Festas... Festas para mim, festas com você escrita por Andie Jacksonn


Capítulo 3
Menos de 24 horas antes da festa


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! E aí, beleza??
Shhh!! Vamos deixar baixo que eu desapareci por um ano... Shh! E como foram as festas de vocês? kkk
Só de comentar sobre festas me lembra o tempo que demorei para falar dessa aqui em particular, mas nada disso importa agora, né? kkk Foco no capítulo que é melhor.



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Draco Malfoy estava de férias mas, mesmo assim, teve que ir ao St. Mungus resolver alguns problemas de orçamento que seu colega tinha encontrado no dia anterior. Por isso Scorpius não viu o pai quando acordou com os amigos quase na hora do almoço, e também não o viu o resto do dia.

À noite, o Malfoy e os amigos foram para Swindon, capital de Wiltshire, que não era muito longe da Mansão; eles comeram num shopping, depois Lukas Nott insistiu que fossem numa festa que estava acontecendo no centro. Nott acabou chamando sua irmã e umas amigas dela para se juntarem à eles ali na boate, o que animou o resto dos garotos, afinal Zabini e Watson nunca haviam estado numa balada trouxa.

Albus se comportava como se já estivesse estado em lugares como aquele várias vezes e Scorpius não entendia como as meninas de todos os lugares, mesmo aquelas trouxas ali que não sabiam que ele era rico e famoso, caiam matando em cima do Potter.

— Tenho certeza que são os olhos verdes.

O Malfoy levou um susto porque, por um momento, realmente achou que Rose estava ali, sussurrando no ouvido dele. Mas era só imaginação, mesmo que a Weasley uma vez tivesse dito que seu primo chamava atenção por causa dos brilhantes olhos verdes e o cabelo preto que combinava com eles.

Droga!

Agora Scorp estava escutando-a na sua cabeça tão claro como se a ruiva estivesse ali, ao lado dele. Mas Rose nunca tinha chegado tão perto dele assim para que fosse necessário sussurrar em seu ouvido. Tá, se a Weasley estivesse mesmo naquela festa, ia ter que gritar no ouvido do loiro para que ele escutasse alguma coisa de tão ensurdecedora que estava aquela música.

Foi aí que Scorpius viu Katharina Nott, aquela que todos os caras em Hogwarts queriam, mais quatro amigas chegando à festa, e ele tinha que admitir que essas meninas sonserinas sabiam como chegar à um lugar e fazer com que todos notassem a presença delas. Katharina foi em direção ao irmão e encontrou os outros caras. Como o bar onde o Malfoy estava era num patamar  mais alto da boate, ele pôde ver de longe que Katie e Albus vinham em sua direção. Ela se aproximou, deu-lhe um abraço apertado, e pelo canto do olho, Scorpius viu a maneira que Albus olhou para eles.

O Malfoy conhecia os gêmeos Nott desde criança e era muito amigos dos dois, mas quando se é adolescente e tão próximo de uma garota, as pessoas começam a comentar e fazer suposições a respeito, e foi assim que grande parte dos comentários sobre Scorpius e Katharina se espalharam. O loiro tinha que admitir que nunca fizera nada para desacreditar os rumores e, a Nott vivia abraçando-o e puxando para todos os lugares. Eles saíam juntos sem o irmão dela também, então é claro que aquelas pessoas desocupadas da escola iam comentar.

Albus já tinha perguntado sobre os dois uma vez, se nunca tinha rolado nem uns beijos e o grifinório ficou meio surpreso com a negativa do Malfoy e, com a alegação do loiro de que não existia nenhuma química entre eles, que Scorpius beijar a Katharina seria como o Albus beijar a Lily Luna. Com a cara de nojo de Al, o assunto foi encerrado mas, agora, Scorpius estava se questionando se o Potter realmente tinha acreditado nele.

Katie continuou abraçada a Scorpius enquanto pedia uma bebida. O barman não se importou o bastante para conferir a idade dela e pedir a identidade.

— E aí, Scorp? Por que você não está dançando? – perguntou Nott.

— Não estou a fim – comentou ele.

— Desde que a gente chegou ele está aqui, mas a cabeça parece estar longe – comentou Albus.

Katie pegou a bebida colorida, tomou um pouco e olhou para o loiro, analisando-o:

 – Onde você estava, exatamente, Scorpius Hyperion?

O loiro apenas deu de ombros. Katharina apertou os olhos, tentando ver através do gesto, mas desistiu e virou-se para Albus:

— E aí, Potter? Você desistiu de chamar o seu irmão gato pra festa?

— Eu vou dar uma ligada pro James, mas tenho que ir lá fora. Vamos comigo, sonserino?

