Pov Emma

Acordei super animada hoje, íamos passear e fazia muito tempo que eu não fazia isso. Sai por ai pra olhar a paisagem, com pessoas que a gente realmente gosta. Muito bom. Eu saia as vezes com a Belle, mas a coitada trabalha tanto na faculdade que acaba ficando sem tempo, ate pra viver. Imagina pra sai por ai andando comigo.

Fui a primeira a acordar, e como sempre fico me mexendo muito tentei levantar da cama sem fazer muito barulho não queria acorda nem Regina e nem Henry agora. Só tentei mesmo, porque assim que me afastei dela, ela acordou.

— Hey mocinha, onde você pensa que vai? –Ela perguntou bocejando enquanto ajeitava Henry em cima dela.

— Hey, bom eu ia me levantar. –Falei voltando a me aconchegar nela, que me aceitou de bom grado. –Eu não consigo ficar quieta depois que eu acordo, então ia me levantar pra não acorda vocês dois já que ainda esta cedo. –Falei e ela começo a mexer no meu cabelo.

— Uma coisa você tem razão, tá muito cedo. –Ela riu e se aproximou mais, como se fosse possível. –Fica aqui mais um pouquinho que já já você pega no sono de novo.

Eu fechei os olhos e fiquei pensando. Conheço  Regina a anos, nunca nos vimos pessoalmente e quando aconteceu ela foi super grossa comigo.  Agora eu estou aqui, nos braços dela recebendo um carinho maravilhoso no cabelo como se isso fosse a coisa mais normal entre nos duas. Isso as vezes me assusta, não quero me apegar muito e depois ver ela indo embora ate porque ela nem mora aqui. Apesar de Boston não ser do outro lado do mundo fica longe e ela não vai pode estar aqui sempre.

Só de pensar que daqui a alguns dias ela vai estar indo embora me da um aperto no coração. Nos já ultrapassamos limites de intimidades ao qual eu só tinha com a Belle e depois de tudo ela vai embora. Tentei não pensar muito, se continuasse assim ia acabar chorando e estragando o dia. Foquei apenas no carinho  que Regina ainda estava fazendo e acabei dormindo.

Acordei algumas horas depois com a Regina me chamando, pelo visto tínhamos dormido demais e já estávamos atrasados pro café da manhã. Ela já tinha tomado e já tinha dado banho em Henry, só faltava eu. Levantei rápido mais antes de ir tomar banho dei um beijo de bom dia na bochecha dela e enchi Henry de beijos pelo rosto todo. Ele só fazia rir, só parei porque Regina reclamou e me empurrou pro banho.

De banho tomado coloquei minha roupa, um short jeans curto rasgadinho, uma blusa listrada preta e branca folgada e minha inseparável bota marrom. Olhei no espelho e ate que meu look não estava tão ruim, estava fazendo calor hoje então combinou bem. Resolvi prender o cabelo em um rabo de cabelo, escovei os dentes e sai do banheiro. Regina ficou me encarrando dos pés a cabeça e eu já estava começando a ficar envergonhada.

— Algum problema Mills? –Perguntei como se não estivesse morrendo de vergonha.

— Não, e que é estranho ver você assim. –Ela apontou pro meu short, tenho certeza que agora estava parecendo um tomate. –Todas as vezes eu te vejo de calça jeans.

— Quando a gente se viu na livraria eu estava de vestido.

— Eu não lembrava disso. –Ela sorri sem graça.

— Tudo bem, então vamos? –Perguntei e Henry logo correu pra pegar na minha mão.

— Vamos sim, deixa eu só pegar a minha bolsa –Ela procurou outra bolsa na mala que a proposito era enorme. E começou a passar as coisas da bolsa que ela estava ontem pra nova. –E antes que eu esqueça, você esta linda assim. –Abaixei a cabeça e agradeci sem graça. Ela terminou o que estava fazendo e a gente saiu do quarto.

— Nos vamos ter que tomar café em outro lugar, esses restaurantes de hotel tem hora pra tudo e como pode percebe a gente passou bem da hora de tomar café.

— Por mim tudo bem. –Eu estava com Henry no colo, ela grudou em mim e acho que não vai desgrudar nem tão cedo. Mas eu gosto disso.

Fomos em direção a uma cafeteria que tinha perto do hotel e sentamos em uma mesa a garçonete veio logo nos atender e fizemos nossos pedidos. Eu pedi panquecas e chocolate quente, Regina falou que Henry era fã de panquecas assim como eu e pedi a mesma coisa pra ele. Ela só pediu torradas e café preto. Comemos e na hora de ir embora fui tentar pagar o meu, tenta porque Regina fez questão e disse como ela tinha me convidado para o passei ela que pagava tudo. Não tentei ir contra ela.

Fomos caminhado e caminhado quando a gente viu já estava bem longe do hotel então decidimos que era melhor ir logo pro Central Park. Já que do jeito que a gente ia só íamos chegar lá no fim do ano. A gente estava aproveitando mesmo a companhia uma da outra. Pegamos um taxi já que era longe e partimos em direção ao Central Park. Assim que chegamos Henry pediu logo pra descer do meu colo e ir brincar. Sentamos em um banquinho e ficamos de olho nele ate Regina puxar assunto.

— Então Emma, você nunca pensou em sair da casa da sua mãe?

— Sim, mas pra isso preciso de dinheiro sabe. Eu estou ate juntando o que eu ganho no Granny’s que é onde eu trabalho. Mas não é muito e vai demorar um pouco pra conseguir a quantia toda.

— Quantia toda? Isso que dizer que você já tem um lugar certo?

— Sim, é perto da faculdade. É pequeno mas pra mim tem o tamanho ideal. –Sorri lembrando do cantinho que ainda ia ser meu.

— Você poderia me levar lá pra conhecer né?

— Você quer mesmo ir?

— Claro, já esta quase na hora do almoço a gente podia ir lá e depois podíamos ir chamar a Belle pra almoçar.

— Serio? –Falei animada.

— Claro que sim, vem vamos chamar o Henry e depois vamos lá no seu cantinho. Futuro cantinho.

***

Chegamos no prédio onde o ‘‘apartamento’’ em que eu queria compra estava. Não era muito grande, tinha um elevador antigo e pelo visto todos os apartamentos eram pequenos. Tinha aquelas escadas de ferro na parede do lado de fora. Bem NY. A maioria das pessoas que moravam aqui eram estudantes da Columbia.

Pedi ao porteiro as chaves e subimos. Mesmo não sendo meu o apartamento, eu podia pegar a chave pra ver ele a hora em que eu quisesse. Como quase ninguém se interessava pelo apartamento eu podia ir lá a hora que quisesse.

Chegamos no apartamento e Regina olhou tudo ate os mínimos detalhes. Como eu disse não era grande. O que me fez amar ele foi a enorme janela de vidro que tinha. Eu sempre sonhei em morar em um lugar assim. Ficava horas olhando pela janela no apartamento da Bels, o da Belle era um pouco maior, esse tinha praticamente um cómodo comprido, a porta era em frente a janela de vidro. No fundo do lado esquerdo tinha uma cozinha bem pequena um balcão um cómodo do meio que era onde se encontrava a porta e subindo uns quatro degraus ficava o ‘‘quarto’’ e lá ficava o banheiro também. Eu ia dar meu toque nele e ia ficar um amor com certeza.

— Então você gostou? –Perguntei a Regina.

— Bom é bem pequeno, mas como só você vai morar então. Achei ele fofo. Todo branco é lindo e essa vista, que sorte a sua. –Ela gostou mesmo.

— Essa foi a maior razão pra escolher ele –Me aproximei dela que estava perto da janela com Henry no colo –A vista, é linda. –Falei e suspirei, não via a hora de ir morar ali.

— Mas falta muito  pra você conseguir comprar?

— Uma parte, não muito. Mas também preciso comprar alguns moveis sabe?

— Sei, bom, eu posso te dar o dinheiro. –Ela falou sorrindo.

— O que? Não, obrigada mas não. Você já me ajudou demais e aceitar esse dinheiro vai ser WOW não. Obrigada mas não.

— Emma, eu ajudei você ate aqui porque eu quis e eu quero continuar te ajudando aceita por favor. Se você não quiser eu não te dou, te empresto o que você acha?

— Eu não sei. –Isso parecia errado pra mim, me aproveitar tanto dela.

— Olha você mesma disse que não e muito, e outra se você conseguir vir morar aqui vai ser melhor pra mim. –Olhei sem entender pra ela. –A Belle comentou comigo que sua mãe não gostava de visitas lá na sua casa,  certo? –Confirmei com a cabeça. –Então, você morando aqui eu vou poder te visitar quando eu quiser. Ou quando eu vim aqui. Aceita por favor. –Ela falando daquele jeito não tinha como negar.

— Ok –Ela comemorou e Henry também levantou os bracinhos imitando a mãe. –Mas, como empréstimo. –Deixei claro.

— Tá, pelo menos aceitou. Agora que eu já vi o seu cantinho vamos. Ainda temos que pegar a Belle.

