Festas... Festas para mim, festas com você escrita por Andie Jacksonn


Capítulo 2
Dias antes da festa


Notas iniciais do capítulo

Volteeei... E como prometido, segue aí, mais um capítulo de “Festas”, espero que gostem. E infelizmente, a festa de aniversário do Scorp só começa no próximo cap. Ah, ainda tem muito Drastoria para vocês.



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Scorpius prorrogou o máximo que pôde o assunto da profissão e no dia 29, Zabini, Nott e Watson, colegas de quarto e de confusão de Scorpius chegaram à Mansão. Lucius e Narcissa não estavam na casa e os elfos estavam de férias, portanto quando Draco atendeu a porta ficou muito surpreso ao dar de cara com o mini Potter. Parecia que o garoto também não sabia como reagir porque os dois ficaram só se encarando por uns dois segundos.

– Boa tarde, sr. Malfoy – falou o menino sem graça.

– Quem chegou aí, pai? – perguntou Scorpius aparecendo no hall, e assim que viu o Potter, disse: – Entra, grifinório, todo mundo já está aqui.

– Desde quando vocês dois se conhecem? – perguntou Draco dando passagem para Albus entrar.

– Nós somos do mesmo ano – respondeu Scorpius como se o pai fosse meio lerdo.

– Você entendeu o que eu quis dizer – retrucou o pai.

– No início do quinto ano – respondeu Albus mesmo sabendo que o senhor Malfoy não estava perguntando para ele. – A traíra da minha prima Rose fez dupla em Herbologia com uma pessoa qualquer, e como o Scorpius estava sobrando, eu tive que fazer com ele.

– Isso aí – confirmou Scorp, e depois perguntou, sério: – Pai, está tudo bem?

– Claro – respondeu Draco, sinceramente. – Seja bem vindo, Albus. Fique à vontade, tudo bem?

– Obrigado, senhor – respondeu o Potter.

– Tá tudo muito bom, tudo muito bem, então vamos, Al. Estamos querendo jogar quadribol, tá a fim?

– Claro, contanto que eu fique com a sua Nimbus, doutor.

– Vai sonhando. Apenas sonserinos podem tocar naquela vassoura – disse Scorpius, indo em direção aos jardins dos fundos.

– Engraçado, você não falou nada disso quando ela te pediu para dar uma volta.

– Vá para o inferno, Potter – mandou Scorpius, apressando o passo antes que o pai dele pudesse dizer qualquer coisa.

Mas agora Draco estava interessado em saber quem era a garota misteriosa. Ela não era sonserina, mas ele estava torcendo para estar errado, e essa menina não ter nada a ver com o novo amigo de Scorpius.

Depois, os garotos ficaram jogando quadribol por, pelo menos, duas horas, e Draco olhou-os por algum tempo enquanto estava em seu escritório, o qual a janela dava de frente para os jardins. A verdade é que o senhor Malfoy não podia deixar de se considerar sortudo porque a vida de seu filho era completamente diferente daquela que ele tinha levado na mesma idade. Scorpius era tão melhor...

– Terra chamando Draco... Olá-a...

O loiro piscou rapidamente duas vezes e percebeu que Astoria estalava os dedos na frente dele, sorrindo, provavelmente, por ter um marido tão desligado.

– Então, querido, onde você estava?

– Bem aqui. Eu estou de férias, lembra? – respondeu ele.

– Você sabe que não era disso que eu estava falando – disse Astoria sentando-se no colo do marido e colocando os braços em torno do pescoço dele.

– Eu estava pensando no Scorpius, e em como somos diferentes.

Astoria sabia que Draco não estava se referindo a aparência e não disse nada.

– Você já viu os amigos dele? – perguntou o Malfoy.

– Ainda não. Scorp disse que eles estão tomando banho e se trocando. A Katharina não veio, não é? Acho que viajou com a mãe, ou algo do tipo. Você acha que ela é a garota pela qual o Scorp está apaixonado?

– Duvido. Acho que essa garota misteriosa não é sonserina.

– Então você conversou com ele, amor? – perguntou Astoria, sorrindo satisfeita e curiosa.

– Não. Mas um dos meninos deu a entender que ela é de outra Casa.

– Ai, meu Merlin! – exclamou Astoria pausadamente. – E se ela for da Grifinória? Vamos ter que deserdar o Scorpius?

Draco teve que rir da gracinha da esposa; ela era sonserina e amava isso, mas não via motivo para competições que não estivessem relacionadas à quadribol. Cada Casa havia muitos motivos para se orgulhar. Ás vezes, ele se perguntava como Ast podia ser tão evoluída.

– Você não está realmente preocupado, está? – perguntou Astoria.

– Não. Pelo menos, eu acho que não.

– Que bom, porque acredito que o nosso bebê saiba se cuidar.

– Uhum... – murmurou Draco, começando a beijar a clavícula da esposa.

– Quatro adolescentes estão com fome lá em cima, não acho que...

– Cinco – corrigiu Draco.

– Seu filho vai aparecer aqui e vai nos ver... Espera, cinco?

