Stars And Butterflies escrita por Lieh


Capítulo 12
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas!!!
Mais um capítulo ultra-mega-etc. emocionante! O/
Algumas pessoas andam comentando que a fic está bem dramática e eu concordo kkk. Eu sei povo, mas eu fui muito influenciada por novelas mexicanas e afins sabe :P
Mas é que realmente eu sou um drama em pessoa rsrs.
Agradeço de coração as recomendações! O/

E para quem gosta de mais um draminha leia Nightfall http://fanfiction.nyah.com.br/viewstory.php?sid=103963
Uma história de Edward humano :)

Tenho tbm um recadinho para dar, mas depois...

Boa leitura e até as notas finais ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/66775/chapter/12

Memórias do Exílio

Bella

Esses três anos foram os mais difíceis da minha vida. Estou aqui desde o verão de 1914. Já estamos na primavera de 1917 e meu exílio parece não ter fim.

O colégio era um lugar cruel e repugnante, isso desde o primeiro dia que pisei aqui. Nós moças éramos tratadas como inferiores, apenas como se fossemos seres reprodutivos, sem nenhum tipo de racionalidade. Ainda me lembro em certa aula onde a professora falava sobre os problemas sociais, de forma tão fria, sem nenhum tipo de aprofundamento. Eu não pude ficar calada e acabei fazendo um comentário acalorado sobre o assunto e me arrependi na mesma hora: além da humilhação em público que sofri, levei uma surra com a palmatória e fiquei no quarto de castigos, que era um cubículo escuro e apertado, apenas com uma fresta de luz vinda debaixo da porta, por 24H. Sem comer ou beber nada.

Aqui era proibido qualquer assunto polêmico, qualquer coisa que interferisse na “paz” do colégio.

Desde aquele dia, não fui mais aceita pelas minhas colegas de classe e de quarto. Das três meninas com quem eu dividia o quarto, só uma eu poderia chamar de amiga. Lindsey Clearwater era a pessoa mais humilde que conheci em toda a minha vida. Não tinha ambições casamenteiras como todas as moças ali e tinha o mesmo desejo que eu: voltar para a casa.

Eu tentava ao máximo não pensar na vida na qual eu fui forçada a deixar para trás. Eu não suportava pensar no meu pai, a quem era o responsável por eu estar aqui, nesta vida de isolamento. Eu nunca consegui perdoá-lo, por mais que eu tenha tentado, e depois de três visitas onde eu não o recebi, ele nunca mais veio me ver, e dificilmente me escreve algumas linhas. Em todo esse tempo não recebi nenhuma carta. Nenhuma, de ninguém. Nem mesmo de Alice, a quem eu esperava tolamente alguma carta, mas até hoje nada. Agora eu tenho certeza que ninguém sabe onde eu estou provavelmente meu pai inventou que eu fui para casa de parentes ou coisa do tipo, tudo para não me encontrarem.

Exilada, eu não tinha notícias do mundo exterior. Não sabia o que havia acontecido com as minhas primas, principalmente Jéssica, não sabia o que houve entre Alice e o Sr. Jasper, não tinha notícias dele...

Tudo isso só era uma pequena parte. A outra dor era bem maior que foi capaz de abrir um buraco em meu coração, o fazendo sangrar de sofrimento: Edward Cullen. Onde estaria ele? Como ele estaria? Será que...?

Eu rezava todas as noites para que ele não tivesse ido de fato para a guerra, que naquele ano os Estados Unidos havia entrado de vez. Eu preferiria morrer a o ver sendo morto naqueles campos de batalha. Sim, apesar dos erros cometidos por ele, apesar de tudo o que ele fez, eu ainda o amava tão apaixonadamente quando da primeira vez que conversamos. Eu desisti de tentar odiá-lo, eu não podia. Edward fazia tão parte de quem eu era quanto eu fazia parte dele.

Fazia muito tempo que eu não sabia o que era ter uma boa noite de sono, Edward sempre invadia meus sonhos, naquele seu último olhar no dia em que brigamos. Aquele olhar desesperado, triste, eu dando-lhe as costas, sem piedade, sem ao menos ouvir o que ele tinha a dizer em sua defesa! Como fui egoísta! Como fui mesquinha! Por que eu não quis ouvi-lo? Eu estava cega pelo meu egocentrismo, o que comparado a agora é insignificante. Edward poderia estar comprometido com cem moças, mas se ele me jurasse amor eterno e me pedisse em casamento agora, eu não pensaria duas vezes e aceitaria.