— Ok. –Fechei tudo e fomos em direção a universidade.

***

Pov Regina

Ter Emma por perto era incrível, eu me sentia tão confortável com ela. Senti uma necessidade de dar carinho a ela enorme e a melhor parte era que ela não recuava, quando eu tentava tocar nela ou beija as bochechas ou a testa dela. E tenho certeza que ela se sentia da mesma forma, confortável.

Trouxe ela para o meu hotel depois do que Belle me falou. Talvez essa tal conversa que a mãe dela, queria ter pudesse ser violenta. Não queria arriscar aquela mulher não tinha uma cara muito boa. A melhor parte da minha noite foi quando quase nos beijamos, para o meu azar ou sorte o Henry interrompeu. Azar porque eu queria beijar ela, e sorte porque eu não queria apressar as coisas. E com esse beijo nos íamos dar um passo a mais. Eu não queria isso agora, quero fazer tudo no tempo da Emma.

Chegamos no meu hotel e ela olhava tudo encantada, como se nunca tivesse visto de perto. Acho que nunca viu mesmo, fiz tudo pra ela se sentir em casa. Pra que ela não sentisse como se não pertencesse aquele lugar. Quando ela foi tomar banho liguei pra Tinker que tinha voltado pra Boston e perguntei se tinha mais alguma coisa na minha agende nesses dias, ela falou que não então falei que ia passar uma semana talvez duas em NY. Ela falou que tudo bem, qualquer coisa me avisava, Robin ainda não deu as caras e não sei porque ainda tenho ele como meu agente.

Tinker trabalha muito mais que ele, ele só viaja com a gente e recebe por isso. Quando voltasse pra Boston ia resolver isso. Tinker sempre foi mais aplicada do que Robin em relação a minha carreira eu via isso e sempre fazia questão de agradecer ela. Robin sempre ficava de cara feia quando isso acontecia, mas nesses cinco anos em que estamos juntos como uma equipe Tinker tem se destacado mais. Mas eu ia dar o verdadeiro valor que a Tinker merece, mas primeiro tinha que ‘’arrumar’’ a vida da Emma aqui em NY.

Depois que a gente jantou e comeu a sobremesa fomos todos dormir. Emma parecia com vergonha na hora de dividir a cama comigo e com Henry mais foi só se aconchegar em mim que dormiu como um anjinho. Em falar em Henry, esse sim estava amando tem Emma por perto. Ele nunca foi assim, de se abrir facilmente com as pessoas mais com Emma era diferente. Ele beijava e abraçava ela o tempo todo. E ela gostava, já vi que esse dois juntos iam me dar trabalho.

No outro dia, acordamos tarde e por isso tivemos que fazer tudo correndo pra dar tempo de fazer todas as três refeições do dia. O medico disse que Emma estava desnutrido devido a má alimentação, ou a falta dela. Então ia fazer de tudo para que hoje ela comesse tudo direitinho e não deixasse de comer em nenhuma hora do dia. Depois de ter acordado quando ela tentou levantar da cama, não conseguir dormi tão rápido fiquei fazendo carinho nos longos cabelos loiros dela. E fiquei pensando que tinha que tirar ela o mais rápido possível da casa da mãe dela.

Acabei dormindo logo depois e quando vi a hora, dei um pulo que acabou acordando Henry, Emma continuou dormindo. Me levantei com Henry no colo e fui logo tomar meu banho. Deixei Emma dormindo mais um pouco porque vi que ela estava relaxada e que estava gostando da cama fofinha do hotel. Arrumei Henry e coloquei ele sentado na cama e fui termina de me arrumar. Quando estava acabando fui acordar Emma, ela se arrumou rápido e quando saiu do banheiro quase cai pra trás.

Ela estava linda com aquele shortinho e bota. Me segurei pra na ir beijar as bochechas vermelhinhas dela. Fomos tomar café e quando vi o que ela pediu me deu vontade de reclamar. Mas como ela passou dois dias comendo a comida horrível do hospital deixei passar, mas no almoço eu que ia pedir pra ela. Partimos em direção ao Central Park e ficamos sentadas enquanto Henry brincava.

Não me segurei e perguntei se ela não tinha vontade morar sozinha e pra minha alegria ela falou que tinha um lugar pra morar, quis conhecer esse lugar na hora. Se fosse realmente bom, ia ajudar ela com dinheiro pra inteirar.  Chegamos no prédio e tenho que confessar que não gostei muito dele por fora, apesar de ser típico prédios assim em NY não chamou muito a minha atenção. Mas como dizem, não julgue o livro pela capa, acabei me surpreendendo com o apartamento em si. Era muito fofo e a janela que tinha lá era incrível. Não era grande mais como Emma falou, ela ia dar o jeitinho dela.

