Catherine saiu do  Salão Principal  quando a grande maioria dos alunos já haviam saído,  caminhou a passos calmos e fortes para marcar.

Indo lentamente para a sua sala, que ficava no corredor que levava às masmorras. Abriu as portas num movimento brusco e que captou a atenção de todos na sala.

“Bom dia” ela cumprimentou séria, andando com passos mais fortes até a frente da sala, apontou a varinha para a porta que bateu fazendo um estrondo “saibam que a partir desde momento ninguém mais poderá entrar, então cheguem na hora” ela informou encarando os alunos.

Era a primeira aula do dia e a daria para o quinto ano. Deu um sorriso de lado reparando que todos os alunos a encaravam, com certeza começar com um aviso daqueles, era uma boa forma de ganhar ‘respeito’.

“NOMs” ela começou “Os exames que não apenas definirão as matérias que vocês vão cursar ano que vem, como a carreira que irão seguir. E devo dizer que, Defesa Contra as Artes das Trevas é algo imprescindível” ela se sentou em cima da sua mesa e cruzou as pernas “O que vocês acham que vai cair nos NOMs?”

Uma garota da Corvinal levantou a mão e Cath fez um sinal com a cabeça para que ela falasse “imagino que caia todos os feitiços mais excenciais”

“Nem tanto” Cath falou séria “os avaliadores não estão interessados se você sabe executar feitiços como expelliarmus, ou estupefaça, eles sempre vão querer a execução dos feitiços mais difíceis” Catherine deu um sorriso de lado “por isso, você vão aprender feitiços complexos nesse bimestre, para que no próximo eu prove como os que cairão nos NOMs são fáceis” ela soltou uma pequena risada sarcástica.

“O que você considera feitiços complexos?” Gina Weasley perguntou.

“Achei que você devessem levantar a mão para falar” Catherine comentou “mas calma, senhorita Weasley, na aula de hoje começaremos com algo fácil” Cath retrucou.

“Tipo...”

“Próxima vez, lhe darei uma detenção. Erga a mão” Cath enfatizou e voltou a se sentar na mesa “o que vocês entendem por Artes das Trevas?”.

Luna Lovegood levantou o braço timidamente “Feitiços que causam danos graves às pessoas atingidas. Meu pai sempre me disse que eram os feitiços que os bruxos das trevas usavam, mas se pensar bem bruxos das trevas podem usar estupefaça e feitiços que usamos e isso não torna esses feitiços das trevas” ela contou com seu jeito sonhador.

“Exato, são feitiços que podem causar muita dor, ou até mesmo morte. A maioria das maldições são Artes das Trevas” Catherine contou tediosamente “mas vocês sabiam que existem feitiços piores que as Maldições Imperdoáveis?”

“Se existem, porque eles não são imperdoáveis?” Gina debochou.

“Detenção, senhorita Weasley” Cath falou calmamente “e sim, existem maldições piores que as imperdoáveis. Existem maldições que te fazem morrer sentindo uma dor que faria a maldição Crucciatus parecer uma seção de cócegas” Cath abriu um pequeno sorriso como se fosse de alguém que se lembrava de algo bom “tem feitiços que fazem as pessoas entrar em combustão espontânea. Maldições que drenam todo o ar dos pulmões causando uma lenta morte por sufocagem” Cath decidiu parar por ali, já havia conseguido o efeito que queria “acontece que para cada um desses feitiços, incluindo as maldições imperdoáveis há defesas”.

Nesse momento todos os alunos pareceram se sentar mais aprumados para ouvi-la melhor. Cath deu um largo sorriso. Gina ergueu a mão lentamente.

“Mas, professora, esses feitiços não seriam muito complexos para uma turma de NOM?”

“Seriam” Catherine deitou a cabeça para trás “por isso que, se vocês obtiverem sucesso realizando esses feitiços de defesa extrema, conseguirão realizar qualquer feitiço que os examinadores dos NOMs pedirem”.

“Tem razão” a ruiva parecia pensativa depois de não achar uma maneira de discordar.

“Se eu fosse você, Weasley, não me preocuparia com isso.  Dessa turma vocês está na lista dos alunos que eu suponho que obterão sucesso ao realizar tais feitiços” Catherine falou.

Gina olhou assustada para a morena. Isso foi um elogio. E um elogio vindo de Catherine, a mesma pessoa que lhe deu uma detenção. Era oficial, ela não fazia idéia de que tipo de coisa se passava na cabeça daquela estranha pessoa.

“Por hoje é apenas isso” Catherine disse calmamente “De tarefa, quero uma dissertação sobre as três Maldições Imperdoáveis e as melhores maneiras de se proteger delas” Catherine ordenou “podem usar os minutos restantes da aula para começarem. Não ousem sair dos seus lugares ou conversar alto”.

Era irônico como poderia fazer dar aula parecer algo simples, não é como se a morena fosse usar feitiços das trevas, mas se as turmas mais avançadas soubessem se defender, daria mais trabalho para Voldemort.

Sem contar que, ela iria ensinar apenas as defesas para as maldições defensáveis. Não passaria perto das maldições indefensáveis.

 A morena foi para seu quarto, as próximas aulas que daria seriam apenas depois do almoço. Sentou-se na cama e olhou para seu anel. “Audrey” disse para o objeto que começou a emitir um brilho arroxeado cuja intensidade aumentava e diminuía.

“Sim?” a voz de Audrey foi ouvida e a luz roxa ficou mais forte emitindo uma imagem perfeita da garota, quem também estava sentada.

“Como vão as coisas?” Catherine perguntou calmamente.

“Melhor é impossível” Audrey se vangloriou “acontece, que eu achei o elo perfeito para me comunicar com o maior bruxo das trevas daqui”.

“Busque uma aliança” Catherine ordenou “se não conseguir nada, fortaleça-se e roube os seguidores dele”.

“Imaginei que seria algo assim, então agendei um encontro com ele para amanhã” Audrey contou “por sorte tenho a meu lado o braço direito dele”.

“Sua eficiência será recompensada” Catherine comentou sorrindo.

“As coisas por aqui estão bem conturbadas” a outra informou “arrisco a dizer que o caos está pior que o da Inglaterra. Mas você sabe como eu sou; sempre tenho meus contatos”.

“Jogue com as ambições deles e ganhe respeito” Catherine sorria de lado, isso estava indo muito bem.

“Pode deixar”.

“Audrey, uma última coisa: aja com cautela, deixe as atitudes mais audaciosas para quando formos dar o golpe final”.

“Cautela é comigo mesma’ e dizendo isso,  Audrey desapareceu.

Catherine segurou a vontade de rir, tudo estava indo muito bem, Juliane estava hospedada na casa de uma Auror que, por algum acaso era uma das bruxas das trevas mais procuradas da China.

Sendo assim, Juliane conseguiu a recrutar facilmente, embora a cara de anja a garota sabia usar da lábia quando queria.

Parece que suas peças estavam fazendo um ótimo trabalho, e se tudo desse certo, conseguiria ampliar sua influencia na Inglaterra usando seus alunos.

A perspectiva de sucesso era-lhe tão palpável que não conseguiu resistir a vontade de rir. Um riso seco e sádico, que vinha em gargalhadas sonoras, mas ela não precisava se preocupar, sendo ouvida ou não, que mal havia em rir?