Darkness Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 4
Capítulo 4: Olivaras




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Catherine saiu da mansão dos Malfoy, Voldemort havia lhe dado uma missão um tanto quanto complicada e ela prometera cumpri-la até o dia seguinte.

 

E se havia algo que Catherine Riddle sempre cumpria era com prazos, ainda era de manhã, logo seria hora do almoço, mas ela não tinha fome, foi então para o Beco Diagonal começar com sua missão.

 

Andou pala rua sem muito movimento e olhou para as lojas, parou do lado de uma loja de doces e olhou ao seu redor. Na frente podia-se ver a loja de varinhas Olivaras, e os bruxos entrando e saindo de lá.

 

 

Após algumas horas observando a rua e, principalmente a loja a sua frente, Catherine pode concluir apenas pouquíssimas coisas, por exemplo: o atual dono da loja, o Senhor Olivaras, nunca saía do estabelecimento, nem mesmo aparecia na janela encardida. Ou como toda vez que uma pessoa entrava ou saía o sino tocava, de modo que não há maneira de se entrar na loja sem que o sino informe. Nenhuma janela no primeiro andar fica aberta, com exceção de uma janela no segundo andar que estava entreaberta.

 

“Catherine?” Senhor Weasley parou na frente dela sorrindo “o que faz aqui sozinha?”

 

“Estou apenas passeando, para afastar o tédio, sabe” ela respondeu forçando um sorriso.

 

“Estou indo almoçar com os gêmeos você não quer ir?” o homem convidou sorrindo.

 

Ela olhou dele para a loja considerando qual seria a melhor desculpa para negar o almoço, mas parecia que nada que não deixasse um clima suspeito no ar adiantaria. Já era muito incriminador ela estar observando o lugar onde o dono iria desaparecer. Negar o convite chamaria a atenção para sua pessoa e de alguma forma iria garantir uma testemunha contra a morena. A única solução lógica, seria simplesmente concordar e voltar a espionar o vendedor depois “claro, não estou fazendo nada mesmo” ela deu de ombros.

 

Caminharam em relativo silencio, pelo menos por parte da garota, que apenas ouvia as histórias do trabalho do Senhor Weasley sem falar nada. Chegaram num pequeno restaurante, os gêmeos já esperava o pai com um sorriso.

 

“Olá garotos, encontrei a Cath no caminho e a chamei para almoçar, não é ótimo?”

 

“Claro” ambos responderam sorrindo, mas Fred deixava claro que era um sorriso forçado e sem a mínima felicidade de vê-la.

 

Se sentaram na mesa, Catherine na frente de Fred e o Sr. Weasley na frente de Jorge.

 

“O que fazia aqui Cath?” Fred perguntou.

 

“Estava apenas andando, não tenho muito o que fazer ultimamente” ela contou dando de ombros.

 

“E por que você não veio até agora na loja?” Jorge indagou.

 

“É um lugar muito feliz para mim” ela respondeu, antes de se virar para o garçom e pedir um prato do dia e uma cerveja amanteigada. Não deixava de ser verdade a afirmação, mão também não deixava de ser uma omissão.

 

“Só por isso?” o Senhor Weasley ergueu uma sobrancelha.

 

“Lugares felizes não me agradam e eu não vou a lugares que não me agradam a não ser que seja necessário ou inevitável”.

 

O garçom trouxe os pedidos de todos e isso deu a garota uma desculpa para não falar. Em pouco tempo os gêmeos o Senhor Weasley falavam sobre seu trabalho deixando claro que o plano de Catherine em ser apagada da conversa funcionara.

 

“Tenho de ir” ela anunciou se levantando e deixando uns galeões do lado do prato.

 

“Onde?” os três ruivos perguntaram curiosos.

 

“Fazer compras na Travessa do Tranco, soube que chegou coisas interessantes na Borgin’s & Burke’s” ela respondeu e foi embora.

 

Andou pelas ruas e realmente foi para a Travessa do Tranco, na tal loja. Algo interessante era eu a Travessa do Tranco estava muito mais movimentada que o Beco Diagonal, não tão movimentada quanto antes, mas com toda certeza fazia a garota perceber que malfeitores não se assustam fácil.

 

O sino da loja tocou quando entrou e logo o Senhor Burke veio a atender “Bem vinda” cumprimentou e a observou andar calmamente pela loja antes de parar na frente dele.

 

“O que você sabe sobre o Olivaras?” ela foi direto ao ponto.

 

“O senhor Olivaras também? Mas o lorde das Trevas não está exagerando?” o senhor deu uns passos para trás.

 

“Se ele está ou não está,não lhe cabe decidir” ela retrucou fria “desejo apenas respostas.

 

“Você sabe que só falo se tiver um incentivo” o homem deu uma risada rouca.

 

Ela tirou do bolso algumas moedas de ouro e as colocou na mesa, provavelmente eram umas quinze moedas, mas também havia uma corrente de um metal negro.

 

“A Corrente de Lawrence Brake?” o homem pareceu surpreso ao examinar a corrente “onde a conseguiu?”.

 

“Num jogo de poker” ela contou arrogante “agora pode começar a falar, ou nada de corrente ou dinheiro” ela deu um sorrisinho cínico e ameaçou guardar tudo no bolso.

 

“Misterioso, O Olivaras é sem dúvidas misterioso, sei pouco sobre ele, começamos a trabalhar na mesma época, sabe. Numa época em que não havia a separação entre Travessa do Tranco e Beco Diagonal” ele parou para pensar “trabalha o dia inteiro na loja, lá pelo final da tarde, eu soube que fica no  ateliê no segundo andar produzindo mais e mais varinhas, os materiais são entregues toda semana por meio de corujas. Que eu me lembre, ele nunca saiu de dentro da loja” o homem finalizou.

