ForeverMore escrita por Firefly


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, olha eu aqui de novoooooooo! Meu Deus, que recorde Rafaela!

Sim, recorde! Haha.

Espero que tenham gostado do último e sintam-se como eu semti escrevendo esse. Até as notas finais!!!!



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CAPÍTULO 5

Dito e feito. Chegando em sua garagem (após termos pego a comida deixada com a recepcionista), subi em seu capô e abri as pernas inocentemente. Realizando mais um dos fetiches barra sonhos eróticos de Peeta Mellark. Talvez até um dos meus também. Talvez, até de qualquer um que visse a garagem renomada dele. 

Ele as abriu e começou seu trabalho.

Depois fomos para o seu escritório. E fizemos a mesma coisa. E então, todos os sonhos de Peeta comigo se concretizaram. Todos, deixando-me ao final acabada mais desestressada é totalmente e literalmente de quatro pelo loiro. Qualquer coisa que ele me peça, aceitarei que nem uma cachorrinha. Não importa mais nada.

Ele parece uma máquina de sexo. Nunca está saciado. E como se sempre quisesse mais, e eu estou sempre pronta para ele. O mesmo acontecendo com meu corpo, traidor.

 

O dia tinha acabado de amanhecer. Os pássaros cantavam lá fora, e algumas frestas de raios solares entravam pela grande janela de Peeta.

Seus braços estam ao redor de minha cintura. E eu segurando sua mão, entrelaçando nossos dedos, abaixo de minha cabeça. Sua respiração quente bate em meu pescoço e nossas pernas estão coladas e preguentas.

Desfaço as mãos entrelaçadas. Mas a posição está tão boa que eu apenas deixo assim. Ele percebe a minha mudança, e me segura mais forte.- Ja acordou?- ele não abre os olhos.

Sua voz rouca denúncia que estava dormindo. — Não muito tempo. —  olho o relógio. — Puta Merda! Estou atrasada.

— Não está não. — ele diz não me deixando sair. — Liguei para sua escola e disse que não iria por estar com muita febre. —  Entendi a segunda intenção em febre. Estou quente, quente por seu corpo. 

Meu corpo está quente. Ele sorri. E a primeira vez que eu o vejo e ele sorri. Aparecem todos os seus dentes brancos. São lindos. — Seu sorriso é perfeito.

— Porque não viu o seu.- responde ele fechando os olhos e desfazendo o seu.

Dou um sorriso tímido e me escondo em seus braços.- O que vai acontecer agora, Peeta?

— Quer pensar nisso justo agora? — isso foi uma pergunta retórica, bem brossa aparentemente.

Viro-me de frente para ele. — Sim. — sai quase como um sussurro triste.

— Vamos ver. — diz ele por fim e eu assinto.

— Eu estou muito cansada.

— Já era de se esperar né? - diz ele em sarcasmo. 

— Cale a boca. — digo. — Eu só quero é tomar um bom café da manhã, e ir dormir.

— Só dormir? — ele beija meu pescoço. — Tem certeza?

— Você me cansou. — pisco para ele. — Tenho dezesseis anos.

— E eu 35, se alguém deveria estar cansado aqui era eu. — ele me olha.

— E veja você. — sorrio maliciosa.

— E veja-me. — ele repete o que eu disse sorrindo.

— Ok, mas agora não. Estou realmente muito cansada.- digo com dor no ombro.

Sento-me na cama tentando massagear a área sem sucesso. Até que sinto as mãos grandes de Peeta me acariciarem. — Eu disse que estava cansada.

— Quando eu praticamente disse isso ontem, você me fez uma massagem. Por que eu não poderia fazer isso por você? — porque você já me deu uma recompensa de vários orgasmos múltiplos a noite toda.

— Hm...

Ele beija o início de minha vértebra. Passando por minha escápula. —  Tenho que ir. — digo e corro para o seu banheiro, antes que a milésima rodada acontecesse e eu me perder de vez.

Eu não posso me apaixonar por Peeta Mellark. O Loiro Quente de Olhos Gélidos, que intriga e leva a loucura qualquer pessoa que deseja. Poderia ter transado esta noite com mulheres muito mais experientes e bonitas do que eu. Dezenove anos a mais que eu. Apenas isso.

Peeta Mellark tem um letreiro em sua testa escrito: “Problema, não se aproxime.”. E, como a maioria dos letreiros de solidariedade, você desobedece.

Eu sei que se eu me apaixonar, estarei sendo fraca. Por mim, por mamãe e Prim. Não quero que minha família deixe de ter orgulho de mim, e continuar me aproximando de Peeta Mellark fará isso. A desaprovação de meu pai é tudo o que não preciso.

