Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 20
Acho que não seria um momento ruim para morrer


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente, capítulo novo. Ehh! haha.
Queria dedicar esse capítulo pra linda da Arii Vitória que recomendou a fic, muito obrigada, você não tem noção de como fiquei feliz, na verdade você tem noção sim, ne? haha. Sério, muitoooooo obrigada Arii! ♥
Podem ler e se preparem! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665859/chapter/20

Antes que eu conseguisse chegar muito longe, alguém me segurou pelo braço, era Vitor.
— Por que você gravou aquilo e mandou exibirem? Qual é o teu problema? - Ele praticamente gritou, segurando-me pelos pulsos.
— Qual é o meu problema? -Soltei um sorriso, irônico - Qual é o teu problema, De La Riva, essa é a pergunta! Nunca mais se aproxime de mim, nunca mais ouse me beijar, ouviu bem? Nunca mais! - gritei, afastando-me agressivamente e voltei a correr em seguida.
Assim que cheguei na rua, entrei no primeiro táxi que vi, lembrei-me por alguns segundos que Daniel e Sophia estavam ali e que talvez eles poderiam ficar preocupados, então pensei se deveria esperá-los, essa hipótese sumiu no mesmo instante em que vi Vitor atravessando a porta de saída da festa e andando em direção ao táxi que eu estava, então, eu apenas pedi ao motorista para que saísse logo.
A medida que o carro andava eu tentava esquecer tudo que havia acontecido, entretanto, parecia ser uma missão impossível devido as circunstâncias. Alguns pingos de chuva caiam, provavelmente daqui a pouco teria uma tempestade. O motorista ligou o rádio, estava tocando a música que eu menos gostaria de ouvir agora, a mesma que estava tocando quando eu e Vitor nos beijamos, unconditionally. Tentei ignorar, foquei toda a minha atenção naqueles poucos pingos de chuva que caiam do céu. Era só não prestar atenção. Era apenas não me importar. Era apenas não querer lembrar, o problema era esse, eu estava prestando atenção. Eu me importava mesmo sem querer e eu queria lembrar. Fechei os olhos por algum tempo, passou um filme de tudo na minha cabeça e por um curto tempo pude voltar a sentir o gosto do beijo de Vitor, abri os olhos no mesmo instante, aquela música ainda tocava, eu precisava sair dali, isso estava fazendo-me perder o pouco ar que me restava.
Sinal vermelho. O motorista parou, imediatamente sai do táxi e corri entre os diversos carros que se encontravam parados ali. Pude ouvir o motorista gritar de longe que eu tinha que pagar por aquela corrida, ele também me chamou de maluca. Senti vontade de dizer-lhe o quanto eu já sabia disso.
Após um tempo correndo, eu já estava cansada demais, então apenas comecei a andar devagar, nessa altura meu vestido já estava totalmente sujo e molhado. Olhei para cima, senti muitos pingos de chuva caírem em meu rosto, a cada instante a chuva se intensificava mais, cheguei a me preocupar por um instante, eu estava bem longe de casa ainda e teria que andar pelo resto do percurso. Dei de ombros e continuei andando, entrei em uma rua totalmente deserta, um vento forte soprou fazendo-me passar a mão por meus próprios braços, avistei um carro se aproximar, no inicio não dei importância, mas, quando eu menos esperava o carro parou ao meu lado, engoli seco.
— Quer uma carona, moça? - Um rapaz perguntou, abaixando o vidro do carro.
Não pude deixar de perceber que haviam mais uns dois homens ali. A pergunta é: Arriscar minha vida ou andar mais? Acho que não seria um momento ruim para morrer.
— Quero! - Avisei e eles gargalharam, pareciam surpresos.
— Entra aí - Um deles disse, então obedeci.
No mesmo momento que eu entrei no carro, o homem que estava dirigindo ligou o carro e começou a dirigir. Observei os homens que estavam do meu lado, estavam fumando muita droga e bebendo muito, além de ter uma arma na mão de um deles. Ok, nesse exato momento talvez eu tenha ficado com um pouco de medo.
— Ele só tá com essa arma pro caso de encontrarmos algum policial, preocupa não - Ele explicou, talvez essa explicação só tenha me deixado ainda mais agoniada? Provavelmente. - Aceita? - perguntou, entregando-me um cigarro de droga.