Porém era tarde demais para arrependimentos. Nunca mais eu veria Edward novamente. Depois que o meu tempo de enclausurada acabasse eu iria embora. Não para a casa de meu pai, menos ainda para a de minha avó. Não. Eu iria viver por mim mesma, quem sabe trabalhar cuidando de crianças em casa de famílias ou qualquer outro serviço que me pedissem. Eu vou abrir mão de tudo, do meu dote e até do meu sobrenome Swan, ficando apenas com o de minha mãe, Dwyer e partiria para a Califórnia, onde pelo menos era ensolarado assim como Phoenix, meu lar. Era isso. Meu pai suportou uma separação de três anos, então ele suportaria facilmente uma separação permanente. Claro, eu não iria embora sem nem ao menos escrever-lhe, caso ele aceite minhas cartas e estaria disposta a voltar caso ele precisasse de mim. Do contrário, eu levaria essa vida simples.

Escrevo essas linhas com lágrimas nos olhos. Não sou mais a mesma Isabella de três anos atrás, ela é passado, a de agora é todo o seu oposto.

Quero fazer das minhas decisões um bem maior, não para mim, mas para todos, pois eu estou sozinha no meu exílio e assim continuarei até o fim.

E mesmo no fim, tentarei perdoar o meu pai e todos os que me feriram, principalmente Edward, a quem praticamente o perdão eu havia conseguido alcançar, e morrerei amando-o.

Minhas forças estão acabando, mal consigo segurar a pena. Eu não sei o que eu tenho nesses últimos dias, provavelmente garganta inflamada, e aqui os médicos demoravam a chegar. Já estou há dias na cama, sem sair, apenas recebendo as visitas curtas de Lindsey, porque resolveram deixar o quarto para mim enquanto eu estivesse doente, para não contaminar as outras moças, com a provável infecção bacteriana.

Minha cabeça gira de tonturas, minha testa pinga suor. A inconsciência me invade...

Peço apenas um último desejo a quem ler o que escrevi: Saiba que eu nunca deixarei de amar Edward, nunca...

Meu pai, eu o perdôo... E o amo do fundo do coração e me dói partir sem despedir-me e pedir-lhe perdão...

A morte não é o fim, é o começo...

A doença me venceu. Eu luto, mas sua fraca, assim como para amar...

Morrerei amando...

Isabella Marie Swan

15 de Junho de 1917

Bella ficou inconsciente por dias. A febre era alta demais, e tentavam abaixá-la com panos úmidos e banhos frios, mas não estava resolvendo. Darthmouth era um lugar muito isolado, e o transporte era terrível naquelas estradas, o que estava atrasando o médico a chegar. Então as humildes enfermeiras faziam o que podiam para animar Bella, mas sabiam que só um antibiótico a salvaria.

Não podiam esconder mais, então avisaram ao Sr. Swan por telegrama, pedindo a convocação dele para apoiar a filha.

O remorso do pai de Bella ao ver em que estado ela se encontrava, não há palavras. Há muito que queria tirá-la do colégio, mas a Sra. Helen, uma das poucas que sabia o paradeiro da neta, sempre o convencia do contrário e dizia que seria bom para ela, então ele desistia. Mas aquele telegrama caiu por terra toda a persuasão da mãe, que justo na hora em que o carteiro entregou, os dois estavam tomando chá na varanda do Sr. Charlie. Ele, sem perder tempo, sem dar ouvidos ao que quer que a mãe dissesse sobre o telegrama, pegou o primeiro trem para New Hampshire.

A Sra. Helen não se conteve mais, então fez a maior encenação, contando a todos os amigos sobre a triste situação da neta, que vivia feliz em Darthmouth e infelizmente estava à beira da morte. Era a hipocrisia em pessoa!

