Minha História no Mundo Olimpiano escrita por Vencedora de Lesmas


Capítulo 12
Invadimos um Colégio


Notas iniciais do capítulo

De volta!!!



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  Quando digo completamente novo, quero dizer novo MESMO. Bem, quando fiz 16 anos, recebi um presente divino. Um carro. Uma das maiores criações do papai, se bem que, todas as criações dele são grandiosas. Seus "esqueleto" era todo de bronze celestial, com uma excelente infro-estrutura. E como eu já havia prestados alguns serviçinhos para alguns deuses, etc, eles ajudaram no meu presente. Apolo no aparelho de som, acompanhado com inúmeros CD's. Hermes na velocidade, o motor era realmente muito potente, assim como ele, ok, parei. Uma parte da mecânica por Atena. O design por Afrodite. E as rodas por Ártemis. Sei que não parece trabalho da deusa caçadora, mas aqueles circulos giratorios eram excelentes por vários terrenos, e úteis em uma "caçada". Numéricamente era metade dos deuses, o que significava uma coisa boa. Era um automóvel discreto, preto, elegante, com um desenho de uma bigorna no capo em prata, desenhos tribais da mesma cor e de bronze rondavam leviamente o carro. É só imaginarem uma Lamborghini. Mas bem, para ele estar "novinho" teria que ter acontecido algo com ele primeiro, certo? Então, quando parti, eu estava com meu carro. Após localizar um semideus ao meio da minha missão, fui em sua busca. Infelizmente, eu não era a única. Um minotauro não é muito gentil, ainda mais quando acaba com seu carro. Eu não consegui matar-lo, a raiva me atrapalhou. Tive de deixar meu veículo lá, não conseguia faze-lo funcionar. Não é que sou incapaz disso, mas o trabalho era próprio do papito, e era impossível fazer qualquer modificações nos trabalhos do deus ferreiro, por isso eram tão apreciados, sempre foram.

  Meus olhos, obviamente, brilharam. Corri até  o meu carro. Passei minha mão sob o capo, ele estava intacto, nenhum amassado! Meus lábios se encrisparam em um sorriso. Dei a volta, e coloquei a mão na porta, hesitante. Meus dedos se curvaram conforme o fecho, se alistando à sua forma. Abri com o coração à mil. E estava lá. O estofado era de couro marrom, o cheiro era agradavel, canela e coca-cola. Os bancos traseiros eram estilo limosene, em um meio circulo, grudado com as costas dos da frente. Continha revistas Rolling Stone's, Mundo Estranho, National Geographic, Discovery e outras, latinhas vazias de coca-cola, capas de CD's, ferramentas e papéis espalhados pelo chão. Seu interior permanecera intacto. Arranquei a mochila do ombro e a joguei no chão do banco de co-piloto. Os curiosos vieram atrás de mim, e ficaram espantados com o que viram. Sorri maliciosamente. Me virei para encara-los:

  - Então - comecei discaradamente - Querem uma carona?

  Uma risada seca saiu por entre meus dentes, de um modo demoníaco. O que me deu mais satisfação foi a cara de c* do Augustin. O que posso dizer? O vi*** parecia pedir uma guerra. DÃ! Filho do deus da guerra, vai pedir o quê?! Amor?! Ok, vou parar de me xingar indiretamente de burra. Ele estava trincando os dentes, um esparadrapo improvisado na testa, os olhos vermelhos. Annabeth estava com os olhos arregalados, assim como Percy, embora ele estivesse com um ar mais de "WOW, que incrivel!". Nico realmente estava com o ar de "WOW, que incrivel!", incluindo seu sorriso. Grover, bem, parecia que iria vômitar. Espero que não seja no banco!!!! E Tyson estava maravilhado. Dei alguns passos para o lado, deixando-os passar. O ciclope se adiantou, e praticamente se jogou para dentro, fazendo o carro balançar. Em seguida, meu rival. Um segundo, não posso chama-lo de rival, ele não merece tão alto posto. Depois o casalzinho, e o sátiro enjoado. Nico se adiantou para frente também, agarrei seu ombro antes que entrasse. Dei um sorriso torto, lhe dirigindo uma piscadela. Ele pareceu não enteder.

