Lições Extras escrita por Katherine Sparrow


Capítulo 5
Matheus


Notas iniciais do capítulo

kkkk oii gente, pois é eu to viva. kkk andei meio perdida esses dias. aproveitem capítulo novo.



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18 de fevereiro de 2015 ás 11:30 da manhã.
Estávamos saindo da aula de sistemas locomotor básico, eu, Mila, Ivy, Guilherme e Diego estávamos no corredor que levava a saída. Eu estava com uma semana sem ver o professor Thomas, ele se comunicava comigo pelas redes sociais, ele estava ausente por conta de uma visita técnica que uma turma do técnico fez, ele ficou responsável para ser o inspetor. Eu fico imaginando se ele é com as outras garotas do mesmo jeito que é comigo? E se ele tem um caso com uma menina de cada turma diferente?! Eu ainda não criei coragem para perguntar e acho que nem devo, ele me ver como uma aventura passageira como um simples fica e eu tenho que enxergar ele da mesma maneira, não posso criar raízes.
— Scar? Acorda. – Mila disse me dando um leve empurrão. - Como se saiu na prova de bioquímica?
— eu tirei oito, porque Mila?
— beleza, você vai me substituir no laboratório as 15:30 hoje está certo? – Mila era monitora do laboratório de bioquímica, é uma bolsa que alunos ganham para simplesmente ficar no laboratório, tomando de conta das vidrarias de todas aquelas tranqueiras. Alunos bolsistas permanentes ganham uma quantia remunerando seu trabalho pela carga horaria de monitoria preenchida.
— porque? Onde você vai?
— quando eu voltar te conto tudinho prometo, você é uma ótima amiga, eu te amo, se eu fosse um homem eu ia querer te comer pro resto da vida e você tem o cabelo mais divo de todos. Vou indo. Obrigada.
— Mila? – antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela saiu. - Vaca.
— se quiser eu te faço companhia Scar. – Ivy disse.
— você paga química básica com o pessoal do primeiro semestre hoje à tarde Ivy.
— ah é mesmo.
— não tem problema. Ficar parada a tarde inteira vestida em jaleco. Eu posso fazer isso, e tenho a impressão que é por uma boa causa. – eu disse olhando para Diego que estava sorrindo, ele nem percebia que estava com uma cara de bobo. Meus amigos seguiram cada um para sua casa, e eu também, cheguei em casa joguei a mochila no sofá e fui verificar as mensagens enquanto minha mãe servia o almoço.
— você não falou comigo está manhã?- Thomas disse numa mensagem no Whatsapp.
— esperei você sentir a minha falta hoje. – respondi.
— esperou?! Pois saiba que eu senti. Estou voltando hoje.
— ah, e como foi de viagem?
— bastante proveitosa para o aprendizado. – quando li essa eu ri.
— não fale assim, eu poderia jurar que era o diretor Roberto escrevendo.
— é verdade. Então espero te ver hoje a tarde. Até mais. – ele disse se despedindo.
— até.
— será que dar para sair do celular e comer? Vai esfriar sabia? – mamãe reclamou.
— esses jovens de hoje em dia, eu não sei o que tanto vocês veem que ficam rindo olhando para a tela como completos idiotas. – papai disse.
— será que dá por favor para vocês pararem de reclamar?!
— com quem tanto fala? – meu pai insiste. Eu soltei o garfo sobre o prato e o barulho da louça a chocar-se com a prata foi o alerta que eu não ia gostar para onde o rumo dessa conversa ia levar.
— com quem o senhor acha que eu converso além dos meus amigos? Eu já ouvi a vida inteira de vocês tudo que eu tenho que saber, por favor poupe meu apetite de mais, antes que ele suma. – a cara que ambos fizeram não foi das melhores mas eles não continuaram. Depois de terminar o almoço ajudei a minha mãe a arrumar a cozinha, dando a hora eu fui me arrumar, calça jeans era a única vestimenta autorizada, a blusa podia ser qualquer uma, contanto que o jaleco fique por cima, e sapato fechado. Coloquei uma blusinha rosa de renda, e saí. Chegando no segundo andar, estava vasculhando minhas coisas procurando a chave enquanto eu andava distraída acabei batendo em alguém, a única coisa que eu vi foi um monte de papeis voando.
— meu Deus me desculpa. – abaixei pra recolher os papeis, nem olhei quem era.
— está tudo bem. – reconheci a voz. Era Matheus. – podemos conversar Scar?
— não quero falar com você. – recolhi o restante dos papeis e saí, segui para o laboratório e antes que eu pudesse trancar a porta ele entrou.
— sabe porque estou aqui? – ele perguntou
— na verdade não, você nem ao menos estuda nessa instituição, então cai fora!