Quando o Sr. Swan chegou ao colégio, era uma noite chuvosa, e o relógio marcava quinze para a meia noite. Nem se quer deu tempo para a recepcionista e as enfermeiras explicarem a situação da filha, já entrando esbaforido para o dormitório de Bella. Entrou sem bater, assustando a velha enfermeira que dormia na cadeira próxima ao leito da jovem. A enfermeira se levantou indo para o fundo do quarto, enquanto o Sr. Swan sentava perto da filha, olhando-a aflito. Pegou a compressa e colocou na testa de Bella, afastando os cabelos e murmurando palavras de conforto. Ela não estava ainda consciente o suficiente, mas sabia que havia mais alguém com ela além da enfermeira. Bella resmungou algo inteligível, respirando fundo. Sua testa ardia de uma febre incontrolável, suando frio.

Depois de alguns minutos silenciosos, o pai de Bella perguntou asperamente para a enfermeira sem olhar para ela diretamente:

- Onde está esse bendito médico?! O que fizeram para amenizar o sofrimento da minha filha?! Quanta incompetência! – Ele se virou para a enfermeira, encarando-a raivosamente. Ela se encolheu assustada com a raiva do cavalheiro.

- Senhor, fizemos o que podíamos, mas nós não temos antibióticos para ajudá-la. Mandamos o telegrama para o médico e ele já está a caminho, mas com essa tempestade e as estradas bloqueadas o está atrasando.

O cavalheiro praquejou e continuou cuidando da filha a noite inteira, sem descansar.

A tempestade furiosa continuou por toda a madrugada, acalmando apenas pela manhã, quando o médico chegou. Não perdeu tempo para descansar ou troçar de roupa, dirigindo-se para o quarto da convalescente rapidamente. O Sr. Swan saiu de perto da filha para deixar o doutor examiná-la, ansioso, mas sua agonia foi amenizada quando reconheceu o Dr. Cullen.

Logo após alguns minutos de exames rápidos e o doutor ter finalmente medicado a paciente, Bella acalmou-se. Parou de se revirar na cama, relaxando e inspirando suavemente, com o seu rosto assumindo cor. O alívio se instaurou no ambiente do quarto e também do colégio. Os dois cavalheiros saíram silenciosamente para deixar a jovem descansar.

No corredor dos dormitórios, encontraram parada próxima a escada a amiga de Bella, Lindsey.

- Como ela está? – perguntou.

- Está bem melhor, mas precisa repousar para o remédio fazer efeito – respondeu o Dr. Cullen – Peça para não incomodá-la hoje.

Ela acenou com a cabeça, compreendendo, cumprimentou os dois homens e saiu.

Os dois continuaram em silêncio, dirigindo-se para a recepção. Antes mesmo de chegarem, o Sr. Swan quebrou o silêncio:

-Eu não tenho palavras para lhe agradecer, Dr. Cullen. Eu não sabia que haviam chamado o senhor. Sinto-me honrado do senhor ter saído do conforto de sua casa, tão longe, para vir salvar minha filha. Agradeço do fundo do meu coração.

O doutor sorriu suavemente emocionado.

- Eu é que fico feliz em saber que ela está bem agora. Não fiz esse esforço apenas pelo senhor e sua filha e a consideração que tenho por ambos, mas também em consideração a minha família... – Ele parou como se tivesse lembrando-se de algo que não deveria contar. Isto não passou despercebido pelo pai de Bella, que cautelosamente perguntou:

- Quando o senhor diz a sua família, refere-se a alguém específico?

O Dr. Cullen olhou profundamente para o Sr. Swan, tendo algum tipo de conflito interno. No fim se decidiu.

- Não só a uma, mas também três pessoas – começou ele – Minha filha Alice, minha esposa Esme e... Edward. – Ele suspirou, olhando para os pés.

De repente, um remorso tomou conta do Sr. Charlie. Escondeu a filha durante esses três anos de pessoas que a amavam. O arrependimento se instaurou no cavalheiro, fazendo sua decisão de tirar a filha daquele lugar mais convicta. Porém, algo lhe chamou a atenção nas palavras do Dr. Cullen: o jovem Edward.

- Eu humildemente peço perdão ao senhor e toda a sua família para a condição que coloquei minha querida filha. Eu não sabia o que estava provocando a ela, e vou levar esta culpa para o resto da vida... No entanto, atrevo-me a perguntar ao senhor: o que aconteceu com o seu filho, o Sr. Edward? Fiquei sabendo que ele tinha ido para a França terminar os estudos de medicina, mas acabou se alistando na embaixada americana para se integrar ao exército. Ele está bem? – A última frase saiu ansiosa. Não queria que nada de mal acontecesse ao rapaz que Bella amava.

