Lições Extras escrita por Katherine Sparrow


Capítulo 3
O Atraso Do Livro


Notas iniciais do capítulo

oiii gente. espero que gostem. boa leitura. ♥



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11:45 da manhã de terça-feira

O resto daquele dia foi normal, muito normal e eu agradeço a Deus por ter sido, consegui assistir minhas aulas restantes, fui pra minha casa onde meus pais não perceberam que bebi, ainda bem. Nunca tive que reclamar dos meus pais, eles sempre foram carinhosos e literalmente muito presentes na minha vida, as vezes presentes de mais, principalmente meu pai, ele costuma ser muito ciumento as vezes, com a minha mãe é mais tranquilo, ela me entende melhor, mas nem por isso ela fica atrás nas inumeras advertências quando vou sair com meus amigos, meus pais nem sonham que eu bebo de vez em quando, geralmente bebia socialmente, mas essa última eu confesso que exagerei. São quase cinco da tarde, e dês de as duas que eu estou em meu quarto lendo, é um dos meus robes, ler, pode ser livros, histórias ou fics, não me importo, se tiver um bom enredo, eu leio, gosto de gêneros bem variados, e... ouvi alguém bater na porta.

– quem é? – eu perguntei fechando o livro.

– sou eu. – era meu pai que estava batendo. Eu levantei e abri.

– o que deseja meu senhor? – perguntei sorrindo.

– senhorita, eu um pobre velho de 43 anos... – ele disse entrando na brincadeira, eu revirei os olhos quando ouvi a palavra “velho” – está com uma dificuldade para enviar um e-mail. Será que se importaria de fazer isso pra mim? – quando ele terminou eu ri, e depois o segui até o computador.

– onde está Ivy, eu nunca mais vi ela por aqui. – meu pai perguntou enquanto eu o ajudava com o envio do e-mail. Como eu disse meu pai é ciumento, e pessoas como ele costumam ser curiosas, eles querem está à par de tudo que acontece na minha vida.

– ah, Ivy?! Bom, ela está bem. Talvez amanhã ela passe por aqui. – sorri.

– Ivy, é uma menina muito especial, ela sempre te ajuda e sempre te influenciou a fazer coisas boas. – ele disse orgulhoso, pobrezinho mal sabe que ele que eu e a Ivy que planejamos as melhores farras.

– prontinho papai. – ele me agradece – não há de que, mas me diz onde tá a mamãe? – perguntei.

– foi no mercado, hoje vamos ter lasanha no jantar. – ele disse sorrindo porque sabia como eu adorava as lasanhas da mamãe. Aquela noite em família não poderia ter sido melhor, quando terminei de ajudar minha mãe com a louça fui novamente para meu quarto continuar a ler o livro que estava lendo mais cedo, quando um papel caiu dele, eu li o que estava escrito, era o pedido de devolução, lembrei que havia pego este livro no primeiro semestre antes das férias, estou com a devolução atrasada, que saco. Peguei meu celular e liguei pra Mila.

– oi, Mila, você sabe quando a dona Marta tá na biblioteca? – dona Marta era a responsável pelos livros do curso de medicina.

– vish, Scar, só amanhã à noite. Que foi? – ela perguntou.

– atrasei a devolução de um livro. – quando eu terminei de falar ela riu.

– foi atrasar logo com a mal comida Scar? Ninguém vacila com aquela chata não. Amanhã devolva e reze pra ela não saber quem você é. Tchal Scar, começou The Walking Dead. Beijos até amanhã.

– até amanhã. – eu sorri e depois deixei meu corpo cair sobre a minha cama. Hum, pensando aqui, vou ficar devendo a biblioteca. Não, isso não pode nem de brincadeira acontecer. Assim que as minhas aulas acabaram na manhã de quarta, eu corri para a biblioteca na esperança de achar a dona Marta por lá, mas como eu já esperava ela não estava, vou ter que voltar à noite, fui pra minha casa.

– Scarlett que bom que chegou querida. – minha falou quando eu entrei.

– sim, são meio dia mamãe. – eu disse me jogando no sofá. – ah, eu vou pra faculdade hoje à noite.

– hum, você bem que poderia ir mais cedo, eu e seu pai vamos sair hoje, sua tia pediu pra irmos pra lá às 17:00.

– tudo bem. – dormi uma parte da tarde, coloquei o celular para despertar as quatro, o tempo passa tão rápido quando estou dormindo, isso sim é injusto. Tomei um banho, e fui me arrumar, coloquei um short curto vermelho e uma blusa preta que manga longa aberta, mas obviamente eu fechei os botões, era um pouco transparente, um tênis preto e o cabelo solto. Eu demoro pra me arrumar, mesmo não sendo nada importante gosto de me sentir bem com minha aparência, um pouco de vaidade não faz mal a ninguém. 16:45, ouvi meus pais me chamarem, eles já iam sair e eu tenho que correr, peguei os livros dei um beijo nos meus pais e segui pra faculdade, agora eu tinha que esperar a dona Marta chegar. Sentei no fundo da biblioteca, era o lugar mais agradável de toda a faculdade. O silencio era o melhor som pra se ouvir, havia somente uma menina lá, e ela já estava de saída, nesse horário não tinha quase ninguém era normal, olhei de novo a hora, 17:08, escolhi um outro livro e fui ler.

