Dentro de um coração vazio escrita por Drylaine


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esse é só o prologo do que esta por vir. A ideia é resolver toda a trama dessa historia em poucos capitulos, minha meta é desenvolver essa trama antes ou até o dia 29 de janeiro que é quando TVD retorna. Então até lá espero que vcs possam curtir e passar esse tempão de hiatos apreciando minha fic. Pra quem não tiver acompanhando a 7 temporada ou já desistiu, mais um motivo pra acompanhar a minha fic pq aqui vai ter muito Bamon, embora Elena esteja lá, ela será mera coadjuvante que eu vou usar só pra ser uma das provações ou tentações q nosso vampiro de olhos azuis vai ter que passar pra se livrar desse inferno. Agora pfv deixem suas reviews pq eu estou escrevendo essa trama pra vcs que amam Bamon e assim como EU andam meio desanimada com essa S7. Vamos ao capitulo!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666342/chapter/1

Depois de tanto tempo preso a amores que eu acreditava cegamente serem puros e reais, mas que no fim se mostraram uma ilusão dolorosa criada por Lily e, posteriormente, por Katherine pra me manipular tão sadicamente, logo, acabei por cair numa nova e mágica ilusão. Uma ilusão perfeita, dessa vez, criada por mim mesmo, distorcendo minha mente e me dando a falsa impressão de liberdade, fazendo-me acreditar que eu ainda tinha a chance de redenção, de encontrar um amor genuíno e orgânico, de traçar um caminho para a verdadeira felicidade e paz a qual acreditei ter encontrado nos braços de Elena com quem eu estava pronto pra formar uma nova família e tudo parecia em seu devido lugar.

Eu acreditei que isso era o que bastava, viver uma vida medíocre como um mero mortal ao lado de minha amada e tudo se encaixava.

Mero engano...

O vampiro vingativo, egocêntrico e passional demais achou que através do amor por Elena Gilbert havia conseguido conquistar sua redenção. Que havia ganhado uma segunda chance de reconstruir sua vida através dos sonhos de sua amada. E por Elena tudo valeria a pena, eu abriria a mão de tudo por ela, só pra fazê-la feliz estando comigo ao seu lado. Eu havia decidido ser um humano de novo abrindo mão de minha imortalidade, mesmo que certas vozinhas irritantes me dissessem que era um erro.

— Damon, isso não combina com você. Você já foi um humano estúpido e fraco. – Eles murmuravam em uníssono contra mim.

— Quem é Damon humano? Um homem desertor, covarde e irresponsável que sempre envergonhou o sobrenome Salvatore. – Ouvi a voz distante de Giuseppe exclamar com prepotência e escárnio.

— Oh Damon, meu amante apaixonado e tolo. Tão invejoso que não se contentou em ter somente a garota de Stefan, mas agora quer viver o sonho que seu próprio irmão um dia desejou. – Eu podia até ouvir Katherine como uma víbora sussurrar venenosa.

— Damon meu querido menino inquieto e orgulhoso demais, você sabe que não pertence mais a essa vida. Você nasceu pra ser imortal. Você pertence às trevas. – Eu poderia ouvir Lily dizer em tom severo com um toque de angustia.

— Isso irmão, assim você se ilude um pouco mais. Você está feliz agora? Pobre Damon prefere viver nessa mentira camuflada de doces e apaixonantes sonhos que encarar a realidade. – A voz de Stefan retumbava dura e gélida.

— Cala a boca! – Eu rosnei irado, desejando que as vozes se calassem pra sempre.

Mas, as vozes continuaram impetuosas se misturavam entre si, me fazendo entorpecido e desnorteado até que eu ouvi uma voz que eu achei que nunca mais ouviria.

Uma voz que tinha o dom de mexer comigo de uma formar avassaladora.

— Olha só pra você, parece nervoso e meio perdido. Mas, você parece que conseguiu o que queria. – Eu segui o som da sua voz. Encontrei-a sobre a beirada da torre do relógio. A torre que havia virado; nos últimos três anos; meu lugar secreto aonde eu ia pra refletir e também pra bancar o vigilante de Mystic Falls.

— O que você faz aqui? – Eu disse numa pitada de descrença e rispidez. Bonnie continuou sentada inabalável de costas pra mim observando o movimento da cidade. Era inusitada vê-la ali, afinal, Bon Bon sempre teve pânico de altura. – Você não deveria estar aqui! – Eu disse temeroso e aflito.