Scorpius saiu da boate com Albus e atravessaram a rua para se afastarem do barulho. Al ligou para o irmão, mas James estava com uns amigos no Três Vassouras e disse que não animava ir pra Swindon, muito longe.

— Eu pensei em ligar pra outra pessoa – disse Albus, – mas antes quero confirmar uma coisa com você.

— O quê? – perguntou Scorpius sem ter a mínima ideia do que seu amigo falava.

— Eu sei que já perguntei isso e espero que você não estresse, porque naquela vez era pura curiosidade, mas agora não é. Você e a Nott: é um relacionamento que eu não entendo.

Scorpius suspirou e disse:

— A gente nunca teve, não tem e nem vai ter nada, Albus. Somos só amigos de infância.

— E é isso que ela pensa também?

—  Claro que sim. Eu não faço o tipo dela – respondeu o loiro.

— Então, a Nott está fora do jogo?

— Ela nunca esteve “no jogo”. Mas por que você está me perguntando isso? Está interessado na minha amiga? Porque se for isso, não precisa se preocupar comigo, pode investir nela.

 – Não estou interessado na Nott, Malfoy. Estou interessado em você. E no que você quer com a minha prima Rose.

Diante de um Scorpius boquiaberto, Albus continuou:

— Eu te zoei a respeito disso, e sabia que você tinha uma quedinha por ela, mas o discurso que você fez para os seus pais ontem foi bem apaixonado. Eu quase chorei – terminou ele com ironia.

— Você ouviu? – perguntou o loiro mesmo sabendo a resposta.

— Eu fui pegar mais um pouquinho daquele doce de sobremesa e ouvi meu nome, por isso fiquei pra saber do que estavam falando. Então...

— Então o quê, Albus? – falou Scorpius meio na defensiva, porque ele não queria ter que se explicar para o o cara, afinal Potter devia ser um amigo que o apoiava e não o chato que fica defendendo a honra da priminha indefesa. A questão era que Rose sabia se cuidar muito bem sozinha e Scorpius apostava que ela não ia gostar de saber que Albus ficou dando showzinho de ciúmes.

— Scorpius, você é meu amigo e não estou aqui tentando saber se a sua intenção é casar com a minha prima – contou Albus, com um meio sorriso. – Eu só quero saber se isso que você falou para os seus pais ontem foi mesmo sério e se não tem ninguém entre você e a Rose. Ela é minha amiga também e eu me preocupo com ela.

— Você quer dizer outra garota? – questionou Scorpius.

Albus confirmou com a cabeça e o loiro falou:

— A única que está invadindo a minha cabeça é a senhorita Rose. Ela e as suas tiradas irônicas, o sorriso que faz minha cabeça dar um nó e aquele cabelo vermelho que quase me faz gostar da Grifinória.

O Potter balançou a cabeça negativamente com a resposta do loiro e digitou algumas coisas no celular. O aparelho não era totalmente desconhecido dos bruxos, mas não eram muitos deles que realmente sabiam como usar e aproveitar um smartphone.

— Oi, amore mio, o que você está fazendo?

O Malfoy se questionou se Albus estava saindo com alguém e não tinha falado.

— Sério? – brincou o Potter, rindo. – Não. Eu simplesmente não aceito isso. Você é uma adolescente e está indo dormir cedo nas férias? Você pode vir aqui se encontrar comigo, então – uma pausa. – Sim, dona Rose, você pode ir levantando e vindo pra cá.

— Rose? Você está falando com a Rose? – perguntou Scorpius aproximando-se do amigo – Posso ouvir o que ela está falando também?

Albus revirou os olhos e colocou o celular no viva-voz, se não, o Malfoy ia grudar na sua orelha. O menino estava apaixonado mesmo, por Merlin.

Não mesmo, Al. Estou morrendo na preguiça, não vou para aí nem pagando.

Era bom ouvir a voz da Rose, ainda que Scorpius não conseguisse vê-la. Seria ótimo se ela resolvesse se encontrar com todos ali.

— Olha, eu não queria fazer isso, mas você não me deixa escolha, prima – disse Albus como se estivesse realmente lamentando algo. – Se você não vier, eu posso beber e ficar com a Katharina Nott.

Rose riu e disse:

E daí?  Se você quer estragar a sua vida, quem sou eu para te impedir?

Scorpius não sabia que Rose não gostava da Katie. E era estranho porque a Weasley se dava bem com todo mundo.

— Você é terrível – acusou Albus com um sorriso.

Por isso você me ama.

— Amo mesmo – respondeu o Potter, deixando Scorpius com ciúmes da relação dele com a Weasley. – Mas tem certeza que você não vem? Tem uma lareira na qual você pode sair aqui perto e tenho certeza que o tio Ron e a tia Mione nem iam perceber que você não está em casa.

