Darkness Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 17
Capítulo 17: Estados Unidos da América




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MINISTRO DA MAGIA MORREDEPOIS DE MESES LUTANDO CONTRA DOENÇA RARA.

Essa semana o senhor Adam Strauss, Ministro da Magia, morreu, após os dois meses de luta contra uma doença rara, recém descoberta e ainda sem nome. Passou por uma série de tratamentos experimentais, mas mesmo assim, nada surtiu efeito. Culminando numa parada cardiorrespiratória na tarde desse domingo.

[...]

James Dilian, seu vice, garantiu que irá aumentar a verba para pesquisas na área de saúde para que não haja mais mortes pelo despreparo dos curandeiros. Ele, que assumiu o Ministério essa segunda-feira, parece muito confiante e já está trabalhando em manter a qualidade do governo que seu antecessor lhe deixou.”

Catherine fechou o jornal e o dobrou, guardando-o com cuidado no bolso de sua capa negra. O vento gelado de Washington batia no seu rosto, mas ela não parecia se incomodar com isso.

Parou à frente de uma bela mansão, encostou a ponta de uma de suas varinha no grande e imponente portão de ferro que desapareceu. Passou com passos calmos e rápidos e, antes do portão ter retornado a sua forma original, ele já estava fora da vista da garota.

Parou em frente a porta e deu uma batida seca. A julgar pelo tamanho da casa o barulho que havia no interior, seria praticamente impossível alguém ter ouvido a batida, mesmo assim em menos de dois minutos alguém abriu a porta.

Era um jovem mais ou menos da idade de Cath, tinha cabelos escuros e pele absurdamente branca que destacavam seus olhos azuis. Era muito alto e forte, parecia pronto para atacar alguém a qualquer momento.

“Catherine” ele fez uma pequena mesura e abriu espaço para Catherine entrar na casa “Audrey e Christopher disseram que você está atrás de tudo isso”.

“Dimitri” ela acenou com a cabeça “achei que estava na Rússia”.

“Ah sim” ele deu uma breve risada e guiou pela grande mansão “eu estava, mas depois de ter ajudado Chris a fugir da prisão, todos os aurores do Velho Mundo estão atrás de mim” ele deu de ombros “o de sempre”.

Pessoas passavam pelo grande Hall apressadas, empregados limpavam o lugar meticulosamente e aplicavam decorações. Os dois subiram por uma grande escadaria e Dimitri mostrou à Cath onde seu quarto estava localizado.

“Espero que sua estadia seja boa” ele desejou “e aproveite o grande jantar de hoje a noite”.

Catherine apenas assentiu com a cabeça e entrou em seu quarto trancando a porta. Era enorme, havia um pequeno corredor com duas portas uma de frente para a outra, uma levava ao grandioso banheiro e a outra ao closet.  Mais a frente, na maior área estava localizada uma mesa numa parede. A cama estava na parede oposta e era uma daquelas camas de casal com dossel e belas cortinas negras de seda.

O quarto todo era muito bem iluminado pela grande janela com vista para o belo jardim de frente.

Cath sorriu e sentou-se na cama. Tirou o colar que usava por alguns momentos o observando com um sorriso malicioso. Se tudo ocorresse da maneira que ela queria esta noite, talvez ter saído da Inglaterra não tenha sido algo tão ruim. Passou os dedos levemente pela bela Pedra Azul e recolocou seu colar, escondendo-o na roupa.

A noite caiu e Catherine estava terminando de se arrumar para o grande jantar que estava acontecendo no andar inferior. Usava um belo vestido longo preto de seda, era bem simples, frente única, com uma pequena faixa justa abaixo do busto e solto que dava um belo efeito de leveza e mistério que, junto com o brilho do tecido, a sandália que a deixava quase dez centímetros mais alta e o belo coque frouxo que deixava alguns fios caírem livres pelos lados do seus rosto. Era impossível não fazer com que a atenção se voltasse para ela.

Saiu do quarto a caminhou lenta e pomposamente para a escada, descendo-a com calma observando todos os convidados vestidos com suas melhores roupas. Todos queriam passar uma impressão de importância e status social, mas não foi difícil para Cath descobrir quem eram os mais poderosos de lá.

Pode perceber que já havia atraído a atenção de várias pessoas,mas não demonstrou que percebera isso.  Apenas continuou descendo até chegar no primeiro andar.

Caminhou por entre as pessoas com um sorriso simpático, porém arrogante no rosto enquanto procurava a dona da casa: Sam.

Sam estava no fundo do Salão de Festas conversando com um homem de meia idade. Ele era bem mais alto que ela assim como bem mais gordo. Tinha cabelos grisalhos e uma atitude pomposa.

“Cath” Sam cumprimentou com um sorriso solene quando a morena se aproximou “Conheça James Dilian” apresentou o homem.

“Muito prazer, senhor” Cath recitou com uma voz amigável e deu um sorriso simpático.

“O prazer é todo meu, bela dama” o homem retorquiu beijando as costas da mão de Cath.

“Soube o que aconteceu esta semana. As coisas devem estar difíceis no Ministério” Cath ponderou, fingindo-se de curiosa. Ela sabia muito bem que a doença rara do Ministro na verdade foi um envenenamento causado por uma dose pequena bem administrada de uma poção criada por ela mesma. Uma intoxicação lenta, indetectável que emulava o efeito da tal doença recém descoberta. Simples, letal e discreto.

“Ah sim. Todos estão encarando a transição, mas garanto que no meu governo trarei grandes evoluções para a população bruxa dos estados Unidos” ele declarou no seu tom político.

“Tenho certeza que vai” ela concordou com uma risadinha “o senhor inspira progresso”.

“Oh minha garota, vejo que a senhorita tem bons olhos” ele comentou e Cath riu.

“James, meu garoto” Um senhor aproximou-se, ele parecia ter colocado anos de esforço para a moldar a sua forma de João bobo, uma grande barriga com pernas maiores ainda e curtas, sem mencionar a cara e a falta aparente de um pescoço “quem é está belezura com quem tanto fala?”

“Meu caro August” James apertou a mão do homem e eles trocaram tapinhas nas costas amigáveis “está é Catherine....”

“Riddle” ela completou com um sorriso.

“Exato, colega da pequena Sammy” o novo Ministro terminou a apresentação dela “Cath, este é August Alley, Juiz-Chefe da Suprema Corte dos Bruxos”

“Ah sim” por pouco ela não deu um sorriso de lado que quebraria toda a simpatia que ela queria inspirar “O bruxo mais respeitado deste país. Por todo lugar que ando, ouço coisas maravilhosas sobre o senhor. Tem certamente uma boa reputação entre a população, Senhor Alley” comentou com uma risadinha divertida.

O velho deu uma risada pomposa e apertou a mão dela animadamente “você certamente sabe das cosias”.

“Eu só presto muita atenção ao meu redor” ela vez um gesto com as mãos como se aquilo não fosse grande coisa.

“Querida Cath” Chris recitou aparecendo e passando os braços nos ombros dela “estava te procurando por todo lugar” o jovem estava com os cabelos ruivos num tom mais vermelho que laranja e seus olhos estavam escuros. Ele olhou para os senhores na sua frente e deu uma leve risada “onde está minha educação, desculpe a rudeza, senhores. Sou Richard Alliguieri” estendeu a mão para cumprimentar os homens “agora, se me desculpam, irei roubar essa bela jovem um minuto” recitou e conduziu Cath para o canto oposto do salão.

Quando estavam fora da vista do juiz e do ministro, Chris a soltou “Espero que tenha uma boa explicação” disse fria enquanto tentava manter uma feição simpática para quem passasse por perto simpatizasse com ela.

“Ah sim eu tenho” Ele deu um sorriso de lado “Vou te apresentar á alguém que você vai adorar conhecer” anunciou enquanto caminhavam pelo salão.

Aproximaram-se de um homem alto, magro, de cabelos negros perfeitamente penteados para trás, barba bem feita olhos negros e atentos. Ele tinha certamente mais de quarenta anos, porém algo nele dava-lhe um ar mais jovial.

“Catherine, quero lhe apresentar Francis Dupree” Chris anunciou num tom pomposo e até um pouco interesseiro “Chefe da Seção de Aurores do Ministério e um grande amigo meu”

“Boa Noite, Chris, quero dizer, Richard” o homem deu uma risada cínica. Era claro que o homem era mais corrupto do que todos os políticos do mundo combinados, mas era alguém perfeito para os planos de Cath “Muito prazer, jovem, dama. Rich contou-me muito sobre você e devo dizer que é uma jovem com idéias ótimas”

Cath deu um sorriso “Muito obrigada” ela analisou o auror com atenção “tenho certeza que poderei contar com seu apoio” a maneira como ela falou, apesar do tom leve, pareceu um tanto quanto uma ordem. Era uma verdadeira sorte que o colar de Cath fosse comprido o suficiente para esconder a Pedra embaixo do decote, pois se ela não estivesse escondida poderiam ver o leve brilho que apareceu quando ela proferiu tais palavras.

“Com toda certeza” Francis deu um sorriso mecânico “irei lhe apoiar no que precisar, claro que, por um preço justo”.

“Senhor” ela deu um sorriso de lado “a recompensa final fará todo dinheiro do mundo parecer pouco perto do que alcançaremos”.