Eu consegui chegar até ela, quando suas belas íris cor de jade se voltaram pra mim eu senti meu corpo aquecer num calor sereno e seu cheiro de repente parecia se impregnar em mim me fazendo relaxar. Decidi me juntar a ela e se sentar a seu lado para apreciar a paisagem do lugar e, também, aproveitar a companhia dela antes que a realidade me dominasse de novo e me arrastasse pra longe de minha Bon Bon. Eu senti de repente uma sensação de posse por ela, mesmo sabendo que Bonnie Bennett era uma força da natureza que nunca poderia ser domada, ela não me pertencia e isso me feria de alguma forma.

— Oras você nunca muda né? Não gostei muito dessa sua versão. Damon humano é estranho. – Ela franziu a testa e mordeu o lábio nervosamente parecendo pensar com cautela nas suas palavras.

— Eu estou onde eu deveria estar... ao lado de Elena. – Eu disse sem conseguir enfrentar seu olhar reprovador.

Tentei me concentrar em seu coração que deveria estar pulsando exaltado e cheio de vida, mas eu não sentia nada, nenhum batimento cardíaco que demonstrasse que ela estava aqui comigo, a olhei apreensivo pela falta de poder ouvir seu coração pulsar bombeando vida pra seu corpo petite.

Uma coisa curiosa sobre minha relação intensa com a pequena bruxa era que eu aprendi a decifrar pequenas coisas sobre ela. Seja em seus sorrisos, ou olhares, ou na forma de falar, seja entre seus vícios e virtudes, ou até no jeito como seu corpo reagia quando eu estava por perto. Ou quando exalava poder e fúria e tudo levava a forma como o seu coração fluía saudável. Seu coração era o que me mantida alerta pra saber que ela estava bem e segura. Mesmo quando eu estivesse à distância dela, seu coração era a minha conexão com Bonnie, isso era tão forte que eu nem sabia explicar. Mas, agora aqui do lado dela, apenas a alguns centímetros que nos separava, eu só ouvia os sussurros do vento e da cidade lá embaixo. Senti uma angústia tão grande crescer por dentro.

— Como você se sente preso dentro de seu próprio inferno particular? – Sua voz era a única coisa que me trouxe de volta dos meus devaneios.

— O quê? – Disse confuso.

− Você sabe Damon... seu inferno particular! Um lugar perigoso cheios de doces e sedutores desejos mais secretos. Onde também vivem seus medos mais obscuros e cruéis.

Foi então que a ficha caiu.

− Droga! Você não é real. – Murmurei frustrado. Era por isso que eu não conseguia ouvir seu coração.

— Damon, eu sou real sim! – Subitamente, ela ficou em pé me fazendo também seguir sua ação. Nos olhamos desafiadoramente, ainda sobre a beirada da Torre. Seus cabelos estavam jogados ao vento e faziam um belo contraste com sua pele caramelo e sua face serena. Mas, essa serenidade não durou por muito tempo.

— Você sempre odiava quando eu vinha aqui pra me isolar de todos. Você tinha medo e a única vez que você esteve aqui foi quando Lily morreu e eu... – Minha voz ficou trêmula, eu sentia uma dor angustiante, mas eu precisava continuar o confronto, mesmo que isso a levasse pra longe de mim. Ela tentou se aproximar de mim, mas eu dei um passo para trás. E pela primeira vez estava temendo tocá-la.

— Você estava com medo, ressentido e sentindo culpa por não ter perdoado sua mãe antes dela morrer. – Ela parou e me olhou com aqueles lindos olhos inquisidores cheios de sinceridade e coragem capaz de me fazer me perder neles e, por um momento, eu queria me perder mais uma vez em Bonnie Bennett. – Eu nunca vou esquecer aquela noite. Foi a noite em que me apaixonei por Damon Salvatore e meu mundo desmoronou.

— O meu também! – Eu disse sem pensar.

Aquela noite havia sido a ultima vez que a vi tão cheia de vida, tão sedutora e poderosa, um poder que me envolveu e me fez me sentir o cara mais sortudo ou miserável do mundo, só por poder tê-la tão entregue a mim. Porém, dolorosamente ela foi arrancada de mim, sem chance de ao menos um Adeus digno.

— Volta pra mim, Damon. Volta pra casa, onde você pertence. – Seu tom de suplica fez uma fúria crescer dentro de mim. Ela tentou novamente chegar até mim, mas eu recuei porque a realidade era amarga demais para suportar.

