Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 57
Bônus 3


Notas iniciais do capítulo

Oiieeee
Mais um. O próximo sai no sábado. Obrigada



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665232/chapter/57

Pov – Hannah

   Daryl Dixon. Eu não acredito que ele está aqui. Minha mente atordoada para brincar comigo. Como me encontrou? Acaso? Estava nos buscando? Buscando BrooK? As perguntas se perdem em minha mente. Encobertas pelo medo e angustia que me dominam acima de tudo.

   Ele é tio dela. Conheceu Brook, conviveu com ela e está aqui agora. Me oferece ajuda e eu não tenho escolha. Me sinto um pouco morta. Fraca. Vazia. Brook precisa de mais. Precisa de um ser humano e nesse momento ele é tudo que me resta.

   ―Está pronta? – Ele pergunta com a voz calma. Baixa e não sei bem se já falamos. Se já esteve tão sóbrio, se sou eu que no desespero de um socorro estou vendo demais. – Vou na frente.

   Com a chave na mão ele caminha para a porta e minhas pernas bambeiam. Brook aperta minha mão. Tão apavorada quanto eu. A porta se abre e sinto o cheiro da morte. Enfraqueço. Paraliso batente e ele invade a casa. Caminha por ela examinando o sangue, some em direção aos cômodos, retorna uns minutos depois e sinto sua pena.

   É isso. É apenas isso que consegui. Até mesmo Daryl Dixon sente pena de mim e tudo porque não fui prudente. Não soube me proteger. Jane lutou. Eu me rendi. Sou mesmo um lixo de covardia.

   ―Hannah. Vai ficar tudo bem. Se acalma um pouco. Está assustando a Brooklyn. Pega umas roupas. Eu vou com você. – Tento caminhar, mas Brook trava no lugar apertando minha mão.

   ―Vem meu anjo. É só um minuto. – Convido e ela me olha muda. Está assim desde que a abracei no quarto aos gritos depois que tudo aconteceu. Brook desvia os olhos de mim para olhar para ele e estender os braços.

   Daryl não pensa duas vezes. A ergue em seus braços. Ela gruda em seu pescoço porque confia mais nele para protege-la do que em mim que a criei desde sempre, mas que não fui capaz de lidar com o que aconteceu nesse lugar.

   Com passos incertos eu caminho até o quarto. Minha cabeça girando entre o pânico e as coisas que preciso levar. Eu não sei se posso ficar na casa dele. É apenas um estranho, mas sei que aqui não posso ficar. Que sem ele eu nunca teria conseguido passar da porta.

   Abro uma mochila no quarto de Brook. Ele fica de pé na porta com ela no colo escondida em seu ombro de olhos fechados. Recolho algumas roupas, suas cobertas preferidas e uns brinquedos.

   Deixo tudo na sala. Depois vou até meu quarto. Paraliso na porta. Foi ali que aconteceu. Sino o cheiro daquele homem. A cena se repete em minha mente e fico zonza. Enjoada.

   ―Quanto mais rápido entrar, mais rápido saímos daqui. – A voz dele soa baixa e gentil. Pego algumas roupas e enfio em outra mochila. Tudo correndo. Produtos de higiene. Uniforme de trabalho.

   ―Pronto. – Digo encarando meus próprios pés.

   ―Ótimo, agora vocês me esperam lá fora e coloco tudo no carro. – Agradeço num fio de voz. Nem sei se ele me escuta, deixo a casa apressada. Ele me passa Brook e aperto minha garotinha nos braços. Nós duas chorando.

   Quando Daryl termina de colocar tudo em seu próprio carro e tranca a casa tem pessoas nas janelas nos olhando. Todo mundo sabe o que me aconteceu. Todo mundo sabe do abuso, dos tiros, minha casa está condenada. Minha vida.

   Vai ser sempre a casa da garota violentada, onde dois homens foram mortos. Não posso viver aqui de novo.

   ―Não presta atenção neles. – Daryl toca de leve meu ombro, mas rapidamente desencosta. – Vamos?

   A porta do carro está aberta como um convite. Olho para o carro um momento. Penso na casa suja de sangue, na vizinhança e seus olhares, no medo que sinto.

   ―Ela é minha sobrinha também Hannah. Posso protege-la. Posso dividir isso com você. Não vou fazer mal a vocês. – Sim. Ele é família. Ao menos a família dela e Brook parece saber disso, de algum modo se lembra, confia, tomo a decisão quando com medo ela estende os braços a ele.

   Daryl não faz nenhum movimento para tira-la de mim. Ele me deixa decidir e decido.

   ―Vamos meu anjo. Nós vamos ficar um pouco com o seu tio.

   Entro no carro ao seu lado e ele dirige em silencio. Isso é tão estranho. Os três mudos no carro. Penso no meu trabalho, não avisei meu chefe, mas imagino que sou a notícia da cidade. Que talvez Jane tenha contado, ou vá fazer isso já que está deixando a cidade e precisa acertar suas contas com a empresa.

   Não demora mais que dez minutos. Não achei que seria mais que isso. A cidade é tão pequena que tudo está a dez minutos de distância. Ele para em frente uma casa simples, mas completamente diferente da que morava antes.

   A pintura está nova. A varanda arrumada, com plantas decorando e um balanço para dois. As vidraças estão inteiras e circundam toda a casa. Subimos os degraus até a porta que ele abre para logo em seguida nos dar passagem.

   Não é fácil entrar. É irônico, antes de tudo e assustador também. Penso nele sempre bêbado, caindo pelo sofá, sem conseguir articular uma frase e isso me deixa com medo.

   A sala é arrumada, tem sofá, poltronas, televisão, abajures nos cantos, quadros nas paredes e cortinas e tapetes. Fico surpresa.

   ―A cozinha fica ali, mas acho que preferem subir e tomar um banho. – Ele aponta a escada. Madeira bem lustrada e nova. O corrimão talhado, com formas arredondadas.

   Acompanho Daryl ainda carregando Brook no colo. Ela está pesada, mas não consigo coloca-la no chão. Ela não quer e nem eu. Pareço pronta a fugir, mesmo que não saiba para onde.

   ―Esse é meu quarto. – Ele aponta uma porta e quando passamos eu vejo tudo arrumada. Cama de casal, cortinas e colcha. – Esse está vazio. Tem um banheiro logo aqui. – Me aponta uma porta branca. – Vou descer e pegar as coisas. Fique a vontade.

   Daryl nos dá as costas e escuto seus passos descendo as escadas. Coloco Brook no chão. Ela abraça mais a boneca olhando tudo. Boceja e sinto pena. Não dorme a mais de vinte e quatro horas. Está confusa e esgotada.

   Não demora e escuto os passos dele mais uma vez. Quando entra no quarto tras quase tudo de uma vez. Coloca sobre a cama.

   ―Vou buscar o resto. Tomem um banho. Não tenho nada pronto, mas vou pedir algo para comerem. Tem um restaurante aqui perto e eles entregam.

   ―Obrigada. – Consigo dizer com a voz embargada. Ele só deixa o quarto mais uma vez e quando retorna pela segunda vez com o restante de nossas coisas apenas escuto do banheiro enquanto dou banho em Brook. Depois de ajuda-la a se vestir eu a levo para o quarto. – Vou tomar um banho meu anjo. Pode ficar aqui com a Lyn?

   Ela balança a cabeça concordando. Depois olha para a porta.

   ―Ele está lá em baixo cuidando da gente. – Sussurra e afirmo. Se a faz sentir segurança então que seja. Brook se senta na cama com sua boneca e parece tranquila.

   Me fecho no banheiro. Encaro o espelho pela primeira vez. Meu rosto está marcado, as imagens do que aconteceu me tomam a mente e tenho uma crise de choro.

   São tantas as lágrimas e parece tão doloroso me despir que sinto morrer um pouco mais. A agua começa a cair sobre meu corpo e só consigo chorar e esfregar a pele enquanto vou me lembrando daquele homem sobre mim, dos tiros, da policia, dos médicos me examinando e fazendo perguntas e me dando remédios e do nojo que senti de tudo. Os olhos apavorados de Brook assistindo a tudo simplesmente por que até Daryl aparecer na minha porta eu era tudo que ela tinha.

   Quando me convenço que estou limpa e deixo o chuveiro a pele está marcada e me seco sem voltar a olhar no espelho. Escovo os cabelos. Junto todas as coisas e procuro deixar o lugar como encontrei.

   Volto para o quarto. Deixo nossas coisas enquanto Brook me olha cansada e sonolenta.

   ―Temos que descer Brook. Precisa comer um pouco. Seu tio providenciou. Não está com fome? – Ela afirma. Eu não sinto nada além de esgotamento, mas sei que preciso comer qualquer coisa.

   Encontramos Daryl servindo uma mesa com comida caseira e refrigerante na cozinha. Nos arrumamos em torno da mesa. Ele fica de pé, encostado na pia.

   ―Não vai comer? – Eu pergunto servindo primeiro Brook.

   ―Muito cedo para mim Hannah. São dez da manhã. – Claro. Estou perdida no tempo, não sei o que pensei. Tudo custou tanto a passar, mas foi apenas uma noite. Uma interminável noite.

   Me forço a comer um pouco. Minha cabeça dói infernalmente. Brook devora a comida. Bebe dois copos de refrigerante e depois aperta mais uma vez a boneca. Está prestes a desmaiar de sono e não sei o que fazer.

   ―Obrigada.

   ―Acho que podem ir dormir um pouco enquanto eu vou até sua casa cuidar do san... das coisas. – Ele evita a palavra e sei que tem a ver com Brook.

   ―Não. Fica aqui protegendo a gente. – Para minha surpresa Brook deixa a mesa e corre para ele. Envolve sua perna como se assim pudesse impedi-lo de sair.

   Daryl fica surpreso. Não sabe o que fazer. Toca seus cabelos desajeitado. Tenta se soltar dela e me olha pedindo ajuda. Não sei o que fazer, eu mesma tenho vontade de imitar Brook e pedir que fique.

   ―Brooklyn eu não demoro. Vou só resolver umas coisas, comprar um sorvete. O que acha? Gosta de sorvete? Chocolate?

   ―Chocolate.

   ―Ótimo, vou buscar chocolate e quando acordar eles vão estar aqui. Está segura. A casa é bem segura. Só precisa fechar a porta.

   Ela se afasta dele e vem para meus braços. Eu e ele nos olhamos.

   ―Leva ela para cama, dorme você também. Vou resolver as coisas e volto logo.

   ―Podemos ficar? Quer dizer, ela precisa mesmo dormir.

   ―Você também precisa. Vou estar de volta antes que acordem. – Ele nos deixa e fico olhando a porta da cozinha bater, uns minutos depois o ronco do motor e estamos sozinhas.

   Meu coração bate fora do ritmo de medo. Me convenço que isso vai passar. Tem que passar. Levo Brook para a cama, me deito com ela. Basta que encoste a cabeça no travesseiro abraçada a boneca para Brook simplesmente apagar esgotada.

   Já eu me demoro apavorada. Ele vai limpar o sangue e talvez no fim do dia eu simplesmente tenha que voltar para casa. Não posso fazer isso. Não posso voltar lá nunca mais.

   O dinheiro que tenho pode pagar um quarto por uma noite. Talvez duas, mas meu dinheiro é contado e vai faltar para o resto das coisas. Além disso onde vou conseguir outro lugar para morar?

   No meio da minha crise de medo e preocupações o sono me vence e adormeço

   Pov – Daryl

   A ideia do que aconteceu a ela me domina de tal modo que mal consigo respirar. Não quero pensar, mas o jeito que o quarto estava, como ela reagiu ao entrar lá. O sangue pela casa. Suas roupas rasgadas, dirijo tentando não pensar, mas sem saber o que aconteceu eu não posso mesmo ajudar e sei quem devo procurar.

   Rick Grimes é o xerife e um homem bom. Em outros tempos a última pessoa de quem eu seria amigo, mas esse cara que estou tentando ser pode ser amigo de um xerife.

   Ele está saindo do carro de policia quando me aproximo. Rick me espera e apertamos as mãos.

   ―Algum problema Daryl?

   ―Não. Sim. Te disse um dia desses que estava procurando minha sobrinha e a tia.

   ―Achou? Tem uma pista?

   ―Eu as encontrei. Fui vê-las essa manhã. Rick dois homens foram mortos essa noite em uma casa.

   ―Ah meu Deus. – Ele entende na mesma hora. – Sua sobrinha é a garotinha... sinto muito Daryl. Tomei os depoimentos, estive na casa. Levou a noite toda, mas procurei tirar todo mundo de lá o mais rápido possível para liberar a casa. Coisa mais triste.

   ―Eu as levei para minha casa. Acontece que não quero perguntar, mas preciso saber o que afinal aconteceu.

   ―Entendo. Era aniversário da pequena. Tinha um bolo e umas crianças. Apenas a amiga dela. Jane qualquer coisa. Não estou lembrando agora. Bom. Quando acabou ela estava na porta se despedindo dessa amiga. As duas falavam qualquer coisa sobre dinheiro, economias. Uns dólares apenas. Mas os caras passavam na hora e claro...

   ―Renderam as duas.

   ―Sim. A menininha. Sua sobrinha, foi mandada para um quarto e graças a Deus não viu nada. Um deles levou a tia para o quarto, pegou o dinheiro e... sinto muito Daryl, abusou dela. – Eu sabia. Os ferimentos e o medo são tão claros. Sinto um enjoo. Uma raiva. Agradeço estarem mortos ou eu mesmo poderia fazer isso. – Ameaçou a criança, ela não ofereceu resistência. Nem podia num caso desses. A amiga na sala lutou contra o outro homem. Ela não tinha uma sobrinha para proteger. Arriscou.

   ―Matou os dois?

   ―Acertou um objeto pesado na cabeça dele. Pensou que ele estava morto, mas quando chegamos ele ainda estava vivo. Em coma. Morreu essa manhã.

   ―E o outro?

   ―Como ela achou que o tinha matado pegou sua arma, quando o outro saiu do quarto com Hannah ela atirou nele. Depois chamaram a policia e ai você sabe. Pericia, perguntas, exames médicos e só. Não estão sendo acusadas de nada. Os dois eram bandidos procurados por estupro, assalto e trafico.

   ―Então ela está livre?

   ―Sim. Sinto muito. Pelo que sei eles não estavam na cidade, estavam apenas de passagem. Foi uma fatalidade.

   ―Obrigado Rick. Elas estão na minha casa. Se precisar de qualquer coisa me procure.

   ―Está certo. – Apertamos as mãos. Dirijo até a casa. Por mim elas não voltavam, mas como não sei se Hannah vai aceitar o convite para ficar comigo um tempo eu procuro limpar o sangue. Algumas manchas simplesmente não vão sair, mas está limpo.

   Fecho a casa e dirijo para a mecânica. É a primeira vez que ela não abre em um dia de semana e me sinto um pouco culpado. Assim que estaciono Jesus surge na porta vindo do andar de cima.

   ―Achei que tinha morrida. Nunca vi você atrasar. Aconteceu alguma coisa?

   ―Encontrei elas. – Ele sorri, me dá um tapa no ombro. Tenta me abraçar e me afasto.

   ―Você é muito frio Daryl.

   ―Hoje não é dia.

   ―O que? Elas não te receberam? Nossa é tão difícil conversar com você? Preciso ficar elaborando um questionário. – Ele reclama.

   ―Vou contar. – Sem qualquer vontade eu conto tudo. Jesus fica mudo. Não me interrompe nenhuma vez. Completamente chocado.

   ―Caramba. Nunca acontece nada nesse lugar e agora uma coisa assim. Elas vão ficar com você?

   ―Fui limpar o sangue para ela. Acho que não.

   ―Daryl a garotinha é sua sobrinha. Pelo que me disse está assustada, é hora de assumir as rédeas. Exija que fique. Convença. A criança vai ficar traumatizada. Passe o resto do dia de folga. Amanhã também. Sei lá. Não tem pressa com o trabalho, eu acho, não sei. Você cuida de tudo então faça do seu jeito. Só conte comigo para o que precisar.

   ―Então me ajuda. Preciso levar o carro dela lá para casa. – Ele sorri contente por poder ajudar. Não demora mais que meia hora e o deixo de volta na mecânica.

   Agradeço, aperto sua mão e volto para casa. Ele tem razão. Hannah não está em condições de escolher nada. Brooklyn é tudo que eu tenho agora. Foi ela quem partiu sem deixar rastro, eu podia ter ajudado. Ou não, era meio maluco, não importa. O passado não importa.

   Passo no super mercado, além do chocolate levo comida. Não sou muito bom em fazer compras, nunca como em casa e fico grato por ter dinheiro para fazer isso.

   Quando chego em casa de volta está tudo silencioso. Deixo as coisas na cozinha. Subo os degraus pensando se estão lá. A porta está entreaberta e as vejo na cama. Com medo de assusta-las eu volto para baixo.

   Guardo a comida, depois me sento na sala e ligo a televisão. Leva mais da metade do dia para finalmente ouvir barulho no andar de cima. Logo eu as vejo descer de mãos dadas. Sobre a mesa de centro duas barras de chocolate.

   É a primeira coisa que Brooklyn parece notar. Seus olhos vão do chocolate para mim e sinto vontade de abraça-la. Os olhos azuis brilham e de novo sinto raiva do meu irmão nunca ter tido a capacidade de procura-la. Morreu sem olhar um pedaço dele crescendo.

   ―São seus. Pegue. – Ela solta a mão da tia. Pega os dois e se senta no sofá distraída. Hannah continua imóvel no meio da sala. Está tão perdida que tenho vontade de abraça-la e dizer que tudo vai ficar bem. – Estive lá. A casa está limpa, mas algumas manchas... sinto, mas não vão sair.

   ―Imaginei. – Ela olha em volta. Depois cobre o rosto, as lágrimas se misturam a soluços que me deixam sem reação. Até que Brooklyn tem a mesma crise de choro e sou obrigado a reagir.

   ―Hannah. Vai ficar tudo bem. Está assustando a Brooklyn.

   ―Eu não sei o que fazer. – Ela diz entre soluços.

   ―Nada. Não vai fazer nada. Eu vou fazer. – Ela me olha confusa, pedindo em silencio que eu tome as rédeas e pela primeira vez me sinto forte diante dela. Não um lixo inútil, mas um homem. – Vão ficar aqui. Vocês duas. Eu vou cuidar da minha sobrinha agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS