Darkness Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 8
Capítulo 8: Detenção


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora.
Mas essa fic exige muito planejamento e eu estava passando por uma grave crise nessa fic.
Por sorte tive ajuda de grandes amigas que me ajudaram e eu consegui tornar essa cap, que estava ficando uma droga, em algo interessante.
Espero que gostem. Os planos da cath começam a ficar um tanto confusos, mas eles tem uma certa lógica, espero que a entendam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/66716/chapter/8

Catherine estava em sua mesa corrigindo alguns relatórios que seus alunos do terceiro ano fizeram, passava as mãos pelos cabelos cada vez que lia algo absurdamente imbecil e sorria maldosamente ao constatar que mesmo depois de um ano agüentando a Umbridge ficaram completa e absolutamente aliterados e não aprenderam visivelmente nada além do básico do primeiro ano. Pelo jeito ela teria alguns problemas com esta turma.

 

Já era sábado e mesmo com a perspectiva de ter de ensinar o conteúdo do segundo e do terceiro ano para uma turma o bom humor de Catherine não oscilava, afinal dentro de alguns minutos Gina weasley chegaria para cumprir sua detenção.

 

E ao contrário do que todos pensavam, Catherine via na ruiva uma grande oportunidade para seus planos.

 

Batidas na porta despertaram Cath de seus devaneios.

 

“Entre”  a voz gélida da jovem professora flutuou até os ouvidos de Gina que, naquele momento, desejou não ter atrapalhado a aula. Respirou fundo já imaginando todo tipo de torturas que a esperava assim que atravessasse a porta.

 

“Sente-se, Weasley” Cath ordenou indicando a cadeira à frente de sua mesa com a mão.

 

A ruiva logo obedeceu de mal grado, a face espelhando o quão ansiosa ela estava. Sentou com força  e arrastou a cadeira fazendo um barulho desnecessário para mais perto da mesa.

 

“Noite” ela murmurou encarando a mais velha.

 

“Sabe, Weasley, alguém alguma vez já lhe disse o quão poderosa você é?” a morena arqueou uma sobrancelha e Gina estreitou os olhos, nunca foi muito dotada de grande magia, pelo que sabia é claro “Claro que nunca exploraram isso, um poder como o seu fica adormecido, mas posso te ajudar nisso, alias se me permitir ajudar você ajuadará muito seu amigo Potter” Cath fez uma pausa para encarar a garota. Ela sentou-se um pouco mais aprumada ao ouvir o nome do garoto e pareceu interessada no que a morena tinha a falar “Posso te ensinar a canalizar os seus poderes em qualquer objeto que seja e até fazer feitiços sem varinha, se assim desejar, além de saber fazer magias de defesas que repeliriam até um Avada Kedavra” deu um sorriso ou ver o espanto passar pelo rosto da aluna.

 

“O que quer dizer com isso? Por que se interessaria em me ajudar?”  pergunta desconfiada, debruçando-se sobre a mesa.

 

“Simples, minha cara ruiva, estamos do mesmo lado” Cath sorriu de lado com a própria piada interna “e a balança que sustenta essa guerra” ela fez dois papeis flutuarem exatamente na mesma altura “estão com a mesma quantidade de peso. Você pode fazer com que a balança fique mais pesada do lado de Dumbledore e, consequentemente, do Potter. E você quer muito ajudá-lo, não” Cath  observou a face de Gina se avermelhar com a ultima parte de sua explicação, obviamente atingindo o ponto que queria.

 

Gina pensou por um tempo, o quanto aquilo fazia sentido e o quanto ela ajudaria o Harry “Como você tem tanta certeza que eu seja tão poderosa assim?”.

 

A morena não pode deixar de rir, uma risada sarcástica e debochada, mas quando encarou a ruiva voltou a s suas feições sérias “Você é a sétima filha de um sétimo filho. Isso, em tudo que eu já estudei, em todos os livros que já li, quer dizer apenas uma coisa: um poder impressionantemente forte, um poder que nasce não apenas pela genética, mas sim ligado à alma” ela parou, seus olhos brilhavam de um modo quase invejoso enquanto contava, limpou a garganta e se sentou mais ereta “um poder que o lado do Potter vai precisar para vencer” um poder muito útil, completou mentalmente deixando um pequeno sorriso despontar do lado esquerdo dos seus lábios.

