Vampire Kiss - The Bloody Rose escrita por Milemeh Scarlet


Capítulo 8
7.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/66539/chapter/8

Tanya ficou furiosa comigo, por estar fazendo aquilo. Jane não achava que brincar com seres humanos, era uma coisa ruim,  e eu não queria saber a opinião de Helena. Tanya na verdade, ficou brava por que não iríamos ficar muito tempo na Casa.

            - Por quê? – eu perguntei, indignada.

            - Pensei que você não gostava daqui. – disse Tanya, de pé na minha frente, Jane sentada em uma cadeira perto da lareira.

            - Mas aprendi a gostar. E eu tenho uma idéia. – eu disse pensativa – Vou para escola!

            - Vai para... O quê? – ela disse, engasgando – Sem chance! Você vai matar a sala inteira, e vai.. não! Sem chance! Nunca!

            - Não é tão ruim, Tanya. – disse uma voz um pouco mais abafada, Jane. Tanya virou-se para ela, que este ergueu os ombros e os solto.

            - Como assim? – Tanya perguntou um pouco confusa.

            - Ela é assassina, ela pode estudar os humanos... – ela disse lentamente, e eu assenti com a cabeça – Provas e etc, são de menos. E ela, que fica tediosa rápida, é a única solução.

            - Isso não é uma solução! – disse Tanya.

            - Não, mas por enquanto. Deixe ela ir, ela pode experimentar ser vampira em uma escola. De humanos. – ela olhou para Tanya, dando um sorrisinho.

            Tanya olhou para mim, e eu dei um sorrisinho também. Ela me olhou com os olhos penetrantes.

            - Realmente, você é do contra. De qualquer maneira, você vai, não vou agüentar você aqui todos os dias. Jane, como incentivo, vai levá-la e buscá-la. – ela disse para Jane – E você, mocinha, - ela disse para mim, apontando o dedo fino para mim – vai se controlar, aqui é nossa Casa, e temos que controlar.

            - Yes! – eu exclamei.

No dia seguinte, eu continuava acordada, com os olhos pregados na janela, olhando para o horizonte. Quando finalmente o sol nasceu, e Tanya me chamou, desci para o hall. E lá estava Jane, eu não tinha visto Helena dez de então, dez da nossa pequena discussão.

            Jane me levou para escola, cantando com a boca fechada. Enquanto ela dirigia, eu perguntei:

            - O que ouve com Helena? – eu disse um pouco seca.

            - Ela esta bem, pretende viajar para França. E parasse que vocês duas se odeiam...

            - Ela me odeia também? – eu perguntei, surpresa.

            - Sim, ela acha que você é mal agradecida e birrenta já tão nova.

            - Ela não é tão velha quanto eu.

            - Bem, ela tem 18 de aparência, mas acho que você não percebeu, ela se transformou em meia –vampira, então ela continuou à crescer até os 18, então congelou.

            - É, não tinha percebido isto. – eu disse, olhando pela janela, vendo os estudantes andando lentamente – Mas, eu não a odiava, agora eu odeio.

            - Ela não te odeia apenas por causo disto, ela fala que você matou seus pais. – eu engoli em seco.

            - Não é verdade, ela sempre era tão ruim para mamãe, ela não pode falar nada...

            - Mas vocês duas eram.

            - Nós brigávamos, é claro. Mas eu não a odiava, éramos irmãs, mas vivíamos brigando por causo de tudo, e às vezes irritávamos os nossos pais.

            - Então não era só sua culpa e nem dela. Pronto, chegamos, boa aula.

            Eu desci do carro, logo depois de ela desaparecer na neblina. Olhei para escola, era grande, mas não tanto. Respirei fundo e entrei na escola. Por dentro estava lotado de estudantes, não sabia realmente se estava frio, pois não prestava atenção no clima.