- Ele realmente se alistou – começou o pai de Edward, com a voz cheia de emoção – Nós sabíamos que mais cedo ou mais tarde ele faria isso. Quando ele disse que ia para a Europa, nosso receio se concretizou. A Sra. Cullen implorou para que ele adiasse os estudos ou procurasse alguma faculdade aqui, mas ele não cedeu e partiu. No início do ano de 1915 ele voltou aos estudos até o a metade deste ano. Há três meses recebemos uma carta dele contando que tinha se alistado na embaixada e foi chamado para integrar o exército americano que avançava na Europa – ele suspirou pesadamente. Aquela altura já tinha chegado ao hall de entrada, acomodando-se.

O Dr. Cullen continuou:

- Ele mandou a carta em Abril e já estamos em Junho e até agora ele não mandou mais nenhuma linha. Pelo visto ele já deve estar guerreando...

O silêncio mortal se instaurou. O Dr. Cullen perdeu-se em suas reflexões, abatido, enquanto o Sr. Charlie digeria tudo o que ouviu. O jovem Edward, tão humilde, compromissado com a família e honrado havia se deixado levar pela campanha dos Estados Unidos na guerra e o recrutamento de jovens soldados. Nem ao menos se quer veio para casa antes, alistando-se lá mesmo na França.

O sentimento de culpa foi maior ainda. O que quer se tivesse acontecido entre ele e sua filha, não foi coisa boa, tendo conseqüências catastróficas. A filha exilada e doente, e o pobre rapaz entre a vida e a morte naqueles campos de batalha. E tudo isso ele tinha parcela de culpa. Pobre Sr. Charlie, nunca se perdoaria.

- Pobre rapaz – começou ele, com a voz embargada – Está lá arriscando a vida, e foi embora sem nem ao menos saber onde Bella estava e o que havia acontecido com ela. Oh Deus! Nunca me perdoarei!

Ele segurou as mãos na cabeça tentando suprimir a agonia. O pai de Edward sentou ao lado do cavalheiro consolando-o, dizendo que a culpa era de todos para aquela situação.

- Nós realmente não sabíamos, Sr. Charlie onde estava a sua filha em todo esse tempo, só fomos saber com certeza quando eu recebi o telegrama. Os empregados comentavam há dias sobre a Srta. Swan mas nem eles sabiam se era verdade que estava internada em Dartmouth, pois era o que os empregados da casa da Sra. Helen diziam. Mas não se culpe senhor, o senhor fez apenas o que pensava ser bom para ela. Ainda a tempo de se arrepender e pedir perdão, principalmente a ela. Eu também tomei muitas decisões erradas com Edward. Eu deveria ter o deixado fazer as próprias escolhas livremente e ver o que é bom e o que não é. Se ele fosse livre, teria visto que se alistar no exército em plena guerra não era uma decisão sábia. Mas não. Eu o pressionei, não o deixei enxergar, e deu nisso. Eu rezo todas as noites para que ele saia de lá vivo e volte para casa, pois estão todos ansiosos e abatidos, com medo de que chegue a notícia que ele foi ferido ou...

Ele não foi capaz de concluir. Os dois passaram novamente ao estado de reflexão.

- Avise-me quando receber alguma notícia dele – disse o Sr. Charlie.

O Dr. Cullen sorriu tristemente, concordando.

O Dr. Cullen ficou mai alguns dias, até a manhã em que Bella finalmente acordou recuperada e saudável. O choque da moça ao ver ele e o pai não foi nada em comparação a alegria destes em vê-la recuperada. Não tiveram tempo para conversarem, pois o doutor precisava voltar para a casa, o que decepcionou Bella que tinha muitas perguntas a fazer.

Além do mais, não se sentia confortável perto do pai. Tinha dificuldade em olhar para ele diretamente receosa do que iria acontecer com ela.

Num fim de tarde, depois que Lindsey havia finalmente conseguido entrar para ver a amiga, o Sr. Charlie entrou no quarto da filha, que tomava chá lendo um bom livro para se distrair, dando-lhe a notícia que no dia seguinte poderia sair do quarto. Bella encheu-se de alegria com isto, pois não agüentava mais ficar enclausurada. Passada a alegria, caiu o silêncio desconfortável. Bella voltou ao livro e o pai sentou-se na cadeira fitando a janela e as propriedades de Darthmouth.

Não demorou em o Sr. Charlie quebrar o silêncio, numa pergunta que não sabia como fazer, com medo da resposta da filha:

- Querida, você não gostaria de voltar para a nossa casa?

Bella o fitou, surpresa demais para falar. Não entendeu de imediato o ênfase no “nossa”, acabando por concluir que deveria ser a casa de Chicago e suas tristes lembranças.

- Papai, não quero voltar para lá. Não para Chicago.

- Eu não disse Chicago, mas sim o Arizona, nosso verdadeiro lar.

A emoção se apoderou no semblante da moça. Não imaginava por que o pai estaria agora com piedade, o que irritou logo em seguida.

- Não quero sua piedade, papai, nem ser um fardo para o senhor. Eu consegui sobreviver todo esse tempo sozinha aqui. Eu tenho outros planos em mente.

Então ela contou sobre a vontade de cuidar de crianças e morar na Califórnia, o que deixou o Sr. Charlie horrorizado. A que ponto o sofrimento que causou à filha a fez chegar! Jamais permitiria algo dessa natureza. Ela tinha um pai, um dote e um sobrenome, o que a sustentaria até ela um dia se casar. No entanto percebeu que na primeira qualificação, o pai, ela não teve nesses três anos.

Assim suplicou ardentemente para a filha que mudasse de idéia e o perdão que tanto desejava e tanto ela tentou conceder em todo esse tempo.

As palavras, vazias, não são necessárias para descrever tamanha a emoção, a reconciliação e o perdão de pai e filha. Os dois perdoaram um ao outro e se perdoaram alegando nunca mais se separarem. Os laços então tão estreitos, distantes no relacionamento deles, agora eram fortes e maduros.

Bella e seu pai nunca mais se separariam de agora em diante.

No dia seguinte, os dois partiram para o Arizona. Bella não tinha muitas pessoas a quem se despedir, exceto as enfermeiras que cuidaram dela e sua amiga, a Srta. Clearwater. As duas senhoritas despediram-se com lágrimas e promessas de cartas e visitas por parte de Bella.

Assim partiram.

O relacionamento entre o Sr. Charlie e a filha seria de honestidade um para com o outro, mas o pai ainda não tinha coragem de contar a Bella sobre a conversa que teve com o Dr. Cullen, que este por sinal recebeu uma carta sobre a partida para o Arizona, despedindo-se em nome da filha.

Ele tocou no assunto somente quando estavam já em casa, em Phoenix.

A casa já estava pronta para recebê-los, com todos os empregados felizes por voltarem para o lar tão querido, principalmente a Sra. Dolores. Tudo seria como antes.

O Sr. Charlie escolheu um momento propício para tocar no assunto de Edward, e foi logo após o jantar. Contou as notícias que o pai do rapaz havia mencionado, de forma suave, mas verdadeira, sem omissões. Bella não o interrompeu.

Depois que contou tudo, o cavalheiro se calou, ansioso como que a filha iria reagir às notícias.

Se fosse em outra época, Bella teria feito um terrível escândalo com o seu desespero. Mas aquela Bella não o fez. Estava desesperada, aflita e com medo do que aconteceria com Edward, mas demonstrou isso num delicado choro silencioso. O Sr. Charlie a confortou, e depois a deixou, sozinha para refletir.

Nos dias que seguiram Bella, todas as manhãs olhava o jornal procurando saber como andava a situação na Europa e pedindo para a guerra terminasse de uma vez. Mas a cada dia só piorava a situação dos combatentes, e naquele mês as tropas americanas chegaram à França, dizia os jornais, mas de primeiro momento a tropas não entraram em luta nas trincheiras, o que aliviou um pouco os nervos de Bella e também de seu pai.

Mesmo assim, seria inevitável o conflito.

Em uma manhã ensolarada, Bella novamente analisando os jornais matinais sobre a guerra em seu quarto, viu entrar a empregada com um maço de cartas dirigidas a ela.

A jovem se espantou com que havia escrito tão grande epístola, com alternâncias de duas letras diferentes, uma mais arredondada e a outra mais arrastada, com as duas elegantes.