  - Nico - falei - Me diga, quantos anos você tem?

  - 13.

  - Ah - suspirei - Então vocâ ainda não tem idade.....Ah, foda-se!

  Ele franziu o cenho.

  - Tá afim? - perguntei erguendo a chave diante de seus olhos, os quais brilharam no exato momento.

  - T-tá me zoando?!

  - Bem, não tô afim de dirigir....e acho que perdi minha carteira de motorista....- Eu perco as coisas facilmente, para quem não sabe.

  - Mas...eu não tenho idade ainda.

  - Quem liga?!

  - É sério?

  - Claro!!! Por que não? - sorri.

  O sorriso do Nico ocupou a maior parte do seu rosto.

  - Acredite -assegurei- Sou boa em desculpas, se um guarda parar a gente, invento uma na hora.

  Lhe dirgi outra piscadela. O filho de Hades pegou a chave, hesitante.

  - Confia em mim - falei, sorrindo.

  - Vou tentar - respondeu Nico. Eu ri, dando-lhe tapinhas nos ombros. Isso, consequentemente, não iria dar certo.

  Ele entrou em direção ao banco do motorista. Annie me repreendeu com o olhar, mas não disse nada. Grover ficou literalmente branco. E eu só sorri. Sorri maliciosamente, mas sorri.

Nico se sentou no banco de motorista, tenso. Sentei-me ao seu lado, fechando a porta ao meu lado, ignorando os olhares de censura de Annabeth pelo espelhinho retrovisor. Comprimi um riso enquanto colocava o cinto. O menino que estava ao meu lado pareceu se lembrar da faixa de segurança depois de eu tê-la usado. Apurei a audição e distingui a ansiedade e nervosismo na respiração do Nico. Ele parou e começou a tremer, olhando para os lados, mas ainda assim sorrindo.

  - Que tal...pegar o volante? – sugeri – Já dirigiu alguma vez?

  - É, boa idéia, e não, só em vídeo games – respondeu ele envergonhado.

  Ri. Os olhos dele se viraram para mim, com um jeito de “What a Hell?!”. Parei com a risada histérica, e me voltei sorrindo para a cria de Hades. Suas sobrancelhas se ergueram, o que me fez achar mais graça da coisa, me contendo ao máximo para não rir.

  - Quê foi?- perguntou ele me olhando estranhamente.

  Sorri.

  - Nada não. Mas, que tal jogar um pouco de vídeo game, Nico?

  - Ahn?

  Apontei com a cabeça o volante. Bem, não era bem um “volante”, quer dizer, era um volante sim! Mas, era de um Playstation 3. Ok, eu sei o que vocês estão pensando: “ Que coisa idiota, o que diabos essa porra ta fazendo aí?!” Pois bem, está aí por que eu quis! Eu quis algo inovador, diferente, como eu. Por que ter um carro com um volante comum?! Por que não um de vídeo game, e um mini-painel de controle no lugar de marcha, pedais, etc?! Eu prefiro! Ele pareceu surpreso, e extremamente aliviado.

  - Já que você sabe jogar – zombei – Vou colocar uma música, e você dirige, pode ser?

  Ele assentiu, com um pouco de vergonha, embora sorrisse animadamente. Sorri de modo simpático. Expliquei-lhe os comandos, os quais alguns precisei repetir mais de uma vez. Mesmo com os pequenos obstáculos, consegui completar as instruções, com ele entendendo, espero. Chequei, minha memória para verificar se não estava esquecendo nada, nada importante. A palavra veio em choque diante da minha mente. Acelerar! Fazer o carro andar!

  - X é para acelerar, mas se você soltar depois de ter apertado apenas uma vez, o airbag é acionado, entendeu?

  - Sim.....mas como eu acelero sem acionar o airbag?

  - Simples, continue com o botão pressionado, ou aperte rapidamente junto com o L2 que é como se deixasse o X apertado, aí pode soltar, pois será como se você não estivesse fazendo nada – comentei, me contendo para não suspirar, isso estava se tornando cansativo, tanto para mim quanto para os outros passageiros.

