Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 25
Isso não muda quem ela é, muito menos oque sentimos por ela!


Notas iniciais do capítulo

Hey, como estão? Espero que bem!
Sei que me atrasei um pouquinho pra postar, peço que me perdoem, mas agora já estou aqui ♥ shausua.
Vai, para de lê isso daqui e lê o capítulo, estou ansiosa pra saber sua opinião! *--*



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— Eu não te entendo - Foi à primeira coisa que ouvi Vitor dizer     quando saímos da diretoria. 


— Às vezes nem eu me entendo, então não te julgo - Falei, dando de ombros. 


— Você é maluca. - Ele afirmou, soltando um pequeno sorriso. 


— Devo ser... Preciso ir, nos vemos por aí De La Riva - Eu disse dando alguns passos pra trás, Vitor apenas piscou para mim, então, eu sorri e finalmente me virei para o lado oposto dele e sai dali. 


Não há nada que me confunda mais que essa nossa relação,  com certeza nós odiamos como ninguém, mas também somos os melhores cumplices, os melhores amigos, e por mais que eu odeie admitir... Os melhores amantes!


Após isso, o resto da aula passou voando, sem grandes emoções... Agora,  minha mãe, Peterson, Vitor e eu havíamos acabado de chegar do supermercado. Todos nós tínhamos ido, pois minha mãe havia insistido que queria toda a família unida, então mesmo sabendo que fazer compras não é a melhor coisa para uma família unida fazer, todos nós resolvemos ir, exceto Clarisse que havia ficado em casa estudando com uma amiga. 

Eu e minha mãe fomos entrando enquanto Vitor estacionava o carro e Peterson pegava o resto das compras; Estava tudo normal, mas, quando eu abri a porta, tive uma grande surpresa: Clarisse estava sentada no sofá, beijando outra garota.

 Fiquei extremamente sem reação, eu realmente não esperava aqui, mas sobretudo fiquei com medo da reação de todos e temi por Clarisse, eu sentia que aquilo iria dar merda, e eu estava certa, assim que minha mãe viu tal cena, começou a gritar feito louca, parecia que tinha visto um fantasma ou coisa assim, logo Vitor e Peterson já estavam ali. 


— O que aconteceu aqui? - Peterson perguntou, confuso. 


— A Clarisse... Meu Deus... Quando eu entrei aqui ela estava beijando essa garota! - Minha mãe contou, fazendo com que Peterson e Vitor arregalassem os olhos, com certeza ninguém esperava por aquilo. 


— Isso é verdade, Méri? - Vitor sussurrou se aproximando de mim. 


Eu por minha vez, apenas balancei a cabeça em concordância, sem dizer nada. 


— Sai daqui agora menina! - Minha mãe gritou, direcionando-se a menina que estava parada ao lado de Clarisse. 


Vi minha meia irmã sussurrar algo para a garota, parecia que estava se desculpando por aquela situação, e logo, a desconhecida saiu dali, o mais rápido que conseguiu. 


— Clarisse... Você pode falar conosco! - Peterson disse em um tom extremamente calmo, comparado a minha mãe. 


— Só não pode, como deve! Comece a falar agora, ou não sei oque faço com você! - Minha mãe voltou a gritar. 


— Acalme-se Emily! - Peterson pediu, com a esperança de que minha mãe pudesse parar de gritar com a menina e apenas a escutasse, em seguida, levasse aquela situação como algo normal, como realmente era, entretanto, minha mãe é ligada ao exagero.


— O que você quer que eu diga?  - Clarisse perguntou, limpando as  lágrimas que desciam por seu rosto.


— Eu quero que você diga que isso foi apenas por curiosidade, que você gosta de garotos e que isso foi apenas uma experiência ruim, diga apenas isso que tudo fica bem. - Emily sugeriu, nesse momento meu sangue ferveu, ela não podia dizer para Clarisse como ela devia agir, isso era uma decisão dela! Com certeza não era com esse tom e muito menos com essas palavras que a Clarisse iria se sentir bem ao se abrir. 


— Não posso, eu estaria mentindo... - Clarisse disse, até então ela estava com a cabeça abaixada, mas nesse momento, ergueu a cabeça e encarou minha mãe - Eu sou lésbica! - Concluiu, nesse momento pude ouvir um estalo.

Minha mãe havia dado um tapa na garota. 


Nesse momento deixei uma lágrima cair, não acredito que minha mãe  fez isso, apenas virei-me para o lado e por um impulso abracei Vitor, o mesmo também parecia não saber oque fazer, então apenas envolveu seus braços em minha cintura. 


— Nunca mais repita isso! - Minha mãe voltou a gritar. 


— Sinto muito se te decepcionei, mãe, mas essa sou eu. - Foi tudo que Clarisse disse, antes de subir ás escadas correndo. 


Olhei para Vitor, meu olhar com certeza falou por mim, eu queria saber se devíamos fazer alguma coisa, entretanto, ele apenas acariciou meu cabelo, fazendo-me deitar eu seu peito novamente, eu sabia que ele queria dizer com isso que não podíamos fazer nada agora, então, resolvi continuar quieta, depois eu pensaria em algo que eu pudesse fazer para ajudar, mas agora, eu queria apenas estar com o De La Riva.

