Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 26
Vamos ter essa dança como um brinde a nós!


Notas iniciais do capítulo

Hey, galera, tudo bom?
Bom, quero pedir desculpas pelo atraso, mas tenham certeza que valeu a pena! haha ♥
Podem ler!



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— Mãe - Foi a única coisa que eu disse ao entrar no quarto de minha mãe; ela estava sentada em sua cama, segurando algumas fotos de Clarisse quando criança.

— Preciso falar contigo.

— Agora não, América - Ela disse, sem sequer me olhar. Respirei fundo, preciso me manter paciente.

 - Dá pra me escutar? - Pedi, aproximando-me.

— Claro. Se não for nada sobre a Clarisse, eu posso escutá-la - Afirmou, finalmente me encarando.

— A Clarisse precisa de você agora! Não a condene por não ser como você planejou. Isso não muda quem ela é, mãe... Você tem que entender isso.

— Eu não quero falar sobre isso, eu já disse! - Ela falou em um tom mais elevado.

 - Tudo bem. – Respirei fundo, balançando a cabeça em concordância. -Preciso que você vá para o jardim as 8hrs da noite. Resolvi que precisamos nos unir, não é pra isso que uma família serve? Se unir nos momentos difíceis... Não entendo muito desse lance de família, nunca tive uma de verdade.  Mas, acho que é isso que fazem.

— Se quer saber como é um “momento familiar”, experimentamos depois, agora não. Sinto muito, mas, não quero ver a Clarisse.

— Mãe, sinceramente, você está se ouvindo? Se você a ama, vai parar de agir como uma criança e vai descer para aquela merda de jardim, ouviu? – Disse, entredentes, minha paciência já estava indo embora. Notei que ela me olhou um pouco assustada, provavelmente pelo meu tom de voz elevado.

 - Olha, eu vou pensar, está bem!?  Agora me deixe sozinha, por favor!

— Ok. - Concordei e sai por fim.

Eu sei que ela vai ir, quero acreditar nisso... Ela precisa ir!

 (...)

 Estou no jardim com o De La Riva – acredite se quiser, milagres acontecem às vezes – no jardim da casa. Estamos arrumando tudo para o plano de consertar a família feliz que encontra-se quebrada... Céus, nem sei por que me importo com todo esse maldito drama familiar. Enfim, devido ao clima de congelar que estava, resolvemos fazer uma fogueira, aliás, temos tempo de sobra, ainda são seis horas e alguma coisa.

— Eu não acredito que você não sabe acender uma fogueira – O moreno ao meu lado disse, começando a rir, como se isso realmente fosse um absurdo.

 - Sinto muito, De La Riva, mas nunca fiz essas coisas - Expliquei, dando um tapa em seu braço e começando a rir também.

Após isso, o garoto se aproximou de mim e me entregou uma madeira, sorri para ele, pegando-a, o olhei como se não soubesse oque fazer, ele não disse nada apenas  se aproximou de mim, juntando nossos corpos por trás, e colocando sua mão sobre a minha, fazendo-me sentir um tremor percorrer por meu corpo. Após isso, ele direcionou minha mão até a fogueira deixando aquele pedaço de madeira no lugar certo. Eu podia sentir sua respiração em meu ouvido, meu coração batia descompassado, mas agi normalmente.

— Acho que entendi. – Afirmei e dei alguns passos para frente, afastando-me dele e de bônus, de toda aquela explosão perigosa de sentimentos que ele causa em mim.

— Espera - Ele pediu e me puxou pela cintura com bastante pressão, fazendo-me arfar. Eu estava sentindo sua intimidade em mim, isso com certeza estava me deixando extremamente desconfortável; mas alguma parte dentro de mim, parecia estar gostando e talvez me causando até mesmo uma pequena ponta de excitamento.

Engoli seco.

 - O que? - Praticamente sussurrei.

— Er... Esquece, não é nada importante - Dessa vez foi ele quem se afastou de mim - Vou buscar mais madeira!

 - Tá – Disse enquanto ele ainda podia me ouvir. Após isso o observei se afastar.

Eu queria tanto impedir todos esses toques. Queria não estremecer com cada olhar, e até mesmo fazer com que tudo que ele fale não cause um impacto tão grande em mim. Queria impedir tudo isso... Mas, algo nesse garoto, me faz perder totalmente os sentidos.

 Logo ele voltou, e continuou a acender a fogueira, sem dizer absolutamente nada. Fiquei tentando não encará-lo, prestar atenção em qualquer outra coisa ali, até mesmo no fogo, ou na piscina, no céu, ou até mesmo na grama... Qualquer coisa que não fosse um rosto extremamente perfeito, cabelos bagunçadas, braços a mostra por estar usando aquela regata preta e... Nossa, que braços... Inferno! Eu não consigo! Merda, Eu o odeio tanto. Detesto o fato de esse desgraçado ter essa beleza que eu jamais pensei ver em alguém.

O bonitinho inútil também parecia tão perdido em seus pensamentos que em momento nenhum eu supôs que ele podia me pegar o observando, então continuei a encara-lo... Mas, após alguns segundos ele virou a cabeça de repente, foi muito rápido, eu sequer tive tempo de desviar o olhar ou coisa assim, mas ele apenas sorriu e eu por minha vez, corei tanto que podia jurar que estava igual um pimentão.