– Quem liga, Ast? – perguntou o loiro me seu ouvido e ela sentiu a barba dele por fazer roçando em seu rosto e, bom, resistir era inútil, anos de experiência haviam provado isso.

– Mãe! – chamou Scorpius. – Você está aqui?

Ela abriu a porta e se deparou com os pais se separando de um beijo.

– Ai, meu Merlin! – exclamou o loiro. – Vocês querem que eu cresça cheio de traumas? Quando tiverem que gastar milhares de galeões com a minha terapia, aí eu quero ver.

O casal revirou os olhos em perfeita sincronia e Astoria se levantou da cadeira.

– O que você quer, Scorp? – perguntou ela.

– O jantar, né, querida?

– E o que eu tenho a ver com isso? Os amigos são seus, se vira – respondeu Ast, fazendo graça.

Scorpius achou que ela estava falando sério e pediu:

– Por favor, mãe, não estou com vontade fazer comida para esses caras que comem como se o mundo fosse acabar.

– E desde quando você cozinha, Scorpius? – perguntou Draco, levantando as sobrancelhas.

– Eu aprendi a fazer lasanha – disse o mais novo como se esse fosse o único prato que importa na vida.

E talvez fosse.

Pelo menos para ele.

– Claro – respondeu Draco, enquanto Astoria sugeria:

– E você pensou em pedir comida?

– Posso? – perguntou Scorpius – Tipo pizza, e comida chinesa, e lasanha? Tem também um restaurante novo no Diagonal que é especialista em comida brasileira, a... Ouvi falar que é bom.

– Ouviu? – perguntou Astoria, afinal o filho tinha que estar falando da garota misteriosa, só que ela não entendia porque Scorpius parecia não poder falar o nome da tal menina.

– Ouvi, sim. Vou perguntar o pessoal o que eles querem – disse Scorpius

– Quem foi ao restaurante, Scorp? – insistiu a mãe dele.

– Uma colega da escola – respondeu ele, evasivo, e fechou a porta antes que Astoria ou Draco pudesse dizer qualquer coisa.

Eles se entreolharam e decidiram deixar para conversar sobre isso depois. Principalmente Draco, que tinha que contar para a esposa quem era o mais novo amigo do filho deles. Ast não ficou realmente surpresa, achou até legal que Scorp e o filho do Potter não levavam as antigas rixas à sério, e dito isso, foi receber as corujas com a comida.

– Meninos, venham jantar! – chamou Astoria enquanto terminava de colocar as entregas dos restaurantes na mesa. Scorpius e os amigos acabaram escolhendo massas de um restaurante italiano e diferentes pratos do brasileiro que a tal “colega” do loiro tinha ido.

Albus, Scorpius, Zabini, Watson e Nott entraram na copa e Draco veio logo depois. Ele aproximou-se da esposa e abraçou-a por trás.

– É impressão minha ou eu estava incluído nos “meninos”? – perguntou.

Astoria olhou para o marido com um meio sorriso e perguntou:

– O que você acha?

Como Scorpius e os colegas prestavam atenção à conversa, tiveram que rir depois dessa. Albus não havia se sentado ainda porque queria cumprimentar a mãe de Scorpius e se apresentar apropriadamente.

– Eu sou o Albus Potter, senhora Malfoy. É um prazer finalmente conhecê-la.

Dito isso, o moreno pegou a mão de Astoria e beijou-a.

– Ah, adoro cavalheiros – comentou ela, com um sorriso.

– O seu filho que a senhora era bonita, mas na realidade é muito mais do que isso – falou Al, galante.

– Ela é linda e casada, Potter – comentou Draco atrás do garoto.

Astoria riu e puxou o marido para se sentar ao lado dela na mesa, enquanto Albus pegava um lugar vago ao lado de Scorp.

E os meninos não fizeram cerimônia. Atacaram tudo que tinha à mesa.

– Eu tenho que admitir – falou Astoria, – a comida desse restaurante brasileiro é muito boa.

– Eu não me canso dela – comentou Albus.

– Então você já havia comido lá? – perguntou Ast, e Scorpius parou com o garfo em direção à boca. Não por causa da pergunta de sua mãe, mas o interesse em seus olhos, que era evidente.

– Aham – falou Al. – A gente foi lá umas três vezes, já. Muito boa mesmo.

– A gente, quem?

– Albus e a família dele, né, mãe? – disse Scorpius, tentando encerrar o assunto.

– Você e seus pais? – continuou perguntando Astoria.

– Isso aí. Meus irmãos também, claro. Foi a Rose que descobriu, sabe? Ela sempre está ligada nessas coisas de comida. Tia Mione diz que ela puxou isso do meu tio Ron. Essa paixão por diferentes pratos e comidas em geral. E eu estou falando demais, enfim... – terminou Albus, vendo que Draco e os outros também prestavam atenção ao que ele dizia.

Scorpius pegou o copo de suco e virou de uma vez. Droga! A culpa era dele mesmo, tinha que admitir, porque foi o loiro que não quiz mencionar Rose, e deveria ter feito como se ela fosse qualquer colega dele. E agora, seus pais provavelmente estavam pensando besteiras.

