Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 42
Destinados a viver destinos diferentes!


Notas iniciais do capítulo

Oiee gentee
Espero que gostem desse capítulo, demorei para preparar, mas foi bom porque agora já tenho muitas ideias para os próximos.

Nos vemos lá em baixo!



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— Eu não acredito nisso — berrei enquanto chorava desesperadamente, enquanto Daniel e Sophia me encaravam um tanto preocupados.

Devia mesmo ser estranho me ver chorar, afinal, quase nunca choro na frente de outras pessoas. Entretanto, com essa situação, eu simplesmente não conseguia esperar até estar só. Todas minhas máscaras e disfarces já estavam destruídas, não havia porque usá-las mais.

— Seu pai não pode fazer isso, ele não pode levar você pra longe de nós — Sophia reclamou, percebi que seus olhos estavam cheios de água.

— O casamento de vocês é mês que vem, eu não posso perder - comecei a chorar novamente.

— Em questão há isso, está tudo bem. Remarcamos o casamento para semana que vem!

— O que? Vocês não podem fazer isso. A sua família não chega só semana que vem, Sophia? - indaguei, confusa.

— Eles que se virem. Casar sem minha melhor amiga por perto não é uma opção! - senti mais lágrimas em meus olhos, mas dessa vez eram de emoção.

— Vocês são os melhores — falei com a voz embargada.

— Nós amamos você, Méri - Ambos falaram, me abraçando em seguida.

Uma semana depois...

— Eu não posso me casar! — Sophia esbravejou, andando de um lado para o outro, arrastando seu vestido branco e caro pelo chão.

— Ser madrinha é uma droga, pode me lembrar disso na próxima vez? — ironizei, ignorando seu comentário anterior.

— Será que é difícil descer essa janela? — perguntou aproximando-se da janela do quarto em que estávamos e que por coincidência ficava no último andar do hotel.

— Se você quiser suicídio no lugar de uma fuga, pode tentar! - falei mantendo o sarcasmo.

— Eu tô falando sério, América! - ela gritou.

— Não, não tá. Isso é só aquelas crises da "noiva louca", já vi isso em vários filmes. Você passou dias vivendo por esse casamento, desesperada para ser perfeito, isso não muda do nada.

— Exatamente, mal parei para pensar no que estou fazendo. Caramba, eu tenho 19 anos! Eu devia viver primeiro. Eu precisava viajar o mundo, ter uma noite tão louca que mal iria conseguir me lembrar quantos levei para casa, ter minha experiência lésbica, eu devia me formar!

— Sophia, presta atenção... Isso tudo parece mesmo ser incrível! Mas, pensa pelo lado bom, você tem tudo que qualquer outra pessoa queria, caramba, você tem 19 anos e já encontrou o amor da sua vida, isso é épico; Algo que não vale a pena ser trocado por nada!

— É, você tem mesmo razão — Ela disse dando um pequeno sorriso, como se estivesse envergonhada pelos minutos anteriores.

— Sempre tenho! 

— Você acredita mesmo nisso tudo?

— Não. Só não quero que você abandone meu primo no altar! — brinquei. — É sério Soso, eu que odeio casamentos daria tudo para estar em seu lugar, apenas para ter a ilusão de poder passar o resto da vida com... ele - hesitei em falar, doía muito falar sobre aquilo.

— Eu sinto tanto por vocês, até agora não entendi porque terminaram sendo que se amam tanto! - Sophia falou, parecia estar morrendo de dó de mim.

— Isso não vem ao caso Sophia, apenas aproveite esse momento, okay? E se voltar a ter dúvidas: Apenas se pergunte se ama o Daniel. Se amá-lo de fato, o resto se torna detalhe.

(...)

Após isso, o tempo passou depressa e agora a cerimônia já estava prestes a começar. Eu e Vitor éramos um dos "pares" de padrinhos que entrariam, esta decisão havia sido tomada antes de terminarmos.