 

A ruiva respirou fundo, realmente tudo que ela falou parecia verdade, e se for parar para pensar ela nunca tivera dificuldade para aprender um feitiço ou realizá-lo com a força necessária. Alias a maioria de seus feitiços sempre tinham um efeito incrivelmente forte, especialmente quando estava com raiva ou duelando. Com certeza se Catherine ensinasse tudo que prometera ela conseguiria proteger não só o Harry, como todos quem amava. Respirou fundo antes de responder “Tudo bem, eu aceito”.

 

“Ótimo” a morena sorriu e com um aceno com a mão fez a porta de sua sala ser trancada “magia sem varinha, exige muita concentração e poder” explicou “mas começaremos por algo mais fácil”.

 

“Como...”

 

“Despertar completamente seu poder e te ensinar a controlá-lo” a morena pegou sua varinha e a usou para prender o cabelo num coque frouxo “não se preocupe eu tenho outra” ela sorriu e pegou a outra varinha com a mãe esquerda.

 

“Duas varinhas?” Gina arregalou os olhos esquecendo-se por um segundo de respirar por causa da surpresa “como pode....?”

 

“Não sei direito” Cath mentiu acreditavelmente “mas quando descobri que podia usar duas varinhas, não me surpreendi tanto assim” gabou-se rindo “ agora feche os olhos”.

 

Pessoas normais não passariam de um tom arrogante e auto-jubiloso para um tom autoritário de um jeito tão rápido e repentino, mas Gina já sabia que a morena era tudo, menos normal. A ruiva fechou os olhos e respirou fundo.

 

“Continue de olhos fechados até eu dizer que pode abri-los” a morena começou “agora não pense em mais nada, apenas ouça minha voz, mas não dê muita atenção para ela”

 

“Certo” Gina tentava obedecer a morena, demorou, mas ela finalmente conseguiu se concentrar em tudo e nada, ao mesmo tempo. Conseguiu limpar a mente quase completamente.

 

“Agora, você vai se concentrar e lentamente se lembrar de todos os momentos onde você fez algum feitiço mais forte que o necessário”.

 

“Certo”

 

“Veja o que você sentia nesses momentos, o que pensava, o que sua consciência mandava”

 

Enganada pela concentração e olhos fechados, Gina não reparou em Cath andando lenta e silenciosamente em volta dela, com a varinha apontada para a ruiva murmurando palavras em várias línguas arcaicas e já mortas. Parou na frente da aluna “agora durma”.

 

Os músculos de Gina se relaxaram conforme a garota deixava o mundo do consciente e ia para o do inconsciente.

 

Estava num campo, não havia nada além de grama bem cuidada e verdejante que se encontrava no horizonte com o céu azul. Nem mesmo uma nuvem manchava aquele azul, era apenas isso; verde e azul se encontrando com apenas um pequeno pontinho de vestes pretas e cabelos ruivos vagando sem rumo pela imensidão bicolor.

 

Já estava cansada de olhar para os lados e não ver fim, não enxergava o sol, mas podia senti-lo queimando-lhe o rosto e tornando a caminhada mais maçante. Ao longe mais um ponto surgiu. Vestes e cabelos negros.

 

“Você parece não estar procurando corretamente” uma voz baixa veio da direção do ponto “procure pelo seu poder”.

 

“Mas aqui não tem nada além de nós!” A ruiva retrucou berrando para o vulto preto e um segundo depois desapareceu.

 

“Só por que seus olhos não vêem, não quer dizer que não esteja aí” a voz retrucou às costas dela, bem mais próxima dessa vez, mas quando Gina se virou não havia mais ninguém. Apenas o silêncio.

 

“Tem alguém aí?” ela berrou olhando desesperadamente ao redor. O calor já estava a matando e sua paciência se esgotara.

 

Decidiu tirar a capa e arregaçou as mancas da camisa. Bem melhor, agora podia sentir a leve brisa que passava. O céu estava adquirindo um tom mais escuro e o calor estava acabando rápido demais.

 

Ela procurou pela capa ao sentir seu corpo tremer, mas não encontrou nada. “Procurando por isto?” uma voz irônica indagou. A ruiva se virou e deparou-se com uma estranha visão.

 

Uma garotinha, cabelos ruivos num corte channel, sardas salpicando seu rosto, olhos azuis... Tão perecida com a ruiva nos seus nove anos. A pequena segurava a capa da mais velha e sorria sapeca “Ou melhor, ME procurando?” ela se corrigiu sorrindo mais ainda.

 

“Como?” Gina encarou a menininha sentindo-se confusa, era como olhar-se num espelho que mostrava o passado. Era assustador.

 

“Você está me procurando, não é?” ela falou “ou eu acordei por nada?” fez uma cara de zangada que não parecia nada com suas características infantis.

