6.
– Que merda você andou comendo Swan?
Robin parecia irritado, mas depois que Regina o encarou com seu olhar que eu chamo de "mafioso" ele conseguiu disfarçar bem.
– A torta de maça que Regina fez, que aliás não é uma merda - Sorri para a morena, mas não era o meu melhor estado para isso. Voltei a vomitar, mas dessa vez não em Robin, o que eu não digo "felizmente". Regina segurou o meu cabelo para que não suja-se. Alguém que não consegui ver exatamente me ofereceu água e logo neguei, isso com certeza iria piorar a situação. Vi killian me pegando no colo e saindo do local sendo seguido por Regina que segurava minha mão e dizia que tudo ficaria bem, logo tudo virou um borrão para em seguida tudo ficar escuro.

7.
– Acho que sua torta envenenada não funcionou em mim - Disse assim que vi Regina sentada em uma poltrona do lado da maca em que eu estava, reconheci estar em um hospital, as cortinas nos separavam de outros pacientes presentes ali. Em resposta ela sorriu, e me responderia caso o médico não abrisse a cortina interrompendo.
– Olá senhorita Emma Swan. Bom, não há nada de errado com a sua saúde em que se deva preocupar. Apenas com a criança que está por vir. Meus parabéns.
Estou grávida? estou grávida. Mas e o teste que eu havia feito?
– Mas o teste de gravidez deu negativo, como? - Regina pelo visto havia pensado o mesmo que eu.
– Isso pode acontecer, testes de farmácia nem sempre são confiáveis. A senhorita Swan já pode ir pra casa.
Agradecemos o médico e ele saiu nos deixando "sozinhas". Regina possuía o sorriso mais bonito que já vi em seu rosto, ela correu a pequena distância que nos separava e se jogou contra mim, mas logo repreendendo a si mesma com medo de machucar o bebê.
– Finalmente vamos ter nosso bebezinho. Emma isso é incrível. Obrigada.
Ela sorria, me abraçava, e beijou toda a minha face, também agradeceu milhares de vezes. Eu estava ali me sentindo radiante, de uma forma que nunca senti antes.

8.
– Para naquela vaga ali. Quero bolo de cenoura com cobertura de chocolate - Apontei pra vaga que existia entre um carro e outro, Regina estacionou no local e desci junto com ela do carro seguindo para a padaria onde compraria o que sentia desejo de comer.
– Sério que já sente desejos, Emma?
– Com certeza. Amo Nova York e esses lugares abertos vinte e quatro horas.
Aposto que Regina agradeceu aos céus por isso, e aposto também que seu pensamento foi de que sofreria com os meus desejos daqui em diante, e o que era fato que aconteceria.
Fizemos nossos pedidos a atendente e Regina me acompanhou na escolha, praticamente comi o meu e o dela. Não imaginava sentir tanta fome já desde o começo dessa gravidez. Seguimos Conversando sobre como seriam as coisas nos próximos meses. Eu contei sobre o meu intuito de estar esperando um menino e Regina disse ter certeza que teremos uma menina. Ela também cogitou a ideia de mudarmos para um apartamento maior ou quem sabe uma casa, cortei seu pensamento dizendo que só seria necessário se ela quisesse ter mais filhos comigo. Ela sorriu. E naquele momento eu percebi que teria vários outros bebês com ela se ela me pedisse.

9.
Acordei e Regina já não estava mais em casa, havia um bilhete na porta da geladeira em que ela avisava estar em mais uma reunião do elenco e que logo voltaria. Resolvi então voltar ao meu trabalho e continuar os meus projetos no meu computador. Já no canto esquerdo da tela inicial vejo notícias da semana e nesse quadro uma foto de Robin e Regina. Resolvo clicar sabendo das consequências, eu sentiria ciúmes sim, ficaria chateada com a situação sim, de certa forma isso era errado sim. Regina estava em um relacionamento com Robin, e já não tinha o que fazer, eu não poderia bater o pé e fazer birra, eu não poderia ser tão egoísta. Dois cliques e a imagem de Robin com a mão na cintura de Regina aparece, logo depois a segunda imagem é mostrada na tela, nessa Robin beija a bochecha de Regina. E a declaração de Robin dizendo que esta apaixonado escrito logo em baixo.
Com certeza se ele estivesse na minha frente não faria esforço algum para evitar a vontade de vomitar em seu sapatos supostamente caros novamente.
Tenho meus pensamentos interrompidos pelo barulho do interfone, o porteiro avisa que ha uma entrega a ser feita e eu autorizo a subir. Flores para Regina de seu namorado, não me esforço para coloca-las em um recipiente com água, apenas as deixo em cima do balcão da cozinha.

10.
Acordo com Regina que parecia velar meu sono.
– Esta ai a quanto tempo?
– Não muito. Trouxe isso.
Ela me mostra um caixinha transparente com sapatinhos de bebê dentro. Sinto que estou prestes a chorar. São tão bonitos. Tão pequenos que os dois cabem na palma da minha mão.
– Brancos, já que você acredita ser menino enquanto eu tenho certeza ser menina.
– Eu adorei. - Chego mas perto dela e a abraço e beijo sua testa enquanto acaricio seu rosto. Sinto a mão de Regina depositada sobre a minha barriga. Ainda não havia marcas da gravidez, mas eu sei que de qualquer forma ela já o poderia sentir tanto quanto eu.