Minha História no Mundo Olimpiano escrita por Vencedora de Lesmas


Capítulo 11
Augustin


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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  Pude perceber que Nico estava exaltado, como se ninca tivesse ido em alguma missão assim. Grover se encontrava gemendo e balindo de medo, com repetidos arrepios. Só uma profecia e ele fica assim?! Annabeth flertava se sorria para Percy, o qual fazia o mesmo. Rachel se abanava com um folheto de um novo museu que acabara de abrir em Manhattan. Eu estava inquieta.

  - Vamos? - indaguei

  - Claro....- suspirou Grover.

  Sorri e levantei a perna para um passo, mas parei. Uma sombra grande se escondia atrás de alguns pilares que erguiam a varanda. senti o impulso de sacar a espada e atavar, mas algo me deteve, como normalmente acontece. Reconheci a forma de um ciclope, Tyson, na hora. Tá, na hora não, mas reconheci.

  - Quíron? - chamei.

  - Sim, minha querida?

  - Er...-comecei com jeito de quem não quer nada - Tyson pode ir?

  Fiz cara de menininha de 5 anos mimada. O centauro arqueou as sombrancelhas.

  - Ouviu a profecia, apenas cinco poderão ir. Conte.

  Eu, Nico, Percy, Annie e Grover. Cinco. Eu sempre fui ruim em matemática, mas eu sabia contar. Tossi de leve. Eu estava tentando achar uma brecha na profecia, alguma coisa que deixasse aquele ciclope bebê ir, não sei por que. Repassei cada verso, cada palavra, cada sílaba mentalmente. Meus lábios se contorceram em um sorriso, mostrando meu êxito.

  - Cinco, mas não especificaram os cinco. Não sei se são humanos, monstros, criaturas, deuses, etc. - Quíron ergueu uma sombrancelha - O que quero dizer é, pode ser cinco meio-sangues, e duas criaturas. Com todo respeito - direcionei para Grover e para o "esconderijo" de Tyson.

  - Interessante como conseguiu tão rápido - sorriu Quíron - Já sabe.

  - Já sei - sorri.

  Virei meu corpo para o escondido. Chamei Tyson e ele saiu de trás com as bochechas vermelhas. Sorria mostrando os dentes amarelados. Ele veio correndo, o que me fez impulsar para trás os ombros, em instinto de proteção. Braços gigantescos me abraçaram na cintura e me ergueram do chão. Tudo aconteceu tão rápido, tudo. Nesse instante minha mente flutuou sem comando, comecei a sonhar em flashs rápidos e incompreensiveis. Senti meus pulmões começarem a arder sob minhas costelas, e uma tontura se aproximar do meu sub-consciente, isso me despertou.

  - He-hey, pequeno! - falei tentando me soltar, meus braços estavam presos no 'abraço' de Tyson - E-eu preciso res-spirar, sabe?!

  Ele riu baixinho e me colocou no chão. Meus pés ficaram aliviados quando tocaram a superfície da terra. Ageitei minhas roupas, puxando minha camiseta para baixo, que agora a pouco deixava minha barriga à mostra. Arrumei também as alças da minha mochila que deslizavam pelos ombros. Sorri de um jeito simpática. Tyson também sorria, deixando todos os seus dentes tortos e amarelados à mostra. PAsei os olhos para ver se alguém ficara infeliz. Percy sorriu para mim, e me lançou uma piscadela. Grover, qeu eu achei que ficaria muito puto triste comigo, pareceu nem ligar. Nico demonstrou indiferença. Annie, ficou bem também, o que eu achei estranho, ela tinah trauma de ciclopes! Mas tudo bem, quem sabe o irmão do seu namorado tenha curado isso.

  Joguei a cabeça para traz, e fitei o céu sem motivo. Arregalei os olhos e mordi o lábio inferior até brotarem gotas de sangue. Como eu fui tola! Ouvi a risada de Quíron, um som inocente, censurador.

  - Percebeu, não?!

  - Sim - resmunguei, lancei minha cabeça para baixo, franzindo o cenho de mal-humor - Cavei minha cova, forjei meu punhal, amarrei minha forca e tranquei minha jaula.

  Quíron sorriu amigavelmente. Nesse minuto, Sr.D abaixou a revista e me sorriu com desdém. Minha garganta se uniu à de Odisse, fazendo brotar um som rascante de um rosno a ser emitido sobre meu peito.  

  - Então, já que são cinco humanos, Bronze, faltam um - me riu o cara do vinho.

  Rebati com um sorriso irônico.

  - Que tal um cacho de uva? Você não o considera um humano, senhor? - tentei ao máximo não "rosnar" as palvras, mas consegui faze-las serem pronunciadas com o devido "respeito".

  Os olhos do deus ardiam de raiva, uma raiva pura, raiva divina. Passei a lígua pelos meus caninos, meus olhos ardiam nas órbitas. Dizem que quando uma pessoa sente um ódio verdadeiro, seus olhos se tornam terrivelmente gelados. Eu e o Sr.D estávamos assim.