Aproximadamente 3 horas depois...

– do precisa ser salva agora? – Tive um pequeno sobressalto. Depois dei um leve sorriso, imediatamente reconheci a voz, Thomas.

– não preciso. – coloquei o cabelo para detrás da orelha.

– uma garota literária, muito bom Scarlett. Não esperava encontra-la a essa hora por aqui. – ele disse, e eu lembrei.

– Horas! Meu deus que horas são? – peguei meu celular, 20:15 da noite. Maldição, me perdi na leitura, e nem vi o tempo passar. - eu preciso devolver os livros. – bem rápido recolhi tudo e fui verificar se aquela bibliotecária nojenta havia chegado. – desculpe estou com pressa. – quando cheguei na recepção ela estava lá. Pegando o casaco para sair. – Dona Marta! – eu disse.

– ah, sim o que deseja Scarlett? – ela disse, mas que droga eu não poderia estar mais ferrada, ela sabe meu nome.

– eu vim entregar esses livros e... – ela me interrompe.

– sim eu sei está atrasada sabia, é uma pena mais eu já estou de saída, estive aqui dês de as 6:00 da tarde. Devia ter vindo mais cedo. – ela falava.

– por favor dona Marta, não quero ter que ficar devendo mais um dia, minha multa não pode se estender mais.

– sinto muito você devia ter vindo mais cedo. – ela sorria, que sínica.

– escuta aqui a senhora... – quando eu estava prestes a perder a paciência com aquela velha chata, meu professor me interrompe.

– o que a senhorita Scarlett, quer dizer é que não tem culpa pelo o atraso, bom eu pedi para ela ler um pouco mais, sinto muitíssimo, mas eu achei que não teria problema já que Scarlett me disse que a senhora é uma excelente e solidaria profissional.

– ah, então foi o senhor que pediu para a fedelha... ham, digo a senhorita Scarlett ler?! Bom, acho que podemos abrir uma exceção, afinal eu sou uma solidaria profissional mesmo, e o senhor... ham bom vamos me dê os livros Scarlett, eu não vou aumentar sua multa. – ela estava encantada com o charme do meu professor, não é pra menos, confesso que tive muita vontade de ri ao vê-la suspirar por ele. – tudo pronto, mas não pense que serei assim tão boa, não se acostume senhorita Scar. – ela disse apertando minha bochecha. Eu dei um sorriso falso e a agradeci. Depois de tudo resolvido eu e meu professor saímos da biblioteca, nesse momento andávamos pelo campus, ele vestia uma jaqueta marrom de couro, e calças jeans, de fato qualquer roupa ficaria bem nele.

– bom sobre ser salva, é... de nada. – ele disse orgulhoso. Eu tive que rir.

– é, obrigada. Como sabia que ela não diria “não” para o senhor? – perguntei, sentando em um dos bancos da área de convivência.

– eu não sabia. A propósito senhorita, - ele tirou do bolso direito do casaco uma joia, no mesmo momento eu olhei para o meu braço e notei que minha pulseira havia caído. E ele havia encontrado. – você deixou cair quando saiu apressada.

– o senhor achou. Obriga... – eu já ia pegar quando ele à afasta. Ele sorri e pegou carinhosamente minha mão, enquanto ele colocava a pulseira ele disse.

– não me chame de senhor. - olhei para a pulseira, então notei que sua mão ainda segurava minha.

– ham, tudo bem, - com o sangue preenchendo minhas bochechas eu tirei a minha mão – obrigada, eu amo essa pulseira. – no mesmo instante ouvimos o sinal do intervalo tocar, a noite várias turmas de cursos técnicos estudavam.

– eu tenho aulas para dar agora, foi bom vê-la Scarlett. – ele disse sorrindo de canto.

– é claro, eu também tenho que ir pra minha casa, meus pais já devem ter chegado. – falei pegando a bolsa.

– vai a pé? Sozinha? – ele me perguntou.

– são apenas uns 10 minutos a pé. Não é muito longe... – no mesmo momento ele tirou a chave do carro do bolso.

– vamos, eu vou te deixar. – eu nem tive tempo de dizer que não. Quando estávamos no carro, saindo da faculdade eu falei.

– o senhor... – ele me olhou ai eu lembrei... – digo, você já fez muito hoje, não tinha necessidade de ir me deixar em casa, e o intervalo acaba daqui a pouco tem uma turma para ensinar. – ele apenas sorriu sem mostrar os dentes. Quando chegamos na minha casa eu o agradeci novamente.

– até amanha. Agora entre. – eu assenti, então ele deu a volta e seguiu. Quando novamente cheguei no meu quarto sorria feito boba, foi de longe a noite mais agradável da minha vida, comi meu jantar e fui dormir.


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Notas finais do capítulo

então gente, mereço comentarios? pfv comentem.