Stars And Butterflies escrita por Lieh


Capítulo 13
Capítulo XII - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas!!

Primeiroo peço mil desculpas pela demora do capítulo ¬¬' Este foi o mais trabalhoso da fic...OMG! rs

Além tbm de todaaa aquela doideira de Robert e Kristen no Brasil, gravações de Breakin Dawn kkkkkk :P

Ahhhh olhem no meu blog tem um post sobre curiosidades da fic: http://silentmyworld.blogspot.com/ além de outras coisas é claro :D

Em fim, ñ se esqueçam de comentar!



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Transgressões do Passado

Edward

Verão de 1914

Cara senhorita:

“Escrevo estas linhas, na mais nobre vontade de ser honesto. A senhorita, eu sei, não está com um bom conceito sobre mim neste momento. Eu a compreendo. Escrevo-lhe justamente para tentar apaziguar, mesmo que só um pouco esses tais conceitos ruins. Quando recebi sua carta, logo após aquele terrível passeio com a Srta. Stanley entrei em um verdadeiro conflito. Fiquei dias, noites sem dormir tentando encontrar um modo de responder-lhe de forma digna, mas as palavras me faltavam. Eu não tenho muita facilidade em me expressar na escrita, talvez seja este o motivo da demora de minha resposta. Perdoe-me. Infelizmente é um defeito que eu tenho desde a infância, e dificilmente consegui melhorar nos últimos anos. Porém isto não importa. Não aceite esta justificativa como desculpa, peço encarecidamente.

No entanto, antes de qualquer coisa, preciso lhe dizer que passo por uma situação difícil com a minha irmã Rosalie. Ela estava grávida, e perdeu o bebê. Além disso, está muito indisposta e sem poder sair da cama, pois a perda além de ter sido um fator que a atingiu psicologicamente, também a afetou fisicamente, deixando-a fraca e imune.

Há muitos pontos em que a senhorita me acusa. Mas entenda, minha cara, que tenho motivos para a minha atitude com a sua estimada prima. E era justamente isto que naquele dia eu iria lhe explicar. Eu conheço a Srta. Stanley muito bem, melhor do qualquer um nesta cidade.

Eu imagino o que a senhorita esteja pensando neste momento, e desde já confirmo suas suspeitas. Sim minha cara, eu já estive bem próximo, até demais da sua prima. Entretanto, eu já adianto que não chegamos ao ponto de nos apaixonarmos, pelo menos de minha parte.

A história é muito longa, incerta, que ocorreu há dois anos, ou seja, antes da senhorita chegar aqui”.

************************************* FLASHBACK***************************

Algumas Semanas Antes (1914)

“Estava sentado na confortável poltrona da sala de estar da casa dos McCarty’s, descansando depois de uma longa noite cuidando da minha infeliz irmã.

Ela estava grávida, mas por um golpe do destino acabou perdendo o bebê de causas naturais. O corpo dela não estava conseguindo desenvolver a criança, então o próprio corpo acabou expulsando o feto. Rosalie ficou arrasada, pois ela queria muito esse filho mais que tudo, o mesmo se aplica ao meu cunhado, Sr. Emmet. A tristeza invadiu o ambiente, deixando-o num estado melancólico, obscuro. Meu pai foi para casa descansar um pouco, enquanto o meu cunhado ficava no quarto da esposa velando seu sono perturbado e eu aqui caso fosse necessário.

Estava tudo um caos em minha casa com a situação de saúde de minha irmã, mas esse não era o pior: Minha pobre Bella! Como eu conseguiria me comunicar com ela sendo que eu mal tinha tempo para respirar, muito menos para lhe mandar um bilhete? Como eu iria lhe explicar a situação em minha família? Além do mais eu estava disposto a contar-lhe sobre o meu passado negro com a Srta. Jéssica Stanley.

