Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 43
Isso não vai ser difícil pra sempre!


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem? *-*
Finalmente consegui trazer outro capítulo pra vocês, espero que gostem!



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O carro parou.

Olhei-me rapidamente pelo espelho que estava guardado em minha bolsa. Meus fios ruivos continuavam em ordem e o batom vermelho estável em meus lábios.

Concertei o vestido justo e preto colado em meu corpo e enfim, saí do táxi, indo em direção ao restaurante que estava logo em minha frente.

Era um lugar maravilhoso, construído por pura madeira e logo na entrada havia uma fonte linda de água.

Lugar perfeito para um encontro;

Continuei andando em direção à mesa reservada para mim.

— Olá — disse o homem, a qual eu ia jantar aquela noite.

— Boa noite, senhor Potter — respondi da forma mais simpática possível.

— Sem as formalidades — ele retrucou, depositando um beijo em minha mão — Apenas Mateus, por favor.

— Okay, apenas Mateus então. — sorri de canto — Agradeço pelo convite para jantar.

— Eu que agradeço por você ter aceitado, apesar de já termos conversado diversas vezes, você não parece o tipo de mulher que aceita ir a esses encontros tão clichês.

"E não sou" revidei apenas em meus pensamentos.

— Abro exceções. — Falei e vi um sorriso se abrir em seus lábios, logo fiz questão de mudar isso — E o trabalho? — agora ele pareceu confuso. Então, inclinei-me sobre a mesa, encarando-o fixamente e, continuei a dizer quase em um sussurro — Seu chefe sabe do desvio de mais de um milhão de dólares efetuado por você? — vi o desespero tomar conta de sua face, sorri satisfeita. Rapidamente ele levantou-se indo em direção a saída do local — Sabe, imaginei essa resposta. — Soltei para mim mesma e logo o vi ser pego pelos policiais que aguardavam na saída do local.

Levantei-me da mesa, indo em direção a saída também. Meu trabalho por aqui já havia terminado.

— Você realmente nasceu para isso, Collins — dessa vez foi o comandante da missão quem disse, assim que me viu.

— Tenha uma boa noite, chefe. — respondi, sorrindo de modo sugestivo.

Quando voltei para 'casa' no início do ano, estava decidida a fazer algo com a minha vida. E foi aí que surgiu esse emprego, vi nele a oportunidade perfeita de me livrar de todo ódio contido dentro de mim.

Depois de tudo que eu passei no ano passado, algumas pessoas iriam atrás de terapia;

Outros iam querer mudar de vida e recomeçar;

Alguns recorreriam até mesmo ao suicídio.

Para mim apenas a sensação de saber que alguns bandidos iam parar atrás das grades graças a mim, já é o suficiente.

Claro que certas vezes simplesmente acordo e me sinto horrível, principalmente sabendo que Rafael está solto por aí, fazendo o mesmo que fez comigo com outras pessoas. Entretanto, confio que um dia ele finalmente pagará por tudo, e espero que eu esteja lá para ver.

Enfim, conciliar o trabalho e a escola foi a parte mais difícil, pois tirava todo meu tempo, mas, por um lado isso chegou a ser bom, levando em conta que o meu "lar doce lar" estava mais para "lar doce inferno".

Meses atrás...

— Pai — falei, quando estávamos diante dos portões de minha antiga/nova casa. Fazia tanto tempo que eu não via aquele lugar, calafrios percorriam por cada parte do meu corpo. Uma sensação estranha mas, ao mesmo tempo familiar.

— Resolveu falar comigo? — Ele respondeu, parecia estar realmente com raiva por eu ter o ignorado durante todo o caminho.

— Eu tô com medo — falei sentindo meus olhos se encherem de lágrimas, meu pai me olhou espantado, provavelmente não esperava por essa confissão.

— É só nossa casa, filha. — ele disse após alguns segundos em silêncio — A vida de vez enquanto nos força a passar por algumas mudanças, e sei que você já passou por muitas delas, mas é isso que nos faz evoluir.