  - Ah – disse ele, demonstrando compreensão.

  - Vamos? – sorri, ouvindo um murmúrio de “Finalmente!” vindo de alguém no banco traseiro.

  Nico apertou alguns dos botões do painel, fazendo o motor rugir em baixo de nós. O carro foi abruptamente para frente, brecando com a mesma força. O filho de Hades se curvou para frente, deixando à amostra sua tenção por entre os braços e ombros.

  -  A-a-acho melhor você-ê dirigir – gaguejou ele. Sorri sem graça, um sorriso torto sem humor.

  - Tem certeza?

  - E-eu...acho melhor eu não dirigir......-

  - Fracote! – zombou Augustin atrás. Me virei, no exato segundo ele escondeu a cabeça.

  - FROUXO!!!!- urrei, trincando o queixo, qual o problema daquela criatura que se julga um semideus?! Voltei-me novamente para Nico, sorrindo – Tente, se não conseguir, paciência.

  - Ok – sussurrou ele, engolindo em seco. Os gestos para a partida do motor se repetiram, assim como o avanço nervoso.

  - Eu dirijo – impôs Percy. Sorri, e lhe dirigi uma piscadela. Eu esperava que ele entendesse, eu queria que o Nico dirigisse por um motivo especial. Simples, o volante era envolto em uma espécie de camada de couro, que meio sugava um pouco dos poderes de quem o tocava, e todas as informações desse individuo, registrando-as no meu Notebook que estava conectado ao meu super-foda-carro. Realmente me doía fazer isso com o Nico, mas não se deve jogar uma oportunidade como essa fora. Eu queria saber mais sobre esse estranho menino, que tinha algo para esconder de todos, e de si mesmo.

  - Está com medo – sussurrou Percy, entrando no meu esquema. Não é que filhos de Poseidon são bem espertinhos?

  - Não estou!

  - Sim, está! – interrompi

  - NÃO ESTOU!!!!

  - ESTÁ SIM!!!! – gritamos eu e Percy em uníssono.

  - NÃO ESTOU!!!!! – agora seus olhos continham um brilho maligno de raiva. Senti a terra embaixo do carro começar a tremer, pedregulhos crepitando por baixo dos pneus, e o veículo oscilar.

  E é por isso, que eu te advirto, nunca, NUNCA MESMO, irrite um filho de Hades.

  - OK, VOCÊ NÃO ESTÁ!!! MAS, EM NOME DE HEFESTO, PARE COM ISSO, NICO!!!!! O CARRO É “NOVO”, PÔ!!!!! – minhas voz era tomada pelo pânico, isso era realmente ruim! Mas, ao mesmo tempo, era inacreditavelmente bom.  Pude ouvir o leve “apito” do computador  se inicializando. Nico me olhava, com vergonha eminente, as bochechas coradas, triste. Sorri. Dei-lhe uma piscadela, e lhe falei insegura – Desculpe.

  - A culpa não é sua – lamentou-se ele.

  - Não, é do meu pai que me deu o carro, mesmo – ri sem jeito. Ele me acompanhou levianamente.

  Terceira vez, os mesmos gestos refeitos. Não lembro quem disse que na terceira dá tudo certo, mas o cara tinha (e tem) razão. O carro ligou, sem nenhum problema!!! Quando me dei conta, estávamos na estrada, deixando atrás de nós a Colina Meio-Sangue. Me movi até colocar o dedo no rádio, selecionando uma faixa de um CD qualquer, acabei optando por No One Like You do Scorpions. O Rock 80's me trouxe um pouco de conforto. E, confesso, eu estava pouco me lixando para esse negócio de "poderes" e bláh, bláh, bláh, eu queria que o Nico dirgisse porque eu gostava dele. Ele estava amenizando a dor deixada por Charlie. E eu faria de tudo para ajudá-lo a superar a perda de sua irmã, ele não demonstrava, mas isso o corroía por dentro. encostei no banco, cantando mentalmente a letra, eu pisacava lentamente. Fechei os olhos por um segundo e.......não os abri mais.