            A escola tinha um corredor onde tinha os armário, outro com várias salas, e outro com salas também. Olhei para um dos corredores e vi “SECRETÁRIA”. Entrei na sala e lá estava uma mulher baixinha com óculos e cabelos grisalhos. Ela me olhou com o rosto bondoso e sorriu, que eu também sorri. Parecia que sempre que eu sorria, as pessoas ficavam hipnotizadas. Quando fechei o sorriso e encaminhei para o balcão ela perguntou.

            - No que posso ajudar? – ela disse com a voz fina.

            - Sou aluna nova, queria meu horário.

            - Laura Nightmare? – ela perguntou olhando para papelada.

            Fiquei impressionada com o sobrenome que Tanya havia inventado que demorei um pouco para concordar, então ela olhou para mim e eu acenei.

            Ela me deu o horário e vi que as minhas duas primeiras eram aula dupla de Inglês. Quando cheguei na sala, era um professor alto e estranho, sentei-me na carteira que sobrava.

            A aula foi normal, as pessoas conversavam muito quando ele estava escrevendo ou quando ele passava alguns exercícios. O professor ficou o resto da aula sentado corrigindo algumas coisas. Eu fiquei quieta em meu lugar, muitos humanos olhavam para mim. E para minha felicidade diminuir um pouco, Carvey estudava na escola também. Quando ele me encontrou ele ficou junto comigo, conversado sobre coisas idiotas, percebi que ele era popular, e havia duas pessoas populares naquele ninho humano, uma garota metida à besta, que sempre que estava com o humano retardado ficava olhando furiosa para mim. Então pensei: todas as meninas que gostam deste garoto, me odiavam. Também tinha encontrado Thain, ela me lançou um olhar de ódio, mas não estava com Carvey.

            As aulas passaram rápidas, e tiveram algumas pessoas que conversaram comigo no intervalo. E Thain continuou me seguindo, ela começava a me irritar, e via que ela levou essa coisa de “seguir a Laura” muito à sério.

            As pessoas que tinham conversado comigo eram metaleiros, e uns diziam que eram góticos e outros satânicos. Percebi que apenas este gênero gostava de mim quando passou o segundo dia. E vi que os populares queriam me matar... Mas era mais fácil eu matá-los, mas tinha que me controlar.

            O grupo que falavam comigo eram cheios de tatuagens, alguns, e ou argolas penduradas, outros tinham pentagramas tatuados ou em colares. Alguns viam o cordão de ouro por baixo da minha blusa e me perguntavam o que era, e acabavam vendo que era meu colar. Nenhum deles tentaram tirá-lo, se não estava ferrada.

            A menina chata e popular, que era loura e todos os meninos babavam por ela, mas quando eu cheguei as coisas ficaram diferentes. A maioria das meninas tinham medo dela, e quando ela chegava abriam espaço, e se enfrentasse ela, acabava sendo esmagada(o), por meninos ou meninas. E eu era a inimiga dela daquele momento, pois estava com Carvey, e ela me odiou por estar com o ex dela, e ainda menino popular. E isto tinha me deixado mais excitada.

            Um certo dia, que estava conversando com o grupo estranho, eles falavam alegremente, xingando os outros, mas eu não intrometia muito. Até que apareceu uma cabeça loura por cima dos pretos e brancos. Todos eles saíram da mesa. A menina sentou na minha frente, e as “seguranças” dela ficaram atrás.

            - Antes que pergunte, sou Ashley, a menina mais popular daqui. Você pode ser bonitinha, - eu ergui uma sobrancelha – e alguns meninos estão gostando de você. Mas eu sou a mais velha aqui, e eu mando, eu fico com o mais popular, e eu boto medo nas garotas. Com você vai ser o mesmo.

            Eu assobiei, e depois disse, olhando fixo para os olhos verdes dela:

            - Eu não estou competindo, e não me ameace, às vezes pode acabar mal...

            - Então desista, e me dê Carvey.    

            - Não. – eu dei o sorrisinho – O que você pode fazer? Fazer uma das suas seguranças me atacarem? – eu soltei uma risada histérica – Quero ver.

            - Você vai ficar roxa. E eu quero ver, você vai ficar horrível... Vou fazer você lamentar, até entregar ele para mim.