– Olha, Scorpius – chamou Lukas Nott, – acho que o Potter não está mais com medo da sua casa ser mal-assombrada, do tanto que ele está comendo.

– Deixa de ser ridículo, Nott – falou Albus, desdenhoso. – Nunca tive medo daqui.

– Não sei, não. Talvez você deveria – comentou Scorpius, parando de pensar na Weasley por um segundo e entrando na brincadeira. – Nem toda a fama da Mansão é infundada. Algumas partes da casa ainda são perigosas e os objetos e instrumentos das artes das trevas atacam os desavisados.

Albus fez língua para o amigo, e riu:

– Estou morrendo de medo, Malfoy.

– Por que ele está rindo? – perguntou Scorpius à Zabini, que estava sentado à sua frente – Eu estou falando sério.

Albus apenas revirou os olhos por causa da falsa seriedade na voz de seu amigo e voltou a comer, que era melhor.

Depois de conversas sobre quadribol, o que o resto do sexto ano aguardava, e a super festa de Scorpius, os meninos se levantaram para ir para o quarto. Scorpius disse para eles irem na frente enquanto ajudava a sua mãe a tirar a mesa. Desculpa que o Malfoy mais novo arranjou para conversar à sós com seu pai, que tinha lhe feito um sinal durante o jantar.

– O senhor queria fala comigo, não é? – perguntou Scorpius, enquanto ele, seu pai e sua mãe levavam os pratos para cozinha.

– Sim. Eu quero saber o que você quis dizer com intrumentos das artes das trevas espalhados nessa casa.

Astoria ouviu, é claro, colocou alguns pratos em cima da pia e se aproximou deles.

– Foi uma brincadeira, pai.

– E seus amigos pensam da mesma maneira? – perguntou Draco.

– O que você quer dizer, querido? – Astoria questionou, entrando na conversa.

– Ah, mãe, a senhora não sabe? Ele não está falando dos meus colegas de quarto, mas do Albus. Por que você não é claro, pai?

– Não me questione nesse tom, Scorpius – falou Draco. – Eu só não quero aurores dentro da minha casa, procurando por artes das trevas.

– Por quê? Você tem medo de que eles encontrem o seu “laboratório” na ala oeste?

Draco arregalou os olhos por um segundo, antes de balbuciar:

– Como?

– Eu fiquei preso lá enquanto procurava por eu presente de natal nas férias do terceiro ano – explicou Scorpius, sem deixar de encarar o pai. – Minha mãe me tirou de lá duas horas depois e isso me deu tempo de explorar o lugar. Algumas coisas ali poderiam garantir uma cela com vista para o mar em Azkaban – terminou ele, com ironia.

– E por que você não me falou nada? – perguntou Draco, nervoso, virando-se para Astoria.

– Se você quisesse nos contar, já teria feito, querido, então eu e o Scorp deixamos assim – respondeu Ast, sem se abalar. – Eu sei que você é curioso, Draco, por isso tem essas coisas. Eu não tenho nada com o que me preocupar.

– E o senhor também não tem que ficar nervoso, nem preocupado – acrescentou Scorpius, – eu não contei para o filhinho dos aurores, nem para ninguém sobre seu interesse, pai.

– E por que você ainda está falando comigo nesse tom, Scorpius Hyperion? – sem levantar a voz, mas ríspido.

– Porque você fica julgando à mim e aos meus amigos. Você deu boas vindas ao Al, mas nem gosta de ouvir o nome da família dele. Já basta uns idiotas fazendo comentários estúpidos na escola sobre nossa amizade, e o que eu sei que muita gente pensa da nossa família. Agora, você julga o meu amigo por uma merda de problemas que você teve em Hogwarts com o pai dele.

– Querido, não é isso... – começou Astoria.

– É, sim. – discordou Scorpius, nervoso, ainda de frente para o pai. – Você odeia que eu não seja um puro-sangue perfeito.

– Espera aí, garoto – pediu seu pai. – De onde isso está vindo? E por que eu tenho a impressão de que não é com o Albus que você está preocupado?

– Claro que é, o Al é meu amigo mesmo. Não deve ser tão dificil de acreditar assim, mas eu não consigo deixar de pensar que, se você ainda se sente mal com a família dos Weasley e Potter, e o senhor era um comensal idiota, o que senhor Weasley, pai da Rose não diz à ela sobre nós? Sobre mim?

Depois de jogar tudo isso em cima de seus pais, Scorpius saiu.

Ele simplesmente saiu da cozinha, deixando seus pais boquiabertos, afinal Scorp nunca tinha sido um adolescente que explodia ou se rebelava. Será que isso estava acontecendo mais tarde no caso do filho deles?

Draco respirou fundo e Astoria comentou, abraçando o marido de lado:

– Acho que agora sabemos quem é a garota misteriosa.

– É, e eu não sei se gosto disso.

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Notas finais do capítulo

E aí??? Gostaram? Espero que sim, e semana que vem tem mais. Afinal, é aniversário do Scorp no dia primeiro de janeiro. Deixem seus comentários para mim, que eu vou adorar.
Boas festas, gente, e muita saúde, paz, amor e boa ideias... Abraços apertados, Andie.