Lições Extras escrita por Katherine Sparrow


Capítulo 2
Ressaca


Notas iniciais do capítulo

oii gente. capítulo novo. espero que gostem.



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06:40 da manhã de terça-feira.

– Scar, Scar, acorda. – ouvi alguém me chamar e me tocar. – Scarlett acorda! – dessa vez senti o travesseiro no meu rosto com bastante força.

– ai! – eu disse- precisava mesmo me bater com o travesseiro Mila? – eu perguntei esfregando os olhos.

– precisava. E eu gostei de fazer isso. – ela riu. – agora levanta que temos aula daqui a pouco.

– do que é a aula? – perguntei pegando minha escova de dentes.

– eu sei lá. – nos olhamos e rimos. – o resto do pessoal já foi na frente pra que ninguém desconfiasse que eles estavam aqui.

– Ivy também?

– eu estou aqui. – Ivy falou entrando no quarto com uma xicara de café nas mãos. – apenas os meninos foram na frente, sabe como é, aquelas vacas da nossa turma inventariam boatos sobre nós. Mas, Scarlett você acordou agora?

– essa doida me bateu com travesseiro. – eu disse enquanto escovava os dentes. Ivy riu.

– bem feito, só lamento pelo fato de ela não ter feito isso mais cedo.

– eu tive pena de acorda-la, - Mila falou rindo.

– own, que lindo da sua parte Mila, mas você não me engana, anda mostra as fotos. – Ivy falou.

– o quê? Que fotos Mila? – eu disse me vestindo, Mila começou a rir.

– você não achou que eu estava te deixando dormir por gentileza não né? – ela disse rindo. – eu estava aproveitando pra tirar várias fotos enquanto você babava todo o travesseiro. – ela falou me mostrando as fotos.

– sua vadia. – eu disse me jogando por cima dela e tentando pegar o celular. Riamos muito, Ivy também entrou, no final acabamos abraçadas e rindo. – Apaga é sério.

– ok, vou apagar sim Scar relaxa, - Mila falou pegando sua mochila. – vamos?

– eu tô quase pronta, mas não sei se estou me sentindo muito bem. – eu disse.

– é só o sono e a ressaca, você sobrevive Scarlett. Vamos logo. – Ivy jogou minha bolsa, à peguei e coloquei nas costas, eu estava vestindo uma blusa de mangas compridas cinza aveludada e uma minissaia marrom, junto com uma boots preta e meia-calça também preta, deixei a franja solta com a esperança que não reparassem tanto no meu rosto, minhas olheiras eram as que mais me entregavam. Chegamos pouco antes do professor de bioquímica entrar.

– como se não bastasse química básica ainda temos que suportar bioquímica e química analítica – Guilherme disse. Eu também estava me sentindo estressada, além da ressaca ainda ter que assistir aula de uma disciplina onde o tema base é química, hum, aparentemente não é um bom dia pra minha cabeça, de repente senti um embrulho no estômago. As pressas eu saí da sala de aula para o banheiro, mal tempo de chegar lá, eu vomitei, é, de fato e definitivamente não é um bom dia, coloquei uma bala de menta na boca e fui saindo, não estava me sentindo nada bem, estava me sentindo tonta, fui saindo do banheiro, e como se meu dia já não estivesse bom o suficiente eu dou de cara com o Franck.

– com licença. – eu disse, no mesmo momento senti minha cabeça girar, antes que eu caísse ele me segurou.

– parece que a noite foi boa ham?! – ele disse.

– eu estou bem, por favor... – ele me interrompe.

– sejamos sinceros Scar, você não está nada bem, precisa de glicose.

– ah, isso é ridículo, não é a primeira vez que bebo com meus amigos, o que preciso mesmo é que você me deixe ir. – tentei afasta-lo.

– ninguém vai ficar sabendo eu não vou contar ao seus pais. – ele me foi me levando para o estacionamento, até seu carro.

– eu tenho aula, o que pensa que está fazendo?

– vou te levar a um hospital. – ele disse abrindo a porta do carro e me colocando lá dentro, não confio nenhum um pouco nesse imbecil.

– ah claro, qual a parte de, eu estou em aula que você não entendeu?! Basta, me dar algum chocolate, não posso ir pra um hospital agora... – eu falei saindo do carro, muito tonta, me apoiei no carro quando senti que ia cair, eu e ele ouvimos um carro se aproximar, um carro preto, parou próximo de nós, para minha sorte e por pura coincidência era Thomas meu professor.

– o que está havendo aqui? – ele perguntou saindo com pressa do seu carro.

– o senhor outra vez. – disse Franck, mesmo tonta percebi certa raiva em sua voz.