E por isso, estávamos lado a lado no momento e apesar das circunstâncias, era reconfortante estar perto dele.

— Tem como melhorar a cara? Só vai precisar me dar o braço e andar por um corredor, não precisa desse drama todo — pedi, notando seu desconforto evidente.

— Eu te odeio demais para fingir estar contente perto de você.

— Quer saber, eu também te odeio, mas quero fotos bonitas, seu idiota. — falei começando a me irritar.

— Só me cortar quando recebê-las — ele sorriu de modo sarcástico.

— Quer saber, por que está com tanta raiva de mim considerando que, supostamente, também me traiu? — perguntei e nesse momento vi que ele ficou sem palavras.

E então oque o salvou de ter que improvisar alguma resposta foi o ecoar da música.

Era o nosso momento.

O olhei brevemente e notei que ele também estava me olhando e por um momento vi em seu olhar, o antigo Vitor por qual eu era apaixonada. O meu Vitor.

Então sorri e enfim segurei seu braço. Por mais que o contato fosse pequeno, me deixou completamente arrepiada e isso me fez constatar o quanto eu sentia falta dos seus toques.

Por um segundo enquanto andávamos por aquele grande corredor, o tempo pareceu voltar e congelar no passado, onde não havia mágoas nem ressentimentos, éramos apenas nós, como sempre devia ser. Desejei tanto parar o tempo bem ali. Onde pude estar ao seu lado mesmo que por apenas alguns segundos. Infelizmente como dizem, querer não é poder, então o fim se aproximou.

E então, fomos para lados opostos, destinados a viver destinos diferentes.

Horas depois...

Logo após a cerimônia eu e meu pai já estávamos no carro em direção ao aeroporto.

Todos estavam na festa do casamento, então nem tive a chance de me despedir direito, já Vitor... Eu nem tinha o visto após nossa entrada ele havia simplesmente desaparecido.

Eu o entedia;

 Também odeio despedidas.

Entretanto, gostaria de tê-lo visto pelo menos mais uma vez, para poder memorizar cada detalhe dele em minha mente, assim como já estava em meu coração.

Chegamos ao aeroporto já em cima da hora.

Então rapidamente fizemos todos os procedimentos e nos sentamos para esperar. Eu não tinha falado uma palavra com meu pai até ali e seu incômodo era óbvio; a todo instante reclamava "ordenando" que eu falasse algo.

Mal sabia ele que esse era apenas o início do inferno de ter que conviver comigo.

(Primeira chamada pra o voo com destino á São Paulo)

Meu coração doeu ao ouvir isso.

E pensar que há um ano atrás, eu estava nesse mesmo aeroporto praguejando o fato de estar aqui, e agora não quero ir embora... Ignorei a ironia.

— Pensou que te deixaríamos ir embora sem uma despedida digna? — ouvi a voz de Daniel atrás de mim.

Virei-me no mesmo instante e fiquei surpresa ao ver que "todos" estavam ali: Daniel, seus pais, Sophia, e até mesmo a tia Meredith que eu não via a tanto tempo.

Todos. Menos Vitor;

— O que vocês estão fazendo aqui? — perguntei ainda sem saber como agir. — Você está vestida de noiva em um aeroporto, Sophia. Não acredito nisso — conclui rindo.

— Fugimos um pouquinho da festa do nosso próprio casamento, ninguém vai notar, não é mesmo? — Sophia respondeu, fazendo-me rir ainda mais.

— Claro que não vão notar — respondi e em seguida meus olhos foram para Daniel, notei que lágrimas ameaçavam cair por seus olhos.

— Sabe Méri, quando você chegou aqui, foi uma das melhores épocas da minha vida. Era bom demais poder conviver com minha priminha novamente... E agora você está indo embora de novo, tem que parar de fazer isso. Por quem eu vou brigar na escola agora? — ele disse rindo, de fato Daniel já havia pego tanto das minhas dores para ele mesmo. Sempre havia me protegido como uma irmã. — Você é a melhor prima-irmã que eu poderia ter! — ele concluiu como se tivesse lido meus pensamentos.