 - Isso já está pronto - Ele avisou, ainda me olhando.

 - Ótimo - sorri sem graça - Que musica você está ouvindo? – perguntei.

Na verdade, eu não dava a mínima para a música que ele estava ouvindo. Tinha perguntando apenas para impedir que aquele silêncio constrangedor reinasse entre nós. Percebi que ele tirou o fone e pausou a música.

— Você vai descobrir, enquanto dança comigo! – Vitor afirmou e eu o olhei como se ele fosse completamente maluco.

 - Claro que não - Franzi o cenho, começando a rir - Ninguém dança na grama, vamos cair e vai ser engraçado!

— Vamos para outro lugar – Ele disse e eu o fitei.

— Por que dançaríamos? - Perguntei.

— Por que a lua está linda! - Ele disse e eu gargalhei.

 - Pois podemos deitar aqui e apenas observar a lua. – Afirmei, cogitando que essa ideia talvez tenha sido pior que a dança.

 - Sabe, não é uma ideia ruim, podemos experimentar depois também – ele disse e sorriu. - Mas, agora, eu quero dançar contigo... Quer um motivo? Dou-lhe um. Vamos dançar por nós então! Já passamos por tanta coisa ruivinha... Já nos odiamos tanto, quer dizer, a gente ainda se odeia, mas, agora é diferente... Na verdade, sempre foi diferente. Fizemos coisas que nunca imaginamos que iriamos fazer juntos então, vamos ter essa dança como um brinde a nós! - Não parei de observá-lo há nenhum momento, mas assim que ele terminou eu abaixei a cabeça, não posso fazer isso.

 - Não... É melhor não, daqui a pouco todos estão chegando - Dei de ombros, sem encará-lo.

— Sinto muito, mas ninguém recusa dançar comigo! - Após dizer essas palavras, ele me pegou no colo, jogando-me em seu ombro.

 - Hey, me solta! - ordenei, mas ele apenas começou a rir enquanto andava em direção á piscina.

— Eu vou gritar! - Avisei, eu estava tentando prestar atenção na minha suposta raiva e não no seu perfume que inebriava meus sentidos, mas parecia ser em vão.

— Chegamos! – ele finalmente anunciou me colocando no chão. Estávamos ao lado da piscina. Inclusive, notei que a piscina estava iluminada por algumas lamparinas que eram vermelhas – isso era oque mais havia causado aquele efeito incrível.

— Não quero dançar com você. - Reclamei, voltando a atenção para Vitor, mas ele apenas colocou a música.

                                                 All of me (Tudo de mim.)

Era a música: All of me. Já havia a escutado algumas vezes, mas, nunca completamente. O De La Riva se aproximou de mim aos poucos, lançando-me aquele olhar tão profundo que chegava a me passar até mesmo uma menção do perigo, engoli seco quando o garoto colocou suas mãos em minha cintura, e sorriu de lado.

Meu coração bateu mais forte ainda ao me lembrar do que tinha acontecido na última vez em que dançamos, mas, apenas respirei fundo, eu teria que levar aquilo adiante.

“Minha cabeça está girando, sério, eu não consigo te decifrar
O que está acontecendo nessa mente linda?
Estou em sua jornada mágica e misteriosa
E eu estou tão tonto, não sei o que me atingiu, mas eu ficarei bem...”

Começamos a dançar...

É, por mais que seja horrível admitir, o De La Riva tinha razão, realmente já tínhamos passado por tantas coisas juntos...  Eu estava o encarando, quando ele sorriu para mim e, juntou nossas testas, nossos rostos estavam tão próximos... Fechei meus olhos, eu estava totalmente entregue aquele momento. Senti seu rosto se aproximando, eu sabia oque ele estava tentando fazer, mas, por algum motivo, não impedi.    Senti nossos lábios se unirem, calando as brigas, calando as lembranças... Novamente havia apenas nós e a canção.

“Minha cabeça está debaixo d'água
           Mas estou respirando bem
            Você é louca e eu estou fora de mim(...)”

Ele me beijava e eu retribuía com ansiedade.

“Porque tudo de mim
        Ama tudo de você
    Ama as suas curvas e seus limites
   Todas as suas imperfeições perfeitas
    Me dê tudo de você(...)”

Finalmente nos separamos, mas, sequer tive tempo de dizer algo ou coisa assim, logo Vitor me puxou pela cintura e continuamos a dançar. Seus olhos dentro do meu, pareciam querer invadir minha alma. Não posso negar que isso é mais profundo do que qualquer coisa que eu já senti, é muito mais do que eu podia compreender.

O que esse garoto fez comigo?

“Eu darei tudo de mim para você
       Você é o meu fim e o meu começo
       Mesmo quando eu perco estou ganhando
        Porque eu te dou tudo de mim
         E você me dá tudo de você”

— Um brinde a nós, ruivinha! - Foi à única coisa que ele disse, quando a música acabou.

— Um brinde a nós, De La Riva! - Sussurrei e então ele voltou a me beijar.

As pessoas mais difíceis de serem amadas, normalmente são as que mais precisam de amor.— Amor além da vida.


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Notas finais do capítulo

gostaram? *--* Espero que sim, porque eu amei essa cena, não vou negar! ♥ kkk, deixem nos comentários oque acharam, pooooor favor, é muito importante!
É isso, beijão!



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