Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas! Esse capitulo é especial para CAAH ROSA! Sua linda. RECOMENDAÇÂO Carinhosa, linda e perfeita. Leu tudo de uma vez e já recomendou. Nem sei o que dizer. Então OBRIGADA!!! Você é uma querida!!!!
BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665232/chapter/12

Pov – Hannah

─Preparamos a igreja. Aquelas estacas na frente vão impedir a entrada deles, mesmo que apareçam. Vão ter água para uns quatro dias, não que esteja nos nossos planos demorar tanto, mas é uma garantia para o caso de um atraso.

Daryl está com a besta nas costas, o resto do grupo está pronto para partir. Rick se despede dos filhos, Brook aperta minha mão um tanto triste.

─Michonne é a mais forte de todos nós. Acredite Hannah, está em ótimas mãos. Não precisarão ir lá fora para nada. Basta manter as portas fechadas e nos esperar. Carl também sabe se defender.

─Vou ajudar Daryl. Não sei direito como, mas eu vou ajudar. – Aviso, não quero mais ser assim tão inútil. As mulheres desse grupo me dão mostras de sua força a todo momento e me fazem sentir como uma covarde.

─Basta fazer o que Michonne disser. Eu confio plenamente na coragem dela. Quando resgatarmos as duas voltamos e assim que chegarmos vamos ao encontro de Maggie e Glenn. Tudo vai dar certo.

─Por que toda hora você vai embora? Não gosta da gente caçador? – Brook está com os olhos cheios de lágrimas. Sinto como suas palavras deixam Daryl confuso. Ele baixa a cabeça para encontrar seus olhos. – Fica aqui comigo.

─Vou voltar Brooklyn. – Ele faz uma promessa. Isso é complicado, sabemos que a vida não cabe mais certezas. Quando seus olhos encontram os meus mais uma vez ele parece ansioso. – Levei Carol para aquela situação. Não posso deixa-la agora. Já temos planos, Noah está muito grato pelo que a Beth fez por ele e vai ajudar. Ele conhece o lugar e vai ser de um modo que tudo fique bem.

─Boa sorte Daryl. – Ele me agradece com um balançar de cabeça. Depois seus olhos vão para Brook mais uma vez.

─Eu volto.

Quando ele vai sumindo pela floresta Michonne fecha as portas da igreja. Sinto um grande aperto no coração. Medo de algo dar errado para eles, eu fico no mesmo lugar. Apertando a mão de Brook.

Encaro as pessoas a minha volta. Não as reconheço, não são como eu. Nenhum deles é. O padre Gabriel parece horrorizado desde que Garett foi morto na igreja. Como se Rick e o resto do grupo fossem os causadores do apocalipse. Olha para todos como se visse o próprio demônio, desconhece esse novo mundo. Carl tem uma força amarga. É um garoto determinado e um tanto frio. Sinto que nada mais pode choca-lo. Mesmo assim ele acredita na sobrevivência do grupo sobre todas as coisas e pessoas. Isso é bom, mas ao mesmo tempo me dá medo. Michonne é um soldado, é puro instinto, tudo nela são seus sentidos, olhos, ouvidos e movimentos. Poucas palavras, muita atenção a sua volta. Não esconde que os Grimes são o centro da sua existência. Vive para protege-los.

Não sei quem eu sou no momento, onde me encaixaria nesse grupo de pessoas. Que tipo de pessoa o apocalipse pode ainda me tornar. Sei o que já fiz, como me degradei em busca de proteção. Acho que talvez, se a vida me exigir eu possa de novo voltar aquele lugar escuro em que me encontrava até a porta se abrir e Daryl surgir na escuridão. Eu ainda posso fazer qualquer coisa para dar mais um dia a Brook.

Ele faz parecer que aquelas coisas todas não vão mais acontecer. Se for assim, então de que modo eu vou me encaixar nessa nova vida?

─Tia! – O puxão de Brook em minha mão demonstra sua impaciência em me chamar algumas vezes e pisco voltando a me focar no seu rostinho assustado.

─Desculpe pequena. O que estava dizendo?

─A gente vai ficar em pé aqui esperando o caçador?

─Não. Vamos sentar. – Ela me acompanha até os bancos longos e nos sentamos. – Por que não começa a chamar Daryl de tio? Acho que ele iria gostar de ser seu tio. Como eu.