Olhou o remetente e seu coração gelou: a primeira carta era da Srta. Alice Cullen datada com o dia atual, 30 de Junho de 1917. Mas foi a outra que quase fez o coração da jovem saltar no peito: era de Edward, datada de três anos atrás, 05 de Maio de 1914. Bella estranhou que recebesse uma carta que deveria ter recebido há muito tempo, esta que era enorme.

Resolveu abrir primeiro a carta da Srta. Alice, bem menor, que dizia:

Querida Bella,

Antes de tudo fico aliviada em saber que você está recuperada e voltou para o seu antigo lar. Claro, ficamos tristes com sua partida e a de seu pai, mas sabemos que vai ser melhor para os dois ficarem longe daqui. Prometemos visitá-los em breve.

Perdoe-me o meu silêncio em todo esse tempo. Eu não sabia até então onde a senhorita estava, isso desde o dia em que Edward me contou a discussão terrível que tiveram. Mas o motivo que fez não só a ele, mas também a todos em minha casa se exilarem naquela época foi a minha irmã, a Sra. Rosalie. Ela estava grávida de dois meses, mas teve a infelicidade de perder a criança, deixando-a muito desabilitada. Meu pai e minha mãe cuidaram dela, enquanto eu e Edward tentávamos confortar o nosso cunhado, o Sr. Emmett. Pobre Emmett, ele queria muito esse filho. Foi por isso que Edward sumiu naquele tempo e nem teve brecha para visitá-la ou escrever-lhe. No entanto, antes mesmo de vocês dois brigarem naquele dia de verão, ele havia escrito uma longa carta logo após o episódio em que ele encontrou a senhorita e sua prima passeando juntas. Sim, ele me contou tudo o que aconteceu entre vocês. Naquele mesmo dia ele escreveu a carta, porém o contratempo da notícia que Rosalie perdeu o bebê o fez esquecer-se de tudo.

Minha irmã é a que precisa de todos nós mais lhe pedir perdão. Ela contou para Edward a visita que fez a você. Eu fiquei furiosa, mas mesmo assim meu irmão amparou-a, mesmo ela não merecendo. Porém vou deixar que ele mesmo conte principalmente a história dele com a Srta. Stanley.

Contei-lhe tudo isso para esclarecer de uma vez o que se transformou numa falta de comunicação e mal entendido. Eu amo os dois e quero os dois juntos e felizes, por isso tomei a liberdade de contar.

PS: Antes de ele partir para a Europa ele pediu que eu descobrisse onde você estava e mandasse a carta.

Ele disse que lutaria por você.

De sua sempre querida:

Mary Alice Cullen

Bella mal conseguia distinguir as letras no papel, tamanha era a sua emoção e também mais culpa. Edward estava cuidando naquela época da irmã ingrata... Aquilo era demais! Edward era o mais nobre cavalheiro que conhecia!

Com esse sentimento, abriu desesperadamente e ansiosamente a longa carta do rapaz...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei q vcs querem me matar, mas sim o cap. acaba aquii! :O
kkkkkk
A fic está se pronlongando mais do que eu esperava isso graça a vcs q me animam a cada dia resultando em novas ideias!
O reencontro está próximoooo!! :D
O que eu posso adiantar do próximo cap. é: vai ser longo porq o Edward fofuchoo tem muita coisa para dizer...
Em fim, se alguém tiver alguma dúvida com a história ou ñ entendeu alguma coisa, etc, podem perguntar eu ñ mordo :P
Ahh sim, e se vcs tiverem alguma música q lembre a fic, ou sei lá, q faça vcs se lembrarem da fic comentem tbm tá?

Um recadinho rápido:
Já faz bastante tempo, quase um ano que eu posto a fic aqui e no orkut, e fico extremamente chateada em ver q tem 224 leitores lendo e só cinco comentando =/ No orkut então começou com cinco e agora só tem 1 leitora! Não estou desmerecendo as leitoras q comentam porq posto graças a elas, mas tá mais do que na hora desse povo q fica de BBB mostrar a cara. Eu ñ mordo, eu já disse, muito pelo contrário vou receber os comentários muito mais feliz! A fic já era para estar concluída há muito tempo, porém sem leitores eu ñ vou postar para fantasmas, por isso eu fiquei quase 3 meses se escrever nada! =/
Então, leitores fantasmas este é o meu recado e espero q tenham entendido.

Bjos e até o próximo capítulo! Não esqueçam de comentar!