Catherine aparatou até Hogsmead, despachara suas malas aquela manhã para a escola e agora havia chegado até o lugar onde passaria seu ano. Nunca realmente imaginou que iria voltar para aquela escola, mas Hogwarts sempre fora a sua casa, ela não poderia abandonar o lugar onde ela passou os melhores anos da sua vida.

Chegou ao portão e, mas dessa vez quem a atendeu fora Severo Snape, o professor que iria dividir com ela as turmas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Snape não disse uma palavra, mas já era comum entre eles não haver conversas, um não confiava no outro e ambos ficavam feliz com o silencio. E silenciosa foi a ida de Catherine para o castelo.  Cada um tomou seu caminho e enquanto Snape foi para a sua sala, Cath foi para a sala de Dumbledore.

Ela entrou no escritório depois de bater calmamente na porta e viu o diretor a esperando.

“Pontual, como sempre – ele comentou sorrindo – sua sala será esta aqui – ele apontou para uma sala ao perto das masmorras – achei que iria gostar de ficar perto de onde era sua casa – ele comentou sorrindo – a entrada do seu quarto fica na parede esquerda da ante-sala, a senha você decide quando se instalar.

“Justo” ela se pronunciou e analisou o mapa mais uma vez.

Dumbledore pegou uns papeis de cima de sua mesa e os entregou para Catherine “aqui estão os direitos e deveres dos alunos e professores, os conteúdos que deverão ser abordados em cada ano e tudo o tipo de instrução que você precisa para se adaptar a dar aulas por aqui”.

“Obrigada” ela agradeceu e ajeitou os papais no braço “mais alguma coisa?”

“Não, pode ir se acomodar. Só se lembre que o você tem de estar no Salão Principal até às seis”.

“Certo” ela concordou e saiu da sala. Caminhou calmamente pelos corredores, descendo as escadas, até que finalmente chegou na sua sala. Era uma sala comum, com as carteiras de duplas, o quadro negro, nada demais. Claro que ela decorará tudo depois do jantar, mas por hora apreciou um pouco a sala que chamaria de sua.

Na frente da sala numa das paredes havia uma pequena porta, a abriu e encontrou todas as coisas que trouxe para as aulas por lá, numa parede havia uma entrada aberta.

Catherine passou por ela e recitou sua senha “Nicodemus” e assim que passou pela passagem ela se fechou.

Havia uma pequena mesa e um sofá na frente da lareira, uma porta que levava a um banheiro simples e uma escadinha que levava ao quarto, onde seus pertences já a esperavam. Uma cama de casal com uma colcha preta, um armário de madeira escura eram os móveis mais chamativos do lugar.

Com um aceno da varinha todas suas coisas foram se arrumando até que a cama e o chão estivessem desocupados. Catherine se deitou para passar o tempo até a hora do jantar.

Catherine se sentou na mesa dos professores e viu todos os alunos se acomodando a sua frente. O sentimento de superioridade que dava observar os alunos do ponto de vista de um professor era algo sedutor.

Depois de um tempo os alunos novos foram escolhidos, o chapéu deu seu sermão, Harry Potter chegou atrasado, Snape se sentou do lado dela visivelmente contente consigo mesmo.

Catherine o encarou sorrindo discretamente ao calcular que a Grifinória deveria estar com vários pontos negativos.

Dumbledore se levantou e para começar seu discurso.  Todos estavam murmurando, provavelmente se perguntando sobre o que acontecera com a mão do Diretor, que permanecia com um aspecto de morta.

O diretor pareceu reparar, pois logo sorriu para os alunos e cobriu a mão com a manga de sua roupa roxa

“Nada para com que se preocupar " ele disse levianamente. "Agora ... Para nossos novos estudantes,sejam bem vindos, para nossos estudantes velhos, bem vindos novamente! Outro ano cheio de educação mágica espera por vocês ..." ele começou, estava animado e parecia ansioso para começar a dar os anúncios de começo do ano. Um ano tão conturbado como este estava prometendo ser, era bom conseguir falar tudo que precisava para os alunos ". . . e Sr. Filch, nossos zelador, me pediu para dizer que há uma proibição para todos os itens

comprados na loja dos Weasleys.

Aqueles que desejarem jogar nos times de suas casas no quadribol deverão dar seus nomes para os diretores de suas Casas como de hábito. Nós estamos também procurando um novo comentarista de quadribol, quem dever ser igualmente bom.

Nós estamos felizes em dar as boas-vindas a um novo membro este ano, o Prof. Slughorn"—Slughorn levantou-se, seu cabeça calva brilhando na luz de vela, sua grande barriga lançado sombra sobre a mesa— "é um colega antigo meu que aceitou retoma seu velho cargo de Mestre de poções "

“Poções” a palavra ecoou pelo salão sendo dita pelas incontáveis bocas  dos adolescentes presentes que receberam a notícia com surpresa.

