Let It Snow 2 - A Volta da Escuridão escrita por AliceFelton


Capítulo 2
Capítulo 2




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– O que aconteceu aqui, Gus? - Posy perguntou com a voz tremida

Não havíamos conseguido dar um passo sequer desde que entramos na tenda, mas Posy e eu demos as mãos. Nós fazíamos isso quando ficávamos nervosos desde sempre, eu acho. Mamãe sempre achava fofo. Ela me conta que tínhamos alguns dias de vida quando fizemos isso pela primeira vez.

– Como eu vou saber, Posy? - respondi rispidamente - Você acha que foi Breu?

– Não. - ela disse - Mamãe disse que os guardiões possuem um mecanismo que detecta quando Breu planeja algo. Eles o desenvolveram alguns anos depois de papai virar um guardião.

– Mas quem mais deixaria essas manchas? - eu indaguei - Parecem feitas com os pesadelos de Breu, da história que mamãe contava.

Me dirigi a uma das mesas e senti a textura da mancha. Era parecida com a textura da areia de Sandman, mas de cor negra.

– Talvez é alguém querendo se passar por ele. - ela disse - Para que o verdadeiro culpado possa ganhar tempo enquanto investigamos Breu.

Chutei uma cadeira que estava no chão.

– Eles não poderiam esperar um dia sequer? - bufei irritado - HOJE ERA O CASAMENTO DELES.

Posy suspirou.

– E eu estava sendo ridícula, lá em casa. Eles foram capturados achando que eu não viria ao casamento deles. - Posy guinchou - Se alguma coisa acontecer com eles...

– Nada vai acontecer com eles. - eu interrompi

– Deveríamos ir para a casa dos guardiões. - ela disse - Talvez um deles esteja atrasado para a festa.

Dei de ombros.

– Podemos tentar. - eu disse - Mas eu nunca os vi atrasados.

Posy suspirou.

– Qual primeiro? - ela perguntou

– Podemos ir até Norte. - eu disse - E ele pode nos dar uma carona de trenó até os outros.

– Isso se ele estiver lá. - ela disse

Assenti.

– Mas Gus... - disse Posy - Deveríamos falar com Tia Bea. Se não avisarmos ninguém, eles virão para a segunda festa de casamento e pode ser que algo aconteça com eles também.

Suspirei.

– Você tem razão. - eu disse

– Você acha que devemos no separar? - perguntou ela - Um procura os guardiões e o outro fala com nossa família.

– Eu não quero me separar de você. - eu disse

Ela sorriu aliviada.

A melhor parte de ter uma irmã gêmea, é que eu nunca fico sozinho. Posy e eu sempre fomos inseparáveis. Quando ficamos velhos o suficiente para andar, nossos pais frequentemente nos achavam dormindo juntos no quarto de algum dos dois.

Quando tínhamos cinco anos, começamos a descobrir nossos poderes. Eles não são tão fortes como os de nossos pais, mas eu gosto deles mesmo assim. Posy consegue fazer crescer qualquer planta e flor, não importa onde esteja. O pum dela também é cheiroso. Não que seja um poder muito útil, mas é, no mínimo, mais agradável.

Eu consigo fazer folhas caírem das árvores e fazer qualquer coisa dormir. Segundo mamãe, era porque "as árvores dormem no outono para poderem sobreviver ao inverno". Eu sempre achei meus poderes um pouco entediantes, mas Posy os adora. Ela sempre me pedia para fazer algumas folhas caírem em cima dela.

Quando atingimos a adolescência, meus poderes se tornaram bem úteis quando eu e Posy voltávamos tarde para casa. Papai e Mamãe estavam sempre, inexplicavelmente, adormecidos.

– Quer voar até a casa da Tia Bea? - perguntei

– Não, Augustus, quero um roubar um carro para ir para a casa da Tia Bea. - Posy disse calmamente

Franzi os olhos.

– É claro que eu quero voar para a casa da Tia Bea! - ela disse, irritada

Soltei uma risada.

– Você fica tão temperamental quando as coisas dão errado. - eu disse

– Eu diria que as coisas estão muito mais que erradas nesse momento. - ela disse

Suspirei e concordei.

– Vamos. - ela disse

Peguei a mão dela e deixamos o vento nos carregar até a casa que Tia Bea morava com Tio Dave.