 Foi o que fiz, mas, após uns dez minutos, só havia sobrado nós dois ali no centro da sala, abraçados, e aquele silêncio já estava ficando constrangedor. 


— O que você achou disso tudo? - Perguntei, tentando fugir de seus braços, mas, ele não permitiu e no fundo, nem eu queria.


— Sinto que sou o pior irmão do mundo - Quando ele disse essas palavras, cessei meus esforços de sair de seus braços, e apenas o encarei sem entender, logo ele continuou - Por que a Clarisse não me contou nada disso? Eu sou o irmão dela.

 
— Também sou irmã dela, não é por isso que ela me contou. 


— É diferente, você chegou aqui não faz nem um ano, mas ela praticamente cresceu comigo! Por que ela não confiou em mim para dizer essas coisas? Quando ela era criança nós éramos tão próximos e só agora estou percebendo quanto isso mudou. 


— Posso te mandar a real? Ela não teria contado isso para ninguém, Vitor! Homossexualidade é uma coisa muito delicada e deve ter sido difícil até para ela aceitar. Então, até que ela se sentisse totalmente pronta, ela não iria contar pra ninguém, muito menos para você - Expliquei. - Você com certeza não é o melhor irmão do mundo, mas isso não é sua culpa e, pelo menos você se esforça. - brinquei e ele sorriu, então dei um beijo em seu rosto, nesse momento ele começou a rir muito, logo entendi o porquê e revirei os olhos.

 
— Na pontinha do pé você fica uma gracinha! - zombou, por eu ter quase pulado para conseguir beijar seu rosto. 


— A culpa não é minha se perto de você eu me torno uma anã. - Reclamei e ele continuou rindo, cruzei os braços e balancei a cabeça, mas depois comecei a rir também, aquilo realmente tinha um lado engraçado.


— Vai ser linda assim lá na puta que pariu! - Disse, me encarando e eu sinceramente não entendi o porquê, apenas franzi o cenho, então ele voltou a entrelaçar seus braços em minha cintura e me ergueu, soltei um "hey, o que você pensa que está fazendo?", mas ele não respondeu, apenas depositou um beijo em meu rosto também. Assim que Vitor voltou a me colocar no chão, eu disse:


— Você não estava com raiva de mim? 


— Na verdade já me vinguei, espalhando pra geral sobre nossa incrível foda selvagem. - Disse, usando um tom de voz extremamente sarcástico ao pronunciar as palavras "nossa incrível foda selvagem". 


— Você sabe que isso não foi uma vingança, certo? Por que eu nem liguei, sinto muito. - Avisei, segurando o riso. 


— É, mas agora você não tem reputação nenhuma mais na escola. 


— Isso foi o suficiente pra sua raiva e seu ódio passar? Por que eu mesmo depois de fazer o possível para destruir você todos os dias, ainda durmo te odiando e com raiva de você todos os dias. - Comentei,  fazendo-o gargalhar. 


— É, e mesmo falando todas essas coisas de que não me suporta e tudo mais, há cinco minutos atrás você estava aqui também, me dando o maior mole!

  
— Não estou dando mole pra você, imbecil! - Reclamei e ele apenas continuou rindo. 


— Já estamos brigando? - Ele perguntou. 


— Foi você quem começou. - Mostrei língua pra ele, fazendo-o voltar a rir, não entendo onde ele vê tanta graça. 


— Já parei. - Ele disse, levantando as mãos como se tivesse cansado.


— Ótimo... Sabe, eu fiquei pensando nessas coisas que você disse da Clarisse e tudo mais e acho que já sei oque podemos fazer para que todos se resolvam e se aproximem também! 


— Hm... O que? 


— Basta reuni-los! - Expliquei e Vitor me encarou como se não tivesse entendido - Preciso que você ligue para o Daniel e mande ele vim pra cá com a família toda, e liga pra Sophia também! – ordenei, então Vitor finalmente pareceu entender o que eu queria fazer, ele apenas balançou a cabeça em concordância e foi fazer o que tinha mandado.

Eu vou juntar a família inteira. Até quem não se suporta vai ter que se aguentar. Às vezes precisamos estar juntos com as pessoas que amamos mesmo que seja para brigar e, com certeza,  nesse momento mais que nunca.

Preciso que minha mãe perceba que a união e o respeito vão ser sempre melhor do que brigar por motivos tão imbecis quanto esse. Com certeza foi uma surpresa para todos nós saber que a Clarisse é lésbica, mas isso não muda quem ela é, muito menos oque sentimos por ela, preciso que todos entendam isso!

"A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana." Franz Kafka.


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Notas finais do capítulo

E entãão? Curtiram? Quantas novidades, né non? Me digam nos review oque acharam de tudo isso *--* Próximo capítulo já está pronto, na verdade, a outra metade desse haha, separei por que ia ficar muito grande, enfim, postarei logo ;)
Beijões! ♥



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