- Tritão! Pare agora! – Urgiu Poseidon – Não ouse tocar em Percy.

Apesar de estar com raiva, ouvir estas palavras me consolou. Poseidon me defendeu, não devia ter duvidado que ele fosse fazer isso, instantaneamente senti meu rosto queimando. Ele jamais permitiria que algo acontecesse comigo,ele me ama, sou seu preferido... Ele disse isso.

- Mais pai esse erro...

- Ele não é um erro! – Interrompeu Poseidon – Ele é meu filho e me orgulho disso!

Essas palavras me deixaram mais constrangido por ter agido daquela forma com meu pai.

- Meio-sangue estúpido! – Sibilou Tritão e a água me jogou contra a parede novamente. Com o impacto o ar fugiu de meus pulmões, instintivamente quis abrir meus olhos mais controlei esse desejo.

- Tritão já chega! – Gritou Poseidon, o poder na sala aumentou descontroladamente, a água ficou quente e eu podia sentir que meu pai virou deus, a quantidade poder era muito grande.

A água se movimento como se estivesse me arrastando, tentei manipulá-la mais foi inútil, não me obedecia. Com um estrondo de pedra se quebrando a força que me puxava sumiu.

- Percy, abra os olhos! – Disse poseidon com a voz calma novamente.

Abri-os e vi meu pai com os 5 metros de altura olhando para mim e um buraco na parede por onde ele deve ter jogado Tritão.

- Você está bem? – continuou ele.

- S-sim – gaguejei quase não conseguindo falar de tanta vergonha – Desculpe por ter agido daquela forma.

- Entendo o porquê, lembra-se de quando Hades raptou Sally? Fiquei furioso e imensamente triste por isso estar acontecendo a vocês, mas Zeus estava com raiva de mim tinha que ficar atento... Foi tão difícil, porém só pude lhe reclamar como filho.

Nesse momento achei que minha cabeça ia explodir de tão quente.

-Pai... – Poseidon ficou do tamanho natural -... Você sentiu?

- Sim filho eles estão no “hospital” submarino, logo quando a filha de Atena tocou a água mandei que fossem lá e salva-la – quando ele falou isso me lembrei do porque de estar aqui, eu havia perguntado sobre os sentimentos dele.

- Posso vê-los? – Perguntei

- Mas é claro! Eu o levo lá...

Fui andando/nadando, ao lado de Poseidon, saímos do castelo e começamos a atravessar a cidade submarina, era movimentada. Havia muitas naíades e seres híbridos como meu irmão caminhando/nadando por lá, animais marinhos tubarões peixes e coisas indeterminadas também.

- Como é o nome daqui? Atlântida? – Perguntei brincando, papai olhou-me sério e perguntou:

- Da onde você acha que saiu a estória sobre ela?  

- Sério? Aqui realmente se chama Atlântida? – eu ri – Eu estou na cidade perdida, melhor que isso eu sou o filho do rei da cidade perdida.

Passamos por mais umas ruas (se é que aquilo são ruas) e paramos na frente de uma construção feita de corais que quando a luz batia oscilava entre verde- azulado e azul-prateado.

- Wou! Belo hospital.

- Também gosto. – concordou Poseidon – Bem Percy, tenho que voltar adeus filho.

Ele me beijou na testa e desapareceu.

Entrei no hospital, logo os vi sentados conversando. Nate se levantou e começou a vir em minha direção. A raiva pela estupidez que ele fez me consumiu e soquei seu rosto sorridente.

Ele gritou e caiu no chão e o sangue pingava de seu rosto.

- Percy! – gritou Annabeth, quando a vi sorri e caminhei para ela. Coloquei minhas duas mãos em seu rosto e a puxei para um beijo que foi interrompido por um tapa.

- Porque Hades você fez isso? – gritou ela.

Surpreso, me afasto pondo minha mão em meu rosto.

POV Nate

Merda! O que esse idiota tem na cabeça? Quebrou meu nariz!

Levantei-me e vi Annabeth bater em Percy, eu ri.

E soquei sua cabeça, quase quebrei minha mão. Desde que ele mergulhou no rio Styx ele ficou invulnerável a quase tudo, como Aquiles.

- HAHAHA! – Ele riu e se virou para me encarar – Esqueceu não é mesmo?

- É esqueci.

Ele me deu outro soco, e como doeu, aquela maldita força sobrenatural!

- Pare! – gritou Annabeth

- Você quase a matou! Você os fez pular no oceano revolto! – e pela primeira vez Percy se gabou disso – Eu sou o filho de um dos grandes, não você!

Isso me tirou do sério, não ia deixar barato. Peguei a flauta e a transformei em arco. Graças a Poseidon que fez essa bolha de ar dentro desse quarto, sem água. Aposto que ele não percebeu.

Atirei a flecha. Percy movimentou a mão para baixo mais nada aconteceu. A flecha acertou o local onde fica seu coração, mas não penetrou.

- Droga de invulnerabilidade! – gritei

- Nate! Ele podia ter morrido! – choramingou Annabeth.

Percy destampou a caneta e correu para mim, defendi com o arco. Ele era um lutador extremamente habilidoso, eu iria morrer! Ele tem um ponto fraco.

Eu me esquivava de seus golpes, me lembrava de todas as lutas que assisti dele. Sempre defendia com esmero as costas em um ponto baixo.

Ele atacou horizontalmente, eu dei uma cambalhota por cima dele e chutei seu ponto fraco.

- AAH! - gritou Percy caindo no chão.

Eu pisei no ponto novamente e entre os gritos de dor dele eu disse:

- Nunca mais ouse se levantar contra mim Percy! Nunca! – minha voz saiu tão autoritária que pude ver que todos estavam assustados me senti como um predador.

Parei de machucá-lo. Annabeth correu para ele e se ajoelhou ao seu lado, ela lançou-me um olhar misto de medo e raiva.

- Por que você fez isso? Poderia tê-lo matado! – Quando ela disse isso senti-me como estivesse saindo de um transe.

- E-eu... Desculpe-me – gaguejei sentindo-me culpado, sentimento cujo não durou muito, logo aquele instinto que usei antes voltou – Ele tem força sobre-humana, poderei ter me matado também.

Voltei-me para Michael e ainda autoritário digo:

- Consegue concertar meu rosto?

- S-sim – Ele olhou-me mais de perto – Percy afundou seu nariz.

Annabeth olhou para mim com a feição esquisita de terror pelo o que havia acontecido aqui.

- Viu Annabeth, ele realmente poderia ter me matado, - disse debochado, de repente o poder autoritário desapareceu e voltei a sentir culpa, mas fiquei em silêncio.

- Isso pode doer um pouco... – avisou Michael.

- Tudo bem...

Ele fechou as mãos em meu nariz e sussurrou:

-  Απa2;λλων ήθελα να σας ζητήσω να μου δa4;σετε τη δa3;ναμη να το θεραπεa3;σει!

Meu cérebro traduziu como: “Apolo peço-te que me dê o poder de curar”

Meu nariz começou a arder e uma dor lancinante me atingiu, cou um ruído ele voltou para o lugar.

- Ai! – murmurei – Isso doeu!

Helena colocou a mão no rosto e disse:

- Vocês ouviram? Ai! Que nojo!

Michael tirou as mãos de mim.

- Pronto novinho em folha!

- Obrigado!

- Michael, Percy desmaiou.

Todos nós fomos até Percy que estava desacordado. A água do lado de fora se agitou

“O que fez ao meu filho?” Uma voz disse em minha mente.

Logo entendi, Poseidon está com raiva...de mim.