 

 

 

"Bonzo goes to bitburg then goes out for a cup of tea / As I watched it on TV somehow it really bothered me / Drank in all the bars in town for an extended foreign policy / Pick up the pieces" 

  Quando acordei, a cena não havia mudado nada, Nico dirigindo, eu no banco ao seu lado, o resto do povo lá atrás. Só a música que agora era My Brain Is Hanging Upside Down do The Ramones, reconheci pela letra. Ouvindo a voz do Joe, me lembrei imediatamente do seu estilo Nerd, não sei por quê. Fui tentando acordar de vez, e consegui, não com muito êxito, mas acordei....ah, vocês entenderam!!! Esfreguei meus olhos, me ajeitando no banco. Virei o rosto com dificuldade. O filho de Hades não estava mais tão tenso, estava muito tranquilo.

  - Bom dia - zombou ele, rindo entre os dentes.

  - HA HA - respondi ironicamente - Que horas são?

  - São......você não está com um relógio bem no pulso?!

  - Ah....é - sou inútil de manhã e, ou, quando acordo. Fico extremamente drogada.

  Abaixei a visão, eram 13 horas!!!! Havíamos saído do Acampamente e não era nem meio-dia!!!! Minha barriga roncou instantaneamente. Por sorte inacreditável, estavamos saindo da estrada de terra e entrando em civilização!!!! Ok, parei com o exagero. Pude notar que estavamos deixando completamente Long Island e indo chegando em Nova York. Acabei de notar que ele sabia o caminho direitinho, e eu não havia dito nada. Reprimi um bocejo.

  - Agora vire a esquera - ouvi Annie dizer. Ahh, então era por isso!!! - Dessa, para onde agora?

  - Ã?

  Ela suspirou revirando os olhos.

  - Você não sabia onde essa menina estudava?!

  - Ah......sim, claro!!!! Pufh! Tá achando que eu dei mancada, é?! Humpf!

  Revirei os olhos rindo torto, enquanto me abaixava e pegava a mochila que estava aos meus pés. Senti um formigamente na perna direita, odeio quando para a circulação! Peguei o GPS de Hermes. Meu coração disparou instantaneamente quando toquei o aparelho. A mão de Annabeth entro por entre os bancos. Fiz menção de lhe-dar, mas voltei-o para mim.

  - Vamos para primeiro - ordenei.

  - O que?! - perguntou ela confusa.

  - Vamos parar - repeti - alguém aqui está com fome?

  - Não! Andressa, precissamos logo ir encontrá-la!!! E voc- um ronco vindo da barriga de Annabeth a interrompeu. Suas bochechas coraram, e eu ri, sacaneando-a.

  - Certeza? - perguntei sarcásticamente. - Abaixei os olhos para o GPS, só para saber onde estavamos e o que estava por perto - Na segunda esquina, à direita - recomendei à Nico.

  - O que você pretende? - Intrometeu-se Grover que a muito tempo não falava.

  - Ok, a menos que vocês não queiram ir no Mc Donald's com eu pagando.....

  - Nico, VAI LOGO PRA SEGUNDA ESQUINA!!! - exaltou-se o sátiro.

  - Ai, ai....-suspirei - Só não abusem de mim, ok? E você, cara militar, tu paga o que você comer.

  - Humf! Claro, acha que vou querer uma mulherzinha como você me pagar a comida?!

  Me virei para encara-lo, dessa vez ele contribuiu o olhar. Sua testa estava roxa, e pude notar uma leve depressão. Você não imagina o quanto eu me segurei para não rir dele, ou dizer certas coisas na frente de adolescentes.

  - Claro......

  - "Claro" o quê?

  - Esqueça......

  Finalemente estavamos diante do estabelecimento alimentar!

  - Vamos no Drive Thru mesmo!!!! - falei indiferente. Adorava irritar os outros, principalemente alguém inteligente, mas agora não era hora de pertubar Annabeth. - Pedidos?

  - Mac Fish, e uma Coca - Falou Percy [Ah vá!!! Não, é frango!!!!]

  - Milk Shake e Batatas - disse Grover, ele não iria querer apenas uma lata de alumínio? Poxa, isso vai me sair caro.

  - Um cheeseburger e uma Coca - falou Annabeth.