— eu exijo saber pra quem você mandou aquelas conversas? Foi só pra me prejudicar Scarlett.
— te prejudicar? – eu ri em deboche – Matheus, isso não tinha nada a ver com você, eu fiz por mim, porque você me usou pra trair aquela garota. Se quisesse que eu não tivesse enviado as fotos das nossas conversas, era só ter me falado que tinha uma namorada bem antes da gente ficar. Eu estava em dívida com a minha consciência, porque mesmo sem saber de nada eu me senti mal por essa garota que nem se quer conheço.
— você mandou as fotos das conversa pra alguém e esse alguém foi na casa dela e mostrou as fotos pra ela, e eu nem tive como me explicar nem nada, era só ter falado comigo, ao invés de envolver outras pessoas nisso.
— acontece que por sorte minha e azar seu, eu e essa garota temos amigos em comum. E quer mesmo saber?! Eu acho que fiz um favor a ela, pelo o que me disseram dela parece uma garota ótima, e você não é homem o suficiente pra honra-la.
— CHEGA! Você não tem ideia de com quem está brincando.
— é claro que eu tenho, você meu querido não passa de um riquinho metido a besta que acha que pode ter tudo, acontece que eu não tenho medo de você, eu conheço sua família e conto tudo.
— você não iria se expor assim.
— pra ferrar um idiota feito você? valeria a pena. Agora se não se importa, por favor vai embora.
— não sem antes me contar pra quem vc... – antes de ele terminar a frase eu o interrompi.
— importa mesmo? – quando eu disse ele bufou e arrastou sua mão sobre a mesa quebrando algumas vidrarias do laboratório, eu imediatamente o olhei perplexa e assustada. – você ficou maluco? Eu vou chamar alguém – sai correndo em direção a porta mas ele me seguiu e me segurou pelo braço.
— você destruiu algo que eu já estava criando a tempos, você arruinou tudo.
— eu vou gritar, eu vou denunciar você e você vai pagar por tudo isso, ou então seria melhor você me soltar e sumir do mapa. Acha que eu arruinei sua vida, você não faz ideia do que eu ainda poderia fazer se te pegam aqui.– olhei pro meu braço ele apertava com tanta força, ele soltou deu meia volta e saiu batendo a porta. Esse desgraçado ficava comigo e com outra garota, quando eu soube não hesitei em contar a verdade para ela. Eu respirei fundo e depois limpei o lixo. Por sorte nada do que ele quebrou era muito caro. Fiquei tão pensativa quando lembro que fui tão estupida, o celular toca e eu tenho um sobressalto, passo as mãos no cabelo tentando relaxar e atendo. Era Thomas.
— alô. – falo tentando parecer o mais natural possível.
— oi, onde você está?
— laboratório de bioquímica.
— sozinha? – ele pergunta
— sim.
— vou ai. – ele desliga e em menos de cinco minutos ouço a porta bater, eu abro e ele sorri de lado quase me fazendo esquecer o recente acontecimento. Ele entra e fecha a porta, eu estava com as mãos nos bolsos do jaleco.
— como foi a vi... – não deu tempo de terminar a pergunta e seus lábios, braços me envolveram. Que saudades do seu beijo, dessa vez ele me pareceu um tanto mais ousado, a palavra certa: faminto. Senti o aperto na minha cintura aumentar e seu corpo me empurrar contra a parede, ele subiu meu corpo me fazendo ficar na ponta dos pés, a proximidade era tanta que os toques íntimos tiraram minha concentração. – espere um pouco. – segurei em seus ombros.
— a viagem foi ótima. – ele riu. Eu queria mesmo dizer que senti sua falta e que precisei dele em tantas situações, queria conversar, mas estava tão insegura, ele não quer saber da minha vida ele quer voltar para o que estamos fazendo. – era isso que queria saber? – seu dedo acariciava meu queixo
— era. – sorri meio boba – que bom que está de volta.
— sentiu a minha falta? Não se preocupe, aconteceu o mesmo comigo em relação a você. – ele falava enquanto beijava meu pescoço. Eu estava de olhos fechados aquilo me excitava tanto, e o seu “desejo” que dava pra sentir lá embaixo. Ele tirou meu jaleco, acho que ele sorria as vezes eu tinha a impressão de que ele se divertia a cada vez que eu arfava, eu precisava fazer ele parar então com minhas duas mãos eu o fiz olhar pra mim.
— precisamos conversar. – ele arqueou uma sobrancelha, eu o levei até uma das cadeiras, sentamos. - Então é o seguinte, eu... – ele pega me braço que estava com a marca da mão do Matheus e me olha sério.
— quem fez isso com você?


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Notas finais do capítulo

comentem me motivem. pfv



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