 

“É bom estar tudo correto, senão voltarei para buscar essa corrente” a morena deixou o pagamento na mesa e saiu da loja.

 

Voltou para casa, teria de bolar o melhor e mais discreto plano possível, teria de entrar silenciosa e imperceptivelmente e sair do mesmo jeito o levando, sem que ninguém repare e o pior: depois das dez aparatação no Beco Diagonal era impossibilitada. A única solução era chegar à Travessa do Tranco sem que ninguém veja.

 

Pisou na sua sala e foi para a passagem secreta que a levava a sala de armas, precisava de um lugar silencioso para pensar, ao mesmo tempo que analisava o que poderia levar ou não consigo.

 

 

 

 

A morena aparatou num beco escuro e distante às nove horas e cinqüenta e nove minutos. Usava uma roupa que a fazia praticamente fazer parte da escuridão, luvas pretas, uma blusa justa de couro de mangas compridas, uma calça  da mesma cor e material, sua bota que ia até a metade da coxa com a sola encantada para não fazer barulho e um gorro preto que cobria praticamente todo seu rosto, deixando apenas os olhos visíveis.

 

Esperou um tempo até tudo entrar na mais completa calma,a rua estava escura e cheia de sombras, tinha de andar uns três metros até chegar a loja de varinhas, mas não ligava, correu discretamente pelas sombras, sendo completamente escondida pela escuridão.

 

Entrou no estreito vão que havia entre a loja de varinhas e a pequena loja de penhores, olhou para cima e viu duas janelas sujas, uma estava aberta e podia-se ver a luz passar por ela, a outra estava fechada e escura.

 

A garota usou a proximidade das paredes para escalar e chegar na janela fechada, se equilibrou no estreito beiral e pegou sua varinha numa das botas, encantou a janela para não fazer barulho e a abriu entrou sorrateiramente no recinto e fechou a janela.

 

A iluminação que entrava vinha do cômodo ao lado, e o pouco que ela pode ver, reparou que era o depósito de varinhas do bruxo, a poeira irritava seus olhos e as caixas pareciam conseguir ser mais antigas que as que estavam no andar inferior.

 

Andou silenciosa até o quarto ao lado, parou no beiral da porta e viu os cabelos cinza, do homem magro e já de idade inclinados em direção da escrivaninha enquanto confeccionava mais uma de suas famosas varinhas.

 

“Carvalho, pele de Explosivin, rígida, vinte e oito centímetros” ele falou “sabia que mandariam alguém uma hora atrás de mim,mas não imaginei que fosse justamente você”.

 

“Também achei estranho” ela retrucou “normalmente sou mandada para matar, não capturar, será uma experiência nova” deu um sorriso sarcástico e apontou a varinha para ele “então poderia escolher ir por bem, ou por mal”.

 

“Uma varinha extremamente temperamental e perigosa, parece que caiu exatamente nas mãos perfeitas” ele comentou ainda sentado de costas para ela.

 

“Largue a varinha que está fazendo” ela ordenou andando até parar do lado dele.

 

“Essa varinha” ele olhou para o objeto “está pronta” sorriu e a colocou na mesa “é a varinha irmã da sua, cerejeira, trinta centímetros, semi-flexível, pele do mesmo Explosivin que forneceu pele para a tua varinha” explicou se levantando calmamente e pegou a varinha.

 

Rapidamente ela fez a varinha voar pelos ares “não interessa” retrucou e se aproximou do homem “tenho uma missão a cumprir” ela pegou um dos braços dele e puxou para trás,enquanto que com a outra mão empurrou o tronco do homem para baixo.

 

“Interessa sim, a senhorita é ambidestra,não é mesmo?” ele ofegou “é apenas uma teoria, mas talvez você consiga empunhar duas varinhas” explicou “se me deixar lhe vendo essa segunda varinha”.

 

Ela apenas riu e o soltou, antes que se recuperasse ela o estuporou e o amarrou “eu não preciso de outra varinha” murmurou no ouvido dele enquanto lançava um feitiço para o fazer ficar mais leve.

 

Porém ao se levantar, algo a fez olhar na direção de onde a varinha havia caído. Ter duas varinhas era algo nunca visto, se ela conseguisse essa façanha. Com toda certeza significaria algo muito bom. Catherine Riddle, a bruxa das duas varinhas, isso soava bem. Muito bem.

 

Com um sorriso foi até onde calculou que a varinha havia caído e lá a viu, no chão, com sua cor avermelhada, simples como a sua outra varinha,mas algo a fazia parecer algo a mais. O mesmo que acontecia coma outra. A pegou com a mão esquerda e para sua surpresa, uma calor pareceu subir do seu braço para todo lado esquerdo do seu corpo e ao passar a varinha no ar,faíscas prateadas ficaram no ar. Ela fora escolhida por duas varinhas. E se sentiu muito melhor do que pensou.

 

Guardou a varinha na bota esquerda e foi até o homem “Interessante, muito interessante” ele murmurou, mas com um chute ela o fez desmaiar novamente.

 

Com um feitiço da desilusão forte o suficiente para deixá-los invisíveis, pegou o homem no colo e pulou da janela. Com toda certeza, essa fora a melhor missão que ela já cumprira. E se Voldemort não descobrir da sua nova aquisição por enquanto, as coisas vão continuar melhores.

 

Pegou o caminho para a Travessa do Tranco correndo pela sombras e assim que chegou num lugar longe o suficiente  do feitiço anti-aparatação, aparatou.

 


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Notas finais do capítulo

Demorei para postar,mas consegui o/
espero que gostem
e não se esqueçam das reviews