Pedi pra ajudar, mas como sempre Emma dificulta as coisas, falei no meu tom mais serio e ainda usei a chantagem de que poderia ir lá sempre que quisesse. Parece que isso convenceu ela, ia tirar esse dinheiro o mais rápido possível e ia ajudar ela. Enquanto íamos em direção a universidade atrás de Belle fui falando com o gerente do meu banco, falei que precisava tirar o dinheiro o mais rápido possível. Quero ir embora de NY com tudo no lugar. Emma no apartamento dela, longe daquela vigarista barata.

Falando em vigarista, trouxe tudo o que consegui pegar noite passada na casa de Emma. Ia mostra a Belle e juntas íamos desmascarar Ingrid. Passamos na universidade, falamos com Belle e de lá fomos a o restaurante da avo da Ruby. Obviamente não foi uma escolha minha mas sim da Emma e da Belle. Elas queriam me apresentar a tão famosa Granny, não fui contra já que quando vi estávamos na frente do restaurante/lanchonete/sei lá o que. Entramos, sentamos em uma mesa afastada, e olhamos o cardápio já que as duas na minha frente já sabiam o que iam pedi. Para o nosso azar, quem veio atender a gente foi Ruby.

— Boa tarde senhoritas. –Ela olhou pra Henry e falou  –E mocinho. –Ela falou sorrindo pra ele, que sorriu pra ela, Henry porque você tem que ser tão fofo? –Já sabem o que vão querer? –Sua cabeça, brincadeirinha.

Emma e Belle falaram “o de sempre’’ que se resumia em, hambúrguer, batata-frita e refrigerante.

— Emma você não pode ficar comendo tanta besteira. –Falei reclamando com ela.

— Só por hoje Gina. –Ela falou e juntou as mãos como se pedisse por favor, com aquela carinha irresistível dela.

— Tá, mas fique ciente dona Belle, que se ela passar mal a culpa é sua. –Ela me olhou incrédula.

— Mas eu não fiz nada.

— Fez sim, pediu isso e ela te imitou. –Henry me puxou pela blusa e pediu a mesma coisa também. –E o Henry também, então se algum deles passar mal a culpa é sua.

— Chata. –Ela falou e deu língua.

— Eu vou querer uma salada, com frango grelhado e suco de laranja por favor. –Falei a Ruby que continuava parada esperando, parecia que ela queria falar alguma coisa mais ela só escreve e foi embora.

— Temos uma novidade Belle. –Eu falei sorrindo.

—Vocês vão casar? –Ela perguntou isso, e eu e Emma nos olhamos assustadas.

— O que? –Emma falou saindo do transe.

— Brincadeira gente, agora fala.

— Bom, com a ajuda da Regina eu vou conseguir comprar o meu apartamento. –Ela falou com um sorriso enorme no rosto.

— Serio? –Emma afirmou com a cabeça. –Nossa Emms que legal. –Ela abraçou Emma apertado. –Obrigada Regina por estar ajudando tanto a Emma, de verdade.

— Não tem de que, eu me sinto muito bem fazendo isso. E com a Emma morando lá vou me sentir mais tranquila, você sabe.

— Sei –Ela falou e sorriu. –E quando vocês vão comprar? –Emma deu uma cotovelada nela repreendendo por causa da pergunta.

— Ai Emma, qual é? Eu só quero saber. –Ri das duas, e respondi.

— Por mim, podemos ir agora mesmo, depende só da Emma.

— Depois conversamos sobre isso, podemos comer agora. –Ruby chegou com nossos pratos. Conversamos sobre varias coisas, sobre a universidade, que Emma já ia voltar na segunda. Ela estava super animada, nem parece que só faltou dois dias. Depois quando já estávamos saindo Ruby veio falar com Emma.  Elas foram para o fundo do restaurante e quando eu já estava indo atrás delas Emma saiu de lá. Ela estava vermelha, com raiva, muita raiva. Ruby só veio atrás, ela parecia normal e um pouco culpada eu acho? Saimos do restaurante atrás de Emma e quando alcançamos ela BOOM

— Quem foi? –Ela estava seria, nunca vi ela assim.

— Quem foi o que Emma? –Belle parecia assustada.

— Que veio falar com a Ruby sem a minha autorização? E ainda bateu nela? –Mas que bitch, porque ela tinha que falar isso a Emma?

— Fui eu –Falei baixinho, do jeito que ela estava era capaz de me bater, ou não.