  - Um Big Tast e uma Fanta - grunhiu Augustin - e ...-

  - Ninguém te perguntou! E você, Nico?

  - Sei lá......pode ser um Duplo?

  - Claro.....ok, vamos logo pra cabine!!!

 

 

  Abri meu Crespie Chicken dando uma mordida, e pousei o copo da Diet Coke no porta-copos, observando a rua que agora era movimentada, estavamos em Nova York. Havíamos estacionado perto do Central Park, não-sei-porque mas sentia uma incrivel atração por esse lugar. Acabamos de comer rapidamente, eu me sentindo extremamente mal. Eu sou da época em que o Mc Donald's era mais barato!!!

  Enfim, agora era só olhar no GPS e descobir a localização da menina. Peguei o aparelho que havia guardado no porta-luvas. Comecei a brincar com os botões para ver como funcionava. Ele ligou rápido, com uma estranha luz azulada. A mini-tela mostrou um mapa, do exato ponto onde estávamos. Dois pontos vermelhos chamavam a minha atenção. Um estava no Central Park, com os dizeres "VOCÊ", e o outro à alguns vários quilomêtros com as palavras "O QUE VOCÊ PROCURA". É, realmente é bem prático. Joguei os pacotes fora, sem tirar os olhos do aparelho, e inacreditavelmente consegui acertar uma lixeira pela janela baixa do carro.

  - Com você....- começou Nico.

  - Ah, anos de prática.....e muito Basket....- respondi dando ombros.

  - Sabe onde ir? - perguntou Annabeth, limpando a boca com um guardanapo.

  - Claro......

  - Jura?! Onde? - veio Grover, tomando o Milk Shake pelo canudo de um modo irritante.

  - Confie em mim - suspirei - Nico, pegue a saída à esquerda, depois continue na 5ª Avenida e.......

  A viagem foi rápida e normal, embora fosse estranha, pois eramos quatro maiores de idade, um meio-humano, e um menor dirigindo. Um policial com certeza seria um grande problema agora. Apesar de tudo, o única coisa que nós fazia falar, discutir, ou comentar era o rádio. Eu o controlava, deixando apenas as músicas que eu gostava. Tocou The Ramones, Scorpions, Linkin Park, The Beatles, The Rolling Stones, Queens Of The Stone Age, Queen, Deep Purple, Iron Maiden e outros. Obviamente, o pessoal não gostava muito desse tipo de música. Então, como sou muito legal, deixei-os colocar em uma estação qualquer, para qualquer música, menos Sertaneja!!! Acabaram optando por uma rádio pop, bem moderna, onde estava tocando Bad Romance da Lady Gaga. A música era bem legal, um ritmo bom para dançar. Eu gostei. Embora preferisse Help!.

  Não tardou a avistarmos um colégio giantesco rústico, bem estilo internato. Sua pintura era vinho, o que achei bem esquisito. Na frente não era uma porta, portão, ou sei-lá-o-que, era uma grade. Havia grades em todas as janelas. Aquilo não era uma escola, era uma prisão. Um ataque de nostalgia apoderou-se de mim, infelizmente, esse foi terrível. Lembranças de meus tempos escolares passaram diante de meus olhos. Alunos sendo jogados dentro de armários, alunos e professores duelando para ver quem sabia dar mais foras. Exatamente como o clipe Little Things do Good Charlotte. É, aquilo era uma droga. Pena pela menina que estavamos procurando me dominou, a vida ali não deveria ser fácil. Ela deve ser "orfã". Mas, o pior era o que iria acontecer agora. Tirei o cinto enquanto Nico contornava o colégio e parava nos fundos. Por sorte, uma vaga com os dizeres "ENFERMEIRA" estava vazia, ninguém iria se importar se estacionássemos, certo? Pulamos logo do carro.

  - Eu entro - comecei - Converso com os professores, e peço para entrar na sala da menina....

  - Como? - perguntou Annie

  - Simples, suponhamos que eu vim para substituir um professor, então...

  - Você quer que a gente suma com um professor, para você substitui-lo, conhecer a menina, segura-la depois da aula e contar a verdade, esperar que ela não reaja e venha de bom grado conosco para o Acampamento?