Eu sei, Al, mas eu já estou de pijama, deitada e provavelmente com a cara amassada de ficar assistindo filme, além disso, tenho que acordar cedo amanhã para conseguir comprar o presente do Scorpius.

Scorpius arregalou os olhos, surpreso e feliz por ela ter trazido ele à baila na conversa. E por que ela não tinha comprado nada ainda? Rose Granger Weasley nunca deixava nada pra última hora. Exceto os trabalhos de Poções.

Albus também parecia surpreso.

 – Por que você não comprou ainda? – perguntou o primo da ruiva.

— Ai, Al... É porque eu pensei e pensei e, ainda não sei o que dar pra um cara que já tem tudo, sabe?

— Fala com a Rose que ela não precisa me dar nada – disse Scorpius. – Só ir na festa que eu vou gostar muito.

Albus olhou para o loiro como se ele fosse idiota.

— Scorpius? – perguntou Rose. – Você colocou a conversa no viva-voz, Albus Severus? E não me disse?

O Malfoy ainda estava um pouco perdido:

— Ela escutou o que eu disse?

Albus revirou os olhos e bateu na própria testa, mas não foi ele que respondeu:

— Existe uma coisa nos celulares que permite que mais de uma pessoa escute o que o outro lado da linha está falando. Mas se você e o Al me escutam, eu posso escutar vocês também – explicou a Ruiva.

— Que linha é essa? Porque eu não estou vendo nada – falou Scorpius.

Rose riu. Teve que rir porque o loiro era muito fofo, mesmo por telefone.

— Ai, por Merlin, Malfoy! Você não está pedindo para a Rose te dar uma aula sobre tecnologia trouxa às onze da noite, né? – reclamou Albus.

— Nossa, Potter, também não posso perguntar nada? Vai lá pra dentro beber um pouco, vai. – mandou Scorp, torcendo para o Potter sacar que era pra deixar o telefone ali pra ele poder falar com Rose sozinho.

Apenas mexendo os lábios, Malfoy pediu “por favor”.

Albus revirou os olhos de novo, aquilo já estava virando um hábito irritante, e depois disse:

— Ótimo, vou beber mesmo e ver se tem alguém interessante nessa festa. Até amanhã, Rosinha.

Até amanhã, Al— respondeu ela.

Albus tirou o celular do viva-voz e entregou-o para Scorpius, aconselhando:

— Juízo, hein?

O Malfoy sorriu e colocou o aparelho na orelha, dizendo baixinho:

— Oi, Rose.

— Oi, Scorpius.

O sorriso dele se alargou porque... Bom, porque ele estava apaixonado por ela. E ouvir a voz dela mesmo quando não podia vê-la era bom também.

— Quer dizer que você está de pijamas assistindo filme?

— Pois é, meio chato, né?

— Não acho. Eu via filmes no cinema com a minha mãe todas as férias e era legal. Assistir deitado deve ser melhor ainda.

— Mas a tela é bem menor.

— Tenho certeza que a companhia compensa. Só eu, você, pipoca e um filme divertido. Aposto que não existe programa melhor.

Rose ficou em silêncio e o Malfoy achou que ela tinha desligado. Ele olhou para a tela, mas os minutos ainda estavam correndo. Será que tinha estragado alguma coisa?

— Oi... Rose, você está aí? Aqui ficou mudo de repente.

Scorpius ouviu um suspiro, então aquele treco ainda devia estar funcionando.

— Rose?

Eu estou aqui.

— O que aconteceu? – perguntou o loiro, com cuidado.

Você não devia ficar dizendo coisas assim para uma garota, sabia?

— Eu falei besteira? – Scorpius estava começando a achar que Rose não tinha gostado de alguma coisa.

Malfoy, presta atenção. Você não pode ficar dizendo para pessoas nerds que seria bom ficar vendo filme no sofá ou na cama.

— Seria maravilhoso, na verdade – corrigiu ele, afinal a imagem de ficar deitado com a Rose em seus braços era muito tentadora.

Ela riu.

Olha, é melhor você voltar pra sua festa.

— Por quê? Vamos conversar mais.

Porque se você continuar falando, nerds como eu vão acabar perdidamente apaixonadas por você.

Depois disso, ela só disse boa noite antes de desligar.

Ainda bem que ela desligou porque a mente do loiro estava dando voltas, então ele nem se despediu. Scorpius se sentou numa escadaria perto da boate e ficou repassando a conversa que teve com a ruiva.

Ela tinha mesmo dito aquilo?

Que poderia acabar se apaixonando por ele?

 


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Notas finais do capítulo

Pois é... Foi um capítulo curtinho, mas espero que tenham gostado mesmo assim. O Scorpius é um fofo, né? Bom, eu acho, mas sou suspeita pra falar. Vejo vocês mais tarde s2 s2
E desculpem pela demora :(

Um abraço apertado
Andie



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