— REGINA quem pediu pra você fazer isso? Eu sei que você quer me ajudar, mas poxa, tem certos tipos de coisas que só EU posso resolver. Eu não sou uma criancinha, que precisa ser vigiada e cuidada vinte e quatro horas. –Ela falou isso tudo e saiu andando em direção a um parquinho que tinha lá perto. Henry como bom grude que é foi atrás dela correndo e se agarrou nela, que pegou ele no braço.

Droga, não era pra ela saber assim. E porque Ruby tinha que contar a ela também. Tentei ir atrás dela mas Bele achou que o melhor era esperar, ela se acalmar mais. Droga, logo agora que tava tudo bem.

Observei Emma se afasta sem poder fazer nada, como Belle falou que era melhor espera, resolvi esperar. Ela sentou Henry em um balanço e ficou brincando com ele. Não ia atrapalhar, ia espera ela se acalmar pra poder tentar conversar com ela. Puxei Belle pra um banco e sentamos. Ia mostrar tudo o que eu peguei na casa de Emma.

— Bom, aqui esta. –Tirei, as coisas da bolsa e mostrei a ela. –Essas foram as coisas que eu peguei lá na casa da Emma. Tem essa foto aqui –Mostrei a foto que David e Ingrid apareciam juntos. –Peguei essa foto aqui porque eu conheço esse homem.

— Como assim?

— Não conheço do tipo, somos amigos, mais conheço porque a família da mulher dele é muito amiga da minha família.

— Espera, mulher? Ele é casado? Mas e essa intimidade toda com a Ingrid?

— Por isso mesmo eu peguei essa foto. O fato é, eles eram mais que amigos, como cheguei nessa constatação? Simples, essas outras três fotos, obviamente foram tiradas por um detetive ou alguém que a Ingrid tenha pago para seguir o David, ou investigar a vida dele.

— Meu deus. –Ela estava mais chocada do que eu.

— E não acaba ai, tem essa certidão e esse atestado de óbito falso. Agora junte os pontos. –Ela examinou tudo e pensou por um momento.

— Não pode ser. –Afirmei com a cabeça. –Se isso for verdade, que dizer que a Ingrid sequestrou a Emma.

— Se for verdade? Belle isso É verdade. Ela sequestrou a Emma, por alguma razão, e ainda fez com que parecesse, que ela tinha morrido.

— Mas porque ela faria uma coisa dessas?

— Isso eu ainda não consegui deduzi, mas talvez tenha sido pelo fato de, David abandonou ela e ela com raiva sequestrou a coitada e faz com que a vida dela seja um inferno. Pra se vingar.

— Mas uma coisa não faz sentido, ela não ia sequestra a Emma simplesmente pelo fato de que ela é filha do ex dela. Tem mais alguma coisa ai.

— Eu sei que tem também, mas só podemos descobrir depois que eu falar com o David.

— Você vai falar com ele?

— Mas é claro. Preciso dele se quiser tirar a Emma das garras da Ingrid. Preciso saber o que eles tinham e qual a razão dele ter abandonado ela. Porque teve ter sido um motivo e tanto.

— Certo, eu estou começando a ficar com medo.

—Não deveria, nada vai acontecer a você e em a Emma.  Já consegui tirar ela da casa daquela cobra, agora é só questão de tempo para ela conhecer a família verdadeira dela. Eu vou ligar pra minha irmã, e vou pedir o numero dele. Talvez ela tenha, e se não tiver ela vai conseguir com alguém.

— Você é louca, -Ela falou sorrindo.

— Eu não sou, só estou cuidando da Emma.

— Porque você gosta dela. –Ela cantarolou.

— É claro que eu gosto dela, ela é uma ótima pessoa.

— Não foi esse tipo de gostar que eu falei, e sim do tipo gostar GOSTAR. –Tenho certeza que corei nessa hora.

— Ta admito que eu estou interessada nela, mas não vou tentar nada agora. Quero primeiro, consertar a vida dela, pra depois tentar algo mais. –Sorri boba. –Se ela ainda quiser falar comigo né. Aposto que ela deve estar me odiando.

— Não tá não, a Emma é assim, ela não gosta de violência. Nem quando a pessoa merece, e ela queria resolver o problema dela com Ruby sozinha, sem ajuda sabe. Mas quando você conversar com ela, ela vai entender.

— Espero. –Falei me levantando do bando. –Vou enfrentar a fera agora.

— Boa sorte. –Ela falou achando graça da minha situação.

— Obrigada.