Desde aquele dia em que vi as duas passeando juntas, o meu estômago se contraiu com aquela visão. Não consegui mais ter paz depois daquele desagradável encontro. O pior era que seria justamente naquele dia que eu contaria a ela a história com a Srta. Stanley e a pediria em casamento, caso ela perdoasse as minhas infantilidades e falta de juízo e aceitasse minha proposta. Mas nada saiu como eu planejei.

Passei horas, dias, trancado no quarto tentando escrever-lhe e contar a verdade, mesmo que por carta, quando veio a notícia do padecimento de Rosalie que atrasou tudo.

Há mais ou menos dois anos, quando voltei da Europa da minha trancada faculdade de Medicina, as irmãs Stanley’s chegaram à cidade. Vi as duas num jantar em que a Sra. Helen Swan organizou em homenagem a elas. Nunca me esqueci da quão desconfortável situação que passei: Percebi que a Sra. Swan, ao me apresentar a suas afilhadas, considerara de forma muito calorosa que a Srta. Jéssica daria uma ótima esposa, olhando significantemente para mim. Eu tenho certeza que fiquei ruborizado de tão embaraçado.

Daquele dia em diante, iniciou uma perseguição. A Sra. Swan e a Srta. Stanley vinham visitar minha casa quase todos os dias, o que minha própria família passou a suspeitar das intenções daquelas senhoras para comigo, e a elas, achá-las completamente entediantes, cheias de impertinência. Tenho sorte de ter uma irmã paciente como Alice, porque minha mãe inventava qualquer desculpa para sair dos terríveis serões que aquelas senhoras nos faziam companhia. O que possuía mais sorte nesta questão era meu pai que passava o dia fora, então não era obrigado a tê-las como visitas, porém não escapava dos sermões de minha mãe que reclamava com ardor sua insatisfação com a situação. Ninguém tinha coragem de dizer a elas para não nos visitarem mais por odiarmos as conversas monótonas das senhoras em questão. Além de ofendê-las, seria um escândalo não só de fofocas, mas no todo. Íamos ser vistos como pessoas cruéis e rudes.

Foram semanas terríveis.

Infelizmente para mim o tempo teve o poder de cegar meus olhos como uma tempestade de areia no deserto. A Srta. Jéssica acabou por se mostrar, aparentemente, uma jovem amável e sem interesses; eu era jovem demais e nunca tinha me apaixonado. Hoje eu não digo que cheguei a amá-la, mas foi bem próximo disso. Eu era tolo demais e acabei cedendo as suas atenções, mas sem encorajá-la de fato, estava mais na defensiva.

Uma carreira que a Srta. Jéssica Stanley deveria seguir era de atriz. Ela encarnava um tipo de moça que ela não era (gentil, amável, desinteresseira, etc.) com perfeição, e tragicamente, não só enganou a mim, mas até a minha família. Minha mãe passou a mudar de opinião sobre ela e até Alice que a detestava, começou a dar atenção a moça de verdade.

Porém, a Srta. Stanley mascarada não ia durar para sempre, e na construção do nosso relacionamento de amizade, sem nem ao menos se quer haver demonstração de uma afeição mais profunda, de ambas as partes, a Sra. Swan interveio.

Durante os bailes em que minha família estava presente, passou a falar sobre casar uma das afilhadas, bem na frente da minha irmã Rosalie que não conhecia a situação.

Ela com sua ambição sem fim vivia tentando persuadir minha mãe, facilmente influenciável para eu casar com a Srta. Tanya King. E quando minha irmã tem uma idéia fixa, não há nada que a faça voltar a atrás. Então, saber que havia um obstáculo nos seus planos, só alimentou mais sua vontade de me ver casado com a senhorita em questão.

Não foi preciso Rosalie intervir de maneira muito significativa para eu enxergar a loucura de ter algum tipo de afeição mais profunda pela Srta. Stanley... Ou se casar. Ela criou fantasias na sua ignorância que eu a amava loucamente, o qual era uma grande mentira. Nunca ao menos disse que sentia afeição amorosa por ela, principalmente depois que sua máscara de doçura caiu junto com a venda dos meus olhos. Eu posso ter a amado a Srta. Stanley que ela criou e eu, tolamente, idealizei. E eu abri os meus olhos depois de uma curiosa conversa que tive com ela, depois de um jantar em sua casa.”