– Espero que Gabi esteja ai. - Posy disse

– Eu também. - eu disse - Ela sempre tem soluções para tudo.

Ela concordou.

Pousamos no telhado e entramos pela clarabóia que haviam colocado justamente para que minha família pudesse entrar mais facilmente, considerando que nosso meio de transporte favorito era o vento.

Caímos no meio da salinha de televisão e, por pouco, não acertamos James e William, os filhos gêmeos de Gabi. Posy gosta de chamá-los de "o mal puro", mas eu acho capetinhas mais apropriado.

– Gus! Posy! - disseram eles, correndo para nos abraçarem

Os dois estavam vestidos com smokings, com gravatas borboleta de cores diferentes. A de Will era azul e a de James, cinza.

– Olá, pirralhinhos. - disse Posy sorrindo - Tia Bea está aqui? Ou Gabi? Ou Tio Dave?

– Todos eles. - disse James

Will concordou.

– Certo - eu disse - Precisamos falar com eles.

– Vocês não preferem ir para o parque? - Will disse - Podemos fazer plantas crescerem e folhas caírem!

Suspirei.

Eu adoraria ir para o parque. Era nossa brincadeira favorita.

Gabi havia ficado muito contente quando descobriu que estava esperando gêmeos. Ela acreditava que eles seriam crianças calmas que nem eu e Posy. Ela ainda gostava de ter gêmeos, mas eles não se encaixavam bem na definição de calmos.

– Não podemos agora. - disse Posy, ao perceber que eu estava imaginando coisas e havia parado de prestar atenção nos meninos - Temos algumas coisas para resolver.

– Quando vocês resolverem essas coisas, podemos ir para o parque? - Will disse sorrindo

– Claro - respondi

Eles assentiram e eu segui Posy para fora da sala. Descemos as escadas e encontramos Tia Bea, Tio Dave e Gabi em trajes formais, conversando na cozinha.

– Olha quem está aqui! - disse Gabi se levantando e nos abraçando - Que saudade que eu estava de vocês.

– Você sabe onde nossa casa fica... - provocou Posy

– Sei mesmo. - riu Gabi - Mas não sei como você reagiria se eu levasse o mal puro para a sua casa.

– Bom ponto. - disse Posy - Aconteceu uma coisa...

– O que? - perguntou Tio Dave preocupado

– Mamãe e Papai foram capturados. - ela disse

– Junto com todos os Guardiões e espíritos mágicos que conhecemos. - eu completei

– Não temos certeza. - disse Posy - Se foram todos... - completei novamente

– Como assim foram capturados? - perguntou Tia Bea

– Chegamos dez minutos atrasados para o casamento. - eu disse

– E ninguém mais estava lá. - Posy completou - Só haviam manchas pretas.

– Breu? - perguntou Tio Dave

– Pensamos que pode ser alguém fingindo ser ele. - disse Posy

– Para nos desviar da investigação certa. - eu disse

– Será que vocês podem parar de completar suas próprias frases? - Gabi disparou

– Desculpa. - disse Posy - Fazemos isso sempre...

– Que ficamos nervosos ou preocupados. - eu disse

Ela bufou.

– Vamos até o Polo Norte ver se conseguimos alguma pista ou algum guardião. - eu disse

– Por favor, fiquem seguros? - pediu Posy - Vocês podem avisar meus avós e tios que o casamento vai ser adiado?

Tia Bea assentiu, pegando o telefone.

– Diz que mamãe está passando mal ou algo do tipo. - eu disse - Eles ficarão preocupados demais se souberem a verdade.

– Claro. - Bea disse - Não se preocupem, eu dou um jeito.

Assentimos.

– Salvem seus pais, ok? - pediu Tio Dave

Sorri para ele e sai da casa com Posy.

– Aperte os cintos. - eu disse

E o vento nos levou.


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Notas finais do capítulo

Ah, como é bom estar de volta! Prometo que vou escrever essa fic com muito carinho e tentar fazê-la mais legal que a Let Is Snow 1; obrigada pelo carinho dos leitores antigos e obrigada pela coragem dos leitores novos.
Amo vocês.
Não se esqueçam de marcar que estão acompanhando a historia!
Vou ter visitas aqui em casa até dia 15/1, mas vou tentar programar um ou dois capítulos para esse período, prometo que respondo todas as reviews quando voltar.
FELIZ NATAL E BOAS FESTAS PARA TODOS



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