— Tá aí, irmã, é isso que você se tornou para mim "garota em chamas" — Dessa vez foi Sophia quem começou a dizer, fazendo-me rir ao lembrar daquele apelido que ela havia me dado a tempos atrás. — Quando vi você pela primeira vez, soube que você era alguém que eu gostaria de ter em minha vida, alguém que poderia se tornar a "minha pessoa" — ela disse rindo, fazendo referência a série "Grey's anatomy" que víamos juntas - E por isso dei uma de louca e comecei a falar com você do nada, você tentou tanto se livrar de mim mas, eu insisti, e não me arrependo Méri. Porque hoje em dia eu não sei o que faria sem você, a pessoa que eu procuro sempre, a pessoa que eu sei que posso contar, a pessoa que sei que sempre vou precisar ter em minha vida, é... De fato você se tornou a minha pessoa! — Nós duas começamos a chorar desesperadamente nesse instante, então apenas nos abraçamos e passamos um longo tempo assim. — Espero que assim que faça seus dezoito anos volte logo pra cá, porque meus futuros filhos merecem ter alguém como você como exemplo todos os dias — Ela conclui assim que nos afastamos.

— Um bom exemplo não sei se você é mesmo, Collins — sorri quando Meredith começou a falar, eu sentia tanta falta dela — Mas o que sei é que qualquer criança que cresça perto de você terá toda a proteção do mundo, pois lembro-me de quando xinguei Clarisse por sua forma de comer e você imediatamente tomou as dores dela e começou a comer como um animal da selva - sorri com a lembrança. Sentia tanta falta de Clarisse também, contudo saber que ela estava feliz me confortava - Eu morri de raiva quando você fez isso mas, ao mesmo tempo eu também soube que mesmo sendo tão fechada naquela época, você seria mudança que aquela casa precisava. Por que é isso que você faz, América, dá esperança as pessoas com todo esse seu jeito marrento e inovador... E olha, eu não me enganei, Clarisse mudou tanto que se tornou irreconhecível e ela teve coragem de mudar graças a você. E mesmo que insistisse em dizer que "não dava a miníma pra nós", todos os problemas e brigas que surgiam era você que resolvia. Olha só o que você fez com aquela velha rabugenta que eu era, estou no meio de um aeroporto em uma despedida sentimental e brega — nós duas gargalhamos — Eu tenho certeza que sua mãe está aqui... Ela está aqui e está mais orgulhosa que nunca de você. Pela mudança que fez a si mesma e em todos nós! — Comecei a chorar feito uma criança; tristeza por lembrar de minha mãe e ao mesmo tempo uma alegria imensa por ter todas aquelas pessoas incríveis em minha vida!

— Vocês são as melhores pessoas do mundo, não sei nem como agradecer por ter vocês e nem sei se mereço - falei em meio a soluços.

Então todos me abraçaram.

(Última chamada para o voo com destino a São Paulo)

— Precisamos ir - meu pai avisou.

— Eu sei - falei afastando-me de todos. - Eu amo vocês - conclui já pegando minhas coisas.

A cada passo que eu dava mais distante eles ficavam… Lembro-me que antes de entrar no avião até olhei para trás, mas nesta altura, era impossível vê-los.

Foi então que eu soube que estava na reta final dessa história.

1 ano depois…

"O destino une e separa. Mas nenhuma força é grande o suficiente para fazer esquecer pessoas que por algum motivo um dia nos fizeram felizes." - Autor Desconhecido.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente a Méri tá certa gente, a fanfic tá na reta final mesmo :(
Não deixem de comentar, plis! Quanto mais comentários, mais cedo eu volto.
Vocês são demais!
Beijões! :*



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