"O Prof. Snape, enquanto isso," disse Dumbledore, aumentando a voz para se fazer escutar por cima dos murmúrios  "estará tomando a posição de professor de defesa contra o as artes das trevas junto com a nossa ex-aluna Catherine Bibble que dividirá as classes com Snape” o professor sorriu enquanto o salão era envolvido numa onda de murmúrios e conversas.

Catherine sorriu ao observar o choque no rosto  daqueles pobres alunos. E bem a vista da mesa dos professores era muito mais agradável do que ela algum dia pudera calcular.

Dumbledore limpou a garganta. Todo o salão disparou numa conversa sobre a notícias que Snape finalmente tinha alcançado o desejo do seu coração e que, ironicamente dividiria isso com a aluna mais misteriosa e má que algum dia já estudara na escola.  Parecendo obviamente inconsciente da natureza sensacionalista das notícias que ele tinha dado, Dumbledore não disse nada mais e esperou alguns segundos para se garantir que o silencio era total.

"Agora, como todos nesta Sala sabem, Lord Voldemort e seus seguidores estão mais uma vez se reunindo e ganhando forças." O silêncio parecia geral e cheio de tensão enquanto Dumbledore falava "Eu não posso enfatizar o suficiente como é perigoso a presente situação , e quanto cuidado cada um de nós em Hogwarts deve ter para garantir que nós permanecemos em segurança. As fortificações mágicas do castelo foram fortalecidas este verão, nós somos protegidos por um novo e mais poderoso jeito , mas nós deve ainda nos guardar escrupulosamente contra descuido na parte de estudantes ou professores. Eu suplico a vocês, portanto, para cumprir as medidas de segurança que qualquer um dos professores impor a vocês, no entanto vocês podem achá-las um aborrecimento — em particular, a regra para não sair após determinada hora. Eu imploro a vocês, que se acharem algo suspeito dentro ou fora do castelo, para relatá-lo para um dos professores imediatamente. Eu confio em vocês para conduzir vocês mesmos, sempre, com o máximo possível de seguranças para vocês mesmos e para os outros." Os olhos azuis de Dumbledore varreram por cima dos estudantes antes que sorrisse novamente "Mas agora, suas camas os esperam, tão quentes e confortáveis quanto vocês poderiam desejar, e eu sei

que suas principais prioridades é estarem bem descansados para as aulas de amanhã. Boa noite".

Os bancos se afastaram e os alunos aos poucos foram saindo, o dia seria bem longo. Alguns professores também iam para seus aposentos. Mas alguns ainda permaneciam.  Aos poucos uma a uma foram indo embora até que  sobrou no salão apenas Catherine, Snape e Dumbledore.

“Você não deveria ir dormir, a primeira aula é com o primeiro ano e será sua” Snape comentou.

“Diretor, a maldição que atingiu seu braço é uma muito forte, não garanto que o senhor tenha mais de um ano de vida” ela falou séria se virando para o velho “uma magia dessa só seria encontrada num objeto protegido pela mesma” continuou sorrindo. Snape se assustou ela parecia saber muito mais do que ele imaginava e talvez mais do que Dumbledore previra “um objeto que provavelmente tenha alguma relação com Voldemort”.

“Correta como sempre, mas onde quer chegar com isso?” o velho perguntou calmamente.

“O Senhor está com os dias contados” ela afirmou “mas está obviamente procurando algo que é muito provável ser algo relativo ao meu pai” ela explicou “sendo algo que aposto ser uma maneira de derrotá-lo, quero apresentar minha intenção de ajudá-lo, professor”.

Dumbledore sorriu para a garota “vamos fazer assim, se você descobrir o que eu estou procurando, permitirei que me ajude”.

“Diretor, não acha que está indo um pouco longe demais jogando com isso?” Snape perguntou não gostando do rumo que a conversa levava, uma vez que ele próprio não sabia exatamente o que o velho estava procurando.

“Não, Severo, um jogo será perfeito”.

“Diretor, faremos assim, eu descobrirei o que você tanto procura e, se for de meu interesse. Veremos quem acha primeiro” ela propôs com um sorriso de lado.

“Quase me esqueci como a senhorita gostava de jogos” Dumbledore comentou rindo “mas vamos jogar a sua maneira”.

“Ótimo” ela se levantou “senhores, até amanhã, boa noite” deu um sorriso sarcástico e saiu do salão.

“O que significou isso?” Snape perguntou assim que ela foi embora.

“Severo, seja mais atento. Ela queria ouvir sobre o que eu procurava da minha boca, provavelmente ela não demorar muito para descobrir. Mas de um jeito ou de outro ela não irá procurar. Será uma tarefa que provavelmente irá de encontro aos planos dela” O diretor tirou os óculos e os limpou na roupa “e seja qual forem esses planos, isso poderá atrasá-la. Já temos problemas demais com o pai dessa garota para nos preocuparmos com ela”.