Vampire Kiss - The Bloody Rose escrita por Milemeh Scarlet


Capítulo 7
6.




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Olhei para porta e senti o cheiro de alguma pessoa que não me lembrava quem era... então não era Tanya.

            Levantei-me já adivinhando quem era, e na hora que entrasse iria expulsá-la. Não deveria estar aqui. A porta foi se abrindo lentamente até que uma voz saiu de trás dela.

            - Laura?

            - Jane? – eu disse, confusa.

            Ela abriu a porta, e me olhou, seus olhos gentis ficaram culpados, e logo tentei acalma - lá, não queria ficar vendo isto.

            - Jane, você não tem culpa, nenhuma.

            - Eu deveria ter falado para ela te transformar, deveria! Ah, como sou burra. – ela começou a se lamentar, até cair em uma cadeira.

            - Jane? Pelo amor! Isto já foi, não adianta, ok? Agora estou com Tanya, ela esta sendo ótima para mim, sério. Ela é uma ótima pessoa.

            - Eu sei, Tanya... ela é... muito amigável. – ela disse, e seus olhos voltaram a ficarem gentis – Você está melhor, Jessica? – ela perguntou, e minha cabeça deu algumas fisgadas por com ela tinha me chamado.     

            - Eu estou bem. Só quero saber uma coisa – eu disse, sentando na beirada da cama e me mexendo pouco desconfortável – Como ela está viva?

            Jane se remexeu na cadeira também, soltou um suspiro e começou a explicar:

            - Quando começou o incêndio, sua irmã foi a primeira à acordar, e o fogo se espalhou rapidamente, o que a maioria não pode sair. Naquele dia, eu estava na cidade, e ouvi o incêndio de longe, corri para lá e só pude salvar sua irmã, que estava inconsciente na hora. Levei-a para meu apartamento, e lá cuidei dela. Ela me dizia várias vezes sobre Jessica, quando entrei na mente dela, vi que era você, mas a mente estava confusa e dolorida. Sabia que ela não iria se recuperar, sem saber o segredo dela, eu a transformei...

            - Que segredo? – eu disse imediatamente.

            Ela me olhou, com os olhos estreitos, e agoniados, ela não podia falar...

            - Eu... Não sei se posso falar... – ela disse em um gemido.

            - Diga. – eu disse, olhando para o olhos dela, sérios – Já me esconderam de mais...

            - Vocês são bruxas. – ela disse rapidamente, e eu fiquei confusa – Pronto falei. – ela levantou os olhos, encontrando os meus confusos – Você não sabe de bruxas?

            - Não, nem sabia que existiam. – eu pisquei duas vezes – Existem bruxas?

            - Claro. – ela disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Claro que existem! Foram elas mesmo que fizeram nosso colar!

            - Ah, sim! Lembro que Tanya havia mencionado algo desse tipo, mas não me importei... Você disse que eu sou... bruxa? – Que legal! Mais uma coisa para mim! Super.., pensei.

            - Bem, é o que eu acho. Sua irmã, não se transformou totalmente, apenas a metade, ela continua humana, e bruxa, é claro. Ela diz que a sua mãe iria dizer quando você fizesse 16 anos. Mas, como isso não chegou, você não soube... – ela parou por algum momento, e depois recuperou a fala – Enfim, Tanya me disse que seus poderes tinham crescidos muito rápidos, como já estava em Portugal, sua irmã quis ficar lá, eu aproveitei e perguntei à ela se tinha alguma semelhança. Primeiro ela ficou surpresa que você era imortal, depois ela disse que poderia ser, pois você era sim uma bruxa, mas sua mãe fez alguma magia para que a mágica em si apenas começasse quando você fizesse 16. Com sua irmã foi com 15, mas você era muito querida dos seus pais, a mais nova...

            - Sim, eu era. – eu disse, olhando para meus próprios pés – Sabe, às vezes não consigo acreditar, - eu olhei para Jane – mas eu vivo isto, e é impossível não acreditar. – eu apoiei meus cotovelos nos joelhos e meu rosto entre as mãos – E por que ela não quis me transformar?