 

“Quem é você?”

 

“Sou seu poder” a menininha sorriu e se aproximou. Colocou sua pequena mão no local onde deveria estar o coração de Gina “me aceite e tudo será mais fácil”.

 

“Como eu faço isso?”

 

“Você me acordou, certo?” a menininha se aproximou mais e a abraçou “é só não me deixar dormir de novo”.

 

A ruiva abriu os olhos, tão subitamente como se tivesse acordado de um pesadelo, suava frio e ouvia seu coração bater forte no peito.

 

“Pelo visto tudo ocorreu bem”  Catherine comentou com uma risada sarcástica, estava sentada na sua mesa de uma maneira relaxada e observava a ruiva.

 

“O que foi aquilo?” Gina ofegou “O que você fez?”

 

“Eu? Eu não fiz nada” a morena deu de ombros e com um movimento fluido saiu desceu da mesa e ficou de pé.

 

“E agora?”

 

“Eu não sei, é o seu poder, controlá-lo é o seu dever” a professora sorriu de lado “porém não posso deixar que você se descontrole” ela pegou alguma coisa na sua mesa e se aproximou da garota “abra sua mão”.

 

Gina obedeceu e Catherine deixou uma pequena pedrinha vermelha na palma da mão dela “essa pedra vai lhe dar a concentração necessária para voltar para o lugar onde você encontrou seu poder”.

 

“Catherine, por que está fazendo isso?” Gina ainda não conseguia entender  a morena.

 

“Nós, pessoas de grande poder temos de nos unir” ela explicou “afinal é tão interessante como famílias poderosas podem nos definir” deu um sorriso arrogante.

 

“Mas você não é órfã?”

 

“Sim, mas o meu pai é alguém muito poderoso” Catherine se gabou, sem perceber o erro no tempo verbal. Erro tal que Gina também não reparou.

 

“Posso ir?” Gina olhou para a professora à espera de mais algum longo discurso cheio de metáforas.

 

“Weasley, não conte para ninguém sobre sua detenção” Catherine pediu “e lembre-se que você está de detenção até o momento que eu julgar que você sabe tudo que há para saber”.

 

“Certo” Gina se levantou e acenou a mão para Cath antes de sair.

 

A morena se levantou e foi para seu quarto. Tudo estava indo como ela esperava, logo alguém apareceria à sua porta. E a semente da discórdia estava começando a ser lançada.

 

Sem contar que, ter Gina do seu lado seria um trunfo a ser levado em conta.

 

Sentiu seu anel esquentar, a pedra brilhava e, ao tocá-lo  a luz emitiu a imagem perfeita de John. Ele estava de pé andando de um lado para o outro, mas em sinal de ansiedade, uma ansiedade boa, isso Catherine podia ter certeza.

 

“O que quer, John”.

 

“Catherine, consegui o apoio da Líder da Gakuzen, é o grupo de bruxo das trevas mais influente da região e a Líder deles parece estar muito interessada no seu plano” ele contou sorrindo.

 

“Quero falar com ela” Catherine ordenou.

 

“Como você sabia que ela estava próxima?” John perguntou curioso.

 

“Você não parava de olhar para o lado quando falou dela” Catherine explicou entediada “agora, coloque-a na frente desse anel”.

 

“Como quiser” ele fez uma pequena reverência coma  cabeça e a imagem dele sumiu, sendo substituída por a de uma mulher.

 

Não era muito mais velha que ela, talvez um ano ou dois. Tinha cabelos negros e lisos curtos num corte que seguia o formato de sua cabeça até chegar na altura do pescoço. Tinha olhos puxados e negros pele clara e feições delicadas. Era sem dúvida nenhuma uma japonesa. Possuía uma postura reta e passava um ar de seriedade.

 

“Aiko Yoshida, muito prazer” Catherine sorriu para ela “ouvi falar muito de você. As melhores varinhas da Ásia, certo?”

 

“Provavelmente do oriente inteiro e sem ser prepotente” ela retrucou “e você deve ser Catherine, certo? Ainda no ramo do poker?”

 

“Passei para pastos mais verdes, agora comecei a jogar mais xadrez” Cath riu debochada.

 

“Percebi. Os jogos aí no ocidente devem ser deveras interessantes” ela ponderou.

 

“Sim, por isso gostaria de levá-los para todo o mundo” Cath contou sorrindo marotamente. Era interessante conversar com alguém que entendia suas metáforas.

 

“No que depender de mim, irei lhe ajudar no que estiver ao meu alcance. Os jogos daqui estão muito entediantes. Não se fazem mais bruxos das trevas, ou aurores corruptos como antigamente” Aiko se lamentou.