Ela não era real, ela era apenas um lembrete cruel. Bonnie estava aqui para me assombrar. Eu havia falhado com ela, havia cometido um erro. Mas eu tinha que fazer uma escolha, dessa vez, a escolha certa. Bonnie era o meu passado que deveria ficar enterrado junto com todas as minhas falhas e perdas dolorosas.

— Eu estou em casa. Esse é o meu lar ao lado de Elena, a mulher que eu amo. – Eu disse confrontando seu olhar ferido.

— Damon, isso não é real. Eu sou real e eu voltei por você... Porque eu sempre volto! – Ela estendeu sua mão. Bonnie estava tão perto e ao mesmo tempo tão distante.

— Damon! – Ouvi Elena me chamar ao longe. Ao ouvir a voz dela despertei do transe que me prendia a Bonnie.

— Não. Eu tenho que ir. Eu sinto muito Bon Bon, mas é aqui que devo ficar. Tudo o que eu fiz foi por Elena. Eu estava esperando por ela. E agora ela voltou pra mim. Eu estou feliz e em casa.

— As piores mentiras são aquelas contadas pra si mesmo. – Bonnie sussurrou cada vez mais distante de mim. − Você prefere a ilusão de uma falsa felicidade. Suas mentiras irão te devorar e cada pedaço de esperança será arrancado de você até que não sobre mais nada. E todos os seus erros irão te condenar. – Sua voz ganhou um tom sinistro que me fez teme-la incontrolavelmente.

Bonnie se afastou de mim e parou na beirada da Torre me fazendo desesperado.

— Não, Bon Bon. Fique comigo! – Eu fiquei paralisado por um instante, como se uma força invisível me impedisse de chegar até ela, senti uma angustia me dominar. Agora era eu que estava suplicando. Eu não queria deixa-la ir. Entretanto, Bonnie e Damon já não pertenciam ao mesmo mundo.

— Eu te amo, Damon. – Ela me deu um ultimo sorriso triste, antes de abruptamente se jogar do alto da torre me deixando ser engolido por névoas negras obscuras e gélidas.

Então, eu despertei ofegante e desorientado com o coração batendo descompassado. Eu demorei pra perceber onde estava até reconhecer o meu quarto na mansão Salvatore.

− Está tudo bem Damon foi só um pesadelo. – Ouvi a voz de Elena do outro lado da cama tentando me acalmar. Meus olhos se encontraram com olhos de corça cheios de carinho e amor. – Ei, você precisa lembrar de respirar como um humano normal. – Seu tom era divertido. Ela se aconchegou a mim tocando suas mãos em meu peito.

Eu não me sentia confortável em seus braços. Parecia que havia algo de errado ali. Parecia que faltava algo.

− Eu estou tão feliz por estar aqui com você, Damon. Não haveria nenhum outro lugar que eu gostaria de estar que nos braços do homem que eu amo. – Ela me olhou esperando minha resposta.

− Eu estou feliz também, Elena. Eu te amo. – Eu lhe beijei seus lábios ternamente e depois lhe sorri malicioso. Eu queria me perder em seus beijos e seus toques atrevidos, entretanto, eu me sentia fora de órbita. Eu estava mentindo pra todos e, sobretudo, pra mim mesmo, porque eu não estava feliz, porque eu sentia como cada célula do meu corpo ansiava por um outro alguém.

Eu despertei numa realidade onde eu poderia ter tudo o que desejei. Aqui eu tinha Elena em meus braços só pra mim, e eu estupidamente achei que aqui em seus braços eu havia encontrado o amor e a felicidade que tanto sonhei, só pra no fim descobrir cruelmente que esse vislumbre de felicidade era uma farsa.

Eu despertei preso em meu próprio inferno particular. Num mundo onde já não existia minha bruxinha forte e com sua esperança inabalável pra me salvar. E tudo o que me restou foi a amarga solidão de uma mente insana e um coração vazio. Era assim, que me sentia... Um louco obcecado, preso dentro de um coração vazio consumido por trevas, lutando desesperadamente para ser livre e voltar para os braços de Bonnie Bennett.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por enquanto é isso pessoal. Essa semana será meio puxada já que é semana de natal, então não sei se terei tempo pra postar. Mas assim que as festividades de fim de ano passarem, meu objetivo será postar com frequencia. Se nós não nos vermos antes do natal eu lhes desejo um Feliz Natal e que ano que vem seja muito melhor e próspero, que enfim, sejamos todos felizes, e quem sabe em 2016 vejamos Bamon acontecer em TVD. Bom, sonhar não custa nada né kkkkkkk... Bjus!!!