***

Pov Emma

Depois de mostra o meu futuro AP pra Regina fomos buscar a Belle e depois fomos para o meu restaurante/lanchonete favorito no mundo Grany’s Dinner. A Regina não gostou muito mas eu implorei e ela aceitou. Quando já estávamos indo embora, Ruby apareceu e pediu pra conversar comigo, eu fui porque não tinha nada  a perder com isso.

— Pode falar. –Falei, já que assim que paramos ela ficou muda.

— Eu queria me desculpar com você. –Ela estava nervosa, vi que pra ela pedir desculpar a mim não estava sendo fácil. –Eu fui uma idiota com você esse tempo todo, por causa de uma coisa banal. Que nem merece ser citada de novo. Eu realmente, realmente sinto muito Emma. –Os olhos dela começaram a lacrimejar. –Eu só achei que estava fazendo a coisa certa, defendo a pessoa que eu mais amo no mundo, a minha avo. Mas no final só estava machucando uma pessoa que mais precisa de ajuda. –Nessa hora eu abaixei a cabeça. –Eu vou entender se você não me desculpa de verdade, eu só queria tirar esse peso dos ombros sabe. Esse peso da consciência.

— Eu acredito que suas desculpas seja verdadeiras, e por isso eu vou te desculpar. Eu não sei qual motivo você tinha pra fazer tudo o que fazia, mas deveria ser uma coisa muito seria ou talvez não. –Sorri e ela também sorrio sem graça. –Eu te desculpo Ruby e vou fica muito feliz se algum dia, você quiser ser minha colega quem sabe?

— Eu vou adorar. –Ela sorriu largo. –Obrigado Emma, você é uma ótima pessoa e eu espero que a partir de hoje só coisas boas aconteçam com você. –Ela me abraçou, fiquei um pouco assustada no começo mas retribui. –E também não quero mais ter que apanhar da sua amiga. –Espera, o que?

— Apanha? Como assim?

— Pode-se dizer que você tem amigas que fariam tudo por você. Tudo mesmo. E que tem a mão bem passada também. Eu preciso voltar ao trabalho, e antes que eu me esqueça. Aquela ameaça idiota que eu te fiz, ignora, você ainda tem  seu emprego e vai ter ate quando não quiser mais.

— Obrigada.

Voltei pra onde elas estavam e perguntei quem tinha batido nela. E  a felizarda foi a Regina. Mas que merda. Eu acabei gritando com ela, e sai andando feito louca na frente, desacelerei o passo quando vi que Henry tinha me acompanhado. Parei pra pegar ele no braço e fui em direção ao parque.

Eu sei que ela quer cuidar de mim, mas poxa eu que deveria ter resolvido esse problema, não a Regina. Coloquei Henry no balanço e fiquei brincando com ele, ao longe vi Regina e Belle conversando sobre alguma coisa. Essas duas estavam muito próximas, e isso era estranho.

Continuei brincando com Henry ate meu braço começar a doer, sentei no balanço ao lado do dele que logo veio sentar no meu colo. Mas é um grude mesmo, peguei ele no colo e fiquei ‘‘conversando’’ com ele.

— Sua mãe é muito mandona sabia? E ela bate nas pessoas alheias. –Falei pra ele que não entendeu nada, mas mesmo assim concordou.

— Anjinho. –Ele me chamou e eu olhei pra ele. –Você agora é minha mamãe também?. –Ele perguntou confuso, o que eu ia responder? MEU DEUS.

— Não sei Henry er... Você quer que eu seja sua mamãe também?

— Simmmm. –Ele falou feliz levantando os bracinhos.

— Então se sua mãe Regina deixar, por mim tudo bem.

— Se eu deixar o que? -Regina apareceu do nosso lado, me assustando. –Desculpa. –Ela sorriu sem graça ao ver que tinha me assustado.

— Se você deixar a Emms ser minha mamãe também, mom. –Henry falou.

— Oh, mamãe do Henry? Como assim? –Ela parecia confusa, droga.

— Não é nada, segredo nosso, não é Henry? –Ele olhou pra Regina e olhou pra mim de novo para concorda. –Ótimo.

— Henry, que tal você ir tomar sorvete com a tia Belle? –Regina perguntou e eu fiquei pedindo internamente pra ele negar, o que não aconteceu. –Otimo, ela esta ali esperando você. –Ela apontou pra Belle que estava chamando ele, que saiu correndo em direção a ela. –Bom agora podemos conversar.

— Eu não quero conversar agora. –Falei emburrada, eu realmente não queria conversar.