            - Ela tinha medo, de perder o controle, e não queria aquela... esta vida para você...

            - Não adiantou em nada, pois quando tive 15, você mandou Guild me trazer aqui.

            - Sim, mas eu já havia planejado. Quando você fez 15, Helena estava viajando para trabalho no outro lado do mundo, e para ela voltar, iria demorar alguns messes, e ela ficou bastante tempo lá. Quando ela viajou, já mandei Guild, pois via que você era especial, e que não merecia a morte. Pois, sua mãe havia morrido, e a magia dela estava presa, ela nunca iria te contar. E você iria continuar naquela vida por um longo tempo, então decidi que a vida humana não era para você, então mandei Guild.

            - E por que Tanya? – eu perguntei – Digo, ela é uma ótima pessoa, e agradeço por ela ter me transformado, mas... tem alguma coisa há mais, não?

            - Sim... – ela hesitou, depois disse algo, mas não parecia a verdade – A morte de seus pais era como o dela... E era a hora certa de ela transformar. – e eu não pressionei neste assunto – Laura, você tem muito que aprender, pode ter certeza. Toda nossa vida, continuamos aprendendo, Tanya continua aprendendo, várias, até eu...

            Ouve um som fraco na porta, e vi que era Helena, com o rosto sereno e tranqüilo, sem olhar para mim. Senti novamente ódio, isso ficaria por algum tempo...

            - Quero falar com a minha irmã, Jane. – ela disse, suave – À sós.

            Jane acenou com a cabeça e se retirou do quarto.

            - O que você quer, Helena? – eu disse, seca – Jane me explicou bastante coisa, explicou o que você deveria ter explicado. – de repente senti a sede formigar minha garganta, e uma vontade tremenda na minha mente.

            - Eu sei que ela falou... Eu ouvi. Só quero falar que o que eu fiz era para seu bem...

            - Meu bem? Eu não mereço a vida humana, e quem teve que saber disto primeiro foi quem? Jane! Que não era nada minha, agora você? Se divertindo...

            Ela ficou na minha frente num átomo, chegando muito perto.

            - Eu não estava. Eu não queria esta vida, de caçadora, para você.

            Eu me levantei e fiquei de frente para ela, olhando nos olhos dela, e a enfrentando.

            - Sério, irmã? Mas, sabe, eu gosto de ser caçadora! Eu gosto de matar! Eu nunca gostei de humanos, e você acha que iria gostar? Como? – eu quase gritei – Com mágica? Ah, é, você nem me disse sobre isto... – eu disse irônica.

            - Você não é a Jessica que eu cuidei....

            - Sou sim, claro que sou! Só que nenhum de vocês sabiam quem eu era realmente! – eu disse, empurrando ela, mas ela ficou perto de mim novamente.

            - Você é irônica agora! Se você mudou, eu acho que sim, por que...

            - Eu sou a mesma! Que droga! Eu continuo, sendo aquela, pois eu sabia quem eu era, e não você!

            Eu disparei para a floresta, estava realmente com sede, e cacei os primeiros que eu via, sentia ou ouvia. Eu estava inconsciente, e quase matei um garoto de aproximadamente 10 ou 11 anos, mas eu parei nele, deixando o pai vivo, ele me olhava confuso, com dor, e com medo. Ele tinha a pele branca, cabelos castanhos como os olhos. Olhei para o garoto e sai correndo, para a Casa.

            Tanya estava acordada, quando ela me ouviu chegando, ela veio até mim.

            - Caçando? – ela perguntou.

            - Acha o que? Que estava em um clube?

            - Como você está seca. – ela comentou, e eu sorri.

            - Viu, onde está os outros? – eu perguntei olhando em volta.

            - Estão na sala de jogos.

            - Não. – eu olhei para ela, seguindo-a para um lugar que não sabia onde era – Eu digo os outros.

            - Ah, sim. Não sei, só sei que Ursula e Dick estão viajando, com Leticia.

            - Aquela que fala mais que o homem da cobra? – eu perguntei quando chegamos no escritório dela.

            - A própria. – ela disse, com os olhos na papelada.