– Scarlett? – meu professor se aproximou de mim, não dando a mínima para o que meu colega de faculdade disse. – você está bem?

– não, eu estava a levando para o hospital, com todo o respeito, o senhor poderia me deixar cuidar disso? Ela só precisa de glicose. – Franck disse.

– com todo o respeito meu caro, você é aluno, não deveria estar na aula? – Thomas falou.

– acontece que o senhor não ensina engenharia mecânica, por tanto não é meu professor, eu não preciso obedece-lo.

– você não, mas Scarlett é minha aluna, e eu zelo pela segurança dos meus alunos, e mesmo não sendo seu professor, você faz parte dessa instituição, por tanto tem que cumprir regras. Cuidarei dela, agora vá. – ouvi meu professor falar, apesar de eu estar péssima, eu estava dando pulos de alegria em meu interior, mais uma vez salva por ele. Franck bateu com força a porta do seu carro e saiu com raiva de volta para o bloco de salas.

– obrigada professor. – eu disse me apoiando numa árvore.

– o que aconteceu com você? – ele perguntou me ajudando.

– só acho que bebi um pouco demais ontem. – falei corando.

– ah, por isso ele se referiu a glicose, odeio concordar mas ele está certo. Por favor, me permita leva-la a um hospital.

– é muita gentileza da sua parte, mas não posso deixar meus pais saberem disso, eu estou, bom... eu vou ficar bem, de verdade, tenho que voltar pra minha aula de bioqui... – que droga, a minha vista ficou embaçada e a cabeça girou outra vez, o que meu novo vai pensar de mim?!

– a senhorita não está bem.

– não insista por favor, além do mais o senhor tem aula daqui a pouco.

– na verdade eu vim para resolver uns assuntos sobre meu contrato com o colégio. Ok, já que acha que aguenta o fato de ir pra casa dos seus pais nesse estado, correndo o risco de eles perceberem que não está bem, vá em frente. – ele disse sorrindo, seu sorriso de persuasão era encantador, e com certeza meu subconsciente não está bem, efeito do álcool de ontem, ele é meu professor não posso pensar uma coisa dessas.

– pensando melhor, acho que isso não vai passar assim tão rápido. – eu disse envergonhada. Ele me ajudou a entrar no carro e me levou para o hospital mais próximo. Chegando lá passaram-se alguns minutos, em seguida me colocaram numa maca com meu braço ligado a um tubo de glicose.

– então... – ele disse.

– “então” o que? – eu disse confusa, ele se encontrava ao lado da maca.

– o rapaz que estava com você, ontem e hoje, é seu namorado? – ele perguntou.

– o que? Não. ele só é um pouco persistente, não está acostumado a receber “nãos

– e você nesse estado, não poderia estar mais indefesa.

– ao que me parece tenho o senhor pra me proteger. – eu disse.

– é, parece que sim. – ele falou sentando-se, colocando a mão no seu queixo, e me olhando. Passou-se somente uma hora e quinze minutos, saímos do hospital e voltamos pra universidade, eu estava bem melhor. – do que é aula agora?

– eu ainda não decorei o calendário de aulas, então mas uma vez... – ele me interrompe.

– não, não precisa mais agradecer, se precisar de ajuda com qualquer coisa estarei na sala dos professores no segundo andar. Tem certeza que está bem? –era desesperador pensar nas palavras para responder suas perguntas quando que em nenhum minuto seus olhos não saiam dos meus.

– ér, eu já tô bem. Tchal. – eu disse quando sai do carro.

– tchal. – ele disse sorrindo, em seguida acelerando o carro. Eu segui para o refeitório, perdi as duas aulas do primeiro horário, e já era quase 09:30 da manhã.

– eu estava te procurando Scarlett, assim que deu segui você para o banheiro mas, você não estava mais lá, onde se meteu? – Ivy falou.

– estava no hospital. – eu disse.

– o que? Como? Quem te levou? Não me diga que seus pais ficaram sabendo? Ai meu Deus Scar eles nunca mais confiaram em mim e... – eu a interrompi.

– calma, calma. – eu disse rindo, depois lhe contei tudo. Ivy me abraçou.

– que bom que está bem. E que droga, como você é sortuda. – ela falou rindo.

– Ivy, me sinto com sorte não pelo fato de ter sido ele, e sim por ter me livrado do Franck. – eu disse pegando o lanche.

– ele parecia estressado, dês de quando ele mudou de turma ele não parece ser o mesmo. – ela disse, eu assenti com a cabeça, as minhas aulas mal começaram e esses dois dias já foram intensos.


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Notas finais do capítulo

gente comentem por favor, por favor. bjos obg por lerem.