Os dias passaram tão corridos que a garota até se surpreendeu quando a véspera das aulas chegou. O dia trinta e um amanheceu nublado e tedioso, o tipo de dia que ninguém gostaria de sair da cama, mas Catherine ignorou essa vontade e foi arrumar suas malas para o ano que estava por vir.

Era quase hora do almoço quando terminou de arrumar tudo, agora estava sem nada para fazer.

Decidiu-se ir para a Toca, uma vez que praticamente nem fora nas reuniões da Ordem esse verão, já que Voldemort decidiu que ela era quem faria as missões de seqüestro e assassinato. E com toda certeza entre seqüestrar e matar , e participar de reuniões onde várias pessoas de lá já deixaram claro o quanto a odiavam, com toda certeza seqüestrar e matar era mais proveitoso.

Mas agora que o tédio batera a porta, qualquer saída valia e, assim que terminou de trancar a porta e lançar feitiços de proteção ao redor da casa, aparatou.

Chegou na grande e disforme casa e bateu lentamente na porta, ouviu o barulho de passou a logo Rony abriu a porta.

“Catherine!?” ele praticamente berrou ou vê-la “é você?”

“Weasley, tenha certeza que se não fosse você seria o primeiro a saber” ela ironizou “posso entrar?”

“Cla... Claro” ele deu passagem para ela e a garota entrou calmamente na casa.

“Você não deveria fazer um interrogatório para saber se sou eu mesma?” ela indagou “mas como eu já faço parte dos dois time, isso não é tão necessário, certo?”.

“Catherine” a senhora Weasley saiu da cozinha e a abraçou “você está muito magra, não andou se alimentando direito?” ela já estava empurrando a garota para a cozinha “por sorte você chegou bem na hora do almoço”.

“Vejo que minha sorte continua boa” a morena comentou sorrindo e viu que na mesa estavam fora Harry, Rony, Hermione, Gina e o Senhor Weasley, Olho-Tonto Moody, Lupin e Tonks.

“Boa Tarde” Catherine cumprimentou-os cordialmente e se sentou do lado de Gina enquanto a Senhora Weasley colocava um prato, copo e talheres para ela.

“Então o que te trás aqui Cath?” o Senhor Weasley perguntou enquanto ela se servia.

“Nada de especial na realidade, pensei em informar-lhes que consegui um emprego interessante e talvez contar coisas sobre Voldemort que ainda não saibam” ela explicou entediada.

“Então porque não começa a desembuchar?” Moody perguntou ríspido.

“Porque receio que a Senhora Weasley não irá querer que falemos assuntos da Ordem quando seus filhos e protegidos menores de idade podem ouvir”.

“Ela está certa Alastor” a senhora Weasley lançou um olhar severo para o bruxo.

“Entretanto” a garota parou e sorriu para os adolescentes a mesa “o que tenho a falar sobre meu trabalho é de interesse para eles também”.

“E porque não fala logo?” Moody rolou os olhos e murmurou um palavrão rezando mentalmente para Molly não entender tais murmúrios.

“Não sei a razão, pelo menos não ainda, mas Dumbledore permitiu que eu desse aulas em Hogwarts este ano” ela contou arrogante.

“Não brinca!” Rony gritou “você seria o que? A Professora mais nova da história da escola?”.

“Provavelmente” ela deu um sorriso superior.

“Aula de que?” Harry perguntou.

“Defesa Contra as Artes das Trevas, vou dividir as aulas com o outro professor” ela fez questão de manter esse outro professor em sigilo.

“Professor Slughorn, você quer dizer” Hermione tentou deduzir.

“Hm... Não, mas não passou tão longe assim, Granger” Cath deu uma risadinha sarcástica e terminou de comer.

O almoço terminou e a Senhora Weasley mandou Gina, Harry, Hermione e Rony para fora da cozinha e fechou a porta, lançando um feitiço para que eles não pudessem ouvir.

“Então o que você sabe?” Moody já começou.

“Calma” ela tomou um gole demorado de água “o seqüestro de Olivaras foi mesmo obra Dele, mas não descobri para que exatamente, ele está apenas preso” ela começou.

“Aposto que foi coisa tua, poucos sinais de magia, as coisas deixadas do mesmo jeito que estavam” Moody a interrompeu.

“A questão não é quem o raptou e sim porque ele foi raptado” ela retrucou, mas lançou um olhar arrogante e orgulhoso para o bruxo que deixou claro para ele que estava certo “vou tentar descobrir o máximo que puder sobre isso”.

“O que mais?” Lupin perguntou antes que Moody pudesse falar algo.

“Azkaban é tão útil quando uma caixa de papelão, os Dementadores estão todos sob as ordens de Voldemort” ela fez uma pausa meio que para se lembrar de algo “ali está mais como uma casa de praia do que uma prisão, metaforicamente falando”.

“Mais algo?” desta vez foi o Senhor Weasley que se encarregou de perguntar.

“Tem algo sim, mas não é sobre meu pai” ela parou para pensar se contava ou não “Dumbledore, ele não vai sobreviver muito mais tempo”.

“Como?” Moody se levantou e apontou a varinha ameaçadoramente para ela “como ousa falar algo assim? Tem algum plano para matá-lo?”.

“Ao contrário do que você pode acreditar Moody, nem tudo gira em torno de planos, ao menos para vocês” ela retrucou ignorando a ameaça,mas estava com as duas mãos nos bolsos da capa segurando suas varinhas.

“Aé? E como você poderia ter certeza da morte dele se não é um plano?” ele perguntou irônico.

“Dumbledore está velho” ela respondeu dando de ombros “uma hora as pessoas morrem” ela parou “reparem na mão direita dele próxima vez que o virem. Aquilo não é uma seqüela, e sim o começo de um grande e fatal problema” com um sorriso de lado ela assistiu Moody abaixar a varinha.

Catherine virou de costas para ir embora “Você já vai?” Molly perguntou desapontada “mas você mal chegou”.

“Muito Obrigada pelo almoço” Catherine agradeceu com um sorriso simpático “mas Senhora Weasley, eu já falei o que queria falar, não vejo razão em demorar minha visita”.

“Venha sempre que desejar” ela se despediu e com um pequeno sorriso de despedida a garota foi embora.