— Emma, me desculpa tá. –Ela falou e então olhei pra ela. –Eu sei que eu não devia ter me envolvido mas depois que a Belle falou tudo o que aquela garota fazia com você eu fiquei com raiva, muita raiva. Só queria te defender.

— Eu sei, mas mesmo assim, isso não te dava o direito de ir lá e bate na garota.

— Eu sei. –Ela falou cabisbaixa. –Eu só queria te ajudar.

— E você me ajudou e muito. Por isso não precisava ter ido lá pra conversa com ela, nem bater nela. –Falei sorrindo, eu não conseguia ficar com raiva das pessoas por muito tempo, imagina da Regina.

— Desculpa de verdade, vou tentar me conter da próxima vez. –Ela falou sorrindo também.

— A Ruby falou que você tem a mão pesada. –Falei gargalhando.

— Eu estava com raiva, acho que acumulou tudo na minha mão.

— Sim. –Sorri.

— Mas que Historia é essa de ser mamãe do Henry também?

— Bom ele perguntou se agora eu seria a ‘‘mamãe’’ dele, então eu falei que se ele quisesse eu poderia ser. E se você deixasse é claro. –Falei se graça.

— Eu acho que o Henry vai adorar ter duas mamães. –Ela sorriu largo. –E eu vou adorar, dividir ele com você, na verdade eu tenho uma coisa pra te contar. –Ela hesitou um pouco. –O Henry não é meu filho de verdade. –Arregalei os olho, OQUE? –Na verdade ele é só que não biológico, ele é adotado. –E assim ela me explicou toda a historia.

— Nossa, que historia linda, eu sinto muito pelo seu pai. –Ela desviou o olhar. –Mas de uma coisa eu tenho certeza, o Henry é a criança mais sortuda do mundo por ter você como mãe. -Sorri gentil pra ela.

— Obrigada. Mas e você, pensa em ter filhos?

— Quem sabe um dia?

— Certo, vamos atrás daqueles dois, é capaz do Henry consegui tira da Belle mais de um sorvete, com aqueles olhinhos pidões dele.

Encontramos os dois e passamos o resto da tarde no parque, depois levamos Belle em casa e seguimos em direção ao hotel. E eu pensando que só ia passar uma noite com a Regina acabei ficando pra passar mais esta.

***

Nosso sábado começou agitado, acordamos cedo, para resolver a negociação do apartamento e acabou que consegui comprar no mesmo dia. Pra minha sorte. Quando assinei o papel em que passava ele para o meu nome pulei tanto que vi a hora de derrubar o prédio. Abracei Regina tão apertado que ela ate perdeu o folego.

O dono acabou abaixando o preço, e Regina me emprestou bem menos do que precisava. Depois de toda a negociação partimos em direção a lojas de artigos pra casa. Regina queria resolver tudo no mesmo dia. Comprar, cama, mesa, geladeira e etc. Eu disse que não precisava e que ela não deveria gastar tanto assim comigo mas minha palavra não valeu de nada, quando Belle se juntou a gente e concordou com Regina. Então eu ia atrás delas apenas concordando com tudo.

— Pra nossa sorte o apartamento esta em perfeito estado. Não vamos precisas fazer reforma, o que facilita muito é só colocar tudo dentro e morar. –Ela sorriu pra mim, enquanto íamos andando pela sessão de camas, ela disse que tínhamos que comprar o essencial hoje, a cama.

— Sim. –Falei não prestando muito atenção.

— Um vendedor, ótimo. –Ela me ignorou e foi andando em direção ao homem, que para o meu ver estava praticamente comendo ela com os olhos, mas que fdp.

Tenho que admitir que Regina estava linda hoje, com uma saia lápis, que marcava muito bem sua bunda. Eu não sou cega e essa foi uma das partes do corpo dela que me chamou bastante a atenção. Não era a primeira vez que via tanto homens quanto mulheres olhando pra ela e para o corpo escultural dela, mas esse ai estava quase mergulhando no decote extremamente exagerado da blusa dela. Parece ate que fez isso para me provocar.

Provavelmente alguns de vocês devem esta se perguntando ‘‘mas Emma que fogo todo é esse?’’, eu sei que ainda sou virgem, mas como disse antes, não sou cega. E desde que conheci Regina, venho tendo esses pensamentos nada puros. Ao mesmo tempo que quero que tudo seja calmo e romântico com ela, penso em como ia ser ter ela nua, em cima do meu corpo, também nu. Ok. Parei por aqui.

Apresso o passo e paro do lado dela, bem perto dela, quando colando meu corpo no corpo dela. Ela olhou pra mim sem entender mas mesmo assim não se afastou. Otimo. Isso não fez diferença nenhum para o vendedor que continuou encarrando o corpo dela, de cima a baixo. Que idiota. Tenho que tomar uma atitude mais precisa.