“É o que espero” ele deu um sorriso e beijou as costas da mão dela “tenho de ir, o Ministro me viu” rolou os olhos “aproveite a festa, minha jovem”.

“Obrigada” ela sorriu e assistiu o homem se afastar.

“Eu não disse que você iria adorar conhecê-lo” Chris gabou-se “Divirta-se com a festa. Tem uma bela dama sozinha no bar e eu tenho de mudar isso” deu um sorriso sacana e se afastou.

Quando o jantar finalmente foi servido, Sam chamou Catherine para se juntar à mesa do Ministro e, obviamente, o convite fora aceito.

“Os adolescentes estão cada vez mais difíceis de controlar” o homem reclamou quando o prato principal chegou “somente essa semana tivemos três ocorrências de uso de magia em presença de trouxas”.

“Tudo isso é por que vivemos em segredo. E segredos tem essa incrível maneira de querer serem revelados” Catherine comentou tentando forçar um tipo de humor.

“Ah sim, seria tão bom se houvesse uma maneira de controlar isso” o ministro concordou enquanto se deliciava com o medalhão de frango ao molho especial da casa.

“Talvez senhor” Catherine começou dando um sorriso encantador que prendeu a atenção do homem nela “se ampliássemos as áreas ‘só bruxas’ e criássemos algumas áreas ‘só trouxas’... Com o passar do tempo cada um viveria no seu canto. Os bruxos livres para serem bruxos e os trouxas livres para serem... Hm... Trouxas” ela deu de ombros, a Pedra brilhava de modo que um pequeno espectro azul era visto pelo tecido  negro.

“Que idéia magnífica” os olhos do homem brilhara “nunca mais ter de me preocupar com este segredo, apenas com feitiços de proteção contra trouxas... esplêndido” bateu as mãos e voltou sua atenção para o seu jantar.

“Ah sim” ela comeu lentamente, praticamente ouvindo a idéia ser digerida e apropriada pelo homem.

“Mas não sei como fazer isso acontecer” ele disse por fim e Cath teve de segurar o sorriso arrogante que pedia para brotar de seus lábios.

“Talvez eu possa lhe ajudar” Catherine deu um sorriso “sempre disseram que eu tinha um talento inato para a área do desenvolvimento público. E se caso algo dê errado, o senhor poderá jogar a culpa em mim e sair com a reputação limpa da situação” falou num tom sugestivo e vago de quem fingia não querer nada.

“Mas soube que a senhorita estava trabalhando em Hogwarts” o homem contestou claramente desapontado.

“Demiti-me este feriado. Ficar presa num lugar cheio de crianças não traz nenhum crescimento profissional, e soube que o senhor precisa de um novo assessor”deu uma leve risada que o homem acompanhou.

“Pensarei no assunto minha querida, mas por via das dúvidas apareça no Ministério esta manhã”.

“Com certeza, senhor” Catherine deu o sorriso mais leve e carismático que conseguiu.

Quando o último convidado se retirou e Sam terminou de dar ordens ao seus empregados para limparem a mansão as duas foram para a sala de reuniões, ainda com seus vestidos de festas e sapatos desconfortáveis.

“Está fazendo, certamente um bom trabalho, Samantha” Catherine comentou sentada na ponta da mesa.

“Fico feliz que esteja aprovando” Sam sentou-se na cadeira do lado direito de Catherine “qual é o próximo passo?”

“Como anda seu estoque de poção polissuco?” Catherine indagou.

“Praticamente inesgotável” a jovem de cabelos prateados gabou-se “por quê?”

“Porque eu talvez irei trabalhar como assessora do Senhor Ministro, mas tenho de fazer uma visita para nossos... Amigos. Precisarei estar em dois lugares ao mesmo tempo”.

“Ah sim” Sam sorriu “curiosamente eu terei de fazer uma viagem de última hora depois de amanhã, talvez você possa ficar tomando conta da casa na minha ausência” deu uma piscadela.

“Eu sabia que entenderia” Catherine riu “No closet há uma caixa de sapatos, dentro dela há alguns fios de cabelo. O suficiente para um mês ou mais” levantou-se e encarou a outra. Estendeu a mão.

Sam deu de ombros e levou as mãos aos cabelos puxando dois fios e depositando-os na mão de Cath.

“Não falhe, Samantha” Catherine avisou e fechou a mão caminhando em direção à porta.

“Pode deixar, Catherine, falhar não é uma opção” Sam garantiu e assistiu a líder sair da sala e fechar a porta atrás de si.


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Notas finais do capítulo

Perdoem-me pela demora, mas eu realmente não estava achando a melhor maneira de escrever esse capítulo até poucos dias atrás.pretendo lançar o próximo capítulo mais rapidamente.espero que gostem e não se esqueçam das reviews.



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