Cuando estás conmigo escrita por ohsuccubuss


Capítulo 13
13.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo tristezinho ):



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– Regina... - Eu hesitei, em busca das palavras certas. - Seu pai teve um infarto durante essa madrugada, levaram ele para o hospital, mas ele já chegou sem vida. Eu sinto tanto por isso.
– Ele sofreu? - Regina perguntou, com a voz trêmula e os olhos reluzentes com as lágrimas que logo foram liberadas para um choro intenso.
– Não, meu amor, eles disseram que ele faleceu dormindo.
Ela soltou um sorriso triste em meio as lágrimas e eu acariciei seu rosto. Se eu pudesse se alguma forma aplacar sua dor.
Logo a envolvi em meus braços, talvez assim amenizaria.
– Preciso ir ver a minha mãe, Emma. Ela deve estar precisando de mim.
– Claro. Pegaremos o voo daqui quatro horas.
Regina fechou os olhos por algum momento. Ela segura na minha mão e sinto tudo com ela, do que é bom ao que atormenta, do que é bonito ao que angústia. Agora segura na minha mão e a gente divide a angústia.

26.
Direcionei os olhos para Regina, que dormia de uma forma que parecia confortável para um sono em uma poltrona de avião, com seu rosto ainda riscado de lágrimas.
Eu não podia acreditar na morte de Henry. Desde o que que conhecera nunca o vi fumar ou ingerir bebidas alcoólicas em grande quantidade. Pensei coisas ao seu respeito, Henry parecia saber mais das pessoas do que elas mesmas, o que acredito que Regina herdou do pai.
Henry costumava dizer que sabia do humor de Cora - sua esposa e mãe de Regina - apenas pelo o cheiro ao atravessar a porta da cozinha. Manteiga significa que estava cozinhando bolo, logo estava melancólica e precisava se animar. Um cheiro picante significava que ela estava feliz, preparando comida típica da culinária mexicana. Se o cheiro fosse de pipoca significava que ela estava na sala assistindo telenovelas, que ele e Regina deveriam se virar na cozinha ou teriam que ir para o restaurante do hotel. O que resultava Henry voltando pra casa sozinho - propriedade dos Mills que se localiza bem próxima do hotel - , já que Regina me encontrava por lá e ela ficava para dormir no meu quarto.

27.
O sol já havia se posto quando o nosso voo aterrissou no aeroporto principal de Acapulco. Meu pai havia mandado um rapaz que era funcionário do hotel para nos buscar. Seguimos caminho para a casa dos Mills, assim que entramos pela porta da sala de estar vimos Cora que seguiu de encontro a Regina, as duas se abraçam e foi possível ouvir o choro de ambas.
Logo que se separam abracei Cora em um modo que acredito ter conseguido reconforta-la, dizendo sentir muito pela perda de seu marido.
Decido deixar Regina por um tempo com sua mãe e com os seus familiares que vão chegando, e sigo até o hotel para ver meu pai.
Abro a porta do quarto que era maior que muitos apartamentos, encontro meu pai caminhando de um lado para o outro com um copo de whisky na mão. Meu pai não possuía o costume de beber, provavelmente se sentiu forçado a tal ação apenas pelas circunstâncias que era a perda de um grande amigo. Era compreensível.
– Pai?
– Emma, oi, querida. - Ele veio até mim, e quando finalmente me alcançou abriu os braços e eu me aninhei entre eles como costumava fazer quando pequena.
– Oi - sussurrei.
Quando finalmente nos afastamos, pude sentir a emoção que ele tentava conter. Me analisou de perto, e principalmente pude sentir seu olhar na barriga da gestação de quatro meses.
– É curioso, mas já me disseram que sempre que alguém parte dessa pra melhor acontece de ter uma nova vida a caminho.
– Pelos menos agora parece que sim, pai.
– Eu não acredito que ele se foi. Ele era um bom amigo. - Ele tem o seu olhar agora direcionado para a vista que a janela do quarto proporcionava.
– Era sim. Pai.
Ele murmura apenas "uhn" indicando para que eu prosseguisse.
– Henry sabia do meu namorado com Regina?
– Henry sabia de tudo Emma, de tudo.
Eu afastei uma mecha de cabelo de cima dos olhos.
– Não se preocupe, filha. Ele não ficou zangado por isso, Henry sempre soube do seu carinho por ela. Era visível, Emma, até pra mim.
Meu rosto deveria ter entregado meus sentimentos de preocupação.
– Gostaria de ter chegado a conversar com ele sobre isso.
– Acredito que ele também. Como Regina está?
– É difícil pra ela, mas acho que logo ela ficará bem. A deixei um tempo com os familiares. - Respondi enquanto me sentava em um sofá de canto. A gravidez já me deixava cansada com maior facilidade.
– E meu neto?
– Na maioria das vezes só Regina consegue acalma-lo, eu não poderia imaginar o quanto bebês costumam se movimentar dentro da barriga.
Meu pai abafou um risada.
– Sua mãe costumava dizer a mesma coisa, e você realmente não parava de se movimentar.
Soltei um leve sorriso, ciente de que fora um sorriso triste. Direcionei minha mão em sua direção para que ele a pegasse e assim o fez.


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Notas finais do capítulo

Hasta luego hehe



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