            - O que é isto? – eu perguntei pegando um papel – Entraram pessoas novas... Ah, Helena, como se fosse novidade... Ela não era do Clã?

            - Acho que não, só se mudou quando... – ela olhou o papel que estava na minha mão – foi quando estávamos em Portugal... ou melhor, alguns dias antes...

            - Por que você esta vendo isto? – eu apoiei na mesa do escritório.

            - Fiquei muito tempo fora, preciso saber o que aconteceu...         

            Eu suspirei, e perguntei em um suspiro:

            - Tem alguma coisa interessante para fazer aqui? – ela me olhou, pensativa.

            - Bem, tem bastantes coisas. Você pode explorar esta floresta, tem muitas coisas... Falam que tem uma cachoeira...

            - Ah! Mas não tem graça sozinha. Vou encontrar algum humano na cidade. – eu disse, e disparei porta à fora, ouvindo um “ótimo” atrás de mim.

            A cidade não era tão longe, para um humano era, mas eu pegava caminhos, pulava em arvores e rochas, descia colinas, ou subia. Com a agilidade que eu tinha, cheguei na cidade em poucos minutos.

            Era bem movimentada, com vários pontos comerciais espalhados, olhando de cima. Peguei uma rua que ninguém perceberia de onde eu sai. Todos, que eu estava vendo, estavam tagarelando alegremente entre eles, ou prestando atenção nas lojas com objetos inúteis. Corri rápido perto de uma loja perto de um beco, e de lá sai andando pelas lojas.

            Muitas pessoas, homens, olhavam para mim, pois meu andar era gracioso. Algumas mulheres me olhavam com os olhos queimando de inveja e outras apenas olhavam. Depois de alguns minutos, a maioria voltou a atenção no que estava fazendo, e eu fui andando, parando em algumas lojas e mexendo nos objetos estranhos que os humanos ficavam fascinados. Algumas crianças pobres chegavam perto dos objetos e o  lojista gritava para eles saírem logo, e elas saiam assustadas e indignadas.

            Perto de uma loja de calçados estava um parque, um pouco pequeno, mas parecia que era onde as pessoas ficavam para conversar, fofocar e namorar. Muitos jovens estavam lá, senhoras, adultos e crianças.

            Para minha surpresa, consegui controlar minha sede, mas vi que não estava com sede, estava normal, tinha o ódio de sempre, a vontade de matar, mas conseguia controlar. Tinha que estudar minha vitima, antes de atacar, como Tanya me dizia.

            Sentei em um banco, sozinha, sabia que alguém iria sentar comigo, pela pura curiosidade. Depois de alguns minutos, um homem sentou-se no meu lado. Olhei para ele. Tinha cabelos negros e lisos, que escorriam para frente, ele parecia que estava com 15 ou 16 anos, pensei: criança. Mas lembrei que eu parecia uma criança também. Ele era até que bonito, tinha os olhos castanhos escuros; ele era corpulento, e é claro, seu coração pulsava loucamente. Ele sorriu para mim, e eu retribui o sorriso, seu coração deu um pulo, fazendo minha garganta dar uma fisgada, mas logo voltou ao normal.

            - Sou Carvey, e você? – ele perguntou, com a voz grossa.

            - Laura. – eu respondi, normalmente. Vi que ele estava realmente perto de mim, me senti um pouco desconfortável, e eu enrijeci, mas depois relaxei.

            - Legal! – ele se mexeu no meu lado – Por que está sozinha? – ele perguntou, olhando para meus lábios, eu nem sequer olhava muito para os olhos dele, ficava olhando para seu rosto, para o pescoço, e para o sol. Sentia o colar quente debaixo na minha blusa.

            - Eu... Bem, não tinha nada para fazer... Estava pensando em ir para uma cachoeira aqui perto mais não tem ninguém para ir comigo. – eu disse, me jogando para trás, batendo levemente no banco.

            - Eu posso ir? – ele perguntou, e neste momento vi uma garota olhar fixo para mim. Ela era estranha, tinha a boca pequena, os olhos arreganhados, e o nariz fino. Ela era estranha, mas quando olhei para ela, estava com o olhar de raiva, depois ficou com uma pontada de medo. O menino Carvey olhou para ela e disse:

            - Ela é a Thain, ela tá afim de mim, mas ela é feia. – ele olhou para mim, e eu acenei com a cabeça.