  - Então - interromp ue Quíron, abaixando a tensidade do ar e nos livrando do silêncio mortal - Quem você irá escolher, querida?

  Abri a boca para falar, mas fui interrompida.

  - Eu irei - falou uma voz grossa e arrogante. Eu a havia ouvido a tanto tempo, mas sua tonalidade ficara absorvida na minha memória. O ódio me consumiu com facilidade, borbulhando cada vez mais dentro de mim.

  Trinquei o queixo, e ergui a cabeça. Virei os olhos para a direção do cara que acabara de se intrometer, inutilmente, em nosas reunião. Lá estava Augustin (sim, o nome é rídiculo e eu zombo muito dele por causa disso), um rapaz de 19 anos, ombros largos, brutamonte, troglodita, a boca contorcida, olhos raivosos (o que me faziam pensar que ele tinha raiva mesmo), andava de um jeito querendo dizer que era o "machão", cabelos curtos estilo militar. Usava uma calça camuflada, botas de soldado, uma camiseta branca completamente colada no corpo, o que fazia seus musculos ficarem á mostra, e uma corrente de uso de soldados americanos. Pela descriçam já devem saber de quem ele é filho, Ares. Uma espada de ferro pendia na cintura. Cada passo era pesado, como se quisesse demarcar território. Trocamos olhares de ódio mortais, enquanto ele se encaminhava para Quíron. 

  - Eu irei - repetiu. A voz dele mudara, um pouco. Agora estava mais forte, mais retumbante.

  - Não, não irá! - me intrometi. Quíron, ele não irá!

  O centauro permaneceu calado, embora tenha erguido uma sombrancelha para mim.

  - Não - grunhi - Não, por favor, não. Quíron, por que?

  Ele riu baixinho e me fitou nos olhos. Nesse instante me lembrei de uma conversa que eu tive com ele alguns anos tão distantes, nessa mesma varanda.

  " Apertei a adaga contra meu peito. As lágrimas roalvam soltas. O ar gélido da noite em contato com meu bafo quente produzia uma leve fumaça. Eu estva sentada no chão, com as costas encostadas em um pilar qualquer. Minhas roupas estavam sujas de terra, igualmente como minhas mãos. Minha calça estava rasgada do joelho para baixo, deixando à mostra uma pasta de lama e sangue. A dor me enlouquecia, mas não mais do que as imagens repetidas em minha cabeça.

  Fazia um mês após a morte de Bernard, e eu estava de volta ao acampamento. Acordei na manhão seguinte depois de nossa captura. Minha cabeça doía e meu braço estava quebrado. Haviam me atingido com veneno presente em um dardo, desde então tenho tido dificuldade em respirar, me mover e me alimentar. Seu corpo dilatado ficara perante meus olhos, cada parte, cada gota de sangue.

  A cadeira de tortura permanecia ali, imóvel. Tamanha injustiça que algo pudesse ter sido feito de tal maneira, e não ter tido punição dos culpados. Senti raiva do metal, do objeto que ajudara no homicídio do meu melhor amigo.

  - Vamos - me chamou um sátiro que viera em resgate. Eu não me movi - Vamos - ele repetiu, agora parecendo aflito. Não me movi. Ele me tocou no braço, puxando-me. Tirei sua mão com um tapa, mas não dei um passo sequer.

  Continuei encarando aquele instrumento. A raiva me fluía pelas veias pior do que sangue, o ódio me afogava, como um mar negro. Meu nariz bufava, em encontro com finos fios de sangue que dele escorriam. Me aproximei da cadeira e passei minha mão por sua superficie. Os espinhos roçavam em minha carne, me ferindo de leve. Parei quando alcancei o centro da cadeira. Fecheis os olhos e respirei fundo. Tomei todo folêgo que pude e gritei em agônia. Levantei minha mão para trás e empurrei-a com força pra frente. Cada pedaço do ferro, agora jazia dentro de minha mão esquerda.

  Abri os olhos com dificuldade, havia adormecido por alguns segundos. Lancei meu olhar ao longe do acampamento noturno. Fios escuros sujavam minha face, emvora estivessem secos. Ouvi cascos tocando o chão. Não fiz menção de me mover. Quíron se ajoelhou nas patas dianteira, e colocou uma mão em meu ombro.

  - A culpa não foi sua - sussurou

  - F-foi....- desabei em lágrimas - Sim, f-foi! Se não fosse por minha culpa Bernard ainda estaria vivo!!!

  - A culpa não foi sua - repetiu.

  Balancei negativamente a cabeça.

  - Foi, Quíron. E você sabe disso!!! Atena deve me odiar agora!!!

  Ele suspirou.

  - Você não teme o ódio de Atena.

  - Como você pode saber?! Existe algo pior do que o ódio dos deuses?!

  - Você - continuou - teme sua incapacidade para defender aqueles que ama.

  Ri secamente, uma risada sem alegria, sem humor.

  - Ah, com certeza! Posso ser estraçalhada pela deusa da sabedoria, mas o que eu temo é não poder salvar pessoas que amo! - respondi sarcásticamente.