            Senti que várias pessoas estavam em nossa volta, entre ele Thain e Carvey.

            - Hum, vou pensar na ameaça. – eu disse ainda sorrindo.

            - Vai ser hoje... – ela disse, mas senti outra mente, diferente. Olhei para cima e vi uma garota pálida, com o mesmo cordão por baixo da camisa, e ela olhava para mim, com os olhos brilhando. Ela parecia da mesma idade que eu.

            Ashley bateu forte na mesa, tirando-me do transe.

            - Ouviu? – então ela saiu com as meninas no lado.

            Eu fui até a garota, com várias pessoas querendo falar comigo, Thain ria, enquanto me seguia, mas não estava dando bola.

            - Quem é você? – eu perguntei para a menina pálida.

            - Alice, ou Alícia. – ela disse sorrindo.

            - Eu quero saber, o que você é.

            - Pensei que já tinha descoberto. – ela disse, se afastando da grade e andando.

            - Como? Pensei que era apenas...

            - Leticia me transformou, e vim fazer companhia. – ela disse, se virando na minha direção – Que bom começo...

            - Todo mundo me odeia, é normal. Mas, quando você veio?

            - Ontem... Hoje na verdade. Mas estava tão chato, e vim aqui, já fiz tudo. – ela segurou minhas mãos eu mexeu alegremente – Vou ficar igual à você! Digo o horário. Como você resiste? – ela disse fazendo uma careta.

            - Alguns anos, mas quando eles se cortam é pior.

            - Nem quero pensar. – a sineta tocou e ela olhou para mim alegre – Vamos lá!

            Alicia, era alegre, e ainda um pouco humana, muitas vezes quase perdia o controle. Ela conversava muito, e depois que Ashley falou comigo e conheci Alicia, só nós ficávamos juntas. E conversávamos, ela perguntava várias coisas para mim. Como:

            - Nós podemos comer? – ela perguntou, quando eu estava comendo um pequeno sanduiche.

            - Sim. Mas não é necessário, não vai dar em nada.

            Ela falava muito, mas não tanto quanto Leticia, que era pior. Agora a Casa estava cheia, Leticia, Dick e Ursula voltaram e ficavam andando para lá e para cá toda hora.

            A escola não era tão difícil, eu pegava as coisas rápido. E Ashley continuava a me ameaçar, mas nunca me enfrentava, até que chegou o dia.

            Era a hora da saída, e ela e as amigas estranhas dela estavam na frente na escola, olhei para ela, e senti Alicia atrás de mim, ela me olhou furtivamente, e eu dei de ombros.

            - O que elas querem? – Alicia perguntou, enquanto elas andavam em nossa direção.

            - Não faço idéia. – eu respondi olhando para as garotas.

            Ashley veio na minha frente e me empurrou, não deu em nada, pois continuei no lugar, ela me olhou confusa e com raiva, mas ignorou.

            - Chegou seu dia de morte, me entregue ele, ou morre. – ela me ameaçou, e vi que Thain estava nas costas dela, menina idiota – Ou, descobrimos o seu segredo e falamos para todo mundo. – ela olhou para Thain, que sorriu, depois voltou o olhar para mim.

            Por dentro estava rindo, e por fora, estava sorrindo. Ela descobrir que sou vampira? Ela nem ia acreditar, essa Thain ia pagar caro por tentar me ameaçar, como as amigas dela.

            - Não. – eu disse, ainda sorrindo.

            - Você está morta. – ela disse.

            - Sério? Você e suas amigas não matam nem uma formiga! – eu caçoei dela, e depois comecei a rir.

            Uma das meninas altas e musculosas veio em cima de mim, mas por reflexo desviei do soco e fui atrás dela e a empurrei um pouco fraco, ela tombou e bateu a cabeça na quina da escada.

            - Vesga! – eu caçoei e senti mais uma humana tentar me agarrar por trás, ela prendeu os braços em volta do meu pescoço, na tentativa de me sufocar e pensei: como se precisasse respirar! Então, puxei os braços dela para frente, jogando o corpo dela no chão, num baque alto – É feio agarrar mulher por trás.

            Vi que Jane tinha chegado, chamei Alicia, que estava paralisada, e fomos para a Casa. Alicia chegou já falando sobre o mesmo assunto, Tanya me olhou assustada e Jane admirada, ela tinha visto tudo.

            - Tanya, só estou me divertindo, é divertido. – eu disse, subindo as escadas e indo para meu quarto

            Quando cheguei, senti que não estava sozinha, depois vi que realmente não estava sozinha. Pelo tamanho e pelo corpo, já sabia quem era.

            - O que você esta fazendo aqui? Pensei que tinha ido embora. – perguntei fria.

            - Bem, - ela se virou, e vi a própria Helena – quis ficar por aqui mais algum tempo. E ouvi, você anda brincando com os humanos? Eles não são um brinquedo.

            - Para mim são. – eu disse – Eles são umas belas Barbies, e você pode controlá-los sem precisar se esforçar. – eu disse irônica.

            - Como você é irônica. Mas estou falando sério – ela chegou mais perto de mim -, pare de brincar com eles.

            - Nossa. – eu pisquei – Deu medo esta! Como se eles fossem o Rambo! Eles são apenas comida, Doritos e a salsa pode ser o sangue...

            - Por que não mata o necessário e deixa os outro viverem.

            Eu olhei para ela confusa, irônica.

            - Como estou matando todos? Eu deixo eles vivos, estou brincando com eles e não matando, quantas mortes depois de eu ter entrado na escola? Nenhuma.

            - Mas isto é idiota...

            - Isto é divertido. – eu disse – Eu me entedio rápido. Não vou ficar brisando, isso é ridículo.

            - Mas ainda é ridículo fazer isto. Só para matar depois de te odiar? Ridículo!

            - Olha, - eu disse ficando sem paciência – eu sou isso, e vou fazer isto, sou uma caçadora, e gosto de brincar com a minha comida. Se você gosta dos humanos... – eu disse lentamente: - Problema.. Seu.

            Então sai do quarto, e consegui sentir o ódio dela se espalhando e sorri comigo mesma.

            Nos outros dias da escola, a diretora quis falar comigo, mas confundi a mente dela, e ela acabou sem fazer nada. Ashley e o grupo ficou um pouco com medo de mim, mas continuavam a mandando alguns humanos para me ameaçarem, e eles parecia ter prazer de me ameaçar, idiotas.

            - Como você agüenta? – perguntou Alicia depois que uma garota baixinha se afastou.

            - Eu não estou agüentando...

            - Eu já teria destroçado essas vacas. – ela disse comendo ferozmente uma batata.

            - Eu vou fazer isso, mas tem que chegar a hora certa...

            - Eu vou ficar igual a você? Controlada?

            Eu engasguei com o refrigerante e perguntei:

            - Controlada?

            - É, agüentar eles, eu acho impossível!

            - Não sou controlada, Tanya é, e Jane.  Eu acho que elas estão bolando algum plano... – eu disse, olhando para o grupo que estava falando rápidas e juntas.

            - Acha? Elas estão sempre bolando um plano mirabolante para você. Mas Thain parece ter uma participação importante.

            - Ela nos segue, e sabe que eu tenho um segredo, e quer revelar... – eu puxei um canto do meu lábio e balancei a cabeça – Mas nunca conseguirá.

- Elas são idiotas... – Alicia disse, olhando para o grupo, que depois de alguns minutos se espalharam, e começaram a andar com o nariz empinado.                               

- É! São mesmo. – eu disse, olhando para minha maçã e depois jogando no lixo.

            Elas viviam querendo chegar perto de mim para saber alguma coisa, muitas queria ficar perto de mim e de Alicia quando estávamos conversado, mas do mesmo jeito não entendiam nada.

            Quando começaram à falar que eu era assassina e alguns olhavam com medo para mim, Alicia  falou comigo, e não percebeu que Thain estava no nosso lado, mas realmente não ligava.

            - Já não está indo longe de mais? – ela disse, olhando para a menina que fugira de mim quando olhei.

            Eu suspirei fundo.

            - Bem, eu até gosto deste olhar, mas pode acaba acabando com a minha paciência, - eu olhei para ela – e Tanya vai me matar, se eu fizer. Vou fazer o que eu faria... Quando estava em França ou Índia.. – eu sorri para ela, me retirando e seguindo a menina que tinha espalhado.

            Quando ela viu que estava a seguindo, ela tentou fugir, mas continuei caminhando calmamente. Depois de alguns longos minutos, a imbecil foi em um lugar bem privado. Quando vira que não tinha saída, olhou para mim desesperada, e choramingou:

            - Por favor não me machuque! Eu tive que fazer aquilo, elas iam me matar!

            - Sério? Deveria ter pensado duas vezes antes de ter feito isto. Eu poderia te matar aqui e agora, mas vou esperar um pouco. Você sabe sobre mim?

            - Não! Não sabemos de nada! – ela falou, mas consegui ver que estava mentindo. Olhei fixamente para ela e perguntei novamente:

            - O que você sabe sobre mim?

            - Ashley tem certeza que você pode ser uma assassina, pois você fala sempre de perder controle, nós queremos espalhar para todos e fazer você entregar Carvey.

            - Fale para todos que você espalhou, para retirarem ou eu te mato. Essa ameaça não conte para ninguém ou a morte vai ser pior. Fale para Ashley que você estava confusa e não sabe o que fez, e que não quer mais me enfrentar, e não vai. Vá, e fale que nada aconteceu, apenas tivemos uma conversa normal.

            Eu estava louca para torturar seriamente uma do grupo de Ashley, mas seria suspeito de mais. Então esperaria mais tempo. Depois de alguns dias o boato já estava fora da boca do povo, e as meninas e meninos não tinham mais medo de mim. Antes, até Carvey tinha, e estava agradecendo, mas depois disto, ele começou a ficar comigo em todo canto. Alicia sentiu um gostinho da minha raiva por ele, pois ele sempre queria deixá-la de vela, e ignorá-la. Muitas vezes dizia que tinha que ficar longe dela, mas dizia que era minha prima e não podia.

            Um dia, finalmente, ele tinha me deixado sozinha, por um tempo. Como eu e Alicia éramos ágeis e rápidas, trocamos algumas palavras em poucos minutos.

            - Como você agüenta? – ela perguntou, com os olhos perfeitos desesperados – Eu até consigo sentir sua raiva, ele encosta em você e você sente...     

            - Sede.

            - É! Pensei que estava controlada...

            - Estou, mas ele me irrita. É muito grudento, e eu tenho vontade de torturá-lo. Sabe, ultimamente tenho vontade de torturar esses humanos.

            - Claro, deve ser o efeito da escola, e dessas meninas inúteis. – ela disse abrindo um refrigerante.

            - E você quer torturar alguém?

            Ela parou para pensar.

            - Não. Ah! Mas você é velha, sabe muito. Eu sou nova, não sei muita coisa. Eu tenho ódio. Incrível que não consigo gostar de humanos agora. E antes, quando era humana, meus pais diziam que sempre tem que amar o próximo, e pessoas que era o que nós somos, são demônios.

            - Religião... – eu fiquei fitando a lata do refrigerante por um longo tempo, e só continuamos essa discussão quando chegamos em casa.

Alicia se jogou na cama, olhando pela janela e disse:

            - Quando eu era criança minha mãe me lembrava toda noite antes de dormir de abrir meu coração para Deus pois Ele era bom, misericordioso e justo. As coisas mudaram anos depois quando meu pai foi embora deixando-a para criar eu e meus irmãos e um dia ela falou sobre a profecia, que o mundo iria acabar em trevas e o destino da humanidade decidido, finalmente em uma noite, eu tive coragem de perguntá-la: “Por que Deus havia mudado e ficado tão irado com seus filhos?”, “Eu não sei” ela respondeu, arrumando o cobertor ao meu redor, “Talvez ele ficou cansado de toda está porcaria.”