 

“Pode deixar, irei trazer a glória dos velhos tempos de volta” Cath garantiu sorrindo.

 

“Vejo que esse será o começo de uma parceria longe e bem sucedida” a japonesa estendeu um braço e Cath fez o mesmo. Fecharam as mãos no ar, como se tivessem apertando as mãos.

 

A imagem de Aiko sumiu e John reapareceu “então, o que farei agora?”

 

“Pode seguir para a próxima fase. Daqui alguns meses eu farei uma visita. Arranje tudo para que a fase final possa ser posta em prática”.

 

“Como quiser” ele fez uma reverência novamente e sua imagem e o brilho do anel desapareceram.

 

“Catherine!” uma voz conhecida a chamou.  Cath saiu do seu quarto e ouviu batidas fortes na porta de sua sala “abra”.

 

“Acho que você deveria me chamar de Senhorita, Granger” Catherine comentou irônica ao abrir a porta e deixou a garota entrar.

 

“Não se faça de idiota. Eu sei seu segredo” Hermione falou séria e claramente irritada “Como você conseguiu enganar Dumbledore?”

 

“Não faço idéia do que você esteja falando, por que não explica?” Ela se sentou na sua mesa e encarou a nascida trouxa com falsa curiosidade.

 

“Você” ela apontou acusadoramente para a morena “você é filha Dele! De Você-Sabe-Quem! Senhorita Riddle!”.

 

Cath apenas bateu palmas lentamente, com um sorriso de deboche no rosto “e agora, o que pretende fazer com essa informação?”

 

“Eu vou contar para Dumbledore, sua máscara vai cair”.

 

“Sinto te desapontar” no rosto da morena tinha tudo, menos um sentimento de que sentia muito “mas ele já sabe” ampliou seu sorriso de deboche “alias é por causa disso que eu estou aqui. Dumbledore quer me deixar por perto para ter certeza que eu não estou aprontando alguma” riu como se aquilo a divertisse bastante “mas eu também estou aqui, para provocar meu querido papai. Mostrando que consegui aquilo que ele tanto queria anos atrás”.

 

“O que?” Hermione  estava confusa, não era essa a reação que esperava.

 

“Voldemort não conseguiu se tornar professor. Ele tinha minha idade primeira vez que tentou” Catherine poliu as unhas na roupa “e se serve de consolo eu sou agente dupla da Ordem. Papai acha que eu trabalho para ele, mas acho que ele não percebeu que eu não gosto de quem me deixou num orfanato sujo e cheio de trouxas” contou com uma risada “sem contar que ele está decadente. Não posso ficar do lado perdedor, eu nunca perco”.

 

“Eu vou contar para o Harry, para a Ordem, para toda a escola” Hermione ameaçou já sem a confiança que tinha antes.

 

“Vai mesmo?” Cath arqueou uma sobrancelha a desafiando “vá em frente, arruíne os planos da Ordem, eu não ligo. Quem será a idiota impulsiva não será eu” Cath olhou para as unhas bem cuidadas e pintadas numa com fosca de chumbo “só me interesso em saber como você descobriu”.

 

“Foi até que fácil” Hermione começou “quero dizer, eu sempre soube da sua semelhança com a Belatrix, e o modo como o Monstro te trata bem, deixava isso mais claro ainda. Sem contar que você era agente dupla e para ter entrado tão fácil para os Comensais devia ter alguma relação com algum comensal” parou para tomar fôlego “mas nunca comentei nada com ninguém até ter certeza. Mas hoje, quando a Gina me contou o que você disse sobre ter um pai muito poderoso eu acabei juntando dois com dois”.

 

“Você é mesmo inteligente” Cath elogiou forjando uma cara de surpresa e admiração que enganou Hermione “e por ser uma garota inteligente, sabe que contar sobre meus pais para seus amiguinhos de mente fechada vai estragar toda a operação da Ordem. Por isso, que tal você manter sua boca fechada?”

 

“Certo, mas se você cometer um deslize, apenas um, ao menor sinal de traição da sua parte, eu falarei tudo isso para todo mundo.” Hermione virou de costas e saiu da sala.

 

“Certo” Catherine deu de ombros e riu. Era patético como as pessoas eram tão facilmente manipuladas.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem. e mil perdões novamente pela demora.
MAs como podem ver o cap ficou até mesmo maior do que o normal.

Vou fazer o possível para atualizar mais rápido dessa vez.
e por favor, não se esqueçam das reviews.