Outono de 1912

‘A pequena sala de jantar já estava esvaziando, ficando apenas eu terminando de tomar a taça de vinho, e a Srta. Stanley me observando. Eu não entendia as suas expressões em dados momentos, e aquele era um desses momentos. Aquela senhorita tinha as mais estranhas expressões e conversas. Precipitado ou não, eu tinha quase certeza que ela sofria de bipolaridade. Pobre moça. Apesar de tudo, eu desejava do fundo do meu coração, que ela fosse feliz. Não comigo. Aquela jovem precisava de um homem mais compreensivo para com ela, mais paciente, o que eu não definitivamente não era. Então, com pesar, resolvi apenas ser para ela um amigo a quem ela pudesse contar quando precisasse.

Com a decisão tomada, coloquei os meus planos em prática naquele baile, demonstrando que o meu interesse por ela era puramente amigável, nada tão profundo. O máximo de carinho que eu poderia oferecer era fraternal, até mesmo proteção de irmã, a mesma que eu oferecia para a minha pequena Alice. E eu já estava até a procura de um noivo honrado que pudesse cuidar da Srta. Stanley. Ri dessa resolução, isso era um trabalho típico de senhoras.

Eram esses os meus mais sinceros votos para ela, nada mais.

Terminei o meu vinho, levantando, e perguntei a ela se não iria para o salão principal também. Ela olhou-me estranhamente, com uma expressão triste, fitando o meu rosto e a borda do tecido que cobria a mesa freneticamente. Alguma coisa naquele olhar eu não gostei, pois tinha um leve toque de falsidade, mas pensei que fosse coisa da minha imaginação.

Ela voltou o olhar para mim, respondendo com uma voz rouca, embargada: ‘Edward, preciso lhe dizer uma coisa’.

Fiquei estático. Jamais ela me chamou pelo o meu nome de batismo, provocando um desconforto em mim. Não tínhamos intimidade o suficiente para isto. Mesmo assim tentei ser gentil e ignorar a afronta.

‘Sim, senhorita?’

Ela levantou e atravessou o outro lado da mesa onde eu estava em pé, sempre me olhando fixo, com o mesmo tom paradoxal de tristeza mais falsidade.

Parou na minha frente, aproximando-se da minha orelha, o que me chocou mais ainda. Percebi que o que quer que ela quisesse dizer era segredo, então abaixei-me para ela dizer de uma vez. Ela sussurrou suspeitamente:

‘Eu adoro você Edward. Queria muito viver com você’.

Não é necessário dizer que o conflito que se instaurou m mim naquele momento. Desde a primeira sílaba até a última eu sabia que era mentira. Como, eu não sabia, mas o tom de voz a denunciava, e pela minha visão periférica eu vi seus lábios se repuxarem num sorriso sarcástico.

A Srta. Jéssica doce e amigável nunca existiu. Que tolo eu fui!

‘Senhorita, perdoe-me. Não posso aceitar esta declaração’, falei baixo afastando-me de sua expressão diabólica. Continuei: ‘Uma senhorita demonstrando tão falta de amor-próprio e humilhando-se na frente de um homem como eu? Srta. Jéssica, não perca o seu precioso tempo comigo. Há cavalheiros mais honrados, maduros do que eu nesta cidade que podem muito bem fazê-la feliz!’, parei para respirar, de tão horrorizado que estava. O sorriso diabólico dela sumiu.

‘É imperdoável’, continuei ‘ bem a senhorita sabe declarar o seu amor de forma tão leviana para um cavalheiro. Se eu a amasse a senhorita como mulher eu já teria tentado demonstrar o meu amor, ou até mesmo já ter me declarado há muito tempo. Mas não. Eu não a amo como mulher, apenas como uma irmã. Eu sinto muito.