Apenas abri o portão, respirando fundo. Isso não vai ser difícil pra sempre, eu vou achar um jeito, sempre acho.

Assim que coloquei os pés naquela casa milhões de memórias passaram pela minha mente, fazendo-me ficar extasiada, totalmente sem reação.

Fitei a parede do lado da escada, ainda possuía a rachadura que eu havia causado.

Na época eu estava começando a aprender a andar de bicicleta, e não podia lidar com minha mãe ter proibido que eu andasse dentro de casa. Então, desobedeci e em menos de dois minutos tentando fazer a bike andar, apenas perdi o controle dela, e acabei batendo forte na parede.

Minha mãe havia me xingado bastante nesse dia; mas, ao mesmo tempo parecia estar mais preocupada com o fato de eu ter me machucado do que com a parede trincada.

Eu tinha apenas oito anos, mas, como eu poderia me esquecer? Havia sido um dos últimos momentos com minha mãe.

— Vou para o quarto — falei com a voz por um fio.

Subi ás escadas tão rápido que nem escutei a resposta de meu pai, fui rapidamente em direção ao meu antigo quarto e foi então que vi um berço de bebê e uma bela decoração infantil, as coisas haviam mudado;

É claro, como eu esperava que estivessem iguais?

Apesar de sacar no mesmo instante que aquele quarto não me pertencia mais e sim ao meu novo irmãozinho que eu mal conhecia, fiquei ali por alguns segundos, apenas observando cada detalhe daquele belo quarto.

Será que eu também tinha tido um quarto tão lindo quando era pequena? Sorri com o pensamento.

Quando me aproximei do berço e me deparei com algo que não esperava: o bebê estava ali.

Hesitei um pouco, contanto, ao ver sua expressão tão leve enquanto dormia me aproximei, segurando sua pequena mãozinha com bastante cuidado para não acordá-lo.

E por aquele pequeno curto período tudo em que eu conseguia pensar era em como eu desejava que aquela criança fosse feliz.

Que ele tivesse um lar preenchido por carinho; que amor nunca fosse algo que ele precisasse implorar; que ele pudesse ter tudo que eu não tive no decorrer desses anos.

Eu estava entretida com meus pensamentos que nem notei quando a mulher de meu pai entrou ali.

— Errou de quarto, querida?

— Ah… Eu já estou saindo, só parei para ver o bebê. — expliquei, me afastando do berço.

— Está tudo bem — ela respondeu, sorrindo de modo duvidoso, já não confiava nela. Bom, talvez essa minha dúvida fosse mais um conceito formado do que uma opinião realmente baseada em fatos.

— Onde é meu quarto? — me limitei a perguntar.

— Ah… É a primeira porta, no próximo corredor.

— Obrigada. — falei prestes a sair dali, quando ela me segurou pelo braço.

— O carteiro deixou essa carta para você! — falou entregando-me o papel. — Quanta fama! Acabou de chegar e já anda recebendo cartas — Falou sorrindo de modo escandaloso, provavelmente havia dito aquilo com o intuito de ser engraçada, entretanto, continuei séria. Nunca fui boa em forçar simpatia. — Vou descer, se precisar de algo é só dizer — Ela completou, ao perceber que eu não ia responder.

E em seguida saiu, praticamente rebolando, jogando seus lindos e grandes cabelos castanhos.

Assim que cheguei ao meu novo quarto, não me surpreendi muito, era igual sempre havia sido, a diferença é que antes era um quarto destinado a visitas e agora era meu.

Larguei a mala em qualquer canto e joguei-me na cama, havia sido um dia exaustivo. Estava quase me deixando vencer pelo cansaço quando lembrei-me da tal carta.

A segurei prestes a abrir, na verdade, eu não me surpreendia por receber aquela carta tão cedo, sei bem como todos que deixei para trás eram ansiosos. Enfim, podia ser de Sophia… Daniel…

Vitor???

Pulei da cama ao ler o nome de quem era o remetente daquela carta.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Quem adivinhar o que vai acontecer ganha uma balinha O/
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Deixe ai embaixo, não custa nada :3
Beijos! ♥



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