘vô me disse. Foram entregar aquela papelada toda, não é?1

— Isso, estamos aqui, esperando na fila.

— Vó Clarisse, Senhora Bloodworth, está de pé em uma fila, na frente de um departamento público? Tem certeza de que isso não é apenas um delírio seu?

— Não, John, é verdade! – Colocou a mão na frente da boca para conter a risada.

— Tem como tirar uma foto disso para mim?

— Não, isso é um prêmio para poucos. Talvez você tenha a chance de vivenciar algo parecido na sua vida, se tiver sorte!

— Claro, eu e o vô vamos ali na esquina pegar um transporte coletivo!

— Não seja esnobe! Quem desdenha quer comprar! – Tapou a boca novamente antes de rir.

— Não, acho que não! Não foi dessa vez, mana.

— Ok, maninho, eu preciso desligar, eu sou a próxima.

— Tudo bem, vai lá! Só queria desejar boa sorte. Acho que não foi bem isso que eu disse ontem, não?

— Não!

— Desculpa, não queria ter te colocado para baixo.

—Tudo bem, eu te entendo!

— Pare de ser tão legal comigo, estou tentando me desculpar!

— Ok, me desculpe!

— Eu desisto de você, S!

— Mentira!

— Tem razão, é mentira! – Os dois gargalharam juntos, os sons eram tão parecidos que mal conseguiam distinguir um do outro.

— Preciso ir, te vejo a tarde!

— Tudo bem até mais! – Ele respondeu e logo ela desligou o aparelho jogando-o novamente na bolsa. Sorrindo o mais aberto que suas bochechas permitiam, ela encarou a avó e depois a porta do departamento.

— Vamos, querida? – A avó chamou a garota indicando o local com a cabeça.

— Vamos! – Serena fez questão de entra com o pé direito.


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Notas finais do capítulo

Ok, foi difícil, viu! kkkkkkk
Arrumado! Sobre os pontos e os coments! Apartir de agora minha queridas, não adianta mais postar nos capítulos anteriores, ok? Vamos combinar assim! A contabilização de pontos está demorando um pouco mais do que eu imaginava, mas logo, logo eu posto no tumblr. Se tiverem alguma dúvida é só perguntar. Não se preocupem com os capítulos anteriores em que vocês não comentaram, eles não vão causar eliminação, é a partir de agora que o bicho vai pegar. Claro que quem comentou vai ganhar seus pontinhos merecidos! Só para explicar que o ponto de comentário satisfatório não é porque o comentário é grande ou outro derivado, mas é porque o comentário é tão NIIIINDO *.*, que merecia uma estrela, mas como só é possível da uma estrela por capítulo, não acabou rolando. E quem ganha estrela ganha o ponto satisfatório + o ponto da estrela. Ta tudo explicadinho nas regras, mas podem me perguntar qualquer dúvida.
Me desculpem a demora para responder os comentários, mas a contabilização realmente esta levando um tempo. kkkkk
até mais lindonas! xoxo