Pego minhas roupas rapidamente e saio do banheiro. Peeta ainda está na cama. — Katniss? Onde vai?

— Pro quarto. Eu... Não posso. - fujo simplesmente. Esbarro com Gale no corredor. — O que faz aqui?

— Katniss! - Peeta vem atrás de mim, apenas com uma cueca boxer preta.

Gale está com a confusão estampada na cara, mas logo abre um sorriso malicioso. - Me deixem em paz! - fecho a porta com muita força. Espatando-os dali.

— Katniss... - essa é a voz de Peeta. - A gente precisa conversar.

Não abro e deito na cama. Mas dessa vezes quem fala é Gale: - Por favor, Kat. Abre a porta. Juro que não falo nada.

Com a promessa que eu pedia a Deus, deixo Gale entrar e tranco a porta. Abraço o moreno com toda minha força, e começo a chorar.

Pela morte de minha mãe. Pela morte de minha irmã. Pelo desprezo de meu pai, e falta de importância. Pela confusão da minha vida. Por Peeta. Por meus sentimentos negados. Pelos meus amigos. Por tudo e todos.

— Vai ficar tudo bem, Kat.- Gale afaga meus cabelos.- É só você se acalmar.

 

~

 

Depois de ter dormido chorando como um bebê no colo de Gale, e de ele ter me deixado lá. Suspiro profundamente e tomo um banho, tirando todas as mágoas e células cansadas que meu corpo carrega como fator.

— O que eu estou fazendo com a minha vida?

Saio do banheiro e desço os degraus da Escada da Perdição. O que, agora, chamo apenas de Escada. Perdeu um pouco de sentido chamá-la de algo que não acontecerá mais.

Não posso mais me perder. Já estou mais do que perdida. Ouço a voz de Peeta e Gale discutindo.

— Peeta, não pode deixá-la assim.

— Eu quis conversar.

— Ela não tem culpa de nada.

— Eu também não.

— E se ela se apaixonar?

— Ai eu vou me sentir mais filho da puta, ainda.

— Ótimo, então sinta-se assim.

— Ela não está apaixonada por mim. - Houve alguns segundos de silêncios. - Merda! Merda, merda!

— Falar palavras desconexas não o ajudará em nada.

— O que propõe? Que eu peça ela em casamento? Sinto lhe informar mas ela se casará com você. — A voz de Peeta está irritada, bufando e frustrado como sempre. Parece querer esmurrar a parede. Um verdadeiro acesso de raiva. 

— Porque você quer!

— Porque o pai dela quer! - não ouço mais nada e vou para a cozinha, esperando até cada um voltar ao seu quarto e eu poder seguir o rumo para o meu. 

Eu não quero isso para mim. Pego minhas coisas e só faço por algumas roupas na mala em que cheguei.

Ponho uma calça e óculos escuros. Desço as escadas e Gale sai do escritório, dando uma fresta para Peeta que sai da sala em um salto, exasperado.

— Você não pode ir assim! — Começa e eu prendo minha respiração, nervosa. 

— Eu tenho que ir. — tiro da bolsa a chave da Casa dos Ecos. — Está aqui. Vou para casa de alguma das meninas, Gale. Até mais. — Olho para Peeta que vem em minha direção. —Adeus, Peeta.

Saio pela grande porta da frente mas ele segura meu braço com força. - Não pode ir, Katniss. Precisamos conversar.

Algumas lágrimas descem de meu rosto. - Sobre o que? Isso nunca vai dar certo, Peeta! Estou comprometida com a porra de seu ”filho”! Você tem 35 anos e eu 16, merda. Nós dois sabemos que o que tivemos foi só sexo. - por um vislumbre vejo Gale sair aos poucos.

— Katniss, não foi só sexo. — solto o ar para bufar em discordância.

— Não me diga sobre toda aquela merda de “Fazer amor”.

— Talvez não tenhamos feito isso. - ele explica. - Mas, não foi só sexo Katniss. Não posso te deixar ir assim.

Lágrimas gordas escorrem por minhas bochechas.- Acontece Peeta que eu me deixo sair assim.

Saio da porta dos Mellarks e peço um Táxi que passa. Olho uma última vez para o rosto de Peeta, e sorrio triste. As lágrimas continuam a cair.

— Rua 451, casa 12.

Tenho que falar com as meninas sobre minha decisão. Nada mais justo do que elas saberem a minha real tristeza.

Falarei tudo a elas e, assim, acho que poderei sair dessa vida. Cheia de obrigações e perfeccionismo.


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