  Quíron suspirou novamente.

  - Pare de enganar a si mesma. Você não é fraca por isso, é um sentimento nobre.

  - Ha! Sentimento nobre?! E do que adianta ser nobre sem poder salvar uma mera vida?!

  - Ele não significava para você uma mera vida. Vocês tinham uma relaçam única, uma relação de fraternidade pura. Uma verdadeira amizade. E isso está te destruindo.

  Ri novamente e do mesmo jeito.

  - Não, não está me destruindo! Você sabe o que é ter meu sangue, Quíron? Sabe como é decender de um deus e de uma nação ditatorial?! Não, creio q-

  - Sabe como é ser filho de Cronos? - me interrompeu ele. Parei de falar e abaixei os olhos.

  - Desculpa.

  Dessa vez foi ele quem riu. A risada dele era instonteante, feliz.

  - Minha querida, não há nada do que se desculpar! Entendo sua raiva e suas emoções, mas se matar de treinamento não irá trazer Bernard ou a deixará mais forte.

  - Ok, ok....

  Ele posicionou a mão em minha cabeça, em um gesto de carinho. O centauro se ergueu e sorriu para mim.

  - Melhor ir dormir, é tarde. Boa noite.

  - Boa noite, Quíron.

  Ele entrou na Casa Grande e eu continuei ali fora. Meu sorriso sumiu quase que instantaneamente. Nada daquilo iria me forçar a desistir de vingar Bernard. As emoções me fizeram perder, então tenho que eliminá-las. Me levantei com dificuldade e me encaminhei em direção à floresta. Fui cambaleando por entre as árvores e raízes. Parei quando cheguei no punho de Zeus. Alisei a pedra com a mão.

  - Vô - não era uma maneira muito boa de se referir ao Senhor dos Deuses, mas o fiz - Peço-lhe a força, Senhor Zeus, peço-lhe sua bênção. Em troca, ganhará meus atos, sacrifcios, minhas vitórias em sua honra!

  O monte rochoso começou a brilhar, uma forma humana estava sobre ele. Fechei os olhos com força, temendo não dar tempo. Eu continuava viva, então pude abrir os olhos. Fiquei sem reação ao que estava diante de mim."

  - Andressa?! - falou Nico me sacudindo pelo ombro - Acorde, vamos ou não?!

  - Quê? - Maldito transe! Me distraí com algo que veio a toa em minha lembrança!

  Procurei pelos lados. Quíron já não estava mais presente. Sr.D voltara a folear as revistas de vinho. Todos estavam com a mochila nas costas, inclusive Augustin.

  - Vamos embora - ordenou ele.

  - Você não fala "Vamos embora", eu falo "vamos embora". Vamos embora!- rebati de mau humor.

  Grover riu baixinho. O brutamontes se virou para ele e o encarou nos olhos. O sátiro baliu de medo, com suas pernas tremendo. Entrei entre os dois encarando o playboyzinho fundo nos olhos.

  - Saia da frente, nanica! - Nanica?! O puto tá morto!

  - Faça-me sair - retruquei empurrando ele com foçar no peito.

  - Ah, você não deveria ter feito isso, sua vadiazinha!

  - HA! Você vai lamentar por ter nascido!!!!

  Eu rosnava baixo. Nossas testas se encontraram com uma pancada dolorida. Empurravámos cada um mais forte.

  - Vocês estão parecendo touros - riu-se Percy. Eu teria obviamente lhe dado um peteleco na orelha, mas não agora.

  - Deixa, Percy...eles são assim. PAREM OS DOIS, AGORA!!!! -bradou Annabeth.

  Forçamos mas uma vez, mas nos separammos. Se isso fosse um anime ou um mangá, raios estariam saindo de nossos olhos e se encontrando no meio do quadrinho. Um monstro adormecido despertou dentro de mim, a criatura que sustentava uma raiva presente em minha infância. Avancei para frente, e dei a cabeçada mais forte que alguém poderia dar! Primeramente, senti tontura, depois dor em toda minha testa.

  Apesar da parte frontal do meu cerébro estar em agônia, a satisfação era deleitosa. A testa de Augustin sangrava, ele a segurava entre as mãos e soltava gritinhos de dor.

  - Depois eu que sou a vadia, né amore? Quer que eu passe gelzinho pra sarar?

  Desabei em gargalhadas. Grover me acompanhou. Annabeth, Nico e Percy me censuravam pelo olhar. Sr.D pareceu rir atrás da revista. E Tyson, bem, parecia não entender nada.

 

  - Pegaram tudo? - perguntou Argos.

  - Claro - respondeu Percy se encaminhando para a van do acampamento.

  - Você não vão nele - respondeu o vigila.

  - Quê? - interviu Annie.

  Argos apontou seu braço cheio de olhos para atrás do veículo. Tomei a dianteira e contornei-o. Me sobressalteei com o que vi. O meu carro estava ali, completamente novo!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!! Se não tiver pelo menos 7 reviews não irei postar o próximo cap, bjus!



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