Parei, olhando para ela numa mistura de horror e piedade. Eu não queria que ela sofresse por mim, porém o estrago estava feito. Ela me dirigiu um olhar maligno, quase demoníaco, com os lábios repuxados sobre os dentes, como se estivesse rosnando. Suas palavras saíram entrecortadas pela raiva:

‘ O senhor vai se arrepender. Eu juro que vai’.

Ela saiu pisando duro, chegando à porta, onde a aparência tirânica desapareceu, voltando a sua expressão sorridente de sempre.

Não sei exatamente o que eu senti naquele momento, se foi medo ou não. Só sei que suas palavras provocaram um frio na minha espinha, eriçando os meus cabelos da nuca. O que poderia ser pior que o diabo, só uma mulher rejeitada!”

“Voltei à realidade bruscamente. Aquela cena até hoje me deixa com receios. Ela praticamente me ameaçou, jurou que eu iria me arrepender. O tempo passou e daquele dia em diante ficamos cada vez mais distantes um do outro, até que chegamos ao ponto de sermos meros conhecidos. Mas eu ainda tinha a paranóia que ela só estava esperando uma oportunidade para arruinar a minha felicidade.

E parecia que essa oportunidade chegou, junto com Bella. Estava claro que eu a amava apaixonadamente desde que a vi na casa da Sra. Swan. A chegada dela e do pai era muito aguardada por todos, ainda mais pelas qualidades daquela senhorita que a avó fazia questão de ressaltar. Pelo menos aquela senhora conseguiu fazer algo de bom.

Além de tão bem falada e louvada pela avó, Bella era a criatura mais divina que conheci. Quando eu a vi no baile, era como os meus olhos e sentidos tivessem ficado enfeitiçados. Não consegui despregar os olhos daquele anjo em forma humana”.

****************************Fim do Flashback*************************

Naquela altura da leitura da carta, Bella parou. Havia muitas coisas a qual ela precisava pensar.

A história de Edward e a Srta. Stanley era cheia de subentendidos, mas contada em primeira pessoa pelo o próprio era muito mais clara do que a menção brusca da prima de Bella sobre o relacionamento dos dois, Edward e Jéssica. Tudo fazia mais sentido para ela, e durante a leitura em que começou a conhecer realmente o caráter de Edward, percebeu o quanto foi injusta. Não que não já tivesse percebido antes, mas agora a sensação de culpa era maior.

Edward jamais noivou com a Srta. Jéssica, primeiro ponto esclarecido. Essa história não passou de um boato maldoso da avó de Bella, sem fundamento.

A Srta. Jéssica nunca foi vítima de nada, segundo ponto esclarecido. Ela era a vilã da história, afinal de contas. Bella não escondeu o horror quando chegou à parte da carta em que a prima declarava os seus falsos sentimentos por Edward. Tudo por interesse, ela jamais o chegou a amar verdadeiramente, a não ser o seu dinheiro e seu status, tudo o que ela mais queria.

E terceiro e último ponto: Edward sempre a amou. A convicção deste fato encheu o coração despedaçado de Bella em esperança, mesmo sabendo que naquele momento enquanto ela estava lendo sua carta, ele estava guerreando na Europa... Mas não se deixou abater.

Pela primeira vez em anos, Bella sentiu esperança. Não havia nada que ela mais desejasse naquele momento do que Edward voltando para casa sã e salvo.

A carta ainda tinha algumas folhas a serem lidas, mas já era tarde e Bella não havia comido nada. Resolveu guardar os maços de carta na gaveta da escrivaninha para ler a noite, descendo para tomar um ar fresco e pensar.

Pensar e muito...


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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado!

Previsão de post para a parte II? I don't know =/
Fim de ano é sempre aquela loucura, ainda mais com as teríveis provas finais ¬¬' Então.. É aguardar.

Até o próximo capítulo!

PS: Faço aniversário amanhã!! O/ (29/11) kkkkk só para descontrair...

Bjos!!