— Já tenho bastantes problemas, não preciso ser uma viciada também - falei, dando pouca importância pro fato de que talvez eu teria ofendido os caras.
— Você tá com algum problema? - O mesmo que tinha me oferecido a tal carona perguntou, analisando-me.
— É, estou com alguns problemas sim. Um cara me beijou e apesar de saber que o amor e essas baboseiras não existem, eu não consigo parar de pensar nele -Falei e todos eles voltaram a gargalhar, acho que no mundo inteiro, eles foram as únicas pessoas que não me olharam como se eu fosse maluca após eu dizer essas palavras, provavelmente estavam tão perdidos quanto eu.
— Pretendíamos estuprar você e depois te matar - Quando ele disse isso, senti meu coração disparar, eu disse que morrer não seria um problema, mas ser estuprada seria sim um problema. Eu não deveria fazer as coisas sem pensar, agora deu nisso. Valeu mundo.
— E vão fazer isso? -perguntei, fingindo não ligar.
— Não - ele disse e eu suspirei aliviada.
— Não? Como assim não? - O outro perguntou, como se o que tivesse dito tais palavras fosse maluco.
— Não, olha pra menina, coitada, ela é toda estranha - disse e eles gargalharam.
— Eu ainda estou aqui - avisei, séria.
— É, a gente sabe.
Após isso, conversamos sobre mais alguns assuntos e, no fim, eles apenas me deixaram em minha casa.
— Obrigada! - agradeci e tentei sair do carro em seguida, mas, um deles me segurou pelo braço, fazendo-me congelar novamente. Apesar deles estarem sendo legais comigo, era quase impossível não ter medo de pessoas assim.
— Não sai pegando carona com todo mundo, não. Você é bonitinha demais e qualquer dia desses você pode se dar mal de verdade -  falou e eu sorri - Como eu duvido muito que você vai me ouvir, toma isso - Ele me entregou um papel com alguns números - Se acontecer algo, liga pra gente. Mesmo que não esteja realmente em perigo, mas, talvez precisando fugir um pouco desse mundo todo.
— Por que você está fazendo isso? - perguntei, franzindo o cenho - Digo, por que você está sendo legal?
— Apesar de no fundo, você estar morrendo de medo, está agindo como se fossemos pessoas normais; Você é gente boa - concluiu e eu sorri, em seguida, eles apenas saíram.
Após isso andei rapidamente e quando entrei em minha casa, levei a mão até meu coração. O que foi isso? Qual é o meu problema? Provavelmente havia arrumado problemas com a polícia por não ter pagado aquele taxista, tinha aceitado carona de desconhecidos e por fim, fiz amizade com um grupo de maconheiros. Olhei para aquele papel com o número de um daqueles homens em minhas mãos e por um momento até pensei em jogar fora, mas, logo mudei de ideia, afinal, talvez eu realmente precisasse algum dia, devido á minha extrema capacidade de arrumar problemas.
— Onde você estava, América? - Sophia perguntou, assim que me viu entrar.
— Tá fazendo oque aqui? - perguntei.
— Como assim? Você saiu da festa do nada e demorou horas para chegar em casa, ficamos preocupados. Qual é o teu problema? - Ela disse e eu revirei os olhos - Com quem você estava?
—Ah, eu estava com uns drogados bem legais - falei, dando de ombros.
— drogados legais? Você ficou maluca? - Sophia gritou.
— Sim, mais legais do que você e tudo o que está nessa minha vidinha medíocre -falei sarcasticamente, em seguida, subi ás escadas correndo.
— América, espere, do que você está falando? - Pude ouvir Sophia gritar de longe.
E hoje, com certeza, iria para a lista dos dias mais estranhos de todos os tempos!


   "A loucura é como a gravidade, só precisa de um empurrãozinho" — Coringa.                               

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero q tenham gostado *--*, comentários????? merecemos alguma recomendação ? ~carinha de pidona~ , capítulo fugiu totalmente do tema mas, as vezes é bom, precisamos de capítulos assim para ajudar a Méri a crescer como pessoa e vocês também :3 E também, fiz esse capítulo assim para deixar vocês curiosos sobre como será a conversa de MériTor, haha. Beijoooos e por favor, não sai sem deixar seu comentário, não custa nada pra você e vale muito pra mim! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Welcome to my World!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.