─Ele é caçador de monstros tia, ele até salva as pessoas, é melhor chamar ele assim para todo mundo saber. Ele tem flechas e faca e ele é bem forte. O maior herói de todos.

Ela o acha incrível, é até bonito de ver o tamanho de sua admiração e confiança.

─Certo. Brook, o que acha de brincar um pouco com o bebê? – Ela não se aproxima de ninguém, fico pensando como seria difícil para ela continuar se algo me acontecesse. Ela olha a pequena agora nos braços de Michonne. Balança a cabeça em negação. – Ela é linda. Eu podia buscar Judith e traze-la aqui, você podia mostrar a Lyn para ela. O que acha?

─É melhor não.

─Queria muito saber por que não quer nem mesmo chegar perto de um bebê.

Brook olha para ela de longe. Depois me olha.

─Jane morreu, Debby, Adam, todo mundo. – Ela se encosta em mim. – Às vezes eles fazem coisas ruins. Wade fez coisas ruins com a gente, os amigos dele fizeram também, lembra que ele roubou e matou e fez você fazer coisa que não queria?

Me sinto meio entorpecida com suas palavras, assombrada com sua compreensão, culpada também. Nunca esperei que ela tivesse qualquer consciência sobre tudo a sua volta, não me dei ao trabalho de explicar nada, apenas mantive ela sob meus olhos dia e noite e de algum jeito deixei que tirasse suas próprias conclusões e elas foram claras. Tem quase seis anos, mas é esperta, inteligente e estava com os olhos abertos.

─Sinto muito por tudo isso Brook. Devia ter conversado com você. As pessoas que perdemos, elas estavam assustadas, com medo de tudo isso que está acontecendo. Ainda não tinham aprendido nada sobre os zumbis. Acho que devia chama-los assim agora.

─São monstros. – Ela diz e vejo sua pele arrepiar com possíveis lembranças.

─É um vírus, talvez algum dia acabe, não importa, mas são zumbis, sinto que isso esteja acontecendo, que viu todas essas coisas, agora nós sabemos mais sobre como nos livrar deles, e temos pessoas boas.

─Você tem certeza? Eu vi o que aconteceu com aqueles homens, eles comem gente, queriam pegar a gente, os monstros comem gente e as pessoas querem comer também.

─Eles não existem mais. – Ela me olha e seus olhos querem me dizer que eu realmente não posso afirmar isso e está certa. Não posso. Não tenho a menor ideia. Não sei que tipo de doentes tem lá fora, ou aqui dentro.

O padre desaparece das nossas vistas. Brook se distrai com a boneca e caminho até Michonne. O bebê dorme e Carl afia sua faca sentado no chão.

─Se precisar de qualquer coisa eu ajudo. – Ela me olha com atenção.

─Está tudo parecendo bem tranquilo, acho que vai dar certo.

─Eles vão voltar?

─Vão. E vamos encontrar o resto da família. Vai ver o abraço de duas irmãs. Beth é tão doce e gentil, eu adoraria estar lá para ajudar.

─Mas os garotos são o centro de tudo para você. – Ela pensa um momento. Depois afirma.

─Não foi fácil. Não confiava em ninguém assim como você. Perdi muito mais que pode sonhar Hannah. Eles me deram uma razão. Um motivo.

─Eu não levo jeito para esse mundo, mas é só determinar e faço. Não vou decepcionar ninguém. Sou muito grata pela chance. Me receberam entre vocês.

─Daryl é determinante nesse grupo. Ele fez mais por todos aqui que qualquer um. Ninguém recusaria nada a ele.

─Que bom. O conhece bem? ─ Não posso negar que o admiro agora. Até me orgulho dele, como se ele fosse mais meu do que deles, mas não é assim, ele pertence a essas pessoas. São a família que eu não pude ser, por que era cega demais para ver além da garrafa em suas mãos.

─Tivemos grandes momentos lá fora. Lado a lado. Mas acho que só você o conhece realmente, ele não fala muito sobre antes. Quem ele era. O que fazia. Fica claro que não se orgulha muito.

─Ele não teria do que se envergonhar. – Não era o que pensava na época, mas não quero que ninguém desconstrua a imagem que tem dele. – Daryl sempre foi assim.

Michonne afirma. Seus olhos correm pela igreja atentos a tudo.

─Acha que Maggie está bem? – Pergunto a ela. Michonne dá de ombros.

─Só podemos torcer para que sim. Vamos alimentar as crianças, se tudo der certo amanhã estamos deixando esse lugar.

Depois de alimentar Brook e ajeita-la um pouco prendendo seus cabelos e amarrando suas botas observo Michonne fazer o mesmo com Judy, Carl é muito próximo de Michonne, gosto de ver os dois juntos.

Um tempo depois eu começo a sentir falta do padre. Daryl me disse mais de uma vez para não confiar nele e isso me alerta. Brook se cansa de Lyn, deixa a boneca no banco e se aproxima do altar da igreja.

─Michonne viu o padre? – Ela me olha e sinto que busca na memória alguma lembrança. Troca um olhar com Carl, não tem mais nenhuma saída, é estranho que ele não tenha aparecido nem uma vez desde que ficamos sozinhos.

─Socorro! Socorro! – Os gritos dele vem do lado de fora. No primeiro momento sentimos apenas confusão. A porta da igreja está lacrada. Pregamos a porta. Com madeira. Com um bebê para proteger que outro modo teríamos? Carl e Michonne correm para tentar soltar a porta. – Socorro!

O homem vai ser devorado do lado de fora. A ideia me dá forças para me juntar a eles na tarefa. Escuto o grito de Brook, seu medo desperta Judy que começa a chorar.

Michonne num momento de desespero arrebenta a porta e não posso deixar de pensar em como vamos nos manter aqui dentro. Ela se abre. O padre surge correndo um grupo de zumbis vem logo atrás dele.

─Brook! – Quando vejo os corpos mutilados, decompostos e famintos invadindo a igreja só consigo pensar nela. Michonne é boa com sua arma, vai derrubando aquelas coisas.

─Venham comigo! – O padre grita quando nos damos conta de que não podemos conter aquelas coisas.

─Pega a Judy! – Michonne pede.

─Vem Brook! – Grito enquanto vou erguendo a pequena nos braços. Carl próximo de Michonne. Brook corre, mas passa por mim e segue para o banco, Lyn, vejo a boneca e seu desespero em busca-la, um dos zumbis vem pelo banco se arrastando em sua direção. Judy em meus braços.

Penso na pistola. Michonne está cada vez mais perto com dificuldade de conte-los.

─Vão! – Ela grita, o padre ainda nos chama dos fundos da igreja. Puxo a arma que jamais disparei, mas nunca me deixa. Aponto para aquela coisa seguindo para minha menina não posso errar.

Disparo acertando o rosto do zumbi, seu queixo se desloca e o sangue espirra. Brook grita mais uma vez, seus dedos tocam a boneca que ela puxa e corre ao mesmo tempo, então eu disparo mais uma vez e o zumbi cai.

Quando chegamos a pequena sala da sacristia o padre tem um buraco no chão. Explica por onde ele saiu. Passamos por ele e terminamos sob a igreja. Nos arrastamos por baixo um atrás do outro.

Saímos a tempo de ver a igreja tomada. Eles estão agora todos lá dentro e nós do lado de fora. Logo eles virão atrás de nós. Brook aperta a boneca com uma mão a outra segura minha roupa, a pequena nos meus braços. Michonne tentando pensar em algo. Ela não pode conte-los.

O som de um motor surge e quando nos damos conta um carro de bombeiro passa por nós e segue direto para a frente da igreja. Só para quando a acerta. Tampa a passagem prendendo os zumbis do lado de dentro.

Assisto surpresa Maggie e os outros descerem do enorme carro vermelho. Ficamos nos olhando um momento. Não sei o que os trouxe de volta, mas serei eternamente grata.

É bonito ver a emoção de Maggie ao saber do resgate da irmã. Descobrimos que Eugene esteve mentindo, não tem Washington, cura ou laboratórios. Ele é apenas um covarde. Nem sei o que pensar.

─O caminhão está em ótimo estado. Temos combustível, sabemos onde o grupo está. Vamos encontra-los no Grady. – Glenn decide. – A igreja não é mais segura de todo modo.

Olho para Michonne. Ela decide, prometi a Daryl que faria o que ela decidisse e preciso confiar nas decisões dele. Ao menos por Brook ele faria mesmo as melhores escolhas.

Ela quer ir e entramos no caminhão. Quando o caminhão pega a estrada eu me dou conta que vamos nos reunir mais uma vez. Gosto de pensar que vou voltar a vê-lo, quero acreditar que é por Brook, mas meu coração diz que tem mais, que sempre teve.

Pov – Daryl

Assumi a responsabilidade de apoiar Tyreese num plano mais sutil. Rick preferia entrar atirando e levar as duas, Ty quer sequestrar alguns policiais e fazer uma troca. Não posso arriscar nada. Tenho que salvar as duas e tenho que voltar para Hannah. Para Brook na verdade. Para Brook. É para a garotinha que tenho que voltar e só para ela.

Sequestrar os policiais foi razoavelmente fácil, rende-los foi mais complicado. Não fosse Rick eu estaria bem encrencado numa luta em meio a corpos em decomposição no chão.

Ficar no topo de um edifício assistindo Rick começar uma negociação é mais difícil. Mesmo tendo os policiais sob minha mira eu tenho medo de ele acabar ferido. Tudo isso é de algum modo culpa minha e preciso que dê certo.

A policial que chefia o Grady, pelo que Noah nos conta é brutal, cega pelo poder, sem nenhuma piedade. Saber o que acontece com as enfermeiras do hospital me assusta. Elas servem aos policiais sexualmente com a autorização da tal Dawn. Quando uma mulher permite que outras terminem assim só posso sentir nojo.

Noah garantiu que Beth estava resistindo bem. Acontece que ele também disse que ela matou um dos policiais, nunca gostei muito de policiais e sei o quanto são corporativistas, não acho que o apocalipse mudou isso e temo por Beth. Assim como temo pela saúde de Carol, ela caiu de uma ponte e logo depois foi atropelada. Não pode estar em boas condições.

Vejo quando um dos policiais usa o rádio para fazer um acordo com Dawn. Ela pode simplesmente negar e não vai restar outra alternativa se não entrar atirando e acabar ferindo alguém que me importo.

Também dá a eles tempo de armar alguma emboscada. Mesmo assim eu ainda acho a melhor ideia e quando Rick acena avisando que o acordo foi feito me sinto um pouco mais confiante.

Nos aproximamos do hospital. Eu, Rick, Tyreese, Sasha e Noah. Conosco os policiais que sequestramos. Que isso seja o bastante, eles não tem nenhuma certeza de sermos apenas nós. O melhor para eles é fazer a troca e nos deixar partir.

Entramos e começamos a subir por uma escada lateral. Eles isolaram o quinto andar e é lá que vivem todos esses meses. Recolhendo pessoas e os obrigando a trabalhar em troca de proteção e comida, não passam de escravos é o que Noah garantiu.

Eu acredito, Beth tem tanta força interior que não estaria lá de outro modo, ela sempre acreditou tanto que teria deixado o lugar em busca de toda sua família.

O lugar apesar do tempo ainda conserva um pouco o cheiro de hospital. Agora um tanto misturado com o cheiro da morte que não deixa mais nossos sentidos. Carne podre. O tempo todo esse cheiro nos acompanha e se sobrepõe a todo o resto.

O corredor é largo, mas quando os dois grupos se encontram fica pequeno e sinto meu coração um tanto inquieto. Não devíamos ter subido, a troca devia ter acontecido em céu aberto.

A mulher surge com seus policiais, usa uniforme, cabelos presos, é como um dia qualquer nas ruas de Atlanta, os outros estão como ela. Logo Beth surge empurrando Carol em uma cadeira de rodas, as duas tem marcas. Beth com sua blusa amarela e o casaco cinza.

Como quando nos vimos pela última vez. O médico usa um jaleco. Eles não parecem ter entendido que o mundo acabou.

A troca começa. Carol fica de pé com a mochila e caminha para nós. Vê-la caminhar me tranquiliza. Quero me desculpar por tê-la colocado naquilo, mas saber que vou trazer Beth de volta torna tudo justo.

Rick beija a testa de Beth. Essa garotinha é muito importante para todos nós. Nem posso imaginar como vai ser quando tiver Judith mais uma vez nos braços. Sem ela eu teria morrido com a queda da prisão e jamais teria reencontrado Hannah e Brook, isso também eu devo a Beth.

─Vamos. – Rick diz satisfeito.

─O Noah fica! – A mulher decide. – A troca eram dois policiais por elas duas, Noah não fazia parte do acordo, ele me pertence.

O que essa vadia pensa que está fazendo? Noah não pode ficar aqui. Ele não quer fazer isso. Não precisa e não podemos aceitar.

─Vão. Agradeço, mas estou bem. Podem ir.

Não concordo, mas agora eu tenho tanto o que perder. O que mais podemos fazer se não acatar aquilo? Beth abraça Noah. O garoto não precisava ter feito nada do que fez, mas voltou, teve tanta honra, num mundo como esse isso é tão raro.

─Você está errada sobre o sistema. Não vem ninguém resgatar vocês. Noah já pagou pelo trabalho. Ele vai conosco. – Beth diz de queixo erguido. Segura a mão de Noah. Os dois dão as costas a Dawn para caminharam em direção a saída.

Vejo os olhos da mulher cintilarem de ódio. Ser desafiada em frente a seus homens tira dela todo o poder. É inaceitável e num segundo de ódio ela ergue a pistola de dispara.

Meu coração para de bater um segundo quando vejo o sangue se espalhar pelo rosto de Beth. Fico cego por um momento e disparo sem pensar em nada. O tiro pega Dawn, a bala crava em sua testa e ela cai.

Me volto para olhar Beth. Ela está sobre o corpo de Noah. Era o sangue dele, não dela. Ignoro todas as armas apontadas dos dois lados, me abaixo para ter certeza que Beth está bem. Os olhos azuis cheios de lágrimas me encaram débeis por um segundo.

Ela acha que foi sua culpa. Enfrentou Dawn e perdeu Noah por isso. Só consigo sentir gratidão por ela ainda estar conosco.

─Podem ir. Não vamos retalhar. Dawn já estava acabada.

Um dos policiais avisa. Aos poucos as armas são abaixadas dos dois lados. Coloco Beth de pé. Ela não quer deixar o corpo do rapaz. Tyreese o ergue, eles ficaram bem próximos nesse pouco tempo de convivência.

─Qualquer um que queira deixar o hospital é bem-vindo para nos acompanhar. – Rick convida. Nenhum deles se move. A ideia de enfrentar as ruas os apavora mais do que a submissão. Seguimos para a escada deixando o hospital.

─Está bem Carol? – Sasha pergunta e ela afirma sendo apoiada por ela nas escadas, Beth muda ao meu lado, com suas lágrimas a correr.

─Maggie está viva. Como você disse, e Glenn, Michonne, Carl e Judy. Todos estão. – Ela me olha. – Eu os encontrei. Como disse que seria. Encontrei mais que isso. Encontrei minha família. Obrigado.

Ela procura minha mão e aperta um momento. Saímos para o pátio claro, vejo um caminhão de bombeiro que não está ali. Depois nossa família. A fraqueza nas pernas de Maggie ao olhar para a irmã caminhando ao meu lado.

O choro das duas e o abraço. Não sei como chegaram aqui, mas gosto de assistir aquele momento único. Ninguém mais do que ela merecia viver isso. Beth nunca deixou de acreditar.

Estão todos aqui. Corro os olhos e encontro Hannah. Ela está emocionada. É preciso ser uma pedra para não sentir a beleza do abraço das irmãs Greene.

─Caçador! – Brooklyn se solta da tia e corre para mim. Eu a abraço. Ergo a garotinha no colo e a abraço. Estou feliz. Passei toda a vida perdendo e agora parece que comecei a ganhar. – Eu vim te buscar. – Brooklyn me avisa com seus sussurros. Tyreese coloca o corpo de Noah no chão. A alegria do reencontro perde um pouco sua beleza. – Ele está machucado? – A pequena me pergunta.

─Ele morreu Brooklyn. Infelizmente. – Ela esconde o rosto em meu ombro. Hannah vem caminhando lenta. Para diante de mim. É tão bonita. Parece aliviada, triste, feliz. Tantas coisas.

─Reunião sua família. – Ela me lembra. Sim. Ela está aqui. Brooklyn está, então sim, eu reuni minha família. Balanço a cabeça concordando.

Hoje é o primeiro dia do que quer que venha pela frente. Estou pronto. Estou de pé e vou lutar. Também vou ensina-las a fazer o mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Atendendo a MUITOS pedidos Beth vive. Eu realmente odeio a morte dela. Então foi fácil deixa-la viva. Espero que tenham gostado.
BEIJOSSSSSSSSSSSSSS