            De repente, um plano veio em minha cabeça, e eu gostei, e falei para mim mesma: Por que não tento?

            - Ok. Se quiser, posso te levar para lá. Mas vou ter que pegar algumas coisas na minha casa, pode esperar perto da floresta? – quando disse sobre a floresta, ele enrijeceu.

            - Mas... a-a floresta é pe-erigosa, e... – ele gaguejou.

            Olhei fixo para ele, sem piscar e disse:

            - Vá para a floresta. – então nós piscamos juntos.

            - Eu vou te esperar na floresta.

            - Ótimo! – eu disse, antes de eu levantar olhei para a menina Thain e entrei na mente dela sem que percebesse, e vasculhei rapidamente, e depois falei imitando a sua voz: Vá para a floresta, e siga-os. Quando ela olhou para mim, desviei o olhar.

            Fui para a Casa rapidamente, e peguei algumas roupas de banho. E fui no encontro dele, Tanya me olhou confusa, mas não dei muita atenção à ela.

            Cheguei no lugar, não foi difícil pois sentia o cheiro dele. Quando ele me viu, ele deu um sorriso largo. Também sentia o cheiro de Thain, e fiquei um pouco animada.

            - O lugar é longe... – eu o alertei.

            - Não importa. – ele disse, ainda sorridente.

            Nós fomos andando por uma trilha recém formada. No caminho ele tentou me beijar, mas como era mais rápida que ele, desviei. Ele tentava me agarrar algumas vezes, pegar minha mão, mas achava tudo isso uma frescura.

            Depois de longos minutos desviando das cantadas horríveis dele, e sem muito papo chegamos à cachoeira, até que ele fez um pergunta:

            - Você mora aqui? – ele disse, continuando andando, conseguia sentir e ouvi a cachoeira, mas ele não, eu achava.

            - Sim, mas viajo muito com a minha irmã. – eu disse, olhando para meus pés.

            - Legal, onde você mora?

            Engoli em seco, e disse:

            - Bem, é longe, perto da floresta até. – eu dei uma risada desanimada, ele me olhou confuso, mas não perguntou nada.

            - Você não mora com os seus pais?

            - Eles morreram.

            - Lamento. – ele disse, culpado.

            - Tudo bem. – eu sorri, para encorajá-lo, mas não melhorou muito.

            - Eu moro aqui faz uns 10 anos...

            - Quantos anos você tem? – eu o interrompi, sem querer.

            - 16... Na verdade 15, vou fazer no mês que vem... – ele sorriu para mim, e eu também, um sorriso um pouco forçado, mas ele não percebeu – E você?

            - 15. – Quando chega está maldita cachoeira?, pensei comigo mesma, desesperada.

            - Você é muito bonita, sabia? – ele disse, corando um pouco.

            - Obrigada. – eu disse, sem corar, acho que não posso...

            Depois de alguns minutos de alguns tropeços e perguntas idiotas, chegamos na cachoeira. Ele ficou admirado, olhando a linda cachoeira, e não viu uma rocha e tropeçou nela, caído no chão. Antes que ele pudesse cair de boca, eu segurei ele, por reflexo. Ele agradeceu, ficou corado. E então soltou um suspiro:

            - Ual! Que lindo! – ele continuou olhando.

            - É, muito lindo, né? – eu disse. Como já estava com roupa de banho, e senti que Thain espiava por entre as árvores, eu tirei minha roupa, ficando com a roupa de banho. Carvey olhou para mim com malicia, e entrei na água, fria mas relaxante.

            Ele entrou na água de roupa e tudo, e chegou mais perto de mim, senti o ódio de Thain e sorri de satisfação.

            Ele me abraçou, e eu fiquei agarrada nele, olhando de relance Thain, que olhava com ódio, ela trincava os dentes, e podia sentir o ódio, que crescia cada vez mais. Ela gostava desta coisa humana, e eu iria me divertir um pouco com ela... e com ele...

            E então, começou a diversão.

 


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