Rodeei meu braço em volta da cintura dela e puxei ela pra ficar mais perto. Ficamos coladas uma na outra e eu não ia soltar ela ate sairmos dessa loja. Onde só tem vendedores tarados.

— Estamos procurando uma cama, grande e confortável, certo Emma? –Ela me olhou bem nos olhos e sorriu, ela tinha gostado da minha atitude.

— Sim. –Falei seria encarrando o vendedor, que percebeu que eu não estava gostando dos olhares dele para minha morena. Minha? Não era minha, AINDA.

— Vamos por aqui, nesse lado nos temos as melhores camas da loja. –Seguimos ele, continuei com o braço em volta da cintura de Regina. Belle e Henry estavam, no outro lado, na parte onde tinham moveis para quarto de crianças, Henry estava correndo por toda parte. –Aqui esta, vou deixar vocês escolhendo. –E ela saiu.

— Ok, agora você me explica o motivo dessa sua atitude.

— Não sei do que você esta falando. –Me fiz de desentendida.

— Sabe sim Emms. –Ela se aproximou mais de minha, me abraçando pela cintura. –Isso tudo foi ciúmes? –Ela falou aproximando o rosto do meu.

— Eu... Nã... como você descobriu? –Eu não ia consegui mentir pra ela.

— Eu sempre sei de tudo. E eu gostei.

— Gostou?

— É, olha eu não quero apressar as coisas entre a gente, mas também não dá mais pra fingir que eu não sinto nada além de amizade por você. Porque eu sinto, como eu falei, não quero apressar nada mas também não quero ignorar esse sentimento então sim Emma Swan, eu gosto de você, de verdade. E eu realmente quero tentar algo com você. E sobre eu ter gostado, essa sua atitude só confirmou as minhas suspeitas.

— Quais? –Perguntei sorrindo, olhando nos olhos dela.

— Que você também gosta de mim, e por isso eu me declarei.

— Eu gosto de você, mesmo, desde a primeira vez que tive pessoalmente. Mesmo que nosso primeiro não tenha sido lá essas coisas. –Ela sorriu envergonhada. –Naquele dia eu me senti completa e logo depois me senti péssima mas mesmo assim, senti que era você. –Sorri pra ela.

— Eu sei que é você, e por isso não vou te força a nada, vamos levar tudo isso no seu ritmo ok?

— OK

— Otimo, e não precisa ficar com ciúmes, eu só tenho olhos pra você. –Ela me deu um beijo na ponta do nariz e voltou a olhar as camas.

Sorri abertamente, pela primeira vez na vida coisas boas estavam acontecendo comigo. E eu espero que continue assim.

Pov Regina

Depois de me entender com Emma no parque, tudo estava indo bem. No outro dia fomos acerta negociação do apartamento e no mesmo conseguimos compra-lo. Depois fomos resolver tudo sobre a mobília.

Emma era do tipo de pessoa que se você não pressionar, ela não sai do lugar. Então resolvi dar um empurradinha. Já tinha percebido alguns olhares de Emma em mim e ia usar isso ao meu favor. Se tinha uma parte do meu corpo que eu sabia que ela gostava de olhar, era o meu bumbum. E por isso era  aparte que eu mais ia valoriza, com um decote também.

Meu plano deu super certo. Emma com ciúmes é a coisa mais fofa do mundo. E ainda é bem possessiva. Depois de nos declararmos uma pra outra, finalmente decidimos qual cama comprar. Eu ia ajudar Emma comprando os moveis essências e ela ia compra o que fosse faltando. Como eu só ia voltar dentro de duas semanas provavelmente ia ficar com Emma no apartamento por um tempo, tempo esse que ia usar buscando uma casa pra mim aqui em NY.

Não falei com ninguém sobre isso mas é uma coisa que eu quero fazer a um tempo. Na verdade desde que conheci Emma, tomei a decisão de vir morar aqui. NY é praticamente o centro de tudo, sr.Gold tem uma filial da editora aqui, então ia continuar trabalhando com o que eu gosto e ia ficar peto de Emma.

Mas antes de tudo, ainda ia voltar para Boston. Tenho que descobrir por onde anda Mary Margareth e David Nolan. Preciso resolver essa situação, quando, termina de ajudar Emma com o apartamento  ela começar a morar lá, vou dar inicio a minha investigação.

Eram muitas coisas pra se resolver, mas eu ia conseguir, tudo pela Emma.