            - Bonita frase. – eu comentei, olhando para ela, mas ela continuava à mirar pela janela, com o olhar vazio e muito distante.

            - Mas isto aconteceu, minha mãe falou isto... – eu suspirou profundamente, e tirou os olhos da janela, olhando para mim, voltando a ficar com os olhos cheios de brilho. Mas estavam um pouco apagados, com as lembranças humanas que ela não poderá apagar.

            Eu andei na sua direção, com um sorriso sem emoção, e sentei-me na beirada da cama, olhei para ela e disse:

            - Minha mãe e meu pai nunca me apoiaram muito em religião. Minha mãe, quando eu era pequena, mas então as coisas começaram a desmoronar para ela. Meu pai não tinha nos deixando, mas ele era diferente, meus pais nunca ficavam em harmonia. Às vezes conseguia ouvir minha mãe dizendo, quando estava chorando perto da porta dela, que ela não queria o mesmo futuro para mim e para meus irmãos, e que se fosse daquele jeito, era melhor que O Fim do Mundo chegasse. Mas não chegou. E eu não pensava que o nosso futuro que minha mãe não queria... era este! A magia, as coisas sobrenaturais, mas eu não sou bem-vinda para a humanidade, nem quando eu era um pouco.

            “Agora, eu acho que meu pai era humano. Pois as brigas freqüentes que tinha em casa, eram de diálogos diferentes, e eles tentavam sempre não dizer as palavras “vampiro”, “magia” e etc. Nunca ouvimos muito sobre conto de fadas. Apenas quando minha mãe morreu, eu comecei à ler livros de vampiros. Enfim, nunca fui muito de religião.”

            Alicia me olhou com os olhos vazios, sem expressão, até que ela sorriu e se levantou. Deu uma espreguiçada e disse em uma voz abada.

            - Estou um pouco cansada, vou tentar aproveitar antes do crepúsculo e vou tentar relaxar. Essa coisa de se controlar realmente cansa. – eu sorriu, e se foi.

            Naquele dia também estava cansada. Quase perdera o controle, e quis matar uma garota intrometida, que gosta de espalhar coisas idiotas sobre a vida dos outros. Estava tão perto, que quase poderia ter cortado o pescoço fino e macio. Mas me controlei.

            Com as lembranças frescas na minha mente, e minha imaginação demoníaca, senti minha garganta ficar seca, e me amaldiçoei por ter trazido esses pensamentos à tona. Estava cansada, e não podia descansar. Não antes de me alimentar.

            Quando estava saindo da Casa, novamente o pensamento de tortura me veio na mente. Dez de àquela hora, estava com uma vontade louca de torturar alguém, mas estava realmente cansada, e minha mente apenas estava: Sangue, Sangue e Sangue. Se não caçasse, iria ficar mais fraca.

            Corri pela floresta, passando pelas arvores enormes, veloz. Sentindo o cheiro, e abrindo minha mente para deixar meu lado predadora ativa, o que não era difícil. Quando encontrei um jovem caçador, nada comprado à mim, acampado em uma parte da floresta. Ele estava se aquecendo perto da fogueira. Sai da floresta lentamente, percebi que ele tinha reflexos bons, pois olhou para mim rápido, e depois de um breve susto sorriu. Eu sorri também, mas fui aproximando dele, sedutoramente. Cheguei perto dele o bastante para apoiar os braços entre o pescoço e depois roçar os lábios na mele macia do pescoço, ainda sentia alguns músculos dele, contraídos, mas depois, ele relaxou. Abri a boca lentamente, e deixei que minhas presas perfurassem a pele lentamente. Em poucos segundos ele já estava querendo se livrar de mim, mas o abracei fortemente, e ele ficou, deu alguns gritos de agonia, depois relaxou completamente, e drenei o sangue até sentir o corpo ficar sem vida. Fiz o procedimento de sempre, e corri novamente, para achar outra vitima.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vampire Kiss - The Bloody Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.