  - Isso mesmo!

  - Grande plano - falou a menina sarcásticamente.

  - É, eu sei!

  - Tudo no Improviso? - zombou Grover.

  - Óbvio, meu caro sátiro - tirei a mochila do chão e a coloquei nas costas - Preciso de algum voluntário, como novo aluno.

  - Eu vou - respondeu Percy imediatamente.

  - Certo, vamos nessa filho do Mar!!!

  - Não me chame assim

  - Ok, si'bora, Percy!!!

  Ele revirou os olhos mas também pegou sua mochila, colocando-a nas costas. Assenti para os que estavam aqui.

  - Só tem um problema - disse Annabeth, sorrindo com minha falha.

  - Diga, criança....

  - Qual professor?

  Ai, fudeu!!!

  - O de história - falei. História sempre foi a única matéria que eu me dava bem na escola, fora astronomia e astrologia, e computação gráfica, e ciencias tecnologicas, e..... ah, já deu, né?!

  - E como vamos saber quem é o de história? - perguntou Augustin. Ó, muleque burro!!! Suspirei e tomei fôlego.

  - É só ir na vaga dele, abrir o carro, vasculhar os documentos e ver o nome e a foto.

  E assim fizemos.

 

 

 

  -Então...Sr. Jackson e Srta. Bronze? - perguntou a recepcionista gorducha, com olhos muito pequenos (que me lembrou uma das Harpias do Acampamento) da tesouraria dentro do colégio.

  Os corredores pelos qual passamos me assustaram, eram escuros, com vários anúncios nas paredes, e o pior: os alunos. Não eram normais, e quando digo que não erma normais, é porque realmente não eram! Que tipo de adolescente senta em pleno corredor, somente com livros, isolado do mundo, sem fones, celular, ou amigos? Ou essa escola era um porre, ou faziam lavagem cerebral nessas crianças. Eles me olhavam com desprezo, alguns torcendo o nariz, outros com desdém, e até com medo.

  - Sim - respondi - Vim para substituir o Sr. Garder.

  Pegamos o nome dele depois que eu "sem querer" abri a porta de seu carro, e peguei "emprestada" a sua carteira, que pelo visto ele esqueceu no veículo. Onde ele estava agora? Isso era problema de Nico e dos outros.

  - E o Jackson - falei - É meu primo, Edmundo.

  Bem, Percy havia dado nossos sobrenomes verdadeiros, o que NUNCA se pode fazer em uma missão!!! Não é paranóia, apenas a dura realidade!!!

  - Como arranjei esse emprego - comecei - ficaria mais fácil se ele estudasse aqui, sabe, ele é órfão - suspirei, colocando a mão sobre os cabelos de Percy, acariciando sua cabeça.

  - Hum - ela franziu a testa, com certeza não estava acreditando - Desculpe, Srta, mas o Sr. Garder não precisa ser substituido, aliás, o vi logo essa manhã e ele me.....- ela parou de falar, pois nesse exato momento uma camada de fumaça branca saía da ponta dos meus dedos e preenchia o local. A Névoa era realmente muito útil - Ah, mas claro! A 2ª porta a esquerda no corredor G, senhorita, e Sr.Jackson venha preencher os formulários....

  - Ele já preencheu - intrometi, queria agilizar as coisas - Ele está na sala que darei aula agora, uma coincidência feliz, não?

  - Sim....- falou ela, piscando várias vezes - Pode ir.

  - Obrigada - puxei Percy pelo braço de volta às câmaras escolares.

  - Como você fez isso?! - sussurou ele.

  - Névoa - respondi.

  - Qualquer meio-sangue pode manipula-la? - ah, então era isso que ele queria dizer!

  - Não, somente alguns casos especiais e...... epa, como assim qualquer?!

  - Chegamos! - mudou ele de assunto. Humpf!

  - Ok..... - tomei fôlego e empurrei a porta, seja lá o que estivesse lá dentro não poderia ser tão ruim, poderia?


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Notas finais do capítulo

Reviews, e recomendo as músicas citadas! Bjuss!



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