- Michael! – Gritei impaciente – Dá um jeito de acordá-lo!

Percy você é um idiota! Bati em seu “calcanhar de Aquiles” e por isso você desmaia! Tive meu nariz afundado para dentro da minha cara e nem por isso desmaiei! MERDA!

- Calma Nate!

- Não dá pra ter calma, Poseidon está com raiva pelo o que aconteceu aqui! Nós estamos no domínio dele, isso torna as coisas piores! CUIDA!

Michael voltou o olhar para Percy, ele continuava a proferir “encantamentos” para acordá-lo, mas nada parecia funcionar.

- Isso! – grita Helena – São os domínios do pai dele! A água pode curá-lo mais rápido!

Deuses, muito obrigado por iluminarem essa garota!

 - Ok! Então é só jogar ele pela janela? – Pergunto ainda nervoso.

- Talvez, mas... – Michael foi interrompido quando Poseidon entrou na sala.

Esse é meu fim.

- O que fez ao meu filho? – Perguntou ele – Devia ser grato por ter salvado tua vida, porém, me agradece matando meu filho?

A voz de Poseidon era acusadora, maligna.

- Ele não está morto! – Disse Michael vendo minha falta de palavras.

Poseidon virou-se para ele e Michael sentiu toda a fúria que ele havia direcionado a mim. Ele ficou pálido.

- Que ousadia!Porque o ajuda? Não teme por sua vida?

Ok! Agora chega Poseidon estava sendo hipócrita. Ameaçar Michael não tem nada a ver! Ele é um deus devia saber que Percy está vivo. Eu estou ficando muito irritado.

- Você não merece o titulo de deus! – falei com a voz falha de tanta raiva, não pude controlar. – Não... – continuei com escárnio – se você fosse um deus, não estaria assim. Primeiro você saberia que seu filho não está morto e depois não ameaçaria outro semideus que não tem nada a ver com a estória.

Poseidon ficou em silêncio com um olhar aterrador, mas a raiva era muita. Novamente me senti revigorado como quando lutei com Percy, sentia-me como o caçador.

- Oh! Poseidon tem mais! Demonstrar tanto afeto por um filho mortal vai contra as leis. Acho que Zeus necessitará ter uma conversa contigo!

Como eu pensei, invoquei Zeus. Nomes são poderosos, ao falar atraí a atenção de Zeus para nós. Acabo de vencer um deus com palavras e consagrar o ódio eterno dele por mim.

Um raio rasgou o céu podemos ouvir o barulho.

- Isso não termina aqui meio-sangue! – Urgiu Poseidon.

Uma espécie de mão D’água me agarrou e me puxou para fora da sala com oxigênio. Ótimo! Irei morrer afogado!

Poseidon havia ido, mas eu ainda não conseguia sair do lugar. Precisava de ajuda. Deuses por favor! Só dessa vez me ajudem!

- NATE! – Apesar de não ouvir direito o que eles gritavam pude imaginar que era isso.

O ar desapareceu completamente. Lutei contra a ação natural de respirar a procura de oxigênio. Não resisti por muito tempo.

Meus pulmões queimaram quando a água os encheu. Logo perdi a consciência.

 POV Annabeth

- Ele parou de se debater, ele ta afundando! – Gritei, sentindo lagrimas rolarem por meu rosto.

- Não! – gritou Helena também chorando! – Nate, por favor, resista!

Eu a abracei e choramos juntas. Eu não entendia direito porque estava chorando. Meus sentimentos eram confusos, não compreendia o que sentia por Nate para me deixar assim.

- CONSEGUI! – Gritou Michael – Acordei Percy!

Meu coração rejubilou de alegria, Percy pode salvar Nate!

- Percy! – gritei me jogando no chão, eu estava sendo dramática eu tinha consciência, mas havia chances de salvar Nate. – Salve-o! Por favor, salve-o

- O que? – perguntou ele com a voz esquisita.  – Annabeth o que foi?

- Nate! Seu pai o jogou lá fora, ele já perdeu a consciência, salve-o! – Gritou Michael

Percy pareceu relutante, mas fez o que era certo.

A água trouxe o corpo de Nate de volta para a sala. Ele estava imóvel e pálido, seus lábios roxos.

- Ele precisa de respiração boca a boca! – gritou Michael

 Corri sem pensar e me debrucei sobre ele. Toquei seus lábios com os meus, senti um arrepio percorrendo meu corpo, eles era rígidos. Executei o processo.

- Vamos! Nate você consegue! – Choraminguei.

Toquei seus lábios novamente, a sensação foi mais prazerosa que o arrepio.

- Annabeth! – gritou Percy – mas o que...?

Então percebi que o estava beijando. Eu..havia gostado.

- E-eu... – tentei responder.

Nate tossiu e cuspiu água. Sorriu quando me viu e segurou minha mão. E sussurrou:

- Eu consegui... – tossiu novamente – eu te ouvi!