Darkness Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 16
Capítulo 16: A Pedra Azul




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Catherine sentou-se num sofá confortável, usava uma blusa de mangas longas de seda branca e uma calça jeans também clara feita num tecido particularmente leve e arejado. Seus cabelos estavam presos num coque seguros por um lápis.

Quem a visse não conseguiria a reconhecer, mas não tinha opção,roupas escuras e pesadas, como estava acostumada a usar no Reino unido não eram uma opção viável para quem estava no Iraque.

O sol era tão forte que deixando as janelas abertas não havia necessidade de acender as luzes do luxuoso quarto de hotel onde estava hospedada.

Ouviu leves batidas na porta e se levantou indo ver quem era o visitante, tinha quase certeza de quem era, mas conferir nunca era demais, especialmente para alguém que traíra tanto a Ordem da Fênix quanto Voldemort. Aproximou o rosto da porta para que pudesse enxergar o lado de fora pelo olho mágico e não se surpreendeu ao ver Samanta parada na frente da porta usando roupas leves e claras como as de Cath.

Abriu a porta e esperou que a morena entrasse, fechou a porta silenciosamente e fez um sinal para que fossem até a pequena sala do hotel. Catherine se sentou num poltrona e Sam no sofá.

“Então?” Cath indagou calmamente.

“Fiz a investigação sobre o tal Sheik. Ele é nojento e um completo idiota, mas ele tem a pedra e abusa dos poderes dela como um idiota arrogante” rolou os olhos “posso voltar para Washington? O Ministro da Magia quer minha presença num baile beneficente e o assessor dele está praticamente comendo na minha mão. Um imbecil ambicioso, mas um grande aliado”.

“Certo” Catherine fez um pequeno aceno com a cabeça e Sam se levantou, tirou do bolso um grande envelope pardo e entregou-o para a líder “quando eu pegara pedra, irei conferir como as coisas estão na América”.

“Você não se decepcionará” Sam garantiu e, depois de fazer uma pequena mesura, se retirou do quarto de hotel.

Catherine sorriu e começou a ler todas as informações que haviam no envelope.  Sam era de fato muito eficiente, uma coisa era simplesmente pegar as plantas da casa  e horários do alvo. Outra coisa bem diferente era entregar rotas de entrada e fuga, junto com nomes, hábitos e todo tipo de possível imprevisto que pudesse ocorrer. Pegar aquela pedra seria fácil e Catherine tinha o plano perfeito para isso.

Já era de madrugada, provavelmente uma hora da manhã, senão mais.  Catherine se movia pelas sombras tão rapidamente que ela mesma parecia ser uma.

Por sorte aquele castelo ficava em meio a um oásis. Circulado por árvores altas que faziam a sombra que a morena precisava para entrar no local, além o caminho perfeito para entrar no local, uma vez que encostada ao muro havia uma grande árvore, tão alta e cheia de galhos que alguns deles passavam por cima do muro.

Subiu na árvore e agarrou-se a um galho.  Engatinhar por ele exigiu toda sua concentração, mas valeu a pena, ela podia sentir os feitiços de proteção que haviam, por cima do muro e da árvore. O erro mais comum que alguns bruxos cometiam era se esquecer que ainda havia a maneira trouxa de entrar. Como, por exemplo, se misturar à árvore e atravessar o muro passando por entre seus galhos aproveitando a brecha na segurança que eles criavam.

Olhou para os lados e quando teve certeza que nenhum dos guardas olhavam na sua direção, ela se pendurou no galho e soltou-se, caindo na grama verde e fofa do jardim. Agachou e caminhou até as paredes da mansão usando mais sombras e os arbustos para escondê-la. Tomando cuidado para não fazer nenhum barulho.

Encostou-se na parede, suas costas já estavam doendo de andar agachada e suas pernas começavam a reclamar. Tinha de admitir, ainda não estava fisicamente pronta para algo assim, mas não tinha escolha era agora, ou nunca.

Conjurou uma corda com um gancho na ponta e lançou o gancho no telhado quantas vezes foram necessárias para que ela se prendesse. Lançou um feitiço da Desilusão em si e na corda e começou a escalar a parede.

Puxou a corda para cima assim que chegou ao teto e andou por lá, passando por diversas chaminés até chegar àquela que levava ao quarto do Sheik. Prendeu o gancho na beirada e amarrou a outra ponta na cintura, reforçou o feitiço da desilusão e entrou na chaminé, soltando a corda lentamente para descer com calma.

O lugar estava vazio, exatamente como Sam escrevera que estaria naquela noite. Era o Baile Beneficente Anual que o dono da pedra dava. Soltou a corda da cintura e saiu da chaminé. Usou um feitiço de limpeza para tirar a fuligem de cima de si e caminhou lentamente pelo quarto.

Do lado da cama estava o criado mudo cuja única gaveta estava entreaberta, Catherine caminhou até lá e viu o que tinha dentre da gaveta, era um bilhete endereçado à ela numa letra debochadamente caprichosa que ela conhecia muito bem.

Abriu o papel e passou os olhos.

Querida Catherine,

Como eu queria ver a sua cara ao ler este bilhete, normalmente eu colocaria uma falsificação no lugar d o original, mas como eu sabia que você viria, decidi deixar este bilhetinho.

Eu sei que você quer essa pedrinha chinfrim. Então proponho um jogo. Roube a pedra de mim, da maneira mais surpreendente que puder pensar. Se você conseguir, lhe darei a pedra, meu apoio e a minha influencia no mercado negro.

O jogo começou.

Até logo,

C.B”

Catherine amassou o papel com um sorriso no rosto, certo ladrão barato iria se ver com ela. Ela não estava disposta a jogar no momento.

Sair da mansão foi mais fácil que entrar uma vez que já feito o caminho uma primeira vez, repeti-lo é sempre mais fácil. E quando seus pés tocaram a grama mal cuidada do outro lado do muro, ela aparatou.

Apareceu num beco vazio, mas podia ver as luzes da cidade, as pessoas andando e, principalmente: A Torre Eifel ao longe toda iluminada naquele começo de noite.

Caminhou por alguns momentos antes de sentar-se na única mesa livre de um aconchegante café, onde casais e famílias de turistas conversavam sobre os passeios do dia. Pegou o cardápio.

“Achei que nunca mais te veria” uma voz sarcástica comentou e o dono dela se sentou na frente dela “achei que você iria topar meu desafio, mas vir até o meu território e ainda por cima no meu café favorito, não é algo que você faria se estivesse  jogando” ela deu de ombros e fez um sinal para uma garçonete pedindo algo para ele a Catherine.

“Christopher Borgin” Catherine riu ao encarar o loiro menos de dois anos mais velho que ela “fazem o que? Cinco anos?”

“Mais ou menos” ele deu de ombros “vejo que uma vez uma ladra, sempre uma ladra?” foi a vez dele rir “achei que você ficaria brava deu ter estragado o seu plano.

“Estou” ela deu um sorriso de lado e lançou um olhar sério “mas ainda estou decidindo o que vale mais a pena, deixar você se explicar, ou te matar”.

“Não é a toa que meu avô acreditou tão fácil que você trabalhava para o Lorde das Trevas” Chris falou com sarcasmo.

“Seu avô é um medroso, mas e você, em que acredita?”

“Ora minha cara, eu sei que pessoas como eu e você só pensamos em nós mesmos, você não joga em nenhum time além do seu. Negue o quanto quiser, Catherine, somos farinha do mesmo saco”

“E você está disposto a jogar no meu time porque....”

“Merci” ele deu um sorriso sedutor para a garçonete e deu um gole em seu cappuccino “Você está do lado do poder, eu estou do lado do dinheiro. Acontece que eu preciso de poder para manter meu dinheiro e liberdade. Se eu te ajudar terei os dois” explicou “e se você me perdoar e deixar eu jogar no seu time, você terá a pedra, meus contatos e meus serviços”.

Ela o encarou, Chritopher era, com toda certeza um grande coringa para se ter debaixo das mangas “Como você sabia quando eu iria roubar a pedra?”

Chris ficou um tempo pensativo antes de suspirar e puxar a corrente que estava usando em seu pescoço revelando um pingente em forma de um olho preto com a íris roxa e a pupila vermelha “O olho do último Rei Ciclope, o único artefato que permite a visualização do futuro com precisão” contou com um sorriso arrogante e escondeu a corrente novamente embaixo da roupa “eu vejo quem, como, onde e quando algo será roubado e roubo antes, assim o ladrão fica com a falsificação. Algumas vezes eu até mesmo uso o plano dele” gabou-se.

“E aposto que na sua oferta não está incluído o colar” Catherine ponderou “terei de roubá-lo?”

Ele riu “o colar fica comigo” falou calmamente e tirou um pequena caixa do bolso entregando-a para Cath “mas eu deixo a pedra ficar com você, ela terá muito mais utilidade que este colar”.

“Saber o futuro parece ser algo que me seria bem útil também”.

“Deixe-me entrar no seu esquema, que eu conto o futuro de quem você desejar saber” ele garantiu.

“Chris” a morena deu um sorriso de lado e abriu a caixa para contemplar a pedra “você está dentro”.


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Notas finais do capítulo

Cara, esse cap demorou para ficar pronto. Maldito bloqueio ¬¬
bem, eu finalmente coloquei o Chris na história (para quem não conhece o Chris ele é um dos personagens principais da minha fic: Cão e Gato) de qualquer forma, espero que vocês gostem